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quinta-feira, 7 de julho de 2016

A Diferença entre Caridade e um Presente

julho 07, 2016

Artigo Nº 24, Tav-Shin-Mem-Vav, 1985-86

Está escrito (Provérbios, 15:27), “Aquele que odeia presentes viverá.” Significa isto que é proibido receber presentes, pois isso causa o oposto da vida. Logo, como recebem as pessoas presentes umas das outras? Devemos também questionar sobre o que disse o Criador para Moisés, “Eu tenho um bom presente no Meu tesouro e seu nome é Shabat. Eu desejo dá-lo a Israel, ide e notificai-os” (Beitzá, p 16).
Nós vemos que é costume que um possa pedir do outro caridade, mas nunca vimos alguém pedir do outro um presente. Por exemplo, por vezes vemos que antes de Pessach, quando uma pessoa tem de preparar Matzot [Pão ázimo de Pessach] e vinho e assim por diante para Pessach, ela vai ao coletor da caridade ou a certa pessoa rica e pede-lhe para o ajudar a preparar os comestíveis para Pessach. Ele conta-lhe de seu grave estado e recebe aquilo que pede.
Contudo, nós nunca vimos alguém se aproximar do seu amigo e pedir um presente. Por exemplo, agora antes de Pessach, sua esposa lhe pede para lhe comprar um anel de diamantes que vale pelo menos 200 dólares. Ele diz para seu amigo que uma vez que está em dificuldades financeiras e não consegue comprar o anel que ela quer, ele quer que seu amigo lhe dê o dinheiro como presente para comprar o anel para sua esposa em Pessach.
Também nunca ouvimos falar de qualquer cidade onde haja um colector de presentes, ou seja que haverá um colector de caridade na cidade, bem como um colector de presentes. Em vez disso, a conduta habitual é que presentes são dados e não são pedidos. Isto é, quando alguém ama outro, um desejo de lhe agradar desperta nele e é por isso que ele lhe dá um presente. É impossível falar de presentes ou de um lugar especial na cidade onde sejam dados presentes.
Contudo, devemos entender a verdadeira razão pela qual não pedimos presentes e pedimos caridade. Há um acordo em cada cidade para ajudar os necessitados para que eles tenham seu sustento e possam existir no mundo. Hoje está também estabelecido em cada país que há um gabinete que atende a aqueles em necessidade.
A razão é muito simples: há uma diferença entre necessidade e luxo. Necessidade é aquilo que um tem de receber em prol de ser capaz de existir. Inversamente, se ele não recebeu a necessária assistência, não seria capaz de existir no mundo. Disseram nossos sábios sobre isto (Sanhedrin 37): “Qualquer um que sustente uma alma de Israel, é como se ele tivesse sustentado um mundo inteiro.” Isto pertence à necessidade, sem a qual ele não será capaz de existir. Uma pessoa não consegue abdicar disto e não pedir ajuda, pois “Tudo aquilo que um homem tem dará ele pela sua vida.”
É por isso que as pessoas não têm vergonha de pedir caridade, uma vez que é mais ou menos uma questão de vida ou de morte. O outro, o seja o dador, também entende que ele lhe deve dar aquilo que é pedido. Quanto mais próxima é a questão da vida e da morte, mais abertamente o receptor exige e mais o dador se interessa na situação do receptor. Similarmente, quanto mais longe é ela da vida e da morte, mais friamente o dador se relaciona ao estado do receptor. Porém, tudo segue o trilho da necessidade.
Isto assim não é com luxos. Aquele que pede luxos tem vergonha de pedir. E o dador, também, não escuta aquele que pede luxos. Por esta razão, devemos discernir entre caridade e presente. Com a caridade, a resposta para o pedido do receptor chega. Isto é, se o receptor da caridade pedir então lhe é dado.
Sucede-se que a caridade vem de um despertar do inferior pois ele sente sua deficiência. Isto é, quando ele vê que não consegue existir no mundo sem a ajuda do dador, o receptor não tem vergonha mas avança e se despreza a si mesmo perante o dador, dado que ele não tem outra escolha.
