Um Vislumbre de Esplendor
Traduzido de: Kabbalah Today Issue #3
O Livro do Zohar é o mais misterioso, e ao mesmo tempo mais significativo livro de Cabala. Em recentes anos, tornou-se crescentemente claro que O Livro do Zohar, escrito há 18 séculos atrás, foi feito para o nosso tempo. Rabi Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) abriu-o para nós e reacendeu o que há muito estava esquecido dos nossos corações.
A profundidade da sabedoria em O Livro do Zohar está trancada por trás de mil portas.
--Rabi Yehuda Ashlag (Baal HaSulam), “Prefácio ao Livro do Zohar”
Desde o berço da humanidade, indivíduos únicos subiram a escada espiritual e alcançaram o mais elevado nível se entrelaçar com a Força Superior, o Criador. Chamamos a estas pessoas “Cabalistas.”
Através deste laço, eles vieram a compreender que toda a realidade, dos mais elevados mundos espirituais até ao nosso mundo, é fundamentada em amor e dar. Eles realizaram que não há nada no mundo excepto esta Força, e que tudo o que acontece na realidade foi feito apenas para trazer a humanidade a permanente existência com esta sensação.
Os Cabalistas buscaram e encontraram as respostas a toda a pergunta que fizeram—o propósito das nossas vidas, a estrutura do mundo, e como podemos determinar o nosso destino. Eles escreveram sobre o que eles descobriram em livros tais como Raziel Hamalaach (O Anjo Raziel), Sefer Yetzira (O Livro da Criação), Etz Chaim (A Árvore da Vida), e outros.
De todos os livros, o mais seminal, misterioso e profundo é O Livro do Zohar (O Livro do Esplendor). O seu autor é o grande Cabalista Rabi Shimon Bar-Yochai (Rashbi). O Livro do Zohar descreve o sistema oculto de Orientação Superior. Ele descreve os mundos, os grandes poderes que os governam, e como pode o que escolhe estudar a Cabala afectar o seu destino e o da humanidade.
O Zohar também explica como cada acontecimento desce em cascata dos Mundos Superiores até ao nosso, e as vestes que este adquire aqui. Mas o que faz O Zohar único é o facto de não ter sido escrito para os seus contemporâneos; foi em vez intencionado a uma geração que iria viver dois milénios mais tarde—a nossa geração.
Removendo as Coberturas
A nossa geração permanece no próprio limite da redenção, se ao menos soubermos como espalhar a sabedoria do oculto nas massas.
--Baal HaSulam, “Trombeta do Messias”
O século XX trouxe mudanças sem precedentes. Estas abriram a porta a toda uma nova fase, que os grandes Cabalistas têm descrito durante séculos nos seus escritos. A maior mudança de todas é que neste século, os Cabalistas afirmam que estudar a Cabala não é apenas permitido, é uma obrigação!
Está escrito no próprio Livro do Zohar que a sabedoria da Cabala iria começar a espalhar-se a partir do ano 1840. O grande Cabalista do século XVIII, O Vilna Gaon (GRA), escreveu no seu livro Kol HaTor (Voz da Rola) que o processo da revelação da Cabala começaria em 1990. No seu livro, Even Shlomo (Pedra de Salomão), Capitulo 11, ele até afirmou que a redenção depende principalmente do estudo da Cabala.
O grande Cabalista, o Rabi Kook, o primeiro Rabi Chefe na terra de Israel (então chamada Palestina), explicou que “as grandes questões espirituais que foram em tempos resolvidas apenas pelos grandes e excelentes, devem agora ser resolvidas por vários graus dentro de toda a nação” (Eder HaYaker ve Ikvey HaTzon, pág. 144).
Mas foi Baal HaSulam que transformou as palavras dos Cabalistas de uma visão a uma realidade tangível. Ele viu claramente que o tempo tinha chegado de permitir todos ao estudo de O Livro do Zohar. Ele afirmou que ao estudar O Zohar, toda a humanidade se elevaria e alcançaria o mundo espiritual.
Com esta visão em mente, Baal HaSulam devotou-se a si mesmo a compor uma interpretação compreensiva, exacta e sistemática de O Livro do Zohar. O seu objectivo era o de revelar o livro ao público e torna-lo adequado Às almas da nossa geração.
Na introdução ao seu comentário sobre O Zohar, ele explicou porque o escreveu: “Eu dei o nome ao comentário HaSulam (a escada) para indicar que a função do meu comentário é como a função de qualquer escada. Se você tiver um sótão cheio de abundância, você precisa apenas de uma escada e de a subir, e toda riqueza no mundo estará nas suas mãos.”
Acelerando o Espalhar da Sabedoria
Todos os Cabalistas sonharam da nossa geração, em que toda a humanidade poderia descobrir as coisas maravilhosas que eles já tinham. Eles pediram que através da leitura das fontes autênticas que nos tinham deixado a nós, nós, também, alcançaríamos o laço com a Força Superior, tal como eles fizeram. No seu comentário sobre O Livro do Zohar, Baal HaSulam atirou-nos uma corda, “um salva vidas.” Ao o fazer, ele pavimentou o nosso caminho para um futuro de abundância e prosperidade.
Baal HaSulam chamou sobre nós para que déssemos maior peso ao empenho na sabedoria da Cabala, e acelerar o espalhar da sabedoria. Ele sabia que apenas a sabedoria da Cabala poderia elevar o mundo a um reuni espiritual e para a eternidade que os Cabalistas teriam experimentado ao longo das gerações.
O Webster’s Dictionary define uma geração como “um grupo de indivíduos nascidos e vivendo contemporaneamente (ao mesmo tempo).” Na Cabala, porém, uma geração é uma fase espiritual. De acordo com grandes Cabalistas tais como o Sagrado Ari, a nossa geração—a nossa fase espiritual—começou no século XVI.
Quanto mais esperamos pela ascensão espiritual que é suposto que a nossa geração alcance, maior será o nosso desconforto. O reino espiritual, que determina o que acontece no nosso mundo, irá aumentar a sua pressão sobre nós até que decidamos alcançar este reino por nós mesmos.
Nas palavras do grande Cabalista, Rabi Avraham Azulai (na sua introdução ao livro, Ohr ha Chama (Luz do Sol)), “Achei escrito que o acima decreto do não se empenhar abertamente na sabedoria da verdade foi apenas durante algum tempo—até ao fim de 1490. Daí em diante … a sentença foi libertada, e permissão foi dada para se empenhar no Livro do Zohar. E do ano 1540 tornou-se digno de louvor o empenho em grandes números dado que é por esta virtude que o Rei Messias virá, e não por outra virtude. É inapropriado ser negligente.”
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