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sábado, 20 de junho de 2015

A Severidade de Ensinar a Idolatras a Torá

junho 20, 2015
Artigo nº 17, 1986/87

                Os nossos sábios disseram (Hagigah 13), “Rav Ami disse, ‘As palavras de Torá não são para ser dadas a adoradores de ídolos’, como está escrito, ‘não fez assim a nenhuma outra nação; e quanto as suas ordenança, eles não os conhecem.’ No Sanhedrin (59), Rabbi Yohanan tinha escrito, ‘ Um adorador de idolos que se dedica à Torá deve morrer’, como está escrito ‘ Moisés mandou-nos uma lei, uma herança.’Nós estamos herdados, e não eles.”

                A Gemará questionou, “ Rabbi Meir disse, ‘Como assim?’ Afinal, mesmo um adorador de ídolos que se dedica à Torá é como um sumo sacerdote, como está escrito, ‘Se um homem os faz, viverá por eles.’ Ele não disse, ‘Sacerdotes’, ‘Levitas’, ou ‘Israelitas’, mas ‘um homem’. Isto significa que mesmo um adorador de ídolos que se dedica à Torá é como um sacerdote.’”

                Deveríamos compreendê-la no trabalho, de acordo com a regra de que no trabalho podemos aprender toda a Torá dentro de uma única pessoa. O Zohar diz que cada pessoa é um mundo pequeno em si. Isto significa que Ele é composto de todas as setentas nações do mundo. Assim, o que é “Israel” e o que são “adoradores de ídolos” dentro da própria pessoa?

                Outra questão acerca das palavras de Rabi Meir é que ele traz mais provas a partir do versículo, “Tu és chamado ‘homem’ e não as nações do mundo.” Assim, como é que Rabi Meir traz provas da palavra “homem” como se referindo a adoradores de ídolos? O Tosfot deseja explicar no Sanhedrin que existe uma diferença entre “homem” e “o homem”.

                Rashi interpreta que não deve haver mal entendidos sobre o Rabi Shimon que diz “Homem significa Israel”. É simples, ele não difere do Rabi Shimon – em que o homem significa especificamente Israel. Também, deveremos entender a grande disparidade entre o Rabi Yohanan e o Rabi Meir, quando o Rabi Yohanan diz “Um adorador de ídolos que se dedica à Torá deverá morrer”, e de acordo com o Rabi Meir ele não é como um comum de Israel mas como um sumo sacerdote. Pode ele ser que ele será maior do que um comum de Israel?

                Diz O Zohar (Aharei, p 103, e no Comentário Sulam, Item 289), “Rabbi Elazar perguntou a Rabbi Shimon, seu pai. Está escrito, ‘ELE assim não lidou com qualquer nação.’ Contudo, devemos questionar que uma vez que está escrito, ‘ELE declara SUA palavra para Jacó,’ Porque diz, ‘SEUS estatutos e SUAS ordenanças para Israel’?”

        Este é um duplo sentido. E uma vez que a Torá é o escondido, alto, e precioso, SEU próprio NOME, o todo da Torá é escondido e revelado, ou seja que nela, há escondido e literal no SEU NOME.
                Assim, Israel está em dois graus, oculta e revelada. Aprendemos que há graus que se conectam uns aos outros: 1) o Criador, 2) a Torá, 3) Israel. É por isso que está escrito, “ELE declara SUA palavra para Jacó, SEUS estatutos e SUAS ordenanças para Israel.” Eles são dois graus. Um é revelado: o grau de Jacó, e um é oculto: o grau de Israel. E o que implica o texto com isso? Responde ele, “Qualquer um que seja circuncidado e inscrito no sagrado nome é dado às coisas reveladas na Torá.” Este é o sentido do que está escrito, “ELE declara SUA palavra para Jacó.”

                Contudo, “SEUS estatutos e SUAS ordenanças para Israel,” é um grau alto. Assim, “SEUS estatutos e SUAS ordenanças para Israel” são os segredos da Torá. As leis da Torá e os segredos da Torá não precisam de ser divulgados senão para aqueles num grau adequadamente alto. E como Israel assim são, ou seja que eles divulgam a Torá somente para aquele que está num alto grau, é tanto quanto o mais para as nações idolatras.

                No Item 303, está escrito, “Vinde e vede que a primeira coisa na Torá que é dada à criança é o alfabeto. Isto é algo que as pessoas no mundo não conseguem chegar a desejar e conceber no seu entendimento.” Para compreender o supracitado, primeiro precisamos de saber o que é Israel, e o que é um idolatra na obra.

                Nossos sábios disseram sobre o versículo (Shabat 105b), “Não haverá um Deus estranho dentro de ti, nem te curvarás perante um Deus estranho.” O que é o Deus estranho no corpo do homem? É a inclinação do mal. Isto significa que um idolatra é chamado “a inclinação do mal.” Segue-se que quando falando de um corpo singular, então idolatria, que é chamada “um Deus estranho” ou “um estraho Deus,” está inteiramente dentro do homem. Concordantemente, nós devemos discernir a idolatria na pessoa em si mesma, que é a inclinação do mal, e o discernimento de Israel, que é a inclinação do bem.


                Contudo, nós devemos compreender porque esta inclinação do mal, que tenta um a se deleitar a si mesmo e desfrutar da vida, é chamada “mal.” Afinal, ela conta a uma pessoa, “Se tu me escutares, irás desfrutar da vida.” Logo, porque é ela chamada “inclinação do mal” ou “um estranho Deus”? Também, qual é a conexão entre idolatria e a inclinação do mal, e porque é ela chamada “Divindade” porque é louvada e se curva a ela quando um serve idolatria?

