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terça-feira, 28 de junho de 2016

A Respeito de Yenika [Amamentação] e Ibur [Impregnação]

junho 28, 2016


Artigo Nº 31, Tav-Shin-Mem-Vav, 1985-86

Ibur [gestação/impregnação], Yenika [amamentação], Mochin [maturidade/grandeza] são três graus. Assim que uma pessoa tenha sido recompensada com entrar em Kedusha [santidade], ela começa a alcançá-los. Eles são chamados Nefesh em Ibur, Ruach em Yenika, e Neshama em Mochin.

Contudo, até durante a preparação para a obra, antes de um ter sido recompensado com admissão permanente em Kedusha, estas questões ainda se aplicam. Ibur significa que uma pessoa temporariamente Maavir [alterna/remove] a sua identidade e diz, “Agora não quero pensar no meu benefício pessoal ou que se pareça e também não quero usar meu intelecto, embora para mim ele seja a coisa mais importante. Isto é, dado que não consigo fazer algo que não compreendo — ou seja que consigo fazer qualquer coisa mas que devo compreender o benefício nisso  — ela ainda assim diz, “Agora posso dizer temporariamente que assumo sobre mim mesmo nesta altura que determino não usar meu intelecto. Em vez disso, acredito acima da razão, acredito na fé nos sábios, acreditando que há um encarregado que zela por todo e cada um no mundo em Providência Privada.”

Mas por que devo acreditar nisso e não consigo sentir que assim é? Faz sentido que se eu pudesse sentir a existência do Criador certamente trabalharia para Ele e desejaria O servir. Por que então há esta ocultação? O que ganha o Criador ao se esconder a Si Mesmo das criaturas? Também, ele não fornece uma resposta para isto, mas em vez disso resposta com esta pergunta, também, ele avança acima da razão e diz que se o Criador soubesse que não fazer a ocultação seria melhor para as criaturas, Ele não faria a ocultação.

Acontece que para todas as perguntas que surgem na sua mente ele diz que vai avançar acima da razão e que agora ele avança com olhos fechados e somente com fé. É como disse Baal HaSulam sobre o versículo (Salmos, 68:32): “Cush correrá para estender suas mãos para Deus.” Disse ele que se um puder dizer, “Cush,” ou seja que suas Kushiot [perguntas] são respostas, isso significa que ele não precisa de respostas, mas a pergunta em si dá-lhe a resposta. Isto é, agora ele diz que tem uma pergunta que pode avançar acima da razão. Então, “sua mãos são para Deus,” ou seja que suas mãos, nomeadamente seus vasos de recepção — das palavras, “Que uma mão alcance” — então uma pessoa é considerada plena, com Deus.

Desta forma, o começo da entrada na obra do Criador é considerada Ibur [impregnação], quando ele cancela seu eu e se torna impregnado no ventre de sua mãe, como está escrito, “Escuta, meu filho, a instrução de teu pai e não esqueças o ensinamento de tua mãe.” Isto vem do versículo, “Pois se chamares a mãe, ‘entendimento [Bina],’” ou seja que ele cancela o amor próprio, chamado Malchut, cuja essência original é chamada “vontade de receber em prol de receber” e entra nos vasos de doação chamados Bina.

Um deve acreditar que antes de ter nascido, ou seja antes da alma ter descido para o corpo, a alma estava aderida a Ele e agora ele anseia aderir a Ele como antes de sua descida. Isto é chamado Ibur, quando ele anula completamente o seu eu. Contudo, embora seu coração lhe diga que somente agora ele concorda com a anulação mas mais tarde ele se vai arrepender, podemos dizer sobre isto, “Não te preocupes com o amanhã.”

Também, amanhã pode não ser no dia seguinte. Em vez disso, amanhã pode ser no presente ou no futuro. A diferença no tempo pode até ser de uma hora mais tarde.

É como disseram nossos sábios, “Qualquer um que tenha o que comer hoje e disser, ‘Que comerei eu amanhã?’ isso é por falta de fé” (Sutah, 48). Devemos interpretar que isto significa que se ele tiver o que comer hoje, ou seja que ele está disposto a assumir sobre si mesmo fé acima da razão e só pensa, “O que acontecerá mais tarde,” ou seja que ele já tem Reshimot [recordações] de estados em que ele pensou que permaneceria nesse estado de ascensão para sempre, mas então desceu uma vez mais para o estado de humildade, que é o lugar do lixo, onde lixo significa onde todo o desperdício é jogado.

Isto é, durante a ascensão ele pensou que a inteira questão do amor próprio nada mais é senão desperdício que deve ser jogado no lixo. Isto é, ele sentiu que a vontade de receber é lixo. Mas agora, durante a descida, ele mesmo desce para o lugar do lixo de modo a receber nutrições de lá, como os gatos que vasculham o lixo para achar alguma coisa para comer e se sustentar. Similarmente, durante a descida ele é como um gato e não como pessoas mimadas que sempre seleccionam o que devem comer e o que não devem.

Este é o sentido daquilo que dizemos no Halél [Louvor]: “Ele levanta os pobres do pó, levanta os pobres do lixo.” Correspondendo, sucede-se que quando uma pessoa se consegue anular a si mesma um pouco e nessa altura diz, “Agora eu me quero anular perante a Kedusha,” ou seja não pensar sobre o amor próprio. Em vez disso, agora quer ela trazer contentamento ao Criador e acredita acima da razão que embora ainda não sinta coisa alguma, ela acredita acima da razão, que o Criador escuta a oração de cada boca e perante Ele, pequenos e grandes são iguais e como Ele consegue libertar o maior dos maiores, Ele consegue também ajudar o mais pequeno dos pequenos.

