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quarta-feira, 17 de junho de 2015

O Pensamento da Criação e as Quatro Fases de Luz Directa

junho 17, 2015

PREFÁCIO À SABEDORIA DA CABALÁ


Durante o estudo, é recomendado examinar os desenhos que
estão no fim do capítulo, HaIlan

O PENSAMENTO DA CRIAÇÃO E AS QUATRO FASES DA LUZ DIRETA


1) Rabi Chanania filho de Akashia diz: “O Criador queria trazer mérito a Israel; portanto, Ele lhes deu muita Torá e Mitzvot (mandamentos), como está escrito, ‘O Senhor estava contente, pelo bem da Sua retidão’, para fazer o ensinamento grande e glorioso” (Makot, 23b). É sabido que “merecer” (Zechut) é derivado da palavra “purificar” (Hizdak’chut). É como os nossos sábios disseram, “As Mitzvot foram dadas somente para a purificação de Israel” (Bereshit Raba, Parasha 44). Nós precisamos entender esta purificação que alcançamos através da Torá e Mitzvot, e qual é a Aviut (espessura, grossura, o desejo de receber) que está dentro de nós, que devemos purificar usando a Torá e Mitzvot.

Uma vez que nós já discutimos isto em meu livro “Panim Masbirot” e no Estudo das Dez Sefirot, eu resumidamente reiterarei aqui: O Pensamento da Criação era deleitar as criaturas, de acordo com a Sua abundante generosidade. Por esta razão, foi impresso nas almas um grande desejo e anseio em receber Sua Shefá (Abundância).

Isto é assim porque o desejo de receber é o Kli (vaso) para a medida do prazer na Shefá. De acordo com a medida e força do desejo de receber a Shefá, assim é a medida correspondente do prazer e deleite na Shefá, nem mais e nem menos. E eles estão tão intimamente conectados, que nós não os diferenciamos exceto no que eles se relacionam: o prazer está relacionado à Shefá, e o grande desejo de receber a Shefá está relacionado à criatura que a recebe.

Estes dois necessariamente se estendem do Criador, e necessariamente vieram no Pensamento da Criação. Entretanto, nós diferenciamos entre eles naquela Shefá que vem da Sua Essência, estendendo existência a partir da existência, enquanto que o desejo de receber incluído ali é a raiz das criaturas. Isto significa que é a raiz de algo recém criado, isto é, surgido da existência a partir da ausência, uma vez que certamente não existe a forma do desejo de receber em Sua Essência.

Portanto, nós podemos dizer que este desejo de receber mencionado acima é toda a substância da Criação do início ao fim. Isto é, a medida que todos os incontáveis tipos de criaturas, todas as incontáveis instâncias e todas as suas condutas que apareceram e que aparecerão, são nada além de medidas e várias denominações do desejo de receber. E tudo o que existe nas criaturas, ou seja, tudo o que é recebido no desejo de receber impresso em sua natureza, estende de Sua Essência existência a partir da existência. Não é de forma alguma uma nova criação, pois não é nada novo.

Pelo contrário, se estende de Sua Eternidade existência a partir da existência.

2) E de acordo com o que foi dito, o desejo de receber está inatamente incluído no Pensamento da Criação com todas as suas inumeráveis denominações, juntamente com a grande Shefá que Ele pensou deleitar e transmitir a elas. E saiba que este é o segredo do Ohr (Luz) e Kli que nós discernimos nos Mundos Superiores.

Eles vêm necessariamente conectados uns aos outros e descem cascateando juntos degrau por degrau. E a medida a qual os degraus descem da Luz de Sua Face, e se distanciam dEle, é a medida correspondente da materialização do desejo de receber contido na Shefá.

Nós poderíamos também declarar o oposto: que de acordo com a medida em que o desejo de receber incluído na Shefá se materializa, ele desce degrau por degrau, como será explicado. Os níveis descem até o mais baixo de todos os lugares, onde o desejo de receber se torna completamente materializado. Este lugar é chamado “o mundo de Assiá”, o desejo de receber é considerado “o corpo humano”, e a Shefá que é recebida é considerada a medida de “vitalidade naquele corpo”.

