Um Mundo Melhor para as Nossas Crianças
Traduzido de: Kabbalah Today Issue #21
Com o mundo em crise, os pais de todo o lado temem pelo futuro das suas crianças. Porém, se estivermos à altura do desafio, podemos coloca-las no caminho de um futuro muito mais brilhante que qualquer um que alguma vez tivésse sonhado
Enquanto me sento ao computador, o bairro toca com o riso de crianças a jogar à apanhada. Trás recordações da minha infância, e não consigo evitar imaginar o que o futuro lhes reserva.
A humanidade sempre investiu esforços sobre-humanos para assegurar que a próxima geração terá uma vida mais fácil e completa. Para muitos pais hoje, este sonho pode para sempre permanecer uma fantasia. Incerteza económica, colapso ambiental, e violência prometem ser o legado que iremos deixar às nossas crianças. Uma estatística Rasmussen em Janeiro descobriu que apenas 47% dos pais Americanos acreditam que os seus filhos serão mais bem sucedidos que eles.
Esta sombria visão geral deveria ser um chamado de clarim para a acção de pessoas em toda a parte. Mas se queremos ter qualquer esperança de encontrar soluções duradoiras, devemos primeiro rever os desenvolvimentos que conduziram aos problemas que enfrentamos hoje.
Alguém Pressionou o "Avanço Rápido?"
As necessidades da humanidade foram simples em tempos: Se havia alimento adequado, abrigo e segurança dos predadores, a vida era boa. Mas o tempo marchou em frente, e as necessidades não eram mais suficientes. As pessoas queriam mais da vida, e então a demanda implacável por novos prazeres começou. Pela altura que chegámos ao século 20, tudo tinha acelerado, como se alguém tivesse pressionado o "avanço rápido." Fomos dos cavalos aos comboios para os jactos; dos telégrafos aos telefones para a Internet. Com cada geração, os luxos dos pais tornaram-se as necessidades das crianças.
Esta escalada contínua de comodismo finalmente apanhou-nos, trazendo o nosso mundo para a beira do colapso. A nossa cultura de excesso chegou à sua culminação com ego-maníacos como Bernard Madoff, que trapaceou investidores de 50 biliões de dólares. E quando é fácil colocar a culpa em Madoff e similares, a realidade é que todos nós partilhamos uma parte da culpa, mesmo que os nossos excessos sejam numa escala muito menor.
Se formos honestos, veremos que o sucesso na nossa sociedade é definido como mais dinheiro, fama ou poder, independentemente do custo para os outros. Então o que podemos esperar do nosso futuro se estes são os valores que promovemos?
Se o egoísmo é a raiz dos nossos problemas, então a solução é de transformar os nossos valores para altruísmo e partilha. Mas como? Afinal, a humanidade prosperou com uma mentalidade de "Eu primeiro!" durante milhares de anos. Todavia, na sociedade globalizada de hoje, em que tudo o que acontece de um lado do mundo tem praticamente um impacto imediato no outro lado, o "Eu primeiro!" já não funciona. Nas palavras do P.M. da Grã-Bretanha, Gordon Brown, "Nesta era global, precisamos de soluções que não mais possam ser definidas em termos de nós e eles, mas que possam ser concretizadas apenas em conjunto - como nós com eles."
Novos Problemas Pedem Novas Soluções
Não podemos comprar a nossa saída da presente crise com os dólares do contribuinte ou consumir a nossa escapada através de maior aquisição. Temos de abordar a vida de uma nova perspectiva, tomando vantagem de três poderosas ferramentas.
• Educação
As pessoas hoje estão perdidas e confusas, imaginando: Porque está isto a acontecer? O que devemos fazer? Mas nós somos engenhosos, e se compreendermos o problema, iremos executar milagres para o resolver. É por isso que uma campanha de educação pública sobre a globalização das nossas economias, a interdependência de todas as pessoas, e os benefícios da cooperação nos podem guiar para as soluções.
A nossa melhor esperança para o futuro reside em educar as nossas crianças. O colunista do NY Times Nicholas Kristof recentemente classificou a educação como "a nossa maior vergonha nacional." E ele tem razão: nós não estamos a providenciar as nossas crianças com o conhecimento que elas precisam de forma a terem sucesso na era global. Se lhes oferecermos uma educação sobre as leis naturais que governam os sistemas interligados, elas irão estar preparadas para facilmente navegar os mares tempestuosos que nos são tão desconcertantes.
• Os Media
Maior parte dos nossos padrões comportamentais vêem directamente da TV e da Internet. Enquanto as noticias, entretenimento e desportos glorificarem a perseguição de riqueza e uma mentalidade "ganhar a qualquer custo," iremos ver ganância e exploração dominar na nossa sociedade. Se, contudo, insistirmos que estes foros reflictam os valores da compaixão, iremos voltar a força destrutiva dos media de hoje para nossa vantagem.
E na verdade, a maré já está a começar a mudar. Uma recente série de anúncios contém títulos tais como, "Num Mundo Absolut, A Moeda será Substituída por Acções de Bondade." As séries da CNN sobre sobrevivência económica apresenta histórias de pessoas que encontram a felicidade através da renovação das ligações familiares, partilhando com os outros, um estilo de vida mais simples. Precisamos apenas de dar um empurrão a estas coisas!
• O Poder da Sociedade
O instrumento mais poderoso para mudança, contudo, somos nós. Ao longo da história, mudança social foi conduzida pelas pessoas. O Renascimento do século 14 é apenas um exemplo de um movimento cultural que levou a vantagens exponenciais em todas as áreas. E hoje, o desejo de mudança entre o povo Americano foi tão forte que varreu um candidato improvável do mais alto gabinete.
Esta é a força que podemos capturar para fazer as mudanças na sociedade de hoje. Mas como podemos nós transformar a nossa abordagem à vida do egoísmo para o altruísmo quando tudo o que sabemos é "cuidar do numero 1"? Na verdade, as nossas crianças podem mostrar-nos o caminho! Quando uma criança decide tornar-se um médico, ela "faz de" médico, embora ela não faça ideia do que está a fazer. Apenas quando a criança se torna um médico irá ela saber o que significa isso verdadeiramente, mas cada uma das suas noções imaginadas ao longo do caminho são uma preparação necessária.
Então comecemos com, podemos "fingi-lo até o fazer." Os nossos primeiros esforços "altruístico" serão puramente egoístas: de escapar à crise. Com o tempo, todavia, uma impressionante transformação irá ocorrer: a nossa alegria simulada no altruísmo irá abrir caminho à coisa a sério, providenciando verdadeiro alivio da crise.
Arne Duncan, o novo Secretário da Educação, comentou, "Nós temos de continuar a pensar diferentemente e fazer tudo o que podemos para colocar os nossos estudantes ... no caminho de perseguir o sonho Americano." Pressionemos o nosso governo a usar parte do estimulo educativo de 150 biliões para criar um novo sonho Americano, um que valorize actividades que beneficiem todos e que rejeite o sucesso pessoal à custa dos outros. Usemos o poder da nossa vontade colectiva para mostrar aos políticos e negócios que não acreditamos mais numa sociedade orientada para o consumo. Encorajemos os media a promover valores de generosidade e partilha, enquanto repudiando a glorificação egoísta de indivíduos. Desta maneira, iremos deixar um legado duradouro às nossas crianças, e elas terão a sabedoria de saber usá-lo.
Material Relacionado:
Kabbalah Today - O Jornal