                É sabido que há dois reis no mundo: 1) O rei de todos os reis, 2) Um velho e tolo rei, ou seja a inclinação do mal. É também chamado “duas autoridades”: 1) A autoridade do Criador, 2) A autoridade do homem.

                Nossos sábios disseram que quando uma pessoa nasce, ela nasce imediatamente com a inclinação do mal, como está escrito, “Pecado rasteja à porta.” Em O Zohar, isso significa que assim que um sai do ventre, a inclinação do mal vem até ele. No trabalho nós devemos interpretá-lo que imediatamente, do dia em que um nasce, ele trabalha e serve a inclinação do mal dentro dele com seu coração e alma.

                Contudo, é sabido que a inclinação do mal é apenas a vontade de receber dentro de nós, como explicado em a “Introdução a O Livro do Zohar.” E assim que um nasce, seu único propósito é de servir a vontade de receber. Isto significa que todos os seus sentidos se focam em como servir o velho e tolo rei. Também, um se curva perante ele, e curvar significa que ele subjuga sua razão e sua mente perante ele.

                Isto significa que por vezes ele ouve que se deve servir o rei de todos os reis, e por vezes a mente e o coração decidem que a razão pela qual nascemos não é para servir o desejo de receber. E, no entanto, ele subjuga esse ponto de vista e diz: "Embora a minha razão me mostre que não vale a pena trabalhar e servir o desejo de receber toda a minha vida, mas que vale a pena servir o Criador, eu coloco-me acima da razão. Por outras palavras, o corpo diz-me: 'larga tudo o que recebeste dos livros e dos autores, que deves servir o Criador. Pelo contrário, como então, também agora não desafies o desejo de receber, mas serve-o com o teu coração e a tua alma".

                Daqui resulta que uma pessoa se curva perante o desejo de receber, porque subjugar a razão é chamado de "se curvar". E é considerado que uma pessoa que está servindo um Deus estranho, que é um estranho a Kedusha (santidade). Ele também é chamado de "um Deus forasteiro", pois ele é um forasteiro a Kedusha.

                Nessa altura, a pessoa que o serve é chamada de "forasteiro" ou "adorador de ídolos", e este é o Deus estranho no corpo de um homem. Por outras palavras, o Deus estranho não é algo no exterior, que ele está servindo algo fora do seu próprio corpo. Há um pensamento de que isto é realmente considerado que ele está cometendo idolatria. Pelo contrário, servindo e trabalhando para o seu corpo, que é chamado de "o desejo de receber", dentro do corpo, é chamado de que ele está cometendo idolatria, e essa pessoa é chamada de "forasteiro" ou "adorador de ídolos."

                Isto é assim porque ele não tem nenhuma ligação a Kedusha, dado que Kadosh [santo] é chamado de Criador, conforme está escrito: "Vós sereis santos, porque Eu, o Senhor, sou santo". Significa: "Você deve ser dedicado "(como dito no Artigo nº 16, 1986-1987). Dado que o Criador é o doador, para ter Dvekut [adesão] com Ele, chamada de "equivalência de forma", uma pessoa deve ser um doador, também, e isto é chamado de Kedusha (santidade).

                Daí resulta que aquele que serve e trabalha para o desejo de receber cria um objecto, ou seja, que isso é o seu Deus. Ele pretende servir apenas com o seu coração e com a sua alma, e em tudo que faz, até mesmo um acto de doação, ele nem sequer considerar o acto de doação, excepto de acordo com o benefício que o seu desejo de receber derivar disso. Ele não desvia o seu foco disso, Deus me livre, mas apega-se à sua fé que isto é tudo o que deve ser servido.

        Ainda que a sua mente resolva, que não vale a pena servi-lo, ele continua sem o poder de superar o seu Deus, quem ele tem servido desde que nasceu. É por isto, que é chamado “fé”, já que ele está a servir o seu desejo de receber acima da razão. E não há nenhuma razão no mundo, que consiga separá-lo da adesão anexada a ele desde o dia em que nasceu. Isto é chamado um “gentio” ou um “estrangeiro.”

        Israel significa o oposto a um Deus estranho, quer dizer Yashar El [direto para Deus]. Isto significa, que a sua única intenção é para que tudo seja direto para o Criador. Por outras palavras, o seu unico pensamento e desejo é chegar diretamente à adeão com o Criador, e ele não quer ouvir a voz da vontade de receber. Ele diz que o nome dado ao desejo de receber, “inclinação ao mal”, lhe convêm, porque apenas causa danos sobre ele.

        Por outras palavras, quanto mais ele tenta satisfazer o seu desejo, para não obstruir o seu trabalho, para ser um servo do Criador, é o contrário. Isto é, ele certifica-se constantemente de que dá o que exige dele, e ele dá a ele, porque pensa que ao fazê-lo, ele vai deixar de o perturbar. Mas, quando ele vê exactamente o oposto- este receptor na verdade, tona-se mais forte pela satisfação dos seus desejos e necessidades, quer dizer que se torna mais mal.   

        E agora ele vê, como os nossos sábios estavam certos quando disseram (Bereseet Rabbah 25,8), “Não fazer o bem a um mau”, o que significa, não fazer o bem a uma pessoa ruim. É o mesmo para nós, quem aprende tudo numa pessoa. Significa que, é proibido fazer o bem ao desejo de receber, a inclinação ao mal, uma vez fora qualquer bem que a pessoa faça a ele, ele tem mais força para predudicá-lo mais tarde. E isto é chamado “retorno de um favor cm o mal”. Eles são como duas gotas numa lagoa; ou seja, na medida em que ele o serve, assim será o seu poder para prejudicá-lo.