Isto é chamado Ibur, ou seja que ele passa do seu próprio domínio para o domínio do Criador. Contudo, ele é temporário. Isto é, se ele deseja verdadeiramente se anular a si mesmo para sempre, mas não consegue acreditar que haja anulação para sempre agora uma vez que já pensou muitas vezes que assim seria mas então desceu do seu grau e caiu no lugar do lixo.

Porém, ele não precisa de se preocupar com o que comer amanhã, como foi acima dito, mais tarde provavelmente ele cairá do seu grau, e isto é por falta de fé. Em vez disso, ele deve acreditar que a salvação do Senhor é como um piscar de olhos. Sucede-se que dado que ele se anula a si mesmo por enquanto e quer permanecer assim para sempre, acontece que ele tem o valor da Ibur.

Todavia, na verdade, um deve acreditar que seu desejo de começar a obra do Criador em anular seu eu é um chamamento do alto, pois isso não está dentro da sabedoria do homem. A evidência para isto é que durante este chamamento, todas as perguntas que ele tinha antes de ser chamado do alto — ele tinha muitas perguntas e cada vez que ele quis fazer alguma coisa em prol de doar o corpo resistia e não conseguia entender se há uma pessoa no mundo que pudesse anular seu eu perante o Criador e não se preocupar de todo com seu próprio benefício. Ele sempre esteve sob certo medo sobre se poderia se anular a si mesmo ao Criador.

Mas agora ele vê que todos os pensamentos e dúvidas arderam completamente e ele sentiria grande prazer se pudesse se anular a si mesmo perante o Criador. Agora ele vê que toda a sua razão é inútil, embora anteriormente pensasse que ninguém no mundo o poderia convencer a se anular a si mesmo perante o Criadore ele diria que isto é trabalho difícil que não é qualquer um que consegue entrar nele. Mas agora ele vê que nada há que interfira com sua adesão e anulação perante o Criador.

Em vez disso, tal como foi dito acima, uma vez que isso é uma iluminação do alto, todas as obstruções que vieram e lhe disseram o argumento dos espiões se renderam a ele e desapareceram da vista.

Isso é como está escrito (Salmos, 103:16), “Pois o vento passou sobre ele e ele não é mais e seu lugar não mais o conhecerá.” É como está escrito, “Pois o vento passa sobre ele.” Quando uma pessoa recebe Ruach [espírito/vento] do alto, todas as obstruções desaparecem e até seu lugar não é aparente. Isto é, durante a ascensão, quando ele recebe o espírito do alto, nessa altura ele não entende como pode haver um lugar onde os ímpios possam fazer alguma coisa com seus argumentos.

Sucede-se que durante a Ibur, quando vemos que há um tempo de aborto, ou seja que se o feto nasce antes do tempo das correcções da Ibur ter sido completada, como alguma fraqueza na impregnação causa um aborto, quando o feto emerge prematuramente e não consegue existir ele morre, é o mesmo na espiritualidade. Se há uma fraqueza então uma pessoa sai da Ibur e vem para o ar deste mundo e todos os pensamentos que existem neste mundo caem na sua mente e todos os desejos deste mundo se apegam a ela. Isto é considerado que a Ibur morreu.

Em O Estudo das Dez Sefirot, Parte 9 (p 788, item 83), escreve o ARI, “Devem haver portas numa mulher, para as fechar e segurar o feto no interior para que ele não saia até que seja completamente formado. E deve haver nela uma força que retrata a forma do feto.”

Ele explica lá na “Luz Interna” que há duas forças na Ibur: 1) Uma força de representação, onde a descrição do feto é Katnut [infância/pequenez], pois em prol de obter Katnut há uma ordem, dado que a Katnut é preparação para Gadlut [idade adulta/grandeza] e sem Katnut no grau não há Gadlut. E enquanto ele estiver em Katnut ele é ainda incompleto e onde quer que haja uma deficiência em Kedusha há um apoio para o Sitra Achra, que pode estragar o Ibur para que ele não seja completado. Com isto ele é abortado, ou seja que ele nasce antes do estado de Ibur ter sido completado.

Isto assim é pois há vinte e cinco Partzufim [plural de Partzuf] na Ibur, ou seja NRNCHY e em cada um deles há também NRNCHY. Portanto, deve haver uma força de retenção, ou seja que até em Katnut deve haver plenitude lá. Ele recebe isto através da sua mãe, embora o feto em si mesmo não tenha Kelim [vasos] nos quais receber Gadlut em prol de doar. Ainda assim, ao anular-se perante a mãe ele consegue receber Gadlut dos Kelim da sua mãe. Isto é considerado como “Um embrião é a coxa de sua mãe; ele come aquilo que sua mãe come.”

Isto é, uma vez que ele não tem escolha sua mas em vez disso come aquilo que sua mãe come, ou seja aquilo que sua mãe sabe que é permitido comer, ele come, também, isso significa que ele mudou a escolha do que é bom e do que é mau em si mesmo. Em vez disso, tudo é atribuído à mãe. Isto é chamado “a coxa de sua mãe,” ou seja que ele mesmo não merece um nome.