Isto é similar em outras criaturas neste mundo, de forma que a única diferenciação que existe entre os Mundos Superiores e este mundo é que enquanto o desejo de receber incluído em Sua Shefá não for materializado completamente, ele é considerado como estando nos mundos espirituais, Acima deste mundo. E uma vez que o desejo de receber se materializou totalmente, ele é considerado como estando neste mundo.

3) A ordem do cascateamento mencionada acima, que leva o desejo de receber à sua forma final neste mundo, segue a sequência dos quatro discernimentos que existe no nome de quatro letras, HaVaYaH. Isto é porque as quatro letras, HaVaYaH (Yud, Hey, Vav, Hey), no Seu Nome contém toda a realidade, sem qualquer aspecto da realidade ser deixada fora dele.

No geral, elas são descritas nas dez Sefirot, Chochmá, Biná, Tiféret, Malchut e sua Shóresh (Raiz). Elas são dez Sefirot porque a Sefirá Tiféret contém seis Sefirot internas chamadas CHAGAT NEH”Y (Chéssed–Gvurá–Tiféret Netzach–Hod–Yessód), e a Raiz, chamada Kéter. Mas em sua essência, elas são chamadas CHÁB TUM (Chochmá–Biná Tiféret–Malchut). Lembre-se disto.

E eles são quatro mundos, chamados: Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. E o mundo de Assiá contém “este mundo” dentro de si. Portanto, não existe criatura neste mundo, que não tenha sido feita nova do mundo de Ein Sóf, no Pensamento da Criação, que é deleitar Suas criaturas, como dissemos anteriormente. Assim, está inatamente composto de Luz e Kli, ou seja, uma certa medida da Shefá com o desejo de receber esta Shefá.

A medida da Shefá se estende da Sua Essência – existência a partir da existência, e o desejo de receber esta Shefá é novo – existência a partir da ausência, como dissemos anteriormente.

Mas para que est desejo de receber adquira sua forma final, ele precisa cair em cascata junto com a Shefá dentro de si através dos quatro mundos – Atzilut, Briá, Yetzirá e Assiá. Então a criatura é completada em Luz e Kli, chamado Guf (corpo), e a “Luz da Vida” dentro de si.

4) A razão pela qual o desejo de receber precisa cair em cascata pelos quatro discernimentos mencionados acima em ABYA (Atzilut, Briá, Yetzirá, Assiá) é que existe uma grande regra no que diz respeito aos Kelim (plural de Kli): a expansão da Luz e sua partida torna o Kli apto para sua tarefa. Explicação: Enquanto o Kli não tenha sido uma vez separado de sua Luz, ele está incluído na Luz e é anulado dentro dela tal como uma vela frente a uma tocha.

E a ideia desta nulificação é que eles são completamente opostos um do outro, de um extremo ao outro. Isto é assim porque a Luz é a Shefá que se estende de Sua Essência existência a partir da existência. Da perspectiva do Pensamento da Criação em Ein Sóf, tudo é em direção à doação e não existe nenhum traço do desejo de receber nele. Seu oposto é o Kli, que é o grande desejo de receber esta Shefá, que é a raiz da nova criatura, na qual não existe qualquer aspecto de doação.

Portanto, quando eles são unidos juntos, o desejo de receber é anulado na Luz dentro dele, e ele é incapaz de determinar sua forma até que a Luz tenha partido dali uma vez. Isto é assim porque seguindo a partida da Luz dele, este começa a suplicar por ela, e esta súplica define e delineia a forma do desejo de receber como convém. Subsequentemente, quando a Luz retorna e é vestida no desejo de receber, eles são considerados agora como dois aspectos separados: Kli e Luz, ou Guf e Vida.

E observe isto atentamente, porque isto é muito profundo.

5) E portanto, nós precisamos dos quatro discernimentos que estão no nome HaVaYaH, chamados Chochmá, Biná, Tiféret e Malchut. Bechiná Álef (Fase Um), chamada Chochmá, inclui a totalidade do ser emanado, Luz e Kli. Isto é porque o grande desejo de receber está nela com toda a Luz, chamada Ohr Chochmá (Luz da Sabedoria) ou Ohr Chaiá (Luz da Vida), pois ela é toda a Chayim (Vida) no ser emanado, vestida em seu Kli. Entretanto esta Bechiná Álef é considerada completamente Luz e o Kli nela é quase imperceptível, já que está misturado com a Luz e anulado nela tal como uma vela frente a uma tocha.