        No entanto, devemos lembrar sempre o que é o mal que o receptor causa a  ele. É por isto que cada um deve lembrar o propósito da criação – fazer o bem às Sua criações – e acreditar que o Criador pode conceder alegria  e prazer infinito. Está escrito acerca disso (Malaquias 3:10), “Fazei prova de Mim,”, diz o Senhor dos exércitos, “se eu não vos abrir as janelas dos céus e derramar sobre vós uma benção até que ela transborde.”

        A razão pela qual uma pessoa não sente o deleite e prazer que o Criador lhe deseja dar é devido à disparidade de forma entre o Criador, que é o doador, e o receptor. Isto causa vergonha pela recepção do deleite e prazer. Para evitar o pão da vergonha, ocorreu uma correcção chamada Tzimtzum [restrição] – para que não recebesse a não ser na condição de dar satisfação ao seu Autor. A isto se chama “equivalência de forma,´como os nossos sábios disseram, “Como Ele é mesericordioso, tu és misericordioso.”

        Isto significa que como o Criador é o doador e não há qualquer espécie de recepção Nele – pois de quem é que Ele receberia? – o homem, também  se deveria esforçar por alcançar  esse nível de não querer trabalhar para si próprio, mas para manter todos os seus pensamentos e desejos em  agradar ao seu Criador.

        Em geral, a abundância divide-se em cinco discernimentos, chamados NRNHY. Algumas vezes são chamados NRN. Da mesma forma, a abundância superior pode ser simplesmente chamada Neshamá [alma], e o receptor de Neshamá é chamado Guf [corpo], mas essas não são palavras  fixas, mas dependem do contexto.

        Assim, quem é aquele que impede de receber o deleite e prazer acima mencionados? É somente o desejo de receber.” Ele impede e não nos deixa fora do seu domínio, chamado “recepção para receber.” É neste discernimento que  ocorreu o Tzimtzum – para corrigir os vasos de recepção de foma a que se tornassem para doação, altura em que  se tornaria semelhante ao doador.

        E aqui há equivalência de forma, chamada Dvekut. Nessa altura, através de Dvekut com o Criador, uma pessoa é considerada viva, dado que está unida à Vida das Vidas. E através do receptor nele, está separado da Vida das Vidas. É por isso que os nossos sábios disseram, “Os ímpios - nas suas vidas são chamados ´mortos.´”

      Assim, é evidente que nos está obstruindo de nos ser dada a vida: é apenas o receptor em nós, e devemos determiná-lo  através do cálculo acima mencionado. Acontece que ele é a causa de todos os problemas e aflições que sofremos na vida. Claramente, o apelido de "inclinação para o mal",causa isso, uma vez quecausa todos os nossos problemas.

      Imaginemos uma pessoa doente que quer viver. Só há uma cura que pode salvar sua vida, pelo qual ele será recompensado com a vida, caso contrário, ele terá que perecer. E há uma pessoa que faz com que ele pare de tomar este medicamento. Claramente, esta pessoa é chamado de "um homem mau." É a mesma coisa para nós. Quando se aprende que só através do desejo de doar é possível  ser recompensado com a vida espiritual, que é onde o verdadeiro deleite e prazer são encontrados, e que este desejo de receber prende-o de receber, como poderemos olhar para ele? Claro que devemos vê-lo como o anjo da morte. Significado, que está a causar-nos a não ser concedida a vida!

      Quando uma pessoa chega a perceber isso que o nosso receptor é o mal em nós e quer ser "Israel", significando que ele não quer cometer idolatria, que é a inclinação para o mal no corpo do homem, e deseja o arrependimento por ter cometido idolatria durante todo esse tempo, e deseja ser um servo do Criador, naquele estado, quando ele deseja sair da dominação do inclinação para o mal, o que ele deve fazer?

      Para isso,  é a resposta que os nossos sábios disseram (Kidushin 30b), "Assim diz o Criador de Israel," Meus filhos, eu criei a má inclinação, e criei para ele o tempero da Torá. Se você se envolver com a Torá, você não será entregue na sua mão, como está escrito: "Se procederes bem, não vai ser levantado?" E se você não se envolver com a Torá, que serão entregues na sua mão , como está escrito, 'O pecado rasteja à porta.''"Em outras palavras, apenas o trabalho na Torá tem o poder de sair da dominação do inclinação para o mal e entrar na Kedusha.

        Daí resulta que aquele que trabalha na Torá, quando se fala do propósito de trabalho do estudo deve ser claro para uma pessoa, ou seja, a razão que o leva a se envolver com a Torá. Isto é assim porque há dois opostos na Torá, como nossos sábios disseram (Yoma 72b): "Rabi Yehosha Ben Levi disse:" Porque está escrito: "E esta é a lei que Moisés tinha posto? Se ele é recompensado, torna-se uma poção de vida para ele. Se ele não é recompensado, torna-se uma poção de morte para ele. 'Por essa razão, quando uma pessoa se envolve na Torá, ele verá que a Torá não o traz para a morte. "

                Contudo, é difícil compreender como pode haver tal uma distância entre ser recompensado e não ser recompensado, ao ponto que eles dizem que se ele não é recompensado com envolvimento na Torá, ela torna-se uma poção de morte para ele. Não seria suficiente que ele não fosse recompensado? Porque é ele ainda pior que o que não se envolveu na Torá de todo? Isto é, o que não se envolveu na Torá não tem a poção da morte, e o que se envolveu na Torá obteve morte em troca por seu trabalho. Pode tal coisa ser?