Lá isso fala das luzes superiores, mas a mesma coisa se aplica durante a preparação, quando querendo entrar no palácio do Rei — as mesmas ordens se aplicam. Tal como há muitos discernimentos lá e o Ibur não é completado todo de uma vez e se diz que há nove meses de gravidêz até que ele obtenha vinte e cinco Partzufim, na preparação, também, devem haver muitos discernimentos até que ele obtenha o completo Ibur durante a preparação. Desta forma, há muitas subidas e descidas e por vezes o Ibur fica corrompido, que também é chamado “aborto” e nós devemos começar a ordem o trabalho de novo.

Expliquemos a força de representação que existe no período de preparação. A força de representação do Ibur é Katnut, que significa que somente em vasos de doação, quando ele se envolve em Torá e na obra, pode ele se direccionar para fazer tudo com a intenção de doar.

Isto é, a razão pela qual ele agora se envolve em Torá e Mitsvot é pois ele acredita no Criador e na Sua grandeza. Ele assume sobre si mesmo e doravante, todo seu prazer será que ele tenha um desejo de servir o Rei e ele considera isto como se tivesse feito uma fortuna e como se o mundo olhasse para ele e o invejasse que ele tivesse sido privilegiado com subir aos mais altos graus, com os quais nenhum outro foi recompensado. Naturalmente, ele está deleitado e não quer sentir qualquer mal no mundo, mas em vez disso que ele vive num mundo que é todo bom.

Porém, toda a importância e alegria está naquilo que ele dá, ou seja naquilo que ele quer dar ao Criador. Ou seja, durante o dia ele tem um pensamento: “O que devo fazer que agrade ao Criador”? Isto é, por um lado dizemos que uma pessoa precisa de trabalhar não em prol de receber recompensa, mas somente pelo Criador. Por outro lado, dizemos que ela deve desfrutar e imaginar como pode ela desfrutar.

Significa isto que ela deve descrever imagens de grandeza e importância de como valorizamos Reis de carne e osso ou outros líderes mundiais e ver como o público os valoriza. Posteriormente devemos aprender do mundo como eles desfrutam de servir os líderes mundiais e usar isto para a grandeza do Criador, que quando ela serve o Criador ela deve sentir o mesmo prazer como eles desfrutam de servir líderes mundiais.

Inversamente, se ela não derivar grande prazer de se envolver em Torá e Mitsvot, esse é um sinal que ela não valoriza o Criador como eles valorizam e recebem deleite e prazer de servirem líderes mundiais.

Portanto, quando ela fala para o Criador, ela primeiro deve descrever de quem fala ela, ou seja a Sua grandeza e importância. Isto é, de que maneira e que reverência falo eu para Ele e Ele escuta e olha para mim quando falo para Ele.

Por exemplo, quando uma pessoa come um bolo ou certo fruto, sabemos que devemos acreditar que o Criador criou todos estes e agora desfrutamos do que foi preparado para nós desfrutarmos. Nos voltamos para Ele e Lhe agradecemos por isto e dizemos, “Agradecemos e Te louvamos por este prazer e dizemos, ‘Abençoado sejas Tu, Ó Senhor, criador do fruto da árvore.’”

Nessa altura uma pessoa consegue monitorizar o que ela acaba de dizer ao Criador, que reverência sentiu ela enquanto falava para Ele e o que ela sente depois de ter falado para Ele, ou seja que impressão é deixada nela, que exaltação, dado que se ela acredita verdadeiramente que ela falou para o Rei, onde estão a excitação e exaltação? Está escrito sobre isso: “Se Eu sou um pai, onde está Minha honra? Se Eu sou um mestre, onde está o temor de Mim?”

Se olharmos mais de perto podemos detectar dois discernimentos nesta acção: 1) ela desfruta do fruto que come. Esta alegria que ela tem do fruto pertence à vontade de receber animal. Isto é, os animais também gostam de comer e beber. Não há necessidade que o homem receba tal prazer e é por isso que este prazer é chamado “prazer animalesco.”

Mas na bênção e gratidão que ela dá ao Criador por isso, nisto devemos fazer vários discernimentos. No segundo discernimento da citada acção, ou seja a alegria de agradecer ao Criador, isto pertence especificamente ao homem e está ausente nos animais. Há muitos discernimentos aqui pois nesta acção, que pertence ao homem, há muitos graus para discernir.

Por exemplo, no homem devemos discernir a medida de fé — quanto acredita ele que o Criador lhe deu todos os prazeres para desfrutar. Posteriormente devemos discernir  — na fala que ele diz para o Criador — a que medida ele acredita que fala para o Criador. Posteriormente devemos discernir a que medida ele acredita na grandeza e importância do Criador. Nisso, está certo que cada pessoa é diferente. E na própria pessoa devemos discernir de acordo com seu presente estado, pois uma vez que uma pessoa está a caminhar, ela pode estar a ascender ou a descer. Logo, numa pessoa podemos discernir vários estados, como está escrito, “E Eu te darei movimentos entre aqueles que estão de pé.”

Acontece que na vontade de receber prazer, que no geral pertence à besta, nada há para discernir, dado que ela é prazer em geral. Isto assim não é com o prazer que pertence ao homem. Lá devemos ter feito já vários discernimentos. Sucede-se que a base da alegria que pertence ao homem não é atribuída aos vasos de recepção. Em vez disso, ela pertence à doação pois todo o seu prazer é construído sobre o Criador. Isto é, todo o combustível do qual ele tem Kelim [vasos] para trabalhar depende da grandeza do Criador e não da medida do prazer do homem. Significa isto que a medida do prazer depende da medida à qual ele assume a grandeza do Criador.

