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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Juízes e Guardas

junho 24, 2016


Artigo Nº 34, Tav-Shin-Mem-Vav, 1985-86

A escritura diz, “Colocarás para ti mesmo juízes e guardas em todos teus portões que o Senhor teu Deus te dá.” Para entender o citado de acordo com a regra que a Torá é eternidade e se aplica a todas as gerações, devemos interpretar o versículo acima na nossa geração, também. Por esta razão, toda e cada palavra requer sua própria explicação: 1) O que são “juízes”? 2) O que são “guardas”? 3) “Colocarás para ti mesmo” é forma singular. Significa isto que toda e cada pessoa deve assim fazer? 4) “Em todos teus portões.” Precisamos de entender como os “portões” estão relacionados ao nosso tempo. E também, o que insinua “Em todos teus portões”? Isso significa que se há um portão prontamente devemos tentar colocar juízes e guardas lá. 5) Especialmente, o que isso implica quando ele diz, “Que o Senhor teu Deus te dá”? O que isso implica? Há mais alguém além do Criador que dê ao povo de Israel?

Para entender o citado, primeiro precisamos de mencionar aquilo que dissemos nos artigos anteriores: 1) O propósito da criação da perspectiva do Criador. 2) O propósito da criação em manter Torá e Mitsvot [mandamentos], ou seja a que grau devemos nós alcançar ao observar a Torá e Mitsvot.

É sabido que o propósito da criação é de fazer o bem às Suas criações, ou seja que as criaturas receberão Dele o deleite e prazer de acordo com Sua habilidade, sem quaisquer limitações. Porém, porque Ele quis que Suas obras fossem completas, ou seja que não haja o pão da vergonha, houve uma Tzimtzum [restrição] e ocultação. Significa isto que não há divulgação da luz nos Kelim [vasos] que trabalham em prol de receber. Somente assim que o Kli [vaso] chamado “vontade de receber” tenha sido corrigido para trabalhar em prol de doar, então de acordo com sua habilidade de doar, a essa medida a abundância aparece. Antes disto eles vêem o inverso da divulgação — sentindo somente ocultação.

Assim acontece que aqui, ou seja após a Tzimtzum ter tomado lugar, a obra do inferior começa. A meta deve ser que todos nossos pensamentos e acções sejam somente com uma intenção — de doar.

Porém, isto levanta a questão, “Como pode haver tal coisa?” Isto é, uma vez que o homem nasce um potro selvagem, onde irá ele buscar a força para ser capaz de chegar à natureza da qual ele foi criado?

Para este propósito, nos foi dado trabalho em observar Torá e Mitsvot. Isto é, o homem deve visar enquanto observando Torá e Mitzvot, que isso lhe traga o poder de concordar em transformar todas suas paixões e ambições para serem somente sobre como e com o quê poderá ele doar contentamento ao Criador.

Antes de ele ter começado a obra de doação ele pensava que esta questão de observar a Torá e Mitsvot lhe traria sucesso e bênção para que ele possa deleitar seu corpo, ou seja que ao observar Torá e Mitsvot o corpo terá este mundo e o mundo vindouro. Esta era sua base, sobre a qual ele construiu uma fundação para si mesmo, para essa fundação ser a razão que o obriga a observar Torá e Mitsvot em todos os seus detalhes e ele tinha o poder para superar a preguiça no seu corpo e prevalecer em prol de obter a recompensa.

Isso é como as pessoas que trabalham na corporalidade em prol de ganhar a vida. O corpo resiste a trabalhar na corporalidade, também, dado que o corpo preferiria descansar, mas o pagamento corpóreo que ele vê, que é para o benefício do corpo, lhe dá a força para superar. Em semelhança, quando a recompensa da obra é recompensa para o seu corpo, ele tem a força para superar todos os obstáculos no seu caminho. Porque a recompensa que ele espera é somente para suas próprias necessidades, o corpo não o contesta.