                Esta pergunta é apresentada na “Introdução a O Estudo das Dez Sefirot” (p 20, item 39), “Contudo, suas palavras requerem explicação para compreender como e através do quê a Sagrada Torá se torna uma poção da morte para ele. Não só são seu trabalho e esforços em vão, e ele não recebe beneficio de sua labuta e esforço, mas a Torá e o trabalho eles mesmos se tornam uma poção de morte para ele. Isto é certamente perplexo.”

                Na “Introdução a O Estudo das Dez Sefirot” (Item 101), “Dado que o Criador se esconde a Si Mesmo na Torá, dado que a questão dos tormentos e dores que um experimenta durante a ocultação da face não são similares entre o que possui alguns pecados e fez pouca Torá e Mitzvot e o que se envolveu extensivamente em Torá e boas acções. O primeiro é bastante qualificado para julgar seu Fazedor favoravelmente, para pensar que o sofrimento veio até ele devido a seus pecados e escassez de Torá. Quanto ao segundo, contudo, é muito mais difícil julgar seu Fazedor favoravelmente.”

                É similar conosco. Quando ele coloca o objectivo perante seus olhos, isto é que o superior deseja deleitar Suas criaturas, mas para evitar a vergonha, nós devemos ter vasos de doação. E uma vez que nós nascemos com a vontade de receber, que é considerada um Deus estranho, a quem servimos até acima da razão e que nos escraviza, e nós não conseguimos sair de seu poder, acreditamos nos nossos sábios que disseram, “O Criador disse, ‘Eu criei a inclinação do mal; Eu criei o tempero da Torá.”

                Esta é a razão que faz um se envolver na Torá, e então a Torá trás-lhe vida. Por outras palavras, através da Torá ele sai do domínio da inclinação do mal e torna-se um servo do Criador, ou seja que sua intenção é apenas trazer contentamento a seu Fazedor. E ele será recompensado com Dvekut com o Criador, ou seja que nessa altura, ele irá aderir à Vida das Vidas. Certamente, apenas nesse estado, quando uma pessoa estuda sobre seu objectivo, é a Torá considerada para ele como uma poção da vida, dado que através da Torá ele será recompensado com vida.

        E, contudo, se ele não se envolver na Torá por esse propósito, através da Torá que ele está estudando, o desejo de receber ficará mais forte e adquire mais força para mantê-lo sob seu controlo. Isto ocorre porque o receptor permite-lhe compreender que ele não é como as outras pessoas, porque, graças a Deus, ele é um homem que adquiriu boas acções e a Torá e, certamente, o Criador não deveria tratá-lo como Ele trata as pessoas comuns. Pelo contrário, o Criador deve reconhecê-lo por quem ele é.

        E se ele trabalha em ocultação, é certo que ele tem queixas contra o Criador, pois se ele sofre de alguma coisa diz ao Criador: "é esta a recompensa pela  Torá?" Assim, ele sempre tem queixas contra o Criador, o que é chamado de "duvidando da Divindade". Por isso, eles estão separados da Vida das Vidas.

        Isto significa que quando eles tenham desejado anular-se diante do Criador e que tudo o que eles façam seja apenas para servir o Criador, aqueles que trabalham para o receptor desejam que o Criador os sirva: tudo o que seu receptor necessite, o Criador deve satisfazer. Daqui se depreende que eles estão trabalhando inversamente a aqueles que querem ser recompensados ​​com a vida pelo seu envolvimento na Torá.

        Portanto, podemos entender o que nós perguntámos sobre porque Rabbi Ami diz: "A Torá não é para ser dada a idolatras". Se isso está no trabalho, ou seja, na própria pessoa, e ele está num estado de idólatra, a razão pela qual é proibido  aprender é porque é inútil. Isto é assim porque no trabalho aprendemos que devemos estudar a Torá para conseguir sair da dominação da inclinação para o mal. Mas se ele não quer se libertar da escravidão da inclinação para o mal, então porque é que ele precisa da Torá? Daqui resulta que, se lhe fosse dada a Torá, seria inútil. É um desperdício de esforço para quem o ensine.

        No entanto, Rabbi Yohanan acrescenta a Rabbi Ami e diz: "Não só é inútil como se um adorador de ídolos se envolver na Torá, isto irá prejudicá-lo". Ele está arriscando a sua alma, porque para os adoradores de ídolos, ou seja, aqueles que estudam Torá sem o objectivo de saírem da dominação da inclinação para o mal, mas desejam ficar sob si e servi-la de boa vontade, isto é chamado de "idolatria".

                Está escrito sobre isso, “Um Deus estranho no corpo de um homem.” Assim, ele está a tomar para si a poção da morte. Por isto Rabbi Yohanan disse, “Um adorador de ídolos que se dedique à Torá deve morrer.” Quer dizer, que ele está a arriscar a sua alma, porque a Torá será para si a poção da morte. No entanto, Rabbi Meir diria, “Onde é que a partir de um adorador de ídolos, que se dedica à Torá deve morrer? Pelo contrário, ele é como o sumo sacerdote, como foi dito, “Se um homem os faz, viverá por eles.”