Isto se chama “prazer que vem até uma pessoa indirectamente.” Ela quer doar sobre o Rei directamente e à medida que ela descreve a grandeza do Rei, a essa medida ela está mais feliz por estar a deleitar um grande Rei. Ela recebe prazer indirecto disto. Sucede-se que o prazer é permitido somente desta maneira, pois ela não tenciona o prazer pessoal quando serve o Rei, mas a importância do Rei a compromete a servir o Rei.

Sucede-se que sua intenção é deleitar o Rei, fazer o Rei feliz, então acontece naturalmente que ela desfruta. Tal prazer é permitido pois quando ela recebe este prazer não há questão de vergonha aqui, chamada “pão da vergonha,” pois seu prazer é de dar e não de algo que ela recebe directamente do Criador.

Quando ela desfruta de algo que o Criador lhe dá isso é considerado prazer que chega directamente do Dador, como luzes. Isto é chamado Ohr Chochma [Luz da Sabedoria], que vem até ao receptor directamente. Isto é, o receptor desfruta da recepção e  isto requer uma correcção, chamada “direccionar para doar.” Mas se seu prazer é porque ele dá ao Criador e ele desfruta de O servir, este prazer é considerado chegar indirectamente pois sua intenção é que o Rei desfrute e ele não pensa desfrutar disto.

Foi dito sobre isto: “Serve o Senhor com alegria.” Isto é, a alegria deve vir até uma pessoa de servir o Criador. Porém, se ela serve sem alegria isso é por falta de fé na grandeza e importância do Rei. Inversamente, deve haver alegria e animo sem qualquer preparação para isso, ou seja que ela não precisa de ver que ela vai desfrutar da obra mas precisa zelar por se preparar a si mesma para saber a Quem ela serve e qual Sua importância. A alegria é o resultado. Logo, se ela não tiver alegria na obra esse é um sinal de que ela não faz ideia da importância do Criador e então se deve corrigir a si mesma em questões de fé.

Portanto, ela não precisa de trabalhar para ter alegria em servir o Criador. Em vez disso ela deve trabalhar para obter a importância e grandeza do Criador. Isto é, em todas as coisas que ela faz, aprende e se envolve em Mitsvot [mandamentos], ela quer recompensa pelo seu trabalho — de ser recompensada com a grandeza e importância do Criador. À medida que ela recebe a importância do Criador ela será naturalmente atraída a se anular perante Ele e vai desejar servir a Ele.

Tudo o que dissemos até agora é considerado Ibur pois ela deve acreditar que tudo vem do Criador, lhe dando o pensamento e desejo de se anular perante Ele. Em tal altura ela deve encontrar um lugar de descrição, ou seja de como ela é inspirada por este despertar e criticar e certamente encontrará deficiências para corrigir lá. Mas quando ela vê o que lá falta, ela não consegue estar feliz pois toda a deficiência lhe causa sofrimento, então como pode ela ser feliz? Por outro lado, não é bom ser tão deficiente, de acordo com a regra de onde há uma deficiência na Kedusha [santidade] há um apoio para as Klipot [cascas/peles] e ela pode cair do seu grau e receber desta fraqueza na obra.

Desta forma, uma pessoa deve ver-se a si mesma em plenitude, de que ela não tem deficiência. Ela vê-se a si mesma como feliz com sua vida e tendo onde achar prazer de ver que há muitas pessoas como ela que não desfrutam da vida que ela desfruta e se elas tivessem o prazer que ela tem, todas elas a invejariam.

Digamos, por exemplo, que há prisioneiros e ninguém é permitido sair da prisão para respirar algum ar. Mas um homem ganha o favor do director e ninguém sabe disso mas ele o deixa em liberdade uma hora por dia. Ele vai a casa visitar e então regressa à prisão. Quão feliz é esse homem? 1) Ele é feliz pois ele visita o seu lar. 2) Quando ele olha para o resto dos prisioneiros, a quem não é dada esta liberdade, ele deriva imenso deleite e prazer de olhar para os outros, que se sentam na prisão sem verem qualquer luz que há no exterior.

Significa isto que além do seu próprio prazer, ou seja do prazer que ele mesmo desfruta, ele consegue receber prazer daquilo que está fora dele. Ele desfruta de ver que ele tem e que os outros não têm. Sucede-se que este prazer vem do exterior, ou seja de olhar para o exterior e ver como eles sofrem de não terem quaisquer saídas, enquanto ele desfruta de suas saídas.

Acontece que devemos discernir dois prazeres aqui: 1) o prazer que ele recebe de desfrutar, 2) o prazer que ele recebe de ter aquilo que os outros não têm, que é chamado “receber alegria do exterior.” A lição é que uma vez que estamos encarcerados, isso é como dizemos (nas Kaparot [expiações] da véspera de Yom Kippur [Dia da Expiação]), “Habitantes das trevas e da sombra da morte, prisioneiros da pobreza e do ferro, Ele os libertará das trevas e da sombra da morte.”