Isto é, embora o corpo goste do repouso, quando lhe é dito, “Abdica do teu repouso e terás prazer de uma maneira que o prazer que vais receber através da obra será maior que o repouso, ou que o prazer que recebes ao abdicar do repouso é mais necessário que o prazer que encontras no repouso, dado que através destes prazeres serás capaz de existir no mundo, inversamente serás incapaz de existir.” Em todas estas questões o corpo tem a força para superar e abdicar de pequenos prazeres em prol de obter recompensa maior na sua obra. Isto é, a recompensa compensa pelas suas concessões, que ele exige que o corpo faça, em prol de ser mais feliz do que agora ele se sente, antes de ter abdicado dos prazeres.

Mas quando é dito ao corpo, “Trabalha em doação,” ou seja que ao observar Torá e Mitsvot ele será recompensado com deleitar o Criador, nomeadamente que é dito a uma pessoa, “Abrica do teu amor próprio,” qual será a recompensa? Que o Criador desfrutará da obra de observar Torá e Mitsvot. Nessa altura, o corpo vem prontamente e questiona com o argumento de “quem” e “o quê.” Isto é, “O que ganharei eu com o Criador desfrutar do meu trabalho? E como podes tu trabalhar sem recompensa?” Este é o argumento “Quem”, que não quer trabalhar. O corpo diz, “Eu estou disposto a trabalhar como todos os outros, mas não segundo estes termos. Isto é, se eu abdicar do meu amor próprio e fizer tudo para que o Criador desfrute, qual será meu ganho deste trabalho?”

Quando uma pessoa supera todos os argumentos do corpo e pensa que ela já tem a força para superar a natureza do corpo, ou seja que agora ela sente que consegue concentrar seus pensamentos somente em prol de doar, subitamente o corpo vem até ela com novos queixumes: “Não tem problema que queiras trabalhar pelo Criador e não do modo que todos os outros trabalham, em prol de receber recompensa. Porém, seria bom se, uma vez que já te esforçaste um pouco, recebesses força do alto para que pudesses caminhar no caminho da doação. Mas como vês, deste muito trabalho e não te moveste um pouco. Então podes ver por ti mesmo que não consegues caminhar neste caminho. Estás a desperdiçar tua energia, trabalhando para nada. Sai deste caminho, foge da campanha.”

Se uma pessoa supera todos estes argumentos do corpo, o corpo vem e revela para ela novas coisas, para as quais uma pessoa não tem resposta. Com isto ele quer separá-la da sua obra. O corpo lhe diz: “É sabido que quando uma pessoa começa a aprender alguma ciência, ela avança cada vez. Se ela for talentosa ela avança mais rápido e se ela for menos talentosa ela avança mais devagar. E quando uma pessoa vê que ela não avança de todo na ciência lhe é dito, ‘Esta ciência não é para ti. Precisas de aprender alguma profissão; não és adequado para aprender ciências.’ Nós vemos que isto é costume e razoável.”

Mas aqui o corpo argumenta, “Tu vês de acordo com teus esforços que fizeste na obra da doação, que não só não avançaste um passo em frente, que é ao contrário.” Isto é, antes de ela ter começado a obra de doação ela não estava tão imersa em amor próprio. Mas agora que ela fez esforços para superar o amor próprio, ela recebeu um desejo maior e sente que agora ela está mais imersa em amor próprio.

Sucede-se que aqui, neste trabalho, nós vemos que avançamos para trás e não para a frente. Ela vê isto claramente e na realidade sente-o. Isto é, que anteriormente, antes dela começar a superar o amor próprio, ela pensava que era bastante fácil abdicar do amor próprio em prol de ser recompensada com espiritualidade. Ela sempre pensou, “Como posso achar um modo de caminhar pelo qual vou obter alguma espiritualidade?” Porém, ela nunca pensou que se deve preocupar para emergir do amor próprio, pois isto é algo sobre o qual não é aconselhável pensar. Em vez dizzo, todas as preocupações eram sobre achar o caminho certo que conduza a entrar no palácio do Rei e merecer o propósito pelo qual o homem foi criado.

Mas agora chegou ela a um estado sobre o qual nunca havia sonhado, ou seja que o amor próprio seria um obstáculo interferindo em alcançar a verdade. Ela sempre pensou que estava disposta a se sacrificar em prol de alcançar a verdade, mas agora ela vê que andou dez graus para trás, ou seja que ela não está disposta a fazer quaisquer concessões sobre seu amor próprio pelo bem de Kedusha [santidade].