A seguir, vem Bechiná Bet (Fase Dois), pois em seu estágio final, o Kli de Chochmá prevalece em Similaridade de Forma com a Luz Superior dentro de si. Isso significa que é despertado um desejo de doar ao Emanador, de acordo com a natureza da Luz dentro de si – inteiramente para doar.

Assim, usando este desejo, que foi despertado nela, uma nova Luz se estende para ela do Emanador, chamada Ohr Chassadim (Luz da Misericórdia). Como resultado, ela se tornou quase totalmente separada da Ohr Chochmá dada a ela pelo Emanador, isto é porque o Ohr Chochmá só pode ser recebida em seu próprio Kli – que é o grande desejo de receber em toda sua medida, como discutido acima.

Desta maneira, a Luz e o Kli na Bechiná Bet são completamente diferentes daqueles em Bechiná Álef, uma vez que nela o Kli é o desejo de compartilhar e a Luz dentro dele é considerada Ohr Chassadim, uma Luz que se origina da Dvekút (adesão) do emanado no Emanador, pois o desejo de compartilhar induz sua Similaridade de Forma com o Emanador e na espiritualidade Similaridade de Forma é Dvekút, como será explicado posteriormente.

A seguir vem Bechiná Guimel (Fase Três). Isto é porque após a diminuição da Luz dentro do ser emanado em Ohr Chassadim sem nenhuma Chochmá, embora se saiba que Ohr Chochmá é a essência do ser emanado, portanto Bechiná Bet em seu estágio final é despertada e atrai dentro de si mesma uma medida de Ohr Chochmá, para brilhar em seu Ohr Chassadim. Este despertar reacendeu certa medida do desejo de receber, que forma um novo Kli chamado Bechiná Guimel ou Tiféret. E a Luz nele é chamada “Luz de Chassadim com iluminação de Chochmá” uma vez que a maior parte daquela Luz é Ohr Chassadim e, sua menor parte é Ohr Chochmá.

A seguir, vem Bechiná Dálet (Fase Quatro), uma vez que o Kli de Bechiná Guimel também despertou em seu estágio final para atrair Ohr Chochmá em completa medida, tal como ocorreu em Bechiná Álef. Assim, este despertar é considerado “anseio” na medida do desejo de receber que estava em Bechiná Álef e, o superando, pois agora ela já se separou daquela Luz, pois o Ohr Chochmá não é vestido nele e ele anseia por ele. Portanto, a forma do desejo de receber foi inteiramente determinada, uma vez que o Kli é determinado seguindo a expansão da Luz e sua partida dali. Mais tarde, quando ela retorna e recebe novamente a Luz, vemos que o Kli precede a Luz.

Portanto, esta Bechiná Dálet é considerada a conclusão do Kli e é chamada de Malchut.

6) Estes quatro discernimentos mencionados acima são as dez Sefirot, discernidas em cada emanação e em cada criatura, num todo, que são quatro mundos e, até mesmo na menor parte na realidade. Bechiná Álef é chamada Chochmá ou “o mundo de Atzilut”; Bechiná Bet é chamada Biná ou “o mundo de Briá”; Bechiná Guimel é chamada Tiféret ou “o mundo de Yetzirá” e Bechiná Dálet é chamada Malchut ou “o mundo de Assiá”. E vamos explicar os quatro discernimentos aplicados em cada alma:

Quando a Neshamá (Alma) é estendida de Ein Sóf e vai para o mundo de Atzilut, ela é Bechiná Álef da Alma. Todavia, lá ela ainda não é discernida por esse nome, uma vez que o nome Neshamá (alma) implica que existe alguma diferença entre ela e o Emanador e que através desta diferença, ela partiu de Ein Sóf e revela sua própria vontade.

E enquanto ela não tem uma forma de um Kli, não há nada que a separe de Sua Essência, a ponto de merecer ser chamada pelo próprio nome. E você já sabe que Bechiná Álef do Kli não é considerada de modo algum um Kli e, é totalmente anulada na Luz. E este é o significado do que foi dito sobre o mundo de Atzilut, que é completa Divindade, no segredo de “Hu (Ele), Suas Chayohi (Emanações Vivificantes) e Seus Garmohi (Órgãos) são Um” 25. Até mesmo as almas de todas as criaturas viventes, enquanto atravessam o mundo de Atzilut, ainda são consideradas ligadas à Sua Essência.

