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terça-feira, 21 de junho de 2016

Um Justo Que É Feliz, um Justo Que Sofre

junho 21, 2016

Artigo Nº 38, Tav-Shin-Mem-Hey, 1984-85

O sagrado Zohar interpreta a questão de “um justo que é feliz, um justo que é infeliz (Ki Tetze, item 13): “Aquele que é justo e infeliz, significa isso que ele é da árvore do conhecimento do bem e do mal, dado que o mal está com ele. Não há justo que não peque neste mal pois ele está com ele. Um ímpio que é feliz é aquele cuja inclinação do mal superou sua inclinação do bem e foi dito sobre isso, ‘Ele é feliz,’ pois o bem está sob a autoridade do mal. E porque o mal governa o bem, ele é ímpio, pois aquele que prevalece assume o nome. Se o bem supera o mal, ele é chamado “um justo que é infeliz, pois o mal está sob sua autoridade. Se o mal prevalece sobre o bem, ele é chamado um ímpio que é feliz,” até então suas palavras.
Para entender a questão do bem e do mal em geral, precisamos de saber que dado que a raiz das criaturas deriva da Sefira de Malchut e Malchut na sua raiz é chamada “receber em prol de receber” esta é a raiz de todo o mal que há nas criaturas. Isto assim é pois esse desejo nos separa da raiz, pois aprendemos que o pensamento da criação é fazer o bem às Suas criações e criou uma deficiência em existência a partir da ausência, chamada “desejo de receber deleite e prazer.”
Mas uma vez que na espiritualidade Dvekut [adesão] e separação dizem respeito à equivalência de forma e uma vez que o Criador é o dador e as criaturas são os receptores, há disparidade de forma entre eles e essa disparidade de forma nos separa do Criador. Logo, não podemos receber o deleite e prazer que Ele nos quer dar e que foi o propósito da criação. Por esta razão, para receber o bem, precisamos de qualificar os Kelim [vasos] para trabalharem em prol de doar e então receberemos o bem.
Sucede-se que nosso mal, pelo qual não temos deleite e prazer, é nada mais e nada menos que amor próprio dentro de nós. É isto o que interfere com nós recebermos o deleite e prazer e é isto o que nos causa a morte, pois ele nos separa da vida das vidas. É por isso que somos chamados de “mortos,” como disseram os nossos sábios, “Os ímpios, nas suas vidas, são chamados ‘mortos’”.
Quando consideramos nosso mal, o modo como ele fala para nós e nos quer controlar, com que força ele vem até nós para escutarmos seus argumentos, devemos fazer quatro discernimentos aqui: 1) Nós podemos nos assemelhar e atribuir ao arrependimento por amor (embora o arrependimento por amor é uma grande questão, aqui falamos somente em respeito à atribuição). 2) De nos assemelharmos proximamente do arrependimento por temor. 3) Ele não consegue superar e se arrepender, mas permanece quebrado e estilhaçado pois não se consegue arrepender. 4) Ele não é impressionado pela sua incapacidade de superar o mal e se arrepender.
Vamos explicá-los um de cada vez. É sabido que quando um quer avançar no caminho de fazer todas as coisas pelo Criador, onde tudo o que ele faz ele pensa que benefício o Criador vai derivar disto e não pensa no seu próprio benefício, então o corpo vem até ele com argumentos. Ele começa a zombar deste caminho, chamado “o caminho da doação e não pelo seu benefício pessoal” e argumenta os argumentos de Faraó e o argumento dos ímpios, que são considerados “mente e coração,” nomeadamente “quem e o quê.”
Quando uma pessoa começa a escutar seus argumentos, ela começa a questionar-se pois ela nunca ouviu falar de tais fortes argumentos vindos do seu corpo como aqueles que agora ela escuta. Quando ela começou a obra ela pensava que cada vez avançaria mais além para a meta, ou seja que cada vez ela veria que é vantajoso trabalhar para o Criador.
