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sábado, 4 de junho de 2016

Carta Nº 8

junho 04, 2016


26  de Maio, 1955, Tel-Aviv, no 48º dia da Contagem do Omer, um dia antes de Shavuot

Olá e tudo de bom para meus amigos,
Em resposta à vossa carta, devo vos dizer que por agora, nada tenho a acrescentar em escrita. Em vez disso, é como está escrito, “Falai para os filhos de Israel e eles viajarão.” A respeito de viagens, sabem que isso se refere a ir do estado A para o estado B, ou seja que o sentido de mudar de lugar, como disse Baal HaSulam numa interpretação do versículo, “Dia para dia exprime discurso.” Escreveu ele que é impossível ter outro dia sem ter um estado de noite no meio, ou seja que há uma quebra no meio. Inversamente, isso é chamado “um longo dia” e não “dia para dia.” Mas a ordem da obra é precisamente em dia para dia. “E noite para noite revela conhecimento” significa que há um dia no meio, até aqui foram suas palavras.
Esta é a ordem das viagens. Desta forma, não tenham medo de quaisquer estados, mas somente, como dissemos acima, “viagem,” vão em frente. Cada vez, uma nova tendência deve ser transmitida, como ... me escreveu na sua última carta, o versículo, “Eles são novos cada manhã; grande é Tua fé.”
Incidentalmente, divulgo meus pensamentos e vontade a vocês embora não seja frequentemente minha conduta. E todavia, desejo divulgar diante de vocês o que penso sobre as pessoas de Tiberíades, para saberem como elas nos consideram, amigável ou rudemente. Nesta carta, eu vos escreverei como visualizo aquilo que vejo do povo de Tiberíades. E embora não descrevesse a essência de Tiberíades, ainda assim, vou escrever-vos meus pensamentos.
No presente, estou a ficar um pouco mais aliviado dos meus problemas pessoais e gerais e estou a tirar algum tempo para levantar minha cabeça e vislumbrar o espectáculo que aqui se revela. é como se visse três tipos de pessoas aqui, três imagens e formas vestidas em três tipos diferentes de corpos.
1) Uma grande parte, a ampla maioria, não penso que nos considere favorável ou desfavoravelmente, ou que nos respeitem ou desrespeitem. Com toda a honestidade, penso que estamos por baixo da atenção de seus olhos. Por outras palavras, eles nem pensam nem nos sentem sequer. É como se não existíssemos com eles juntos no mundo, na terra.
Até se parecerem ouvir que há tal coisa como estudantes do Rav Ashlag, não lhes é de interesse. Eles estão preocupados com sua própria provisão o dia inteiro — nas suas paixões, ou a perseguição de respeito, ou na sua espiritualidade. Eles não têm necessidade de considerar tais questões insignificantes como nós — este pequeno grupo de pessoas — especialmente desde que ouviram que há uma disputa dentro deste minúsculo grupo.
“Restos não satisfazem o leão.” Isto é, o minúsculo grupo é demasiado pequeno e insignificante aos seus olhos para lhes fornecer saciedade e satisfação mental se nos deixarem entrar nas suas mentes e decidir se somos bons ou maus. É assim quão inferiores somos aos seus olhos — completamente abaixo do escrutínio, indignos de um momento de atenção. E embora pense que este leão tem todos os tipos de esquemas a respeito de nós, não há na realidade nada desse género.
2) O segundo tipo são aqueles que nos respeitam e em quem já assumimos espaço no mundo. Eles nos consideram pessoas dignas, respeitáveis e de certa estatuto. Eles fazem-nos um grande favor ao alocar tempo para nós nas suas mentes e nos seus pensamentos durante seu tempo livre. Eles interessam-se em nós e reparam nossa posição e nossas actividades para ver se somos verdadeiramente virtuosos e com integridade, para nos criticarem com um ar de criticismo se acharem alguma coisa em nós.