Mas um presente vem inteiramente do dador. Isto é, se o dador desperta para fazer alguma coisa, para revelar o amor ao seu amado, ele lhe envia um presente. Deste modo ocorre que um presente vem pelo despertar do doador superior, mas caridade vem pelo despertar do receptor.
Aquele que recebe a caridade deve ir até ao dador e fazê-lo ver a necessidade da caridade que ele lhe pede. À medida que o receptor conseguir clarificar a necessidade de que ele venha à sua ajuda e à medida que ele o conseguir fazer ver que isto é uma completa obrigação, então recebe ele aquilo que pede do dador.
Porém, a razão principal é, tal como aprendemos, que quando temos de usar qualquer coisa que não esteja na raiz nós sentimos desagradabilidade nisso, tal como ele diz (O Estudo das Dez Sefirot, Parte Um, Histaklut Pnimit [Reflexão Interna], item 19), “É sabido que a natureza de cada ramo é igual à da sua raiz. Desta forma, toda a conduta na raiz é desejada e amada e cobiçada pelo ramo, também e qualquer questão que não esteja na raiz, o ramo, também, se remove a si mesmo delas, não as tolera e as odeia.”
Acontece que não há recepção na nossa raiz. Deste modo, quando um tem de receber ele sente vergonha, que é desagradabilidade, pois isso não existe na nossa raiz. Por esta razão, quando ele precisa da ajuda do seu amigo, se for necessário, dizemos que não há escolha pois nada é mais importante que salvar a sua própria vida.
Todavia, há muitos discernimentos a respeito de arriscar a vida. Portanto, qualquer coisa que seja necessária nos faz sofrer a vergonha e pedir ajuda. Mas necessidade não é igual para todos. Cada pessoa tem uma medida diferente de necessidade. Isto é, aquilo que uma pessoa pode considerar um luxo, outra pode considerar uma necessidade.
Logo, é difícil determinar o limite sobre o que é considerado luxo e o que é considerado necessidade. Embora possamos dizer sobre alguma coisa que ele queira sem o qual consiga viver, que é um luxo, se ele não consegue viver sem ela, é uma necessidade. Mas isto, também, pode não ser uma medição exacta a cem por cento.
Por exemplo, escreveram nossos sábios (Ketubot, p 67b), “Um homem veio até Rabi Nehemiah e lhe disse, ‘O que comeis?’ Respondeu ele, ‘Carne vermelha e vinho antigo. Quereis comer lentilhas comigo?« Ele comeu lentilhas e morreu.” Nós vemos da história que embora todos concordem que carne vermelha e vinho antigo são certamente luxos, para este homem eles eram tal necessidade que por causa dela ele morreu.
Também lá vemos, nas palavras de nossos sábios, “Ensinaram nossos sábios, ‘suficiente para sua necessidade, o que quer que ele careça’ (Deuteronómio, 15). ‘Suficiente para sua necessidade’: Vós me comandais a sustentá-lo mas não me comandais a enriquecê-lo. ‘O que quer que ele careça.’: até um cavalo para montar e um servo para correr na sua frente. Foi dito sobre Hilel o Ancião que uma vez ele levou para um pobre homem que cresceu rico um cavalo para montar e um servo para correr na sua frente. Uma vez que, ele não achou um servo para correr na sua frente então ele correu na sua frente 5 quilómetros.”
Podemos deste modo ver que de acordo com as palavras de nossos sábios sobre o versículo, “o que quer que ele necessite,” que até um cavalo para montar e um servo para correr na sua frente caem na categoria da necessidade e não do luxo, uma vez que falamos de um pobre homem, como escreve a Guemará, que Hilel levou a um pobre homem que cresceu rico. E certamente, o que dermos ao pobre é chamado de “caridade,” ou seja necessidade. Até quando é um cavalo para montar e um servo para correr na sua frente, isso ainda é considerado necessidade. Logo, não podemos colocar um limite onde a “necessidade” termina e o “luxo” começa.