Mas subitamente ela vê que onde ela devia ter tido um desejo maior para servir o Criador, ela escuta rejeição do corpo, que lhe diz agora, “Por que não queres avançar pelo caminho que o mundo inteiro avança, onde devias ser meticuloso com os pormenores das acções e a respeito da intenção deverias dizer, “Que seja como tencionei.” “Mas agora,”  diz o corpo, “Vejo que prestas atenção especificamente às intenções, ou seja que consigas direccionar para que tudo seja pelo Criador e não para ti mesmo. Será que serás diferente? Não queres ser como todos os outros, que dizem que este é o caminho mais seguro? E a evidência disto é olhar para todos os outros, como eles se comportam.”
Nessa altura começa o trabalho de superar. Isto é, ela precisa de superar seus argumentos e não se render a suas exigências. Ela deve certamente lhes dar claras respostas para aquilo que elas a fazem ver, isto é que seu desejo de direccionar que todas suas obras sejam somente para doar e não para seu próprio benefício é contra a razão, uma vez que a razão manda que uma vez que o homem foi criado com uma vontade de receber deleite e prazer e há uma exigência natural de o satisfazer—caso contrário, por que precisa ele da vida senão para desfrutar dela, para satisfazer as exigências do corpo—e então ele deixa-o entender que isto faz perfeito sentido e não há desculpa para responder aos seus argumentos.
A clara resposta deve ser que ela acredita nas palavras dos sábios, que nos ensinaram que devemos avançar acima da mente e da razão. Isto é, verdadeira fé é especificamente acima da razão e aquilo que a mente entende não é de todo verdade, dado que em respeito ao Criador, aprendemos que “Meus pensamentos não são teus pensamentos, nem Meus caminhos são teus caminhos.”
Aqui começam discernimentos na ordem do trabalho:
O primeiro grau é quando ela diz para seu corpo, “Todos os argumentos que me dizes fazem sentido e concordo contigo. Contudo, deves saber que uma vez que o verdadeiro caminho, como eu o recebi da fé nos sábios, é acima da razão, mas eu não tenho chance de demonstrar que o caminho é realmente assim, de que avanço acima da razão. Mas agora que vens até mim com teus argumentos que devemos avançar dentro da razão e zombar do caminho da doação e da fé, fico feliz que venhas até mim com teu escarnecimento pois agora posso mostrar meus pensamentos, que a base sobre a qual construo a obra do Criador é sobre o caminho da verdade. Isto é, agora posso dizer que avanço acima da razão. Mas antes de teres vindo até mim eu não tinha oportunidade de mostrar meu caminho.
“Desta forma, gosto dos teus argumentos pois me fizeste um grande favor ao zombar perante mim. Que é o escarnecer que ouvi de ti que me fez arrepender, uma vez que agora devo superar com fé acima da razão. Sucede-se que aquele que me faz assumir o fardo do reino dos céus em doação e acima da razão é especificamente o teu escarnecer. Não tivesses tu vindo até mim com queixas, não teria eu a necessidade de assumir sobre mim mesmo o mandamento da fé. Mas agora eu devo me arrepender.” Logo, ela não fica irritada com o escarnecer que ela havia escutado.
Nós podemos comparar isto a como nos relacionamos ao arrependimento por amor (embora na verdade, arrependimento por amor e arrependimento por temor sejam dois grandes graus), como disseram nossos sábios, “Arrependimento por amor—pecados se tornam para ele como méritos.” Agora podemos também interpretar aqui que os pecados se tornaram para ela como méritos.
Devemos entender como os pecados se tornaram méritos. Pecados significa que uma pessoa está zangada que os pecados tenham vindo até ela. Méritos são quando uma pessoa desfruta de ter adquirido méritos. Então como pode ser dito que os pecados se tornaram méritos? Qual é o pecado aqui que o corpo vem com seus queixumes sobre a fé, que ela assumiu sobre si mesma acima da razão? Também, como pode haver maior pecado que aquele que zomba da sagrada fé?