Quando pensam sobre isso, eles vêem que no fim do dia, este grupo de pessoas se reuniram num certo lugar, debaixo de certo líder, para estarem juntos. Com coragem super-humana eles enfrentam todos aqueles que se levantam contra eles. Certamente, eles são bravos homens com um forte espírito e estão determinados a não retirar um milímetro. Eles são lutadores de primeira classe, combatendo a guerra contra a inclinação até sua última gota de sangue e seu único desejo é vencer a batalha pela glória do Seu nome.
Contudo, juntamente com todas essas contemplações, quando se começam a considerar a si mesmos — de acordo com seus preconceitos e seus interesses pessoais a respeito de desejos e a perseguição de honras — devem unanimemente concordar e se unir contra nós. Logo, eles inteira e inequivocamente resolvem que é melhor para eles não se unirem connosco. Isto assim é, embora entre eles mesmos estejam muito distantes e muito diferentes uns dos outros que nunca concordam em alguma coisa. Podem até se odiar uns aos outros a tamanha medida que não suportam estar na mesma sala uns com os outros e todos desejam se matar uns aos outros. Ainda assim, contra nós todos eles se unem.
E uma vez que são preconceituosos por causa da vontade de receber neles, e “Suborno cega os olhos dos sábios,” prontamente vêem o oposto daquilo que pensavam de nós. E depois de todos os louvores e virtudes que acharam em nós — que cada um de nós é louvável e honorável — assim que tomaram sua decisão, rapidamente executam o veredicto apaixonada e zelosamente, uma vez que estragamos sua reputação com nossas visões. Logo, por um lado, eles vêem que a verdade está do nosso lado; por outro lado, nosso caminho é um fardo para eles.
Para se desculparem, não têm outra escolha senão nos destruir e obliterar nosso nome da face da terra. Eles trabalham e se esforçam por isso, para nos dispersarem para cada direcção e planeiam e conspiram sobre como nos falharem e colocam obstáculos no nosso caminho, usando todos os tipos de meios — legítimos e ilegítimos uniformemente, até se estes meios contradizem o espírito humano e o espírito da Torá. Eles não se importam pois vêem que não haverá persistência da sua vontade se tivermos qualquer domínio e expansão da nossa meta para as pessoas honestas e de coração inteiro, pois então teremos o poder para lhes mostrar a verdade.
E isto é mau para eles, pois é melhor para eles fazerem aquilo que seus corações desejam e ao mesmo tempo serem “a face da geração” — líderes espirituais influentes. Por isto, eles conspiram planos de ruina e destruição para o nosso futuro e dizem, “Quanto mais cedo melhor; é melhor os degradar enquanto ainda são pequenos, para que nenhum rasto deles permaneça.”
Ainda assim, devemos lhes estar muito gratos por nos respeitarem e valorizarem nossa visão ao pelo menos admitirem que há alguma coisa para ser revogada. Por outras palavras, eles não nos ignoram como se fossemos pó, mas pelo menos somos algo real para eles. Isto é ao contrário do primeiro tipo de pessoas, que não nos dão pensamento e acreditam que aquilo que acontece ao nosso redor não vale qualquer atenção. Eles também não ficam impressionados pela nossa fraqueza de pensarmos que eles seguem nossas acções, que é o por quê de evitarmos tomar certas acções, a menos que as achemos desagradáveis e que isto frequentemente nos faz escapar da campanha por medo do primeiro tipo de pessoas.
Para ser honesto, nenhum deles nos presta qualquer atenção ou qualquer pensamento. Talvez seja como está escrito, “Fugirás quando ninguém te perseguir.” Desta forma, devemos estar felizes com tais pessoas como as do segundo tipo, pois pelo menos elas zombam, brincam, desprezam e nos escarnecem. Por outras palavras, pelo menos temos uma realidade no mundo e não é fácil para elas resolverem obliterar nosso nome da face da terra.