Ocorre que o pobre homem pode pedir que lhe seja dado, como caridade, aquilo que outros consideram luxos. Isto significa que dissemos que o pobre homem que pede caridade não sente vergonha pois para ele a caridade é necessidade. Porém, não conseguimos discernir entre caridade e presente, que é considerado um luxo. Em vez disso, isso depende da natureza da pessoa.
Cada pessoa tem sua própria medição para determinar a necessidade e luxo, pois ela pode conseguir viver sem ele. Quando um pobre homem não tem a coragem para pedir do outro, isso cai na definição de presente, que vem até ele somente como despertar do dador.
Contudo, quem consegue determinar se aquilo que um pede do seu amigo cai na categoria de caridade ou presente? Somente o Criador conhece a nossa medida, que até aqui é considerado necessidade e daqui para a frente é considerado luxo.
Agora falaremos daqueles termos em questões da obra. Precisamos de discernir durante a oração, quando uma pessoa pede que o Criador a ajude no trabalho, se ela pede ao Criador caridade, ou seja a necessidade, sem a qual ela diz que sua vida é inútil, ou seja que ela se sente nua e destituida, sem Torá e sem Mitsvot [mandamentos]. Ela sente que não há uma centelha de verdade nela e que todas suas acções são edificadas sobre hipocrisia e mentiras. Isto é, que a inteira fundação sobre a qual ela constrói seu edifício de Kedusha [santidade] é uma de amor próprio.
Ela sente que cada dia ela regride, onde ela deveria ter progredido. Mas ela vê o oposto, ou seja que quando ela começou a obra de santidade ela sentia mais importância na Torá e no trabalho e que foi por isso que ela assumiu sobre si mesma a Torá e a obra, uma vez que era vantajoso se retirar das vaidades deste mundo e se apegar à Torá e Mitsvot, pois ela lhe traria felicidade e sentido para a vida e ela estava muito excitada.
Mas agora ela vê que não entende de onde ela tirou essas forças. Isto é, agora, se alguém lhe dissesse: “Larga tudo, retira-te das vaidades deste mundo e começa a trabalhar no trabalho da santidade,” não há dúvida que ela não seria capaz de lhe escutar no seu presente estado, tanto intelectual como emocionalmente.
Ela certamente diria para si mesma que então ela tinha fé e confiança, mas agora ela está longe de tudo isso. Sucede-se que o tempo inteiro em que ela esteve envolvida no trabalho foi em prol de se aproximar da verdade, que é Dvekut [adesão] com o Criador, para a qual ela ansiava. Mas agora recuou dez graus, ou seja que agora lhe falta o zelo pela Torá e a importância da Torá.
Isso é tanto quanto o mais com a oração: ela não tem desejo pela oração pois o corpo lhe diz, “O que ganhas de orar? Podes ver por ti mesmo que quanto mais queres trabalhar, mais inferior te tornas, então por que preciso eu deste trabalho?” Logo, como se pode um esforçar onde ele vê que não consegue dar um passo em frente?
O homem gosta de repousar e é incapaz de abdicar do repouso a menos que saiba que terá um prazer maior ou algo que seja mais necessário. Nessa altura tem ele uma razão para abdicar do repouso, embora não sem recompensa. Portanto, quando ele vê que sua obra não lhe deu a ganhar coisa alguma daquilo que ele pensava que ia ganhar, ele perde a força para trabalhar e permanece impotente.
Ele olha para si mesmo e diz que se alguém viesse até ele e dissesse, “Sabes que dentro de um pouco, alguns meses ou anos, chegarás a um estado de desespero, ou seja que não terás progresso, mas pelo contrário, que cada ano estarás mais baixo que aquilo que agora sentes, pois agora és baixo, desta forma queres começar a verdadeira obra de modo a alcançar a verdadeira meta para a qual foste criado. Portanto, eu digo-te que estás a desperdiçar teus esforços, uma vez que conheço muitas pessoas que pensaram como tu, que se fizeres pelo menos um pequeno esforço imediatamente verás resultados, ou seja algum progresso na verdadeira obra.”