Quando o corpo vem até ela com tais argumentos, ela “cai debaixo da sua carta.” Nessa altura chega ela a um estado de desespero e ociosidade e quer fugir da campanha, dado que agora vê ela que todos os argumentos do corpo são verdadeiros argumentos.

Mas a verdade é tal como dissemos muitas vezes. Como disse Baal HaSulam, há uma questão de avançar para a verdade. Isto é, antes que um comece a obra de doação, ele está longe da verdade, ou seja de sentir a medida do seu mal. Mas mais tarde, quando ele se esforçou em superar o amor próprio, ele avança para a verdade. Isto é, cada vez ele vê mais quão imerso está no mal, da cabeça aos pés.

Porém, devemos entender por que precisamos de tudo isto. Isto é, por que é que antes de ele ter começado a obra da doação ele não tinha tamanha medida de sensação do mal, mas assim que se esforçou para superar, o mal se tornou mais claramente sentido nele. Por que tudo deve ser revelado mais tarde e não revelado imediatamente, mas em vez disso apareceu em fases, pouco-a-pouco?

A questão é que a superação é gradual. É como aquele que pratica levantamento de pesos. Ele começa, digamos ao levantar 50 kgs e gradualmente soma pois através de exercícios ele pode continuar a acrescentar. É o mesmo com servir o Criador e é por isso que não nos é dado um grande sabor de amor próprio para começar, dado que provavelmente não seremos capazes de o superar. Nos é dado um sabor de prazer adicional no amor próprio de acordo com nosso trabalho. Isto é, à medida que eles vêem que conseguem superar, lhes é dado mais sabor de prazer no amor próprio, para que sejam capazes de superar. Com isto vamos entender o que nossos sábios disseram (Sucá, 52), “Aquele que é maior que seu amigo, seu desejo é maior que o dele.”

Isto levanta a pergunta, “Por que é assim?” De acordo com o supracitado, isso é simples. Também esta é a ordem na corporalidade: Avançamos do leve ao pesado. Desta forma, antes que um comece a trabalhar em superação, lhe não é dada grande força de amor próprio, que ele não será capaz de superar pois ele ainda não começou a obra de superação. Desta forma, ele não sente um grande sabor no amor próprio.

Mas quando ele começa a superar, que é dado maior prazer e importância no amor próprio para que ele tenha o que superar. Quando ele supera certa medida de amor próprio, lhe é dada uma medida ainda maior de importância no amor próprio. Desta maneira ele se acostuma gradualmente a superar os prazeres para que possa dizer que tudo o que ele recebe é somente em prol de doar.

Sucede-se que o amor próprio se torna para ele cada vez mais difícil de superar pois cada vez, é dada à sua vontade de receber mais importância para que ele tenha um lugar para trabalhar em superar. Contudo, devemos entender por que lhe é dada do alto mais importância e mais prazer para ser mais difícil superar. A respeito desta superação da corporalidade, seria melhor se não fosse dada maior importância, mas a importância que sentíamos sobre o amor próprio no começo da nossa obra seria suficiente para superarmos a corporalidade e podíamos prontamente começar a obra espiritual. Mas por que devo eu fazer este trabalho de graça, superando o amor próprio e questões corpóreas? Embora cada vez tenhamos maior superação, por que preciso de trabalhar sobre o amor próprio, que diz respeito à corporalidade?

Contudo, essa é uma grande correcção. É sabido que os numerosos prazeres que sentimos nos prazeres corpóreos são somente uma “minúscula luz” em comparação com o que se encontra nos prazeres espirituais. Desta forma sucede-se que até aquele que passou o testo de superar os prazeres corpóreos, que ele consegue corrigir para somente em prol de doar, este teste é suficiente somente em pequenos prazeres que ele consiga superar e não receber sob a condição que ele consiga direccionar em prol de doar. Todavia, isto assim não é com grandes prazeres e não podem ser dados prazeres espirituais a um que ele esteja destinado a tomar em prol de receber.