3) O terceiro tipo de pessoas são pessoas que desejam o nosso bem-estar e o nosso favor. Porém, elas são muito poucas, como em “Dois já é um plural.” E lhes chamo pelas iniciais, BShMA, ou seja B..., Sh..., M..., e A... Na língua sagrada [Hebraico], elas são Bosem [perfume] e na tradução [Aramaico],BoSMA, pois a tradução é considerada Achoraim [dorso]. Por outras palavras, elas devem ser recompensadas com a luz da Panim [luz dianteira], que todas suas acções sejam em Kedusha[santidade], que é chamada “a língua sagrada.”
E que devo fazer quando vejo que desejo descrever e retratar nossos amados que estão em Tiberíades? Nessa altura, sinto que Tiberíades é uma cidade movimentada e o supracitado terceiro tipo que está vestido em dois corpos está misturado num turbilhão, deambulando entre todos os desejos e vontades que estão vestidas nos outros corpos, ou seja nos primeiros e segundos tipos. E então é difícil para mim os achar pois é como se estivessem num grande fardo de palha e feno e como pode um achar duas pérolas preciosas, dois trigos, que desaparecem na vasta maioria? E embora a regra seja que até uma pessoa no meio de mil conta, elas ainda assim devem perdurar e gritar como uma garça, que são criaturas verdadeiramente animadas.
Disto podemos entender a alegoria que nossos sábios apresentam, que a palha e feno deliberam por quem o campo semeou. O argumento da palha e do feno parece tão correcto que elas não conseguem ser persuadidas e em tempos em que há medo que o trigo se renda segundo o governo da palha e do feno. A palha e o feno argumentam, “Nós somos a maioria e vós, trigo, nada sois comparado com nossos números. Nós somos de estatuto mais alto e nós nascemos antes de vós teres vindo para o mundo. Por outras palavras, enquanto tu eras ainda inexistente, nós já éramos crescidos e belos e nossa grandeza podia ser vista por todos. De longe, deslumbramos o olho com a beleza que damos ao campo inteiro. Mas tu, trigo, és tão minúsculo e indistinguível que só através de atenção especial pode alguém te ver, quando se aproxima. Mas nós damos um lugar e um abrigo às pessoas que estão cansadas e perdidas na estrada e sem lugar para repousar suas cabeças. Nós as levamos para nosso meio e as cobrimos dos ventos e de bestas más para que não sejam vistas. Mas quem consegue desfrutar de ti?”
Mas quando foi tempo da colheita, todos sabiam por quem foi semeado o campo, uma vez que a palha e o feno são só dignos de serem alimento animal; eles não têm esperança serem algo maior que sua presente medida de grandeza. O trigo, porém, após algumas correcções, quando é quebrado, peneirado, misturado com vinho e óleo e colocado no forno, é colocado numa mesa de reis e é digno de servir como oferenda para o Senhor. E todo o mérito que pode ser atribuido à palha e feno é seu serviço ao trigo, que eles nutriram e alimentaram.
Por outras palavras, eles receberam nutrição da terra e transferiram a nutrição para o trigo. Era um fardo e uma carga para eles que o trigo andava às costas da palha e do feno e seu valor é o mesmo que o servo que serve o rei ou a criada que serve sua senhora.
Mas antes do tempo da colheita, antes da conclusão, era impossível clarificar a veracidade e sinceridade da própria realidade. Em vez disso, cada um tem a sua, argumentando de acordo com sua própria sensação. E ter consideração com a verdade sem reparar que esta pode causar alguma baixeza e desagradabildiade não é tarefa simples, excepto quando um consegue analisar cada elemento em muitos detalhes até que a veracidade e justiça da matéria sejam trazidas à luz. E isto requer ser-se recompensado do alto sem ficar prezo na rede do amor próprioe  ser levado para longe no fluxo do colectivo.
De tudo o supracitado, é difícil para mim achar-vos quando estão sozinhos, sem qualquer mistura de desejos e visões, uma vez que todos vos escondem, como descrito na alegoria do trigo.