                E nós perguntamos sobre isso, A) Porque diz ele, que é como um sumo sacerdote? Não é um sacerdote comum, um alto grau? Isto está tão longe das palavras do Rabbi Yohanan, que pensa que ele deve morrer. Então, qual é a razão para este exagero, que ele é um sumo sacerdote? B) Os intérpretes perguntam, a evidência que o Rabbi Meir traz, onde diz, “O homem”, Rabbi Shimon  diz que “o homem”, quer  na verdade dizer Israel e não idolatras.

                Devemos interpretar o que o Rabbi Meir diz, “Um adorador de ídolos que se dedica à Torá.”, é referente ao que explicámos acima. A intenção de Rabbi Meir, é que a pessoa chegue a entender que é um adorador de ídolos, vendo que desde o dia que nasceu até agora tem servido ídolos, um Deus estrangeiro, ou seja, a inclinação ao mal, a qual está dentro do corpo do homem. Ela vê como é escravizada e como se encontra sob o seu controle, e não tem o poder para desafiar a sua palavra. E, embora ele entenda algumas vezes com a sua mente e razão, que não vale a pena servi-lo, mas pelo contrário, a inclinação ao mal deve servir a Kedusha (santidade), ela ainda domina a sua razão e serve-o como se tivesse entendido que vale a pena servi-lo.

                Quando uma entende isso, quando vê que não há poder no mundo que o possa ajudar, e vê que está perdido e será desligado da vida para sempre, para o libertar da morte- “Os ímpios nas suas vidas, são chamados “mortos”- nesse estado ela passa a acreditar nas palavras dos nossos sábios. Eles dizem, “Isto é que o Criador disse a Israel, “Meus filhos, Eu criei a inclinação ao mal; e criei para isso a Torá como tempero. Se te dedicares à Torá, não serás entregue na suas mãos.”

                É este tipo de adorador de ídolos, que o Rabbi Meir diz ser, como um sumo sacerdote. E ele traz como evidência que está escrito, “Se um homem o faz, ele viverá por eles.” Ele interpreta que aquele que se dedicar à Torá, a fim de “viver por eles”, se a razão for a sua dedicação à Torá é porque ele deseja ser recompensado com a vida e não ser mau- um idólatra, que é um estranho Deus num corpo de um homem- mas, o seu objective é apenas ser recompensado com a vida, este versículo, “Se um homem os faz, deve viver por eles”, é sobre ele.

        Isto  acontece  porque se ele se empenha na Torá, será como o sumo sacerdote. E não somente como um sacerdote, mas será um sacerdote, que significa  adquirir a qualidade de Chesed  [misericórdia], que é chamada  “um sacerdote”, significando que será recompensado com vasos de doação, e que será recompensado com Gadlut [magnitude/maturidade]. É por isso que diz que é como o sumo sacerdote.

        Por conseguinte, deveríamos perguntar  qual a razão de Rabbi Meir dizer, “Até  um idólatra”. Como explicámos, é ao invés, uma vez que tal adorador de ídolos é digno de ser como o sumo sacerdote. Podemos explicar e dizer que a palavra “Até” quer dizer que até se uma pessoa vier de tal baixeza que vê que é verdadeiramente um idólatra, que vê que até então não ganhou nada na sua vida, mas somente serviu a sua má inclinação. Por outras palavras, todos os seus pensamentos e desejos foram apenas a favor do receptor. Nem sequer tocou o caminho da verdade, que significa que teve a capacidade de acreditar no Criador acima da razão, mas somente de acordo com o que  a razão lhe permitiu ver  - que nomeadamente por trabalhar para isso,  lhe dará energia para se empenhar na Torá e Mitzvot. A tal pessoa, Rabbi Meir vem e diz, “Não lamentes esta baixeza. Em vez disso, deverias acreditar que até quando tiveres  chegado  a tal baixeza, o Criador pode ainda ajudar-te a sair do exílio de estar sob o seu domínio todo este tempo.” Assim a razão é oposta: O significado do que ele diz é, “Até se o mundo concordar.”


        Contudo, na verdade, somente agora existe uma necessidade da Torá. Somente agora têm os verdadeiros Kelim [vasos], a verdadeira necessidade de que o Criador vos ajude, dado que chegaram ao ponto da verdade, como os nossos sábios disseram, “A  inclinação do homem ultrapassa-o todos os dias. Se não fosse pela acção do  Criador, ele não  prevaleceria sobre ela.” Agora vê a verdade, que  precisa mesmo da ajuda do Criador.

        Agora podemos compreender as palavras de O Zohar  acima mencionadas, onde ele diz que pelo visto  deveríamos fazer três discernimentos no trabalho: 1) adoradores de ídolos, 2) Jacob, 3) Israel. A diferença entre eles é que os adoradores de ídolos estão proibidos de estudar até a Torá literal. E aprendemos  que do  que está escrito,  “Ele não  tratou assim nenhuma  nação.” Em geral, é-lhe permitido ensinar-lhe o literal, especificamente os assuntos revelados. Ele conclui isso do verso, “Ele declara a Sua palavra a Jacob,” que é dum grau inferior.  Quando se está  num grau superior, é permitido ensinar-lhe os segredos da Torá.  Chega-se a essa conclusão do verso, “ Os seus regulamentos e as Suas leis para Israel.”

        Está escrito em O Zohar, Yitro (p69, e item 265 no Comentário Sulam), “Assim, dirás à casa de Jacob,´a esse local que serve o seu grau. ´´ E diz às crianças de Israel,´ dado que Jacob e Israel são dois graus. Jacob é o grau de VAK, e Israel é o grau de GAR. Contudo, Israel  é chamada ´a perfeição de tudo,´que significa mostrar Chochmá[sabedoria] e falar no espírito de Chochmá.”