Nós pecámos e fomos colocados na prisão onde são colocados todos aqueles que pecaram perante o Rei, onde eles não vêem luz sua vida inteira, ou seja que lhes é dada uma sentença de prisão perpétua. Eles são desconectados dos pais, chamados “pais do mundo,” como disseram nossos sábios (Tana de Bei Eliyahu Rába, Capítulo 25), “Quando irão minhas acções alcançar as acções de meus pais?”

Isto é, onde está a conexão com os pais, onde um conhece as boas acções dos pais, pode-se dizer dizer que ele questiona, “Quando alcançarão minhas acções as acções de meus pais?” Ou seja, que ele, também, tenha a habilidade de fazer boas acções como os pais. Pois por causa do pecado — como foi dito, “Pelos nossos pecados fomos exilados de nossa terra” — nós fomos colocados na prisão, completamente desconectados dos pais, ou seja que não sabemos que tivemos pais que estiveram aderidos ao Criador e não fazemos ideia que também nos pertence dizer que queremos fazer coisas pelas quais possamos aderir ao Criador.

Se sucede que as pessoas que foram sentenciadas à prisão perpétua não vêem luz suas vidas inteiras e aceitam sua situação. Elas se acostumam a desfrutar só daquilo que o director pensa que lhes deve dar como sustento e o hábito as faz esquecer daquilo que em tempos tiveram — uma vida fora da prisão, onde desfrutaram da vida que escolheram para si mesmas e não tinham de aceitar sustento de acordo com os termos da prisão. Contudo, elas se esqueçeram de tudo.

A lição é que um deve estar feliz que o director o ame e desta forma lhe tenha dado alguma liberdade para cada dia caminhar fora da prisão e desfrutar aquilo que as pessoas inocentes desfrutam, ou seja como se ele nunca tivesse pecado contra o Rei. Ele  caminha até casa e participa com todos na sua família e com o resto de seus amigos e amados, mas então ele tem de regressar à prisão.

Isto acontece cada dia. Isto é, quando um desejo vem até uma pessoa de entrar na sinagoga e orar e aprender um pouco e sentir um pouco que há vida espiritual, que ela finalmente acredita nisso, ou seja que ela tem fé, isso é chamado “sensação diminuta sobre todas as coisas em Kedusha,” que ela recebe iluminação de longe. Isto é, embora ela ainda esteja longe da equivalência de forma, pois uma vez que ela pecou com o amor próprio, chamado “disparidade de forma,” ela foi sentenciada à prisão perpétua. Prisão é onde não há vida espiritual mas um lugar para os ímpios que pecaram contra o Rei.

Mas ela foi favorecida pelo director, que lhe dá um pensamento e desejo de desfrutar de uma vida de humanos, como em, “Vós sois chamados ‘homem’ e as nações do mundo não são chamadas ‘homem,’” uma vez que eles desfrutam de comida de homem, chamada uma “vida espiritual,” quando eles estão conectados ao Rei dos Reis, ou seja que eles sentem temporariamente que estão a falar com o Rei.

Quando uma pessoa imagina que ela é favorecida pelo director, que lhe deu uma saída temporária, embora ela saiba que mais tarde ela terá uma descida e terá de regressar à prisão, até enquanto na prisão ela ainda pode ser feliz pois ela sabe de experiência passada que há sobes e desces. Assim, até quando ela regressou à prisão ela sabe que por vezes é favorecida pelo director que lhe dará outra saída temporária e nesse breve momento ela será capaz de ver e rogar com seus amigos para a libertarem completamente.

Significa isto que até durante uma descida ela por vezes recebe pensamentos de que já está habituada a ser ejectada dos pensamentos e desejos dos pecadores que estão imersos em amor próprio. Mais tarde, quando ela recebe um chamamento do alto, pois assim ela acredita os pensamentos e desejos que ela tem durante a descida, ela sente que é impossível que alguma vez seja capaz de sair do amor próprio, pois ela vê a resistência do corpo. Cada vez a resistência assume formas diferentes e cada argumento é diferente do outro, mas todos eles são o mesmo para a fazer ver que é difícil e que não há tal coisa na realidade como uma pessoa que possa sair deles.

Ainda assim, ela vê que quando um despertar do alto vem até ela, ela se esquece de todos seus argumentos e todos eles ardem como se nunca tivessem existido. Agora ela quer somente uma coisa — se anular perante o Criador e agora ela sente prazer especificamente nisto.

Devido a isto, quando um tem algum apoio na espiritualidade, até se for o mais pequeno dos pequenos, ele já consegue se sentir feliz e completo, por duas razões: 1) Lhe foi dada uma saída. Ele desfruta de estar temporariamente fora da prisão, ou seja fora da Torá e Mitsvot. 2) Ele desfruta de ver que todos os outros estão na prisão. Ele olha para eles com pena e por vezes quer pedir misericórdia por eles, que o Criador os permita sair da prisão.

Agora podemos entender que durante a Ibur, quando sua força de representação é somente Katnut, quando ele consegue com dificuldade observar Torá e Mitsvot com qualquer intenção, ele deve acreditar que é muito importante que o Criador lhe tenha dado um lugar para abandonar o resto das pessoas no mundo, que não têm conexão ao Judaísmo e cujas aspirações estão vestidas somente em prazeres animalescos, ou seja que elas se acomodam com aquilo que alimenta e sustenta as bestas. Quanto à espiritualidade, elas se orgulham a si mesmas de não serem estupidas como os religiosos, que dizem que há uma questão de vida espiritual. Certamente, elas têm um sentido forte e claro de que estão certas. Elas dizem para si mesmas, “Nós somos as mais espertas na geração no sentido que não acreditamos na espiritualidade e o propósito de nossa vida é somente nossa vida corpórea.”