7) E no mundo de Briá está governando agora a Bechiná Bet mencionada acima, ou seja, o aspecto do Kli do desejo de compartilhar. Por conseguinte, quando a alma desce em cascata ao mundo de Briá e adquire o aspecto do Kli que existe ali, ela é diferenciada com o nome Neshamá (alma). Isto significa que ela já saiu e se separou da Sua Essência e merece seu próprio nome – Neshamá. Porém, este é um Kli muito puro e fino, uma vez que ele está em Similaridade de Forma com o Emanador. Por isso, ele é considerado completamente espiritual.

8) E no mundo de Yetzirá está governando agora a Bechiná Guimel mencionada acima, contendo uma pequena quantidade da forma do desejo de receber. Portanto, quando a alma cai em cascata para o mundo de Yetzirá e adquire aquele Kli, ela sai do aspecto espiritual de Neshamá e é então chamada Ruach. Isto é porque aqui seu Kli já está misturado com um pouco de Aviut, ou seja, uma pequena quantidade do desejo de receber nele. Todavia, ela ainda é considerada espiritual, por que essa medida de Aviut é insuficiente para separá-la completamente de Sua Essência e merecer o nome “corpo”, que se mantém por si próprio.

9) E no mundo de Assiá está governando agora a Bechiná Dálet, que é o Kli completo do grande desejo de receber, como mencionado acima. Assim, lá é atingido um corpo completamente separado e distinto de Sua Essência, que se mantém por si próprio. A Luz nele é chamada Néfesh (da palavra Hebraica “descanso”), indicando que a Luz está imóvel em si mesma. E saiba que não há um pequeno detalhe da realidade que não contenha toda ABYA.

10) Assim descobrimos como esta Néfesh, que é a Luz da Vida vestida no corpo, se estende de Sua Própria Essência, existência a partir da existência. E conforme atravessa os quatro mundos ABYA, ela se torna cada vez mais distante da Luz de Sua Face, até que chega ao seu Kli designado, chamado Guf (corpo). Então é considerado que o Kli completou sua forma desejável.

E até mesmo se a Luz dentro dele diminuísse tanto, ao ponto que não há mais consciência da sua raiz de origem, através da aplicação em Torá e Mitzvot com a intenção de dar contentamento ao Criador, a pessoa gradualmente purifica seu Kli, chamado Guf, até que ele se torne merecedor de receber a grande Shefá, em toda a medida incluída no Pensamento da Criação no tempo em que foi criado. E isto é o que Rabi Chanania diz “O Criador queria trazer mérito a Israel; portanto, Ele lhes deu muita Torá e Mitzvot”.

11) E com isso você pode entender a verdadeira barreira para diferenciar entre espiritualidade e corporeidade: Quando há um desejo de receber completo, em todos os seus aspectos, que é Bechiná Dálet, ele é chamado “corpóreo”. E isto é encontrado em todos os elementos da realidade que vemos diante de nossos olhos neste mundo. Enquanto ele estiver acima da medida deste grande desejo de receber, ele é chamado pelo nome “espiritualidade”, que são os mundos de ABYA – Acima deste mundo – e toda a realidade dentro deles.

E com isto entenda que todo o conceito de subidas e descidas descrito nos Mundos Superiores, não está relacionada a um lugar imaginário, Deus proíba, mas apenas aos quatro discernimentos no desejo de receber. Pois aquilo que está mais distante de Bechiná Dálet é considerado ser mais Elevado. Reciprocamente, aquilo que está mais próximo de Bechiná Dálet, é considerado mais inferior.

12) O ponto central e a totalidade da Criação são nada além do desejo de receber. O que está além disto, não está na categoria da Criação, mas estende-se de Sua Essência através da existência a partir da existência. Portanto, por que discernimos este desejo de receber como Aviut (espesso) e túrbido e, somos ordenados a purificá-lo através da Torá e Mitzvot, ao ponto que sem isto, não atingiremos a meta sublime do Pensamento da Criação?