Desta forma, primeiro devemos atravessar o trabalho nos prazeres corpóreos. Lá, lhe são dados sabores maiores cada vez que quando ele começou a obra. Antes de ele ter começado a obra  ele conseguia provar o sabor do prazer como vulgarmente dado nos prazeres corpóreos. Mas a aquele que começou a obra de doação e quer ser recompensado com a espiritualidade lhe é dado mais sabor na corporalidade que o habitual. Isto assim é deliberadamente, para que ele se acostume aos grandes prazeres que aqueles que há nos prazeres corpóreos. Esta é uma preparação para estar imunizado na obra de superar os grandes prazeres encontrados na espiritualidade.

Agora podemos ver que a aqueles que querem trabalhar na obra sagrada lhes são dadas adições. Isto é, lhes é dado sabor adicional no amor próprio. Isto assim não é com as pessoas que não têm interesse em caminhar no caminho da doação. Isso é como disseram nossos sábios, “Qualquer um que seja maior que seu amigo, seu desejo é maior que o dele.” Isto assim é em prol de os acostumar na obra da superação, dado que quanto aos multiplos prazeres que se encontram nos prazeres espirituais, sua superação habitual dos prazeres corpóreos nãos erá suficiente pois o prazer está neles como uma constante, enquanto lhes é dado cada vez mais importância em prol de se tornarem acostumados a superar cada vez.

Agora podemos entender o que questionámos sobre o versículo onde está escrito, “Colocarás para ti mesmo juízes e guardas em todos teus portões.” Como se aplica colocar juízes e guardas à actualidade? Contudo, quando uma pessoa quer começar a obra do Criador nós devemos fazer dois discernimentos: 1) Potencial. Isto é, primeiro ela faz para si mesma um plano daquilo que ela deve e daquilo que ela não deve fazer, ou seja um escrutínio de bem e mal. Faz isto em potencial e chamado “juiz,” que diz o que deve ser feito. 2) Posteriormente nós devemos executar aquilo que estava em potencial. A execução é chamada “guarda.”

Uma vez que as questões da obra não são uma coisa única, mas em vez disso cada dia deve ele se esforçar na obra, assim, o texto usa forma plural, ou seja “juízes e guardas.”

Dizendo, “Colocarás para ti,” na forma singular, vem para nos dizer que este trabalho pertence a todo e cada indivíduo.

É por isso que diz, “em todos teus portões.” Nós devemos interpretá-lo literalmente, ou seja que um portão é o lugar da entrada. Significa isto que quando quer que uma pessoa queira começar a obra do Criador, ela deve ordenar a obra de duas maneiras: em potencial e na realidade, que são “juízes” e “guardas.”

Porém, a respeito do seu dizer, “Em todos teus portões,” devemos interpretar de acordo com o que vemos — que há dois tipos de vida no nosso mundo: 1) vida corpórea, 2) vida espiritual.

Disto se sucede que temos dois portões: 1) um portão que é semelhante a um portão de prisão. Isto é semelhante ao que está escrito (na oração, “Graças,” que dizemos na véspera de Shabat na oração da tarde): “Habitantes das trevas e a sombra da morte; prisioneiros da pobreza e do ferro.” A Metzudat David [interpretação da Fortaleza de David] lá interpreta: “Pessoas que se sentam num lugar de escuridão estão atadas por laços de aflição e correntes de ferro.” 2) Um portão que é semelhante ao portão do Rei, como está escrito, “E Marduqueu se sentou no portão do Rei.”

Em cada portão há guardas que se encontram a guardar, mas cada um dos guardas actua da forma oposta. Isto é, os guardas da prisão zelam que nenhum dos prisioneiros escape da prisão, enquanto os guardas do portão do Rei zelam para que ninguém passe pelo portão do Rei.

A questão é que aqueles que estão imersos no amor próprio e não têm entendimento ou sensação de coisa alguma mais que dos prazeres corpóreos são considerados como estarem na prisão e os guardas não os deixam sair. Com que força os guardam eles e não os deixam sair? No momento em que um guarda vê que ele quer sair do amor próprio e começar a obra de doação ele lhes acrescenta mais prazer no amor próprio. Com isto eles os atam com correntes de ferro para que eles não queiram sair de lá.