Porém, achei uma táctica semelhante ao tempo de colheita que foi anteriormente mencionada. Só à noite, depois da meia-noite, quando a briza nocturna sopra e espalha o fardo de palha e feno e todos se deitam rasos sobre o campo como carcássas, isto é, dormindo nas suas camas, os dois trigos se libertam e derramam seus corações perante seu Pai nos céus. Eles entram na chama do fogo da Torá até à luz matinal, quando é hora de oração. Nessa altura, suas almas saem quando falam as palavras do Deus vivo. Acredito que este é o tempo certo para entreter com as pérolas preciosas que brilham como chamas de fogo para serem misturadas com o todo de Israel com a ajuda da Rocha do seu Redentor e que o Criador possa dar.
Deixem-me escrever mais algumas palavras a respeito do amor. É sabido que não há luz sem um Kli[vaso], ou seja que cada prazer sempre deve ter uma vestimenta na qual o prazer se possa vestir. Por exemplo, quando uma pessoa deseja ganhar algum respeito, para ser honrada aos olhos das pessoas, seu primeiro movimento são suas roupas. Por outras palavras, ela deve vestir-se numa veste honorável, como disseram nossos sábios, “Rabbi Yohanan chamou a suas vestes ‘Meus honradores.’”
Logo, um deve dar uma certa medida de trabalho até que ele obtenha a veste honorável e até depois dele ter adquirido a veste, ele a deve guardar de qualquer mal e dano. Isto é, cada dia ele a deve limpar e se ela estiver manchada ou se ficar suja, ele a deve limpar e passar a ferro.
Mas mais importante, ele a deve guardar do mais perigoso sabotador — a traça das roupas! Em Iídiche, ela é chamada “uma Mol,” que é um minúsculo mosquito que não consegue ser visto. A primeira emenda é que ela não deve entrar em contacto com roupas velhas. E há também um maravilhoso remédio chamado “naftalina,” que a afasta dos danosos, chamados “Mols.” E quando ele tem esta veste, está pronto para receber a luz do prazer que está vestido num vestuário honorável.
É semelhante com o amor. Para ser recompensado com a luz do amor, um deve achar vestimenta na qual a luz se possa vestir. E as mesmas regras se aplicam a esse vestuário: evitar o “pó” do escárnio e especialmente o mosquito sabotador conhecido como Mol [em Iídiche, Moil significa “traça,” então há um trocadilho aqui], que são as pessoas de boa aparência, que falam lindamente. Pensarão que já se “circuncidaram” a si mesmas nas alianças dos acoplamentos proibidos e escarneiam e do coração não-circuncidado, mas bem fundo dentro delas está o sabotador que vos pode prejudicar e não se conseguem guardar dele pois ele é todo lindo e belo.
É por isso que este mosquito é tão minúsculo que sem atenção especial é impossível detectar este danoso, que vem daqueles circuncidados que conseguem estragar esta veste preciosa. Certamente, é sabido que esta mol faz mais danos a vestes de lã [Hebraico: TzeMeR], ou seja as letras MeReTz [Hebraico: energia], que estragam a energia para a obra. E Yatush[mosquito] vem de “ VaYitosh [e ele esqueceu] o Deus que o fez,” ou em Aramaico, “E ele deixou de adorar ao Deus que ele serviu.”
Vulgarmente, aquele que tem uma veste preciosa de lão deve evitar contacto com roupas velhas. Por outras palavras, ele deve evitar contacto com “velhos aderentes” que estragam a energia pois já não são competentes para a obra, então todas suas palavras só diminuem a energia. E tanto quanto o mais com fortes vestes do amor, que são como uma árvore — ou seja que ele é arrogante — essa mol ainda assim deve ser vigiada. Se essa mol entra na madeira, ela pode prejudicar, também, como vemos que a madeira apodrece e se desintegra porque uma mol entra nela.
E o único remédio é a Naftalina, da palavra, Naftoley, que Onkelos interpreta comoTefilá [oração], ou seja orar ao Criador que este danoso não seja permitido entrar nesta veste.