E está escrito no O Zohar, Yitro (Item 260)’ “ Assim dirás à casa de Jacó é do sexo feminino’. ‘E diga aos filhos de Israel’ é para o sexo masculino.” Também no O Zohar, Yitro (Item 261), “’Assim dirás à casa de Jacó’ significado com um provérbio, do lado de Din [julgamento]. ‘E diga aos filhos de Israel’ é como disseram, ‘E ele deve contar a sua aliança.’ Dizer é Rachamim [misericórdia] dos filhos de Israel, o significado do sexo masculino que vem ao lado de Rachamim. É por isso que afirma ‘dizer’ sobre eles.”
                Devemos entender as diferenças nas palavras do Zohar, que diz na porção, Aharei, que Jacó e Israel são dois degraus: 1) Jacó é abaixo, com quem estuda o literal; 2) Israel é o degrau acima, com os quais se estuda os segredos da Torá.

                Está escrito no Zohar, Yitro (Item 260), “ Jacó é feminino, e Israel é masculino.” Diz (Item 261) “ Jacó é do lado de Din, é por isso que escreve, ‘provérbio’, e Israel é Rachamim, para dizer-se Rachamim,” Diz (Item 265), “Jacó é considerado VAK e Israel é considerado GAR. É por isso que está escrito, ‘E diga aos filhos de Israel’, que significa mostrar Chochmá e para falar no espírito de Chochmá, uma vez que implica dizer Chochmá.”

                Primeiro, iremos explicar o que O Zohar interpreta sobre o discernimento de Jacó. Diz, 1) VAK, 2) feminino, 3) Din, 4) um grau revelado, o degrau inferior, o literal.

        A ordem dos trabalhos que uma pessoa deve começar com objectivo de alcançar a meta é saber o seu estado na obra do Criador e qual a meta que deve alcançar, o que é a plenitude que a pessoa deve alcançar?

        O primeiro estado é para uma pessoa saber que ela é um adorador de ídolos, chamado “idolatra.” Esta é a inclinação do mal que existe no corpo do homem. Ela é chamada, “um Deus estranho” ou “um Deus forasteiro.” Isto é para clarificar seu estado, onde ele está verdadeiramente – que ele está verdadeiramente num estado de idolatria.

        Contudo, um deve fazer grandes esforços para ver a verdade porque é impossível alcançar a verdade senão através da Torá e trabalho, como nossos sábios disseram, “De Lo Lishma [não em Seu nome], um chega a Lishma [em Seu nome].” Num estado de Lo Lishma, quando uma pessoa se esforça em Torá e trabalho, é a natureza humana olhar para as pessoas nas suas imediações. E ele vê que não há outras pessoas como ele, dedicando tantas horas ao trabalho do Criador.

        Nesse estado, ele sente-se superior aos outros, e isto causa-o esquecer o objective, ou seja que a coisa importante é alcançar Lishma. Isto é porque as pessoas no exterior causaram-lhe sentir completude, e essa completude é a razão pela qual ele não pode sentir que é desprovido do objectivo principal  - alcançar Lishma.

        É especialmente assim se ele é respeitado por ser um servo do Criador. Certamente, todas as pessoas que o honram instigam suas visões para que ele possa acreditar no que eles pensam sobre ele, que ele é um homem altamente virtuoso sem muitos defeitos. Logo, como é possível que uma pessoa venha a dizer sobre si mesma que ela está em idolatria, que ela está ainda por circuncidar? Segue-se que esta adesão às massas, isto é sua adesão a sua Torá e trabalho lhe trouxeram completude. No trabalho, ela é chamada, “uma garra aos exteriores.”

        E o que está ele a perder ao eles terem uma garra? A resposta é que a garra é a razão pela qual ele não pode ver seu verdadeiro estado, que ele está ainda num estado de idolatria, e procurar conselho em como sair da dominação do mal.

        O Segundo estado de uma pessoa é quando ela se circunda a si mesma. “Circuncisão” significa que ele corta o prepúcio. O prepúcio é as três impuras Klipot [cascas], chamado “Vento Tempestuoso,” “Grande Nuvem,” e “Fogo Ardente,” e a vontade de receber vem de lá.

        No entanto, não está no seu poder cortar esse prepúcio. Baal HaSulam disse sobre isso que o Criador deve ajudar para que uma pessoa seja capaz de cortar o prepúcio. Está escrito sobre isso: "e fez uma aliança com ele". O significado de "com ele " é que o Criador o ajudou. No entanto, cabe a uma pessoa começar.

        No entanto, se dissermos que ele não pode circuncidar-se a si mesmo, então porque deveria uma pessoa começar, se dizemos que não conseguirá terminar? Parece que o seu trabalho é em vão. No entanto, sabe-se que não há luz sem um Kli (vaso), e um Kli é chamado de "uma carência", dado que onde não há carência, não há nenhum preenchimento.

        Assim, uma pessoa ter de começar refere-se à carência. Não significa que uma pessoa deveria iniciar com o preenchimento. Pelo contrário, quando dizemos: "iniciar", refere-se a dar a necessidade e a carência. Depois, o Criador vem e dá o preenchimento à carência. Isto é chamado de: "E fez uma aliança com ele", que o Criador lhe ajuda.