Elas sabem de certeza que não há espiritualidade no mundo, a tal medida que querem fazer os religosos saberem também que o senso comum dita que não há nada no mundo senão vida corpórea, tal como os animais. Elas são ainda mais chicos espertos que — por viverem como os animais — chegaram à conclusão que não devemos comer animais pois o falante não tem um sentido mais elevado que o animal, então porque os devemos comer se todos estamos no mesmo grau e temos o mesmo propósito?

Sucede-se que por um lado, um deve valorizar o pensamento e desejo de fazer coisas simples sem qualquer entendimento ou intelecto, mas completamente acima da razão e acreditar que até o mais pequeno desejo de observar Torá e Mitsvot também lhe foi dado pelo Criador pois Ele o favorece. Contudo, ele não sabe que mérito tem ele sobre as outras pessoas a quem o Criador deixou na vida corpórea enquanto o escolhendo do meio de todas as pessoas, como na alegoria da prisão. Esta questão lhe deve trazer alegria e plenitude e porque ele sente plenitude ele pode agradecer ao Criador por isso. Isso é como disse Baal HaSulam, “À medida que uma pessoa agradece ao Criador por a ter aproximado um pouco mais, a essa medida ela sempre recebe ajuda do alto.”

Nós podemos interpertar que a razão é que se uma pessoa entende que deve agradecer ao Criador, isso não significa que o Criador lhe deva agradecer como na carne e osso. Em vez disso, a questão é a medida à qual ela entende que deve agraceder a Ele. Nessa altura, ela começa a pensar sobre quanta gratidão eu devo dar a Ele.

Há uma regra que à medida da dádiva é a medida da gratidão. Por exemplo, se alguém ajuda outra pessoa, que não tinha emprego de modo a ganhar a vida e ela foi e trabalhou por ela e achou-lhe um emprego, naturalmente ela sente profunda gratidão.

Mas se, por exemplo, uma pessoa comete um crime contra o governo e o juiz a condena a vinte anos de prisão e ela deve abandonar sua família e já tem filhos e filhas que deve casar e acaba de começar um negócio, ou seja começou uma empresa com cem trabalhadores, mas entretanto só tem cinquenta trabalhadores e agora de acordo com o crime pelo qual foi apanhado terá de ser encarcerado durante vinte anos, ele fica preocupado com o resultado dos seus planos e sobre sua família enquanto ele está separado do mundo. Ele diz que agora preferia morrer que viver na prisão e se preocupar com tudo.

E junto com isso vem um homem que lhe dá algumas dicas pelas quais ele é absolvido de todas as acusações e é liberto. Então a pessoa certamente começa a pensar sobre o que ela pode dar a este homem que salvou sua vida. Indubitavelmente, agora este homem tem senão uma preocupação: “Com o que posso mostrar a este homem meu coração, que todos os meus ossos lhe agradecem e o louvam.” Está escrito, “Todos meus ossos dirão” canções e louvores por este homem.

Ocorre que ao lhe agradecer ele começa a contemplar a medida de salvação que ele lhe deu de modo a saber que tipo de gratidão ele lhe deve dar. Por causa disso, quando uma pessoa agradece ao Criador isso depende da medida à qual ela valoriza a importância do Criador a libertar da prisão por um momento para respirar um pouco mais do ar do mundo de Kedusha.

Assim ocorre que uma pessoa sofre uma descida pois ela não valorizou se aproximar do Criador e não o valorizar causou sua perda. Isso é como disseram nossos sábios, “Quem é um tolo? Aquele que perde aquilo que lhe é dado.” Significa isto que ela não tem o intelecto para valorizar a medida de se aproximar da Torá e Mitsvot, ou seja que uma pessoa deve acreditar que até a mais minúscula coisa em Torá e Mitsvot é também muito importante embora ela ainda não sinta sua importância.

Acontece que fé está nas coisas que o homem ainda não consegue sentir ou alcançar. Nessa altura ele deve acreditar nos sábios, naquilo que nossos sábios nos disseram para acreditarmos que assim é, ou seja como nossos sábios nos disseram e não como nós sentimos. Isto assim é pois nossas sensações ainda não estão desenvolvidas em nós de modo a sentirmos esses sentimentos que se propagam quando sabemos que falamos com o Rei. Isto é simples: Se um sabe que ele fala com o Rei, ele não precisa de se preparar a si mesmo para sentir a importância do Rei pois isso é uma coisa natural e ele não precisa de trabalhar sobre isso desnecessariamente.

De acordo com isso, qual é a razão que uma pessoa não está excitada enquanto diz palavras de gratidão e palavras de Torá quando ela acredita que é a Torá do Criador? A razão é que sua fé ainda não é fé completa, ou seja que sua fé será como claro conhecimento, mas em vez disso sua fé ainda é deficiente.

Em vez disso, ela deve trabalhar em acreditar que fala para um Rei importante e sensação é algo que vem sem trabalho, uma vez que a sensação é somente um resultado de algo novo que inspira uma pessoa. Sucede-se que o trabalho principal é o trabalho sobre a fé, de acreditar que Ele é um grande Rei.