Porém, se ela se arrepender por amor, ou seja que agora ela se arrepende e assume sobre si mesma fé acima da razão com uma mente clara, ela decide avançar especificamente pelo caminho da fé, uma vez que agora ela tem dois caminhos na sua frente e ela decide. Logo, ela tem espaço para a escolha. Mas antes que ele viesse até ela com escarnecer, embora ela assumisse sobre si mesma fé acima da razão, não era assim tão evidente que ela tinha dois caminhos na sua frente. Mas agora ela toma uma verdadeira escolha, determinando que ela deve avançar especificamente com a fé acima da razão.
Sucede-se deste modo que ela está feliz com o escarnecer que ela escutou e gosta do escarnecer que eles falaram sobre a fé, embora sejam pecados. E uma vez que eles a fizeram ter espaço para a escolha, então torna-se revelado para ela que ela realmente quer caminhar no caminho da fé acima da razão, sucede-se que estes pecados são tão importantes para ela como méritos, pois sem eles ela não teria espaço para a escolha.
Acontece que com o arrependimento que ela agora faz, ela está feliz com o trabalho que chegou até ela agora e isto é considerado arrependimento por amor. Isto é, ela ama a acção de arrependimento que agora ela realizou. Nessa altura, suas causas, que são os pecados, são considerados por ela como méritos, ou seja que ela os ama como méritos, pois um não anda sem o outro. Ela tem aproximadamente a relação que a luz e o Kli [vaso] têm. Isto é, a deficiência que os pecados lhe causaram é chamada de Kli e o arrependimento, que ela tomou a escolha, é semelhante à relação da luz. Este é o primeiro grau na ordem do trabalho.
O segundo grau é que embora ela supere o zombar que o corpo fala sobre o caminho da verdade, que é doação e fé e ela se arrependa, ou seja responde ao corpo, “Tudo o que escuto de ti é somente aquilo que dizes, que a mente dita, mas de acordo com o que eu escutei, que a base da obra do Criador é fé acima da razão. Isto é, eu não avanço de acordo com a mente, mas acima da mente.” Desta forma, este é o verdadeiro arrependimento.
Contudo, ela diz que seria mais feliz se não escutasse seu escarnecer pois ela estava em perigo de talvez não ser capaz de tomar a escolha. Sucede-se que este arrependimento é considerado temor. Isto é, ela teme o trabalho de superar, pois esse é trabalho duro, dado que quando uma pessoa é testada é muito difícil escolher o bem.
Acontece que este arrependimento está relacionado ao arrependimento por temor, quando os pecados se tornam para ela como erros. Porque ela se arrependeu dos pecados, eles se tornam erros, mas não como méritos, dado que méritos significa que ela é semelhante a méritos. Logo, uma pessoa anseia por méritos, ela está feliz com seu trabalho, com lhe ser dada uma chance de tomar uma escolha. Mas quando ela teme o escarnecer, ela mesma está a dizer que isso não são méritos, mas em vez disso semelhantes a erros.
Sucede-se que embora ela tenha elevado o mal para Kedusha [santidade], ou seja corrigiu o mal ao se arrepender, esse grau é mais baixo que o arrependimento por amor, dado que ela mesma não os transformou em méritos. Desta forma, isto é considerado o segundo grau no trabalho.
O terceiro grau que devemos discernir na obra é que quando o corpo vem até ela com seus conhecidos argumentos, quando ele zomba, a mente e o coração e ela se rende a eles e não os consegue superar, ela deve descer do seu grau. Isto é, onde ela pensava anteriormente que era considerado estar entre os servos do Criador, agora ela vê que está longe disso, uma vez que antes do corpo ter vindo até ela com seus conhecidos argumentos, ela pensava que ela estava bem, ou seja que não tinha desejos de amor próprio e ela estava completamente em prol de doar.
Mas agora ela vê que não consegue superar suas queixas. Embora agora ela não esteja na realidade a ser testada — pois agora todos os argumentos são somente em potencial—ela ainda vê que ela se rende aos seus argumentos e não consegue assumir sobre si mesma fé acima da razão e dizer, “Eu quero caminhar somente num caminho de doação.”