        Isto também é considerado como linha direita, que é o significado de: "Pai dá o branco", como explicado em Talmud Eser Sefirot. Isto significa que quando a luz superior brilha (significando Ohr Chochmá [luz de Chochmá], chamado Aba [pai]), é possível ver a verdade, que o prepúcio (o desejo de receber) é uma coisa ruim. Só então uma pessoa se apercebe que deve deitar fora o amor-próprio. Esta é a ajuda que uma pessoa recebe do Criador: chega ao reconhecimento do mal.

        Por outras palavras, antes que uma pessoa chegue à decisão de que não vale a pena estar a utilizar o receptor, não se pode usar as vasilhas de doação, dado que que um contradiz o outro. Por este motivo, uma pessoa deve circuncisar-se, e então pode ele encarregar-se do desejo de doar.

        Daqui resulta que a remoção do prepúcio, chamada “circuncisão”, vem com a ajuda de cima. Por outras palavras, é precisamente quando a luz superior brilha, que ele vê a sua humildade, que não pode receber nada devido à sua disparidade de forma. Nos mundos, isto é chamado, “O Pai dá o branco.”

        E depois de ele reconhecer o mal, vêm uma segunda correção: ele começa a trabalhar a fim de doar. Mas isto, também requer ajuda de cima. É chamado, “A sua mãe dá o vermelho.” No Talmud Eser Sefirot, ele interpreta que isso se refere ao desejo de doar. Segue-se que, ambos os poderes para anular o desejo de receber, e o poder de executar actos de doação são dados pelo superior. Por outras palavras, a ajuda vêm do alto.

        Isto traz a questão, “O que faz o mais baixo dar?” Como é dito que o mais inferior deve começar, como começa, então depois o Criador dar-lhe-á a assistência necessária?

        Como foi dito, tudo o que os mais inferiores podem dar ao Criador, é a falta de um lugar para o Criador preencher. Por outras palavras, todo o que desejar ser um servo do Criador e não um adorador de ídolos deverá vir a sentir a sua baixeza. Na medida em que ele sente isto, uma dor forma-se gradualmente nele para ser imersa em amor-próprio, na verdade, como uma besta, e ele não tem nenhuma conexão  com o discernimento de um humano.

        No entanto, às vezes uma pessoa chega a um estado onde pode ver a sua baixeza e não se importa por estar imersa em amor-próprio, e não sente na verdade a baixeza ao ponto de precisar do Criador, para livrá-lo dele. 

        Nesse estado, uma pessoa deve dizer a si própria, “Eu não estou inspirada; sou como uma besta, fazendo apenas coisas terríveis,a minha única preocupação é pedir ao Criador que me deixe sentir mais prazer nos meus desejos corporais, e não sinto desejos de outra forma.” Neste estado, a pessoa deve dizer a si mesma que está num estado de inconsciência. E, se não pode orar ao Criador para o ajudar, só há uma solução: criar laços com pessoas que ele acredita terem a sensação de falta, que estão em baixeza e pedem ao Criador para aproximá-los, para os livrar do trabalho de alívio, e das trevas à luz, embora não tenham sido entregues ainda.

        Depois, deveria dizer, “Certamente que eles ainda não completaram o seu Kli de deficiência, chamado ´a necessidade  de ser  liberto  deste exílio.´Contudo, eles provavelmente atravessaram  a parte do leão no caminho de sentir a necessidade  verdadeira. “Assim através delas, pode receber também a sua sensação,  significando que sentirá dor ao estar em queda, também. Contudo, é impossível receber a influência da sociedade, se não estiver ligado à associação, o que significa se não os aprecia. Na medida em que os aprecia, pode receber deles a influência sem qualquer trabalho, simplesmente  por aderir à sociedade.

        Segue-se que no segundo estado, o que significa quando ele for  circuncidado e tiver   passado por dois discernimentos – 1)  remoção do mal, que é a anulação dos vasos de recepção, e 2) obtenção dos vasos de doação – considera-se  que agora  recebe o grau de VAK.   Isto é considerado meio grau, dado que um grau completo quer dizer que  também pode usar os vasos de recepção,  para doar.

        E dado que  somente obteve os vasos de doação depois  de ter sido circuncidado para doar, é meramente considerado como o grau de VAK. A isto se chama  “o grau de Jacob.” É chamado “fêmea”, como em, “A sua força é tão fraca como uma fêmea,”  que significa que não pode ultrapassar e os deseja para doar, mas somente com os vasos de doação.

        E este grau, também, é chamado Din. Significa que ainda há Midat ha  Din [qualidade de julgamento] sobre os vasos de recepção, que é proibido usá-los porque ele não pode ter em vista a doação. Também é chamado “um grau revelado,” para saber que há outro grau que está escondido dele. Também é chamado “um grau baixo,” para saber que há um grau elevado. Precisamos conhecer isto  para  sabermos  que há mais trabalho a ser feito, isto é para  alcançar ainda  um grau mais elevado.

        Este grau é também chamado “o literal,”  uma vez que agora se circuncidou  a si próprio, se tornou “num mero judeu.” Isto é, antes de ser circuncidado  era um idólatra, e agora é visto simplesmente  como “judeu”

        Também, agora é chamado “Jacob”, como está escrito, “Assim dirás à casa de Jacob,”  significando “dizer” que é um discurso  brando, dado que o grau de Jacob é olhado como trabalhar somente com vasos de doação, que são Kelim  puro. É  por isso que ali está “dizer”, que é um discurso brando.

        Isso não é assim com o discernimento de “Israel”. O Zohar interpreta Israel como sendo 1) o grau de GAR, plenitude de tudo; 2) masculinos; 3) Rachamim; 4) um alto e escondido grau, os segredos da Torá.