Esta é a questão apresentada em vários lugares no sagrado Zohar, que um deve orar pelo exílio da Shechina [Divindade], ou em outras palavras, a “Shechina em exílio” ou “Shechina no pó.” Isto é, nós não temos a importância de perante quem oramos ou falamos, ou agradecemos tanto pelos prazeres como Mitsvot. Também, nós não contemplamos o valor sobre de quem são as Mitsvot nós mantemos. Tudo isto é chamado “Shechina no exílio.”

Naturalmente, não podemos ter uma sensação para observar a Torá e Mitsvot pois há uma regra que uma pessoa não é inspirado por algo pequeno, até à medida que certa excitação venha até ela.

Assim acontece que um deve servir o Criador com alegria, ou seja em qualquer que seja o estado em que esteja, até se estiver num estado de humildade e se sinta completamente sem vida enquanto se envolve em Torá e Mitsvot, ele deve imaginar para si mesmo que agora observa o Mitzva [singular de Mitsvot] da fé acima da razão. Isto é, embora o corpo lhe mostre que ele está em humildade, ainda assim ele se consegue fortalecer e dizer, “Minha observação de Torá e Mitsvot sem qualquer intenção é muito importante” pois de facto, ele observa tudo na prática, mas carece da direcção. Isto é, se ele também tivesse a intenção certa, o corpo ficaria satisfeito e ele se sentiria um ser humano completo.

Mas agora que o corpo não consegue desfrutar de Torá e Mitsvot, então tudo que aqui falta é o prazer do corpo. Mas dado que ele quer trabalhar pelo Criador, sucede-se que especificamente agora, em que o corpo não tem prazer, ele consegue trabalhar mais em prol de doar. Se ele acreditar acima da razão que isto assim é, esta superação é chamada “despertar de baixo.” Posteriormente ela deve receber sustento pois agora ela realmente está aderida ao Criador e quer servir o Criador sem nada em troca.

Porém, se ele não conseguir avançar acima da razão, então dois guardas vêem até ele e o colocam na prisão junto com todos os que pecam contra o Rei. Esses dois guardas são “mente” e “coração.” Nessa altura ele é condenado por quanto tempo for condenado e então lhe é dada uma saída breve para examinar seu comportamento. Isto continua até que tenham piedade dele do alto e é liberto da prisão.

Sucede-se que precisamos de duas coisas: a primeira é a força de representação , que é Katnut e a segunda é a força de retenção para prevenir o aborto, ou seja para não mimar o Ibur. Nós precisamos da força de representação pois há uma regra que não há luz sem um Kli, ou seja não há preenchimento sem uma carência, então se não há Katnut, nunca haverá Gadlut.

Contudo, nós precisamos de força para nos segurarmos enquanto nos sentimos deficientes pois a deficiência significa que ela lhe dói e que ele é ainda incompleto. É sabido que é difícil tolerar o sofrimento. Se ele não vê um fim para o sofrimento, ele foge da campanha. Sucede-se que devemos dar-lhe plenitude para que ele se consiga segurar e não fuja da guerra da inclinação. Porém, não lhe deve ser dada uma mentira, ou seja para se enganar a si mesmo e dizer que ele é pleno, uma vez que está escrito, “Aquele que fala falsidade não será estabelecido perante Mim.”

Deste modo, quando dizemos para uma pessoa, “Tu vês que todos estão encarcerados,” tal como na citada alegoria, “E esqueces que eles até têm amigos e pais,” que são pessoas que se envolvem em Torá e Mitsvot e que são amigas com suas almas. Elas se esquecem de tudo e pensam que tudo o que há no mundo são pessoas encarceradas e um director que as controla, ou seja que elas estão sob julgamento da inclinação do mal e elas se consideram aquele que vai contra sua visão como louco, ou seja que elas abandonam a vida corpórea de desfrutar da prisão e procuram algo acima da razão, ou seja de acreditar que há maior prazer que as alegrias da vida corpórea.

Mas ele calcula para si mesmo que é muito priveligiado por ter sido favorecido pelo Criador e que Ele o libertou até momentaneamente da vida corpórea para respirar algum ar de Kedusha. Ele deve estar tão feliz quando as considera e a si mesmo. Certamente,esta plenitude é considerada verdadeira plenitude pois vemos na corporalidade que uma saída temporária, da citada alegoria da prisão, dá tanta alegria a uma pessoa quando ela vê que foi favorecida pelo director e que todos os prisioneiros não foram privilegiados com isso.

Além desta plenitude ser verdadeira, uma pessoa deve fazer grandes esforços para o valorizá-lo, uma vez que este trabalho levanta a importância do trabalho ao valorizar um pequeno serviço na espiritualidade. Com isto mais tarde somos recompensados com aumentar a importância até um ponto em que um pode dizer que ele não tem modo de valorizar a importância de servir o Rei. Isto é chamado Ibur.

Ibur significa que o despertar vem do superior. Mas durante a preparação, que é antes que um seja recompensado com a admissão no palácio do Rei, onde Ibur é quando ele é recompensado com NRNCHY de Nefesh, há muitos sobes e desces. Porém, tudo entra no Ibur uma vez que tudo vem do despertar do alto.

Da perspectiva da preparação, Yenika significa que ele se desperta a si mesmo e quer mamar alguma coisa de Kedusha através de livros e autores, para que possa reanimar o espírito com vida espiritual. Por esta razão, quando ele se envolve em Torá e Mitsvot ele deseja suscitar deles a luz da Torá que o reforma, como disseram nossos sábios, “Eu criei a inclinação do mal; Eu criei a Torá como tempero.”