Agora um homem se senta e questiona-se a si mesmo, como a situação foi invertida. Parece-lhe que é um ciclo repetitivo e agora ele que sempre olhou para sua humildade, caiu para lá ele mesmo e não consegue sair desse lugar embora ele se lembre como ele sempre desprezou essas pessoas e as considerou pequenas e infantis e sempre ficou longe delas. Agora ele está lá e não consegue sair de lá sozinho.
Agora ele vê similaridade com a história que é contada sobre Rabi Rabi Yonatan, que teve uma discussão com um padre. O padre dizia que ele conseguia mudar a natureza e Rabi Yonatan dizia que era impossível mudar a natureza que o Criador criou. Somente o Próprio Criador a pode mudar, mas o próprio homem não consegue.
O que fez o padre? Ele levou alguns gatos e lhes ensinou a serem criados. Eles os vestiu em roupas de criados, foram até ao rei e lhe disse sobre seu problema com Rabi Yonatan. O padre preparou uma refeição e convidou o rei e os ministros. Antes da refeição, o padre reiterou a questão de ser capaz de mudar-se para uma segunda natureza e Rabi Yonatan disse que somente o Criador a consegue mudar mas não o homem.
Subsequentemente, o padre ordenou e disse, “Deixai-nos comer primeiro e então concluiremos nosso debate.” Prontamente, os criados, ou seja os gatos, entraram, vestidos como tal como verdadeiros criados e puseram a mesa. eles trouxeram os pratos a todo e cada um e o padre e o rei e os ministros estavam atónitos com as acções maravilhosas dos criados. Agora todos viam que não havia sentido em discutir depis da refeição e todos estavam surpresos com Rabi Yonatan sentando-se tão calmamente, não impressionado com o acto que havia provado inequivocamente que o homem consegue mudar a natureza.
O que vez Rabi Yonatan então? Diz-se que assim que terminaram a refeição e os criados se levantaram e serviram os convidados, Rabi Yonatan tirou para fora uma caixa de tabaco. Quando todos pensaram que ele ia cheirar tabaco, ele abriu a caixa e dela sairam vários ratos. Quando os criados viram os ratos a sairem da caixa e a fugirem, prontamente abandonaram eles os convidados e perseguiram os ratos, tal como na sua natureza. Então todos viram que Rabi Yonatan estava certo.
A mesma coisa se aplica a nós. Quando o corpo vem e começa seu escarnecer, mostrando tangivelmente o sabor do amor próprio, ele prontamente abandona a Torá, a obra e o Criador e corre para obter o amor próprio, onde o corpo lhe mostra o prazer disso. Então vê ele que é impotente para sair do amor próprio.
Sucede-se que aqui, nesta situação — quando ele vê que como está imerso no amor próprio devido a nossa natureza — isso é considerado ter-se alcançado um certo grau na obra. Significa isto que ele alcançou o grau da verdade, chamado “reconhecimento do mal.” Agora sabe ele que deve começar seu trabalho de novo, pois até agora ele caminhava no caminho e se enganava a si mesmo, pensando que estava acima de todos, mas agora ele vê seu verdadeiro estado.
Desta forma, agora tem ele um lugar de deficiência para orar ao Criador do fundo do coração, uma vez que agora ele vê quão afastado estava ele da obra de doação, que ele não consegue sair, mas somente o Criador consegue ajudar nisso. Este é o terceiro grau, que é mais baixo que os dois graus anteriores.
O quarto grau é o mais baixo em comparação com os primeiros três graus. Por vezes o corpo vem até ele com todos os seus argumentos e ele escuta mas não responde de todo. Porém, ele leva seus argumentos a sério e até vê que é natural que não consiga realizar acções de doação. E ele permanece no amor próprio como está acostumado, sem qualquer excitação. Ele fica muito sereno com isso e esquece-se do lugar e estado que tinha há um momento atrás, antes do corpo ter vindo até ele com suas questões, quando ele pensava que não era como o resto das pessoas, cujo trabalho é edificado em amor próprio. Em vez disso, agora ele sente que este é o modo de trabalhar, o mesmo como todos trabalham.