13) E a razão é que, assim como os objetos corpóreos são separados um do outro pela distância física, os espirituais são separados um do outro pela Diferença de Forma entre eles. Isto também pode ser encontrado em nosso mundo. Por exemplo: Quando duas pessoas compartilham os mesmos pontos de vista, elas amam uma a outra, e a distância física não causa efeito sobre elas quando elas estão distantes uma da outra.

Por outro lado, quando suas opiniões são distantes, elas se odeiam uma a outra e, a proximidade física não as trará mais próximas. Portanto, a Diferença de Forma em suas opiniões as distancia uma da outra e a proximidade de forma em suas opiniões as aproxima. E se, por exemplo, a natureza de uma delas está em todos os aspectos da natureza oposta da outra, então elas estão tão distantes uma da outra como o Leste do Oeste.

E desta forma compreenda que na espiritualidade, todos as questões de distância e proximidade, Zivug (acoplamento) e Yichud (unificação) que é discernido nelas, são nada além de medidas de Diferença de Forma. Elas se distanciam uma da outra conforme suas medidas de Diferença de Forma e se tornam ligadas uma a outra conforme sua medida de Similaridade de Forma.

E com isto entenda que embora o desejo de receber seja um princípio intrínseco na criatura, pois ele é toda a essência da Criação dentro da criatura, e é o Kli apropriado para recepção da meta que está no Pensamento da Criação, no entanto, isto separa completamente a criatura do Emanador. Isto é assim, porque existe a Diferença de Forma no ponto de oposição entre ela mesma e o Emanador.

Isto, porque há uma Diferença de Forma entre a criatura e o Emanador ao nível de serem opostos, pois o Emanador é completa doação sem nenhuma centelha de recepção e, a criatura é completa recepção sem nenhuma centelha de doação.

Portanto, não há maior oposição de forma do que esta. Resulta, portanto, que esta oposição de forma necessariamente separa a criatura do Emanador.

14) Para salvar as criaturas desta separação titânica, foi feito o segredo do Tzimtzum Álef (Primeira Restrição). A ideia é que, a Bechiná Dálet que nós falamos é separada de todos os Partzufim (faces/semblantes) de Kedushá (santidade), de tal maneira que aquela grande medida de recepção permaneceu em um espaço vazio, desprovido de toda Luz.

Isto é assim porque todos os Partzufim de Kedushá emergiram com uma Massach (tela) erguida em seus Kli Malchut para que eles não recebessem nesta Bechiná Dálet. Então, quando a Luz Superior foi estendida e se espalhou nos seres emanados, este Massach a rejeitou de volta. Isto é considerado como se houvesse um impacto entre a Luz Superior e a Massach, que eleva Ohr Chozêr (Luz Retornante) de baixo para Cima, vestindo as dez Sefirot da Luz Superior.

A porção da Luz que é rejeitada e empurrada de volta, é chamada de Ohr Chozêr (Luz Retornante). Conforme veste a Luz Superior, ela se torna um Kli para recepção da Luz Superior ao invés de Bechiná Dálet, a razão para isso é que o Kli de Malchut foi expandido por meio do Ohr Chozêr – a Luz rejeitada ou retornante – que subiu e vestiu a Luz Superior de baixo para Cima e, também expandiu de Cima para baixo. Assim, as Luzes foram vestidas nos Kelim (plural de Kli), dentro do Ohr Chozêr.

Este é o segredo de Rosh (cabeça) e Guf (corpo) em cada grau. O Zivug de Haka’á (acoplamento por choque) da Luz Superior impactando na Massach causa a subida do Ohr Chozêr de baixo para Cima e veste as dez Sefirot da Luz Superior na forma das dez Sefirot de Rosh, ou seja, as raízes dos Kelim (vasos). Isto é assim, porque lá não pode haver um revestimento real.

Posteriormente, quando Malchut se expande com Ohr Chozêr de Cima para baixo, o Ohr Chozêr termina e se torna Kelim para a Luz Superior. Então, as Luzes são vestidas nos Kelim e isto é chamado de “Guf desse grau”, isto é, Kelim completos.