Porém, em prol de suscitar a luz da Torá nós temos de ter fé, como está escrito na “Introdução para o Livro do Zohar.” A razão é que ele acredita no Criador e na Sua Torá e quer aderir a Ele, mas vê que não consegue devido ao mal nele, que é a vontade de receber e esta forma o faz ser removido do Criador. Por esta razão, sua fé é também inconsistente, como está escrito na Sulam [comentário sobre O Zohar], que a fé não pode estar numa pessoa permanentemente pois enquanto ele não tiver temor — que é considerado temer constantemente que possa não ser capaz de doar mas que venha a desejar receber em prol de receber, que é disparidade de forma—a luz da fé não pode estar nele permanentemente.

Acontece assim que não pode haver fé permanente se ele não tiver Dvekut [adesão], chamada “equivalência de forma.” Mas de onde irá buscar esta força que consiga superar sua natureza, que está  somente em disparidade de forma? Foi dito sobre isto, “Um sempre se deve envolver em Torá e Mitsvot, até Lo Lishma [não pelo Seu bem] e de Lo Lishma chega ele a Lishma [pelo Seu nome] pois a luz nela o reforma” (Pesachim, 50). Ocorre que a luz na Torá é o que o reforma, mas isto foi dito especificamente quando ele quer a luz na Torá de modo a o reformar, ou seja para direccionar todas suas acções para doar sobre seu Fazedor.

Logo, ao reformá-lo, que significa que ele tem Dvekut, então será ele recompensado com fé permanente. Mas uma pessoa que não está preocupada com ter somente fé parcial e aprenda Torá somente quando ela consegue derivar prazer que entrará nos vasos de recepção e não está preocupada com os vasos de doação, ela não tem necessidade da luz da Torá para lhe dar o remédio para a reformar. Isto é, para lhe dar a força para corrigir suas obras para que sejam somente para doar contentamento sobre seu Fazedor, que é chamado Dvekut e com a qual será ele recompensado com fé permanente.

Isto assim não é se ele não precisar de fé permanente e não precisar de Dvekut e ele espera a luz pois a luz na Torá vem do superior e há deleite e prazer nesta luz. Sucede-se que ele deseja a luz não em prol de o ajudar a transformar seus vasos de recepção em vasos de doação. Em vez disso, ele quer a luz para fazer o oposto daquilo que é suposto ela fazer.

O propósito da luz é para o reformar. “Boa” como está escrito, “Meu coração transborda de uma coisa boa; Digo, ‘Minha obra é pelo Rei’” (Salmos, 45). Isto é, “boa” significa aquilo que concede ao homem os vasos de doação. Mas ele quer a luz em prol de desfrutar dela, ou seja que esta luz aumentará seus vasos de recepção. Isto é o exacto oposto daquilo que a luz deve dar. Ele quer receber dela e desta forma a luz não virá até ele.

Na “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” (item 15), escreve ele que um não deve esperar que o envolvimento em Torá e Mitsvot Lo Lishma o traga a Lishma, a menos que saiba no seu coração que foi recompensado com fé no Criador e Sua Torá adequadamente, pois então a luz nela o reforma e ele será recompensado com o dia do Senhor, que é todo luz, dado que a Kedusha da fé purifica os olhos do homem para que eles desfrutem da Sua luz até que a luz na Torá o reforme. Similarmente, os olhos daqueles sem fé estão cegos para a luz do Criador.

Nós devemos interpretar aquilo que ele diz, que a luz da fé aparece para aqueles que têm fé. De acordo com o que explicámos, aqueles que foram recompensados com fé permanente já têm abundância. Contudo, isto é como disse Baal HaSulam sobre o que está escrito, “Trará sabedoria aos sábios.” As pessoas questionam, “Devia ter dito, ‘Trará sabedoria aos tolos.’” E ele disse que uma vez que não há luz sem um Kli [vaso], a sabedoria não pode ser dada aos tolos, dado que eles não têm a necessidade. De acordo com isso, o que significa “Dará sabedoria aos sábios”? Isso é para aquele que tem o desejo de ser sábio, que tem um Kli. Ele pode receber o preenchimento, dado que não há preenchimento sem uma carência.

Devemos deste modo interpretar desta maneira a respeito das questões da fé, também. Isto é, aquele que tem uma necessidade de fé pois ele vê que só tem fé parcial, como acima dito (Na “Introdução,” item 14)— e deseja ter fé completa—é chamado “fiel.” Significa isto que ele tem um desejo e necessidade da luz da fé. Aquelas pessoas que procuram a fé, para elas a luz da Torá aparece. É por isso que está escrito que a Kedusha da fé purifica os olhos do homem para que também eles possam desfrutar da Sua luz até que a luz na Torá o reforme.

Assim ocorre que Ibur significa o despertar do alto que uma pessoa recebe. Tal como o Ibur corpóreo depende dos pais, aqui, também, ele depende do chamamento que vem do alto, quando um é evocado a se arrepender e ele começa a pensar outros pensamentos. Então, todos os desejos que ele tinha antes do araúto que recebeu do alto são queimados e não merecem um nome.


Recriprocamente, Yenika significa que ele começa a procurar por si mesmo que Yenika [amamentação] receberá ele dos livros e autores. Ele quer mamar a luz da Torá deles em prol de ter a habilidade de se apegar ao Criador e ser recompensado com fé completa.
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