Sucede-se que de todas as perguntas que vieram até ele — que deve ter sido um arauto do alto em prol de lhe dar uma chance de subir no seu grau, seja como os primeiro discernimento, que é semelhante ao arrependimento por amor, ou como o segundo discernimento, que é arrependimento por temor, ou como o terceiro discernimento, que é de ter uma deficiência, ou seja que ele ainda conseguia orar ao Criador — agora ele vê que é impossível que o homem seja capaz de se ajudar a si mesmo sozinho.
Agora chega ele a um estado onde acredita e vê aquilo que disseram nossos sábios (Sucá, 52), “Rabi Shimon Ben Lakish disse, ‘A inclinação do homem o subjuga cada dia e o procura condenar à morte, como foi dito, ‘O ímpio observa o justo e procura condená-lo à morte.’ Não fosse a ajuda do Criador, ele não a teria superado, como foi dito, ‘Deus não o deixara na sua mão, nem o condenará quando for julgado.’’”
Ele vê que o corpo realmente procura condená-lo à morte, ou seja que ele quer separá-lo da vida das vidas com seus argumentos. Agora ele vê que não o consegue superar sozinho e espera que o Criador o ajude. Sucede-se que as perguntas que vieram até ele não foram em vão. Em vez disso, elas lhe deram espaço para orar do fundo do coração. Mas no quarto grau, quando ele assume tudo como fortuito, é como se as perguntas tivessem vindo até ele em vão, desnecessariamente.
Porém, devemos saber que para uma pessoa que começou a caminhar no caminho da doação e da fé, nada passa em vão. Em vez disso, passados alguns dias ou horas, ele chega a sua situação depois de ouvir o escarnecer e ver algo novo: como uma pessoa pode cair de um alto grau para um grau que é a absoluta humildade em comparação com o estado no qual ele estava. E ainda assim, ele tinha sensaçção disso. Em vez disso, ele sentia como se nada tivesse acontecido e encarou-o tudo muito pacificamente, concordando permanecer no seu presente estado. Ele está calmo e num humor razoável, onde anteriormente ele pensava que se não pudesse avançar na espiritualidade preferia morrer que viver. Ele estava sempre a tremer e agitado sobre como avançar e olhava sempre para as pessoas calmas que secamente se envolvem em Torá e Mitsvot, sem qualquer pensamento ou mente, mas simplesmente indo pelo hábito.
Mas agora ele não sente que deve receber apoio de ninguém, ou que lhe falta uma carência. Em vez disso, é simplesmente natural que uma pessoa queira viver em paz e não procure defeitos em si mesma, mas se sentencie a si mesma a uma escala de mérito. Isto é, ele tem muitas desculpas para tudo aquilo que pensa ser um defeito. Mas principalmente, ele quer viver indolormente pois se recorda que antes, quando pensava sobre a espiritualidade, ele estava cheio de sofrimento e sempre preocupado. Agora, graças a Deus, ele não tem preocupações com a espiritualidade e vive como todas as outras pessoas.
Mas mais tarde, quando certo despertar vem até ele do alto, ele fica preocupado outra vez com a espiritualidade. Nessa altura ele vê algo novo—o homem não é seu próprio patrão. Em vez disso, ele está numa catapulta, jogado do alto como lhes apetece e ele está nas mãos daqueles no alto. Isto é, em certa altura lhe são dados pensamentos que ele deve jogar fora todas as questões corpóreas que pertencem ao seu próprio benefício. Noutra altura ele é jogado para baixo para o mundo corpóreo, ou seja que se esquece de todas as questões espirituais.
Sucede-se que até o quarto grau é um grau, pois lhe é dada uma chance de aprender disto para ver a verdade, pois com isto pode ele chegar a se apegar ao Criador ao ver que ele é dependente do Criador. Nessa altura despertará ele para pedir ajuda do Criador a o tirar do amor próprio e alcançar o amor pelo Criador.
Porém, este é um caminho longo. A ordem é como disse Baal HaSulam, que um deve dizer, “Se eu não sou por mim, quem é por mim?” Ele deve dizer que tudo depende do homem, uma vez que a escolha é dada inteiramente ao homem e não deve esperar até que um despertar venha até ele do alto.