15) Assim, novos Kelim foram feitos nos Partzufim de Kedushá no lugar de Bechiná Dálet, após o Tzimtzum Álef (Primeira Restrição). Eles foram feitos do Ohr Chozêr do Zivug de Haka’á na Massach.

De fato, devemos entender este Ohr Chozêr e como ele se torna um Kli HaCabalá (Vaso de Recepção), já que inicialmente era apenas uma Luz rejeitada. Assim, ele está cumprindo agora um papel oposto em relação a sua própria essência. Eu explicarei isto com uma alegoria da vida: A natureza do homem é estimar e favorecer a qualidade de doar e desprezar e detestar a recepção de um amigo.

Portanto, quando uma pessoa vai ao seu amigo e ele (o anfitrião) a convida para uma refeição, ela (o convidado) recusará, mesmo que esteja faminta, já que aos seus olhos é humilhante receber um presente de seu amigo.

No entanto, quando seu amigo lhe implora suficientemente, até que fique claro que ao comer, ela estará fazendo um grande favor ao seu amigo, ela aceita comer, já que não sente mais que está recebendo um presente e, que seu amigo é o doador. Pelo contrário, ela (o convidado) é o doador, que está fazendo um favor ao seu amigo por estar recebendo este benefício dele.

Assim, você descobre que embora a fome e o apetite sejam vasos de recepção designados para comer e, que esta pessoa tinha fome e apetite suficientes para receber a refeição de seu amigo, ela ainda não podia experimentar nada, devido à vergonha. Porém, quando seu amigo começou a lhe implorar e, ela continuou a resistir, novos vasos começaram a se formar dentro dela para comer, uma vez que a força das súplicas de seu amigo e a força da sua própria resistência, conforme se acumulavam, finalmente se acumularam em uma quantidade suficiente para transformarem, a medida de recepção, em medida de doação.

Isto a leva a entender que, ao comer, estará fazendo um grande favor e trazendo grande contentamento ao seu amigo. Nesse estado, a pessoa consequentemente atinge novos vasos de recepção, para receber a refeição de seu amigo. Agora vemos que a força da resistência se tornou o vaso principal para receber a refeição e não a fome e o apetite, embora eles sejam verdadeiramente os vasos usuais de recepção.

16) Da alegoria acima entre a pessoa e seu amigo, podemos entender a questão do Zivug de Haka’á mencionado acima, e o Ohr Chozêr que se eleva através dele, que então se torna novos vasos de recepção para a Luz Superior ao invés da Bechiná Dálet. Podemos comparar a Luz Superior, que se choca com a Massach e quer se expandir na Bechiná Dálet, ao amigo suplicando a pessoa a comer, pois assim como ele anseia que seu amigo receba a sua refeição, a Luz Superior deseja se espalhar ao receptor. E a Massach, que se choca com a Luz e a repele, se assemelha a resistência e a rejeição do amigo em receber a refeição, uma vez que ele rejeita seu favor.

Nós encontramos aqui, que é precisamente a resistência e a rejeição que se tornaram os vasos apropriados para receber a refeição do amigo. Isto pode ser comparado à Ohr Chozêr que se eleva pelo choque da Massach, e a rejeição da Luz Superior, este Ohr Chozêr se torna um novo vaso de recepção para a Luz Superior, ao invés de Bechiná Dálet, que serviu como vaso de recepção antes do Tzimtzum Álef (Primeira Restrição).

Entretanto, isto foi colocado apenas nos Partzufim (plural de Partzuf) de Kedushá (santidade) de ABYA, não nos Partzufim das Klipót (cascas) e neste mundo, onde a própria Bechiná Dálet é considerada o vaso de recepção. Assim, elas são separadas da Luz Superior, já que a Diferença de Forma em Bechiná Dálet as separa.

Por esta razão, as Klipót são consideradas más e mortas, pois elas são separadas da Vida das Vidas pelo desejo de receber dentro delas. Isto é mencionado acima no Item 13 (veja lá). Examine isto profundamente, pois é impossível explicar mais.

[25] Nota do tradutor: em Hebraico, Hu se refere à “Sua Essência”, Chayohi à “Luz Emanada” e Garmohi ao “Kli”.


Rav Yehuda Ashlag, Baal HaSulam
Conforme publicado no livro Cabala para o Estudante
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