Estamos sempre a lidar com o Criador. Não há ninguém à nossa frente além D’Ele. Todos os níveis da Natureza, inanimado, vegetal e animal, assim como as pessoas que nos rodeiam neste mundo, são apenas sensações dentro dos nossos desejos. Todas as imagens, acções e situações são apreendidas dentro dos nossos desejos. Elas são na verdade sensações do Criador, que deseja mostrar-se para nós na forma desta realidade material em vez de nos deixar senti-lo.
Se enquanto apreendemos esta realidade, uma pessoa sente que tudo vem do Criador, então só isto deve ser suficiente para ela. Não interessa o que sentes; o mais importante é que sintas que tens uma ligação com a Fonte dessa tua sensação, a Fonte de toda a realidade – o Criador. Só não me tirem isto! Mas os estados pelos que passo não interessam. Podem ser os piores estados a nível das minhas sensações e os mais confusos a nível da minha mente. Mas não interessa o que sinta na minha mente e no meu coração, porque estes são os meus sentidos egoístas e não interessa o que lhes aconteça. Apenas me preocupo com uma coisa: ter a certeza que não me separo da minha Fonte, a Fonte da minha percepção e das minhas sensações.
Isto significa que uma pessoa fica “deitada no chão” e por isso não tem nenhum sítio para onde cair. No fim de contas, só se preocupa com uma coisa e não precisa de nada mais. Este é o começo do trabalho espiritual: é quando uma pessoa ascendeu acima de toda a corporalidade e tem um contacto constante, mínimo com a espiritualidade.
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