Mas depois do facto ele deve acreditar que tudo é Providência Privada e que o homem não consegue somar coisa alguma à Sua obra. Em vez disso, ele deve fazer como é desejado do alto e ele não tem livre arbítrio. Este é o melhor e mais curto caminho, dado que ele poupa tempo e sofrimento, pois ele não sofre devido ao prolongamento do tempo.
Acontece que encontramos quatro discernimentos quando uma pessoa começa a caminhar na ordem do trabalho de doação e fé:
1) Quando o corpo vem até ela com seus argumentos de escarnecer, ela aceita-os com amor. Ela diz, “Agora tenho uma chance de manter o mandamento da fé acima da razão, pois inversamente estaria a trabalhar somente dentro da razão.” Isto pertence ao arrependimento por amor, ou seja que ela ama este arrependimento.
2) Quando o corpo vem até ela com seus argumentos de escarnecer, embora ela os supere, ela não gosta deste trabalho, dado que é trabalho duro superar quando ouve escarnecimento. Isto é semelhante ao arrependimento por temor, quando os pecados se tornam para ela como erros, pois ela ficaria feliz se eles não viessem até ela.
3) Quando o corpo vem até ela com seu escarnecer, ela se rende abaixo dos seus argumentos e não tem a força para superar. Nessa altura ela se sente mal sobre si mesma pois anteriormente ela pensava que já era considerada estar entre os servos do Criador, mas agora ela vê que nada tem. Ela se arrepende disso, mas não o consegue impedir. Sucede-se que a situação em que ela se encontra lhe dói.
4) Quando o corpo vem até ela com seu escarnecimento, ela se desmorona debaixo da sua carga, faz tudo aquilo que o corpo lhe diz e leva tudo calmamente. Ela se esquece prontamente que alguma vez foi serva do Criador e se sente bem acerca de si mesma, como se nada tivesse acontecido. Em vez disso, ela desfruta da sua situação pois agora ela não tem sofrimento de não pensar na obra do Criador e quer continuar toda a sua vida neste estado. Por vezes ela nem sequer pensa nisso, ou seja que ela não pensa de todo sobre o propósito da vida, mas está simplesmente feliz como está.
Estes quatro estados podem ser comparados aos quatro graus que disseram nossos sábios: 1) um justo que é feliz, 2) um justo que sofre, 3) um ímpio que sofre, 4) um ímpio que é feliz.
Embora nossos sábios se refiram a altos graus, em respeito à relação, ainda assim podemos comparar. Vamos chamar ao primeiro estado, que é semelhante ao arrependimento por amor, “um justo que é feliz.” Significa isto que ele nada sente como mau pois os pecados se tornam para ele como méritos.
Chamaremos ao segundo estado, que é semelhante ao arrependimento por temor, “Um justo que sofre,” como interpreta O Zohar acima: “Um justo que sofre—quando o mal está sob da sua autoridade.” Isto é, ele o controla, pois ele se arrependeu do escarnecimento que escutou do seu corpo. Mas uma vez que os pecados não se tornaram méritos, sucede-se que ele tem pecados mas eles são como erros, uma vez que o mal está sob a autoridade do bem. Acontece que ele ainda tem mal, mas o bem o controla.
O terceiro estado é quando ele se rende sob o mal quando ele escuta escarnecimento do corpo. Ele não tem a força para se arrepender sobre o escarnecimento e o aceita. Contudo, ele se arrepende de não ser capaz de o superar. Chamamos a isto “um ímpio que sofre.” Embora ele seja ímpio, ou seja que ele não se arrepende, ele sente desagradabilidade nesta situação, que significa que ele sofre por não ter a força para superar.

O quarto estado é quando ele aceita o escarnecimento calmamente e não sente sequer que escutou escarnecimento. Podemos chamar a isto “um ímpio que é feliz.” Isto é, embora ele seja ímpio, ele está feliz desta maneira e não sente qualquer defeito em si mesmo.
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