Um deve ser cauteloso com uma veste honorável, pois se há penas de galo nela, elas devem ser removidas. Também, um não deve entrar num lugar onde há penas de galo enquanto usando estas roupas. Numa veste da luz do amor isso é interpretado como Notzot [penas], da palavra Nitzim [discutir], como em lutas de galos. Isto refere-se a cantar e entoar de pessoas que ainda estão no exílio do caminho da verdade e estão escravizadas ao amor próprio. Todo o cantar e o louvor que elas mostram durante sua Torá e oração só infligem contendas na vossa alma até que começam a fazer a guerra nas vossas visões — de que lado está a verdade e a justiça. Isto estraga e arruína vossa veste, que pode alojar o amor. Desta forma, devem ser cautelosos e evitar lugares onde há penas de galo, para que posteriormente não tenham de trabalhar em se limparem dessas penas.
Nós podemos ver que para as pessoas que se esforçam para adquirir a luz das honras, se elas não guardam suas roupas adequadamente quando saem para o exterior, os externos imediatamente se apegam a suas roupas quando vêem que não é uma roupagem adequada, adequada para honrar as pessoas. Por outras palavras, as pessoas verão que ele aceita sua autoridade sobre ele e que ele está tão escravizado a essas pessoas que se encontram no exterior, que ele é compelido a fazer grandes esforços para obter as roupas mas também para as guardar. Até o modo, ou seja o desenho e a forma de usar, devem ser precisamente de acordo com o gosto dessas pessoas debaixo das quais ele se encontra. Logo, são precisamente aqueles de quem ele deseja receber respeito que ele deve adorar com grande trabalho para ser favorecido por eles, para que eles concedam sobre ele a luz do prazer que está vestida nas roupas de honras.
E se, Deus nos livre, ele não os serviu suficientemente, isto produziria resultados desagradáveis. Isto é, não só eles não lhe darão o respeito que ele quer deles, mas pelo contrário, todos eles o vão denegrir, humilhar e o fazer se sentir baixo e inferior. E essa sensação de inferioridade primeiro o fará triste, depois ocioso e então ele sentirá que o mundo inteiro ficou escuro sobre ele até que ele não veja esperança para obter prazer na vida. Então, ele só encontra um conselho — de ir para casa, se deitar na sua cama e rogar amargamente que sua oração seja concedida — ou seja que o anjo do sono, que é um sexto da morte, lhe conceda a luz do prazer do sono. Este é o único prazer pelo qual ele consegue ter esperança.
E se, eis, o anjo da morte não tiver misericórdia sobre ele e ele não achar remédio para si mesmo, então, pela amargura da sua alma, ele não tem outra escolha senão receber prazer numa cura que é popular entre os desesperados que procuram alívio para sua tristeza. Eles combatem com a inclinação que deseja a sua persistência, a superam e prolongam prazer do anjo chamado “suicidio.” Isto é eles sentem que só este anjo os pode libertar da sua melancolia. Evidentemente, é impossível obter prazeres do anjo acabado de citar sem terríveis tormentos e uma luta emocional horrível e poderosa.
Assim, “Os olhos do sábio estão na sua cabeça” e ele sabe e vê em avançado o que ele consegue adquirir e o que ele pode obter se não mantiver as leis e condições de seus contemporâneos. Isto é, que ele se deve render e assumir tudo aquilo que as pessoas externas exigem dele, ou elas prontamente o punirão neste mundo. Por outras palavras, recompensa e punição são reveladas neste mundo e não requerem fé acima da razão.
Disto podemos deduzir o zelo ilimitado e vigia e a grande e especial atenção necessárias para obter a vestimenta que veste a luz do amor — uma veste que é feita de tecido tão fino e delicado — a menos que os externos agarrem e arruinem esta veste preciosa, que literalmente foi comprada com tanto sangue e suor.