Depois de toda a superação, quando os guardas vêem que os prisioneiros querem escapar ao amor próprio e começar e entrar no amor pelo Criador, prontamente lhes dão mais sabor e mais importância, à medida que nunca ninguém pensou que era tão vantajoso permanecer no amor próprio como agora eles sentem, que o amor próprio não é uma questão simples, como está escrito, “Qualquer um que seja maior que seu amigo, seu desejo é maior que o dele.” Com isto os guardas têm o poder para zelar que ninguém escape da prisão.

Mas o papel dos guardas que se encontram no portão do Rei é não deixar que ninguém passe pelo portão do Rei. Qual é o poder pelo qual eles conseguem superar aqueles que querem entrar no palácio do Rei? É como está escrito na “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” (item 133), “É como um rei que desejou seleccionar para si mesmo os mais leais dos seus súbditos no país e os trazer para trabalharem dentro do seu palácio. Que fez ele? Ele emitiu um decreto que qualquer um que desejasse, jovem e velho, entraria no seu palácio para se envolver nas obras dentro do seu palácio. Contudo, ele nomeou muitos dos seus servos para guardar o portão do palácio e lhes ordenou para astutamente desviarem todos aqueles que se aproximassem do seu palácio. Naturalmente, todas as pessoas no país começaram a correr para o palácio do rei. Mas os guardas diligentes astutamente os rejeitaram. Muitos deles os dominaram e se aproximaram do palácio do rei, mas os guardas no portão foram mais diligentes e se alguém se aproximasse do portão, eles o desviavam e o afastavam com grande astúcia, até que ele desesperasse e regressasse tal como havia chegado. E então eles foram e vieram. Somente os heróis entre eles, cuja paciência perdurou, derrotaram os guardas e abriram o portão. Instantaneamente foram recompensados em ver a face do rei, que nomeou cada um deles para o seu lugar certo.”

Acontece desta forma que os portões que se encontram no portão do Rei desviam todos os tipos de argumentos que “Isto não é para ti” para entrar no palácio do Rei. Para cada um eles inventam razões para que estas pessoas entendam que não é vantajoso para elas trabalharem em vão. Especialmente, todos os tipos de argumentos, eles têm o poder de as desviar e as afastar da campanha da obra sagrada. Este é o sentido e “em todos teus portões,” ou seja o portão da prisão e o portão do Rei.

Agora explicaremos o versículo onde ele termina, “que o Senhor teu Deus te dá.” Questionámos, “O que isto nos vem para dizer?” É sabido que tudo vem do Criador. Porém, tal como acima explicámos, uma pessoa que quer ser salva de todos estes argumentos dos guardas tem somente um conselho: fé acima da razão. Isto significa que tudo aquilo que os guardas dizem é verdadeiro. Contudo, o Criador é misericordioso e gracioso e escuta a oração de toda a boca. Ele dá o poder para superar todos os obstáculos.

Todavia, há uma regra que um deve dizer, “Se eu não sou por mim, quem é por mim?” Isto é, uma pessoa não deve esperar que o Criador a ajude a superar. Em vez disso, ela deve superar sozinha e fazer tudo aquilo que ela possa fazer pedir somente que o Criador a ajude a superar, ou seja que a ajude. Se uma pessoa tentar de qualquer maneira que puder, então ela deve pedir ao Criador que seu esforço dê frutos. Porém, uma pessoa não deve dizer que o Criador deve trabalhar por ela, mas que o Criador a ajude na sua obra para ter sucesso em adquirir o bem.

Desta forma se sucede que uma vez que o homem é o obreiro e o Criador só o ajuda, uma pessoa reflecte sobre por que foi ela recompensada com a proximidade do Criador mais que as outras. Isso é pois outras pessoas não conseguiriam se esforçar tanto na obra acima da razão e não olharem para o argumento do corpo como ela constantemente prevaleceu na sua obra e nunca olhou para seus pensamentos de desespero com os quais o corpo lhe quis falhar.


Acontece que uma pessoa consegue dizer, “Minha força e o poder da minha mão me obtiveram estas riquezas.” Nesse respeito, diz o versículo que devemos saber que “o Senhor teu Deus te dá,” que isso é certamente só presente de Deus. Isto é, o facto de teres tido a força para colocar juízes e guardas em todos os teus portões foi senão um presente de Deus.
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