Eu lhe responderia: “Tu pertences aos espiões que caluniaram a terra de Israel. Isso é tal como o sagrado Zohar interpreta (Shlach, item 63), ‘E eles regressaram de viajar pela terra.’ ‘Regressaram’ significa que eles regressaram para o lado do mal, regressaram do caminho da verdade. Disseram eles, ‘O que obtivemos até então? Ainda estamos para ver o bem no mundo. Trabalhamos na Torá mas a casa está vazia e quem será recompensado com esse mundo e entrará nele?’ Seria melhor se não tivéssemos trabalhado tanto.’ ‘Lhe disseram eles e disse ele,’ etc., ‘Nós trabalhamos e labutamos para conhecer a parte desse mundo, como nos haveis aconselhado. E ele também flui com leite e mel. Esse mundo superior é bom, como sabemos da Torá, mas quem poderá ser recompensado com ele?’”
Isto é, agora diz ele que passado algum tempo de trabalho, se estes pensamentos tivessem vindo até ele no princípio da obra, quando ele assumiu sobre si mesmo que deve sair da situação vulgar, chamada “avançar pelo hábito” e ser um verdadeiro servo do Criador, ele diria para estes pensamentos: “Vocês são mensageiros dos espiões. É por isso que vêm até mim, para me impedir de entrar na terra deKedusha, chamada ‘obra sagrada.’” Ele não os escutaria. Mas agora ele vê que ele próprio sente o argumento dos espiões e agora lhe parece que estes não são argumentos dos espiões, mas seus próprios argumentos, ou seja que ele sente que tudo aquilo que ele sente é a verdade.
Como acima dissemos, a questão que desperta é “O que é a verdade?” Estava ele num grau mais alto no princípio da obra que agora ele está após vários anos de trabalho e labuta? Se assim é, o que pode ser dito de tal estado? Todo seu trabalho foi em vão. E não só em vão, dado que em vão significa que ele não ganhou coisa alguma e ele está no mesmo estado como antes de ter entrado no trabalho da santidade em prol de doar.
Mas aqui assim não é. Em vez disso, ele perdeu e declinou do seu anterior estado. Isto é, que ele carece da importância e zelo para a Torá e Mitsvot, a energia e confiança que ele tinha. Quando olha para si mesmo hoje, ele está num estado de “Não me poderia importar menos.” Então é como se ele devesse dizer que declinou do seu anterior estado, quando começou seu trabalho.
Mas na verdade, assim não é. Há uma regra que não há luz sem um Kli [vaso]. Significa isto que o Criador não satisfaz a necessidade do inferior se ele não tiver uma verdadeira necessidade.
Uma necessidade não significa que ele não tenha algo. É como escrevi na alegoria (Artigo Nº 6, Tav-Shin-Mem- Vav), que houveram eleições no país para eleger um presidente. Haviam dois candidatos para a presidência e vários lobistas, cada um dos quais queria que o presidente que ele apoiava fosse eleito. No fim um foi escolhido e agora houve um cálculo a respeito da deficiência. Alguém sentiu que ele não era o presidente, dado que no final há somente um presidente.
Devemos dizer que todas as pessoas no país têm uma carência, pois devemos dizer que elas não são presidentes. Porém, devemos distinguir a quantidade de dor que elas sentem por não serem presidentes. Deveríamos dizer que embora cidadãos vulgares não sejam presidentes, eles não sentem qualquer deficiência acerca disso.
Aqueles que se envolverem em fazer de alguém presidente, mas que foi outro presidente eleito, estão em sofrimento por causa desta deficiência que aquele para quem trabalhavam não conseguiu se tornar presidente. Porém, aquele a quem dói realmente é essa pessoa que pensava que seria presidente, que se esforçou para vencer as eleições, para fazer seus conterrâneos o elegerem, mas no final seu rival foi eleito. Ele sente verdadeiro sofrimento. Podemos dizer sobre ele que teve a verdadeira necessidade de se tornar presidente pois ele se esforçou por isso e de acordo com os esforços que fez, a essa medida sente ele o sofrimento.