Agora deixem-me clarificar-vos como e de que maneira eu começo a obter essa vestimenta de amor: A ordem de fazer uma vestimenta adequada é de primeiro, tecer uma peça de tecido. Por outras palavras, pegamos em fios e os juntamos de uma maneira de urdidura e trama (entrecruzados). Através da urdidura e trama, uma peça de vestuário é tecida.
Desta forma, eu pego no fio de urdidura para um fio de trama. Um Nimá [Aramaico: “fio” bem como “diz”] vem das palavras “Diz uma palavra sobre isso.” Shti [trama] vem das palavras Tashi[esquecimento], como em “Tu esqueceste a Rocha que te gerou.” Por outras palavras, eu começo a agir com o poder da minha memória e em breve me recordo que meus amigos falaram desfavoravelmente sobre mim, que estas palavras os fizeram fazer-me coisas más e este dizer [também “urde”] desgasta a amizade, a camaradagem e a fraternidade.
Posteriormente, um fio de Erev [trama] chega à minha mente, ou seja que ouvi que meu amigo falou favoravelmente de mim, que o fez fazer coisas boas, que são Arevim [agradáveis] e doces ao meu gosto. Isto é, eu oiço e vejo que meu amigo abandonou todos seus envolvimentos e pensa e actua somente a meu favor para que eu tenha prazeres agradáveis. E estes dois fios criam uma mistura em mim e eu não sei que caminho decidir, dizendo, “É verdade do lado da urdidura ou do lado da trama?”
É sabido que tudo aquilo que existe no nosso mundo é numa forma de positivo e negativo — direita e esquerda, verdadeiro e falso, luz e trevas, Israel e as nações, sagrado e secular, impureza e pureza e bem e mal. Isto assim é pois é impossível detectar um bom sabor sem provar o amargo sabor do mal. Este é o sentido daquilo que nossos sábios disseram, “Para vingar os ímpios e dar uma boa recompensa aos justos.”
A palavra Pará [vingar] vem do versículo, “Pará [deixai solto] o cabelo na cabeça da mulher.” Por outras palavras, é possível receber ajuda dos ímpios em prol de descobrir o verdadeiro sabor e sensação da boa recompensa dos justos.
Por esta razão, quando tecendo a veste, eu me encontro aturdido e espero o veredicto de que ejectarei a pobreza de mente que está vestida dentro de mim. E uma vez que agora me encontro envolvido em tecer uma veste de amor, o lugar para a luz do prazer lá, já sou tendencioso e uma parte interessada. Por esta razão, decido de acordo com urdidura, como a Torá nos insinuou que “Suborno cega os olhos dos sábios.”
Então, eu já não me importo se a verdade é aquilo que é; em vez disso, eu me importo com a meta que desejo neste minuto, durante o tecimento da vestimenta do amor. Nesse estado, tenho uma linha decisiva no meio, ou seja que a meta é a precisa coisa que sempre decide entre a direita e esquerda.
E assim que adquiri esta supracitada vestimenta, centelhas de amor prontamente começam a brilhar dentro de mim. O coração começa a ansiar se unir com meus amigos e parece-me que meus olhos vêem meus amigos, meus ouvidos escutam suas vozes, minha boca fala com eles, as mãos abraçam, os pés dançam num círculo, em amor e alegria junto com eles e transcendo meus limites corpóreos. Esqueço a vasta distância entre mim e meus amigos e a terra estendida por milhas não nos impedirá.
É como se meus amigos se encontrassem bem dentro do meu coração e vissem tudo o que está acontecer lá e eu fico envergonhado de meus mesquinhos actos contra meus amigos. Então, simplesmente saio dos vasos corpóreos e parece-me que não há realidade no mundo senão os meus amigos e eu. Depois disso, até o “Eu” é cancelado e imerso, misturado nos meus amigos, até que me levanto e declaro que não há realidade no mundo — somente os amigos.
Devo ser breve pois o feriado se aproxima.

Vosso amigo, Baruch Shalom HaLevi
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