          Vamos explicá-los um de cada vez.

1)      O grau de GAR. Uma vez que cada grau é composto por Dez Sefirot, que se dividem em Rosh e Guf [cabeça e corpo, respectivamente], o Rosh é chamado GAR, que significa Keter-Chochmá-Bina, e o GUF é chamado ZAT. Eles são duas metades do grau. Isto é porque VAK é considerado um grau mais baixo e GAR é considerado um grau elevado. Sabe-se que quando falamos do grau de VAK, ele é chamado “meio grau”. Isto significa que GAR é ausente. Por esta razão, quando dizemos, “o grau de GAR”, significa que é um grau completo aqui, já que a regra é quando dois graus estão juntos, o maior deles é mencionado e inclui o menor deles. É por esta razão que O Zohar chama a perfeição de tudo, “Israel”.

2)    O grau de machos. Cada grau contém dois tipos de Kelim Zach [puro/bom] – que são vasos de doação, e Av [espessura], que são vasos de recepção. É possível usá-los apenas se a intenção de doar é colocada sobre eles. E uma vez que para doar é contra a natureza, isso exige um grande esforço com muita força contra a natureza. E quando um puder superar somente os Kelim bons, isto é chamado “uma fêmea”, que implica que que seu poder é tão fraco quanto uma fêmea. Mas quando ele pode superar os vasos de recepção, também, ele é chamado “um macho”, “masculino”, “forte”. E desde que Israel é considerado GAR, a perfeição de tudo, usando os vasos de recepção, também, Israel é considerado “masculino”.

3) O grau de Rachamim. Como não havia um Tzimtzum [restrição] e Din [julgamento] ao longo dos vasos de recepção, e é proibido usá-los a menos que um possa fazê-lo a fim de outorgar, quando não se tem a intenção de doar, com vasos de recepção, há Din sobre eles e é proibido usá-los. É por isto que a fêmea é chamada Din.

        Mas uma forma masculina que se pode vencer, para doar em vasos de recepção, também, e Din é retirado deles. Ele usa os vasos de recepção para doar, e isto é chamado Rachamim [misericórdia]. Considera-se que o anterior Din tem sido mitigada pela qualidade de Rachamim, que agora ele recebe o grau a fim de outorgar. É por isto que um macho é chamado de Rachamim.

        Isto significa que macho é chamado Rachamim e não Din, está escrito no Zohar (Item 26), “Assim dirás à casa de Jacó”, significa dizendo que é o lado de Din, e “Diga às crianças de Israel” significa dizer é do lado de Rachamim.

        RASHI interpreta o verso: "Assim dirás à casa de Jacó": "O nome Mekilta [uma interpretação sobre o livro, Êxodo] são as mulheres, diga-lhes com voz suave, e" Diga aos filhos de Israel, "os homens, as palavras são duras como os tendões. "

        Devemos interpretar as palavras: "Para as mulheres com voz suave." Foi mencionado acima que as mulheres são aquelas que não têm muita força para vencer, mas apenas sobre os finos Kelim . Isso é chamado de "suave", o que significa que é suave e não é tão duro ultrapassar os vasos de doação ["duro" é a mesma palavra como "duros", em hebraico].

        Mas os vasos de recepção são muito duros de superar. Assim, os homens, os que estão em um estado de homens,  têm o poder de superar-se dado o trabalho em coisas que são tão duros como os tendões, referindo-se aos vasos de recepção. Mas por que escreve o Zohar que os homens são Rachamim? Pelo contrário, ela diz: "Por mais difícil que os tendões", e significa duro Din, não Rachamim. Assim, por um lado, ele diz que os homens significam tão duro como tendões e, por outro lado ela diz que eles são Rachamim.

        Devemos interpretar que os homens têm o poder de superar os vasos de recepção, que são duros de ultrapassar. E quando superaram os vasos de recepção, chamados Midat ​​ha Din qualidade [de julgamento], que está sobre eles, há Rachamim naquele lugar, e não Din. Mas com as mulheres, que não têm poder para ultrapassar os vasos de recepção, há Midat ha ​​Din sobre eles e é proibido utilizá-los.

        4) Um nível elevado e oculto, considera "os segredos da Torá." Escondidos "significa que mesmo que uma pessoa se já é circuncidado  e se  foi recompensado com o literal, ou seja, ser um simples judeu , isto é, ele veio para um estado onde ele não está cometendo idolatria, mas serve ao Criador, a luz da Chochmá–revelada nos vasos de recepção - ainda está escondida dele.

        Mas aquele que é recompensado com o maior discernimento, que é um homem e tem o poder de superar os vasos de recepção, também,a luz de Chochmá, chamada "os segredos da Torá", aparece nesses Kelim. É por isso que o Zohar diz (item 265), "E diz aos filhos de Israel", que significa mostrar Chochmá e falar no espírito de Chochmá, uma vez que "dizer" implica Chochmá, como está escrito: "E ele deve dizer-lhes sobre a sua aliança ".

        Daqui resulta que dizer que é proibido de ensinar Torá para adoradores de ídolos deve ser interpretado na obra como: "É impossível ensinar adoradores de ídolos a Torá." Como disse  Baal HaSulam , quando se fala em assuntos da obra, onde ele escreve "proibido", significa "não se consegue". Mas depois dele ser circuncidado, há dois graus superior e inferior significando literal e oculto.

Rav Baruch Ashlag, Rabash
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