Sucede-se portanto que aqui, no trabalho do Criador, no princípio do seu trabalho ele tinha energia e confiança e grande importância pela Torá e oração pois nessa altura ele tinha a graciosidade da santidade e sentia que a obra do Criador era importante. Porém, isto ainda não era considerado uma “deficiência” que o Criador venha a satisfazer, uma deficiência é chamada Dvekut [adesão] com o Criador, uma vez que a carência e dor por não ter Dvekut com o Criador ainda não eram sentidas nele pois ele não se havia esforçado por isso pois tinha acabado de começar no trabalho.
Mas quando ele não vê resultados durante um período longo de tempo de fazer esforços e não vê uma satisfação para sua deficiência, tormentos e dor começam a se formar nele pois ele fez os esforços mas não vê progresso no seu trabalho. Nessa altura os pensamentos começam a chegar um após o outro. Por vez é com centelhas de desespero e outras vezes ele fica mais forte, mas então vê que uma vez mais caiu do seu estado e assim por diante repetidamente. Finalmente, uma verdadeira deficiência se forma nele, que ele obteve através do esforço em ascensões e descidas. Estas ascensões e descidas o deixam com dor cada vez ao não lhe ter sido concedida a Dvekut com o Criador. Finalmente, quando a taça está suficientemente cheia, isso é chamado um Kli. Então o preenchimento dela vem do Criador, uma vez que agora ele tem um verdadeiro Kli.
Acontece que ele ver que agora, passados vários anos de trabalho, ele recuou, isto acontece deliberadamente para que lhe doa por não ter Dvekut com o Criador. Ocorre que cada vez ele deve ver que se aproxima de fazer o Kli, chamado “verdadeira deficiência.” Isto é, sua medição de Katnut [infância/pequenez] e Gadlut [maturidade/grandeza] da deficiência é à medida do sofrimento que ele sente por não ter o preenchimento, que é chamado aqui “Dvekut com o Criador,” onde tudo o que ele quer é somente trazer contentamento ao Criador. Antes que a deficiência seja completada é impossível que o preenchimento chegue na totalidade. É sabido que aquilo que vem do alto é sempre completo. Logo, a deficiência deve ser cheia, também, ou seja que ele sentirá dor e deficiência por não coisa alguma. Isto é, ele deve sentir que nãot em Torá, nem trabalho e nem temor aos céus.
Embora na prática, ele se envolva em Mitsvot, aprenda Torá, se levante antes do amanhecer e seja cuidadoso com as coisas ligeiras e sérias e se outras pessoas fizessem aquilo que ele faz elas se considerariam a si mesmas completas justas, mas ele sente que está completamente vazio. Isto assim é pois ele quer ser recompensado com Dvekut com o CRiador e para isto ele só pode ter um pensamento, ou seja que todas suas obras sejam em prol de doar e ele vê que está muito longe disto.
Portanto, ele diz para si mesmo, “O que ganho ao me envolver em Torá e Mitsvot? Meu inteiro cálculo era que através disto eu alcançasse Dvekut com o Criador. Todavia, não vejo que me tenha movido um pouco mais perto. Pelo contrário!” Logo, esta pessoa não pede luxos, mas somente a necessidade, para ter algo com o qual reanimar sua alma com alguma espiritualidade para que ela não esteja imersa no amor próprio.
Sucede-se que ela sente que é completamente desprovida de espiritualidade. Porém, as outras pessoas não têm esta sensação de estarem longe da espiritualidade. Em vez disso, vemos que o resto das pessoas, se elas puderem orar o dia inteiro num Minyan [um mínimo de dez participantes] elas se sentem completas. É tanto quanto o mais com pessoas que vêm estudar sua página diária depois do emprego, elas se sentem a si mesmas inteiras e não têm exigência que o Criador as ajude para terem força para caminhar no caminho do Criador. Em vez disso, elas oram que o Criador as ajude a continuar sua rotina. Logo, elas já estão satisfeitas com a vida.
Tanto quanto o mais, com aqueles “cuja Torá é seu trabalho” certamente se sentem inteiros e sempre louvam o Criador por lhes dar a mente e desejo para não se sentarem entre os ociosos. Embora orem que o Criador os ajude com a questão de Lishma [pelo Seu bem], que escutaram que existia, eles a consideram um luxo. Eles observam a essência da Torá e Mitsvot, mas não têm esta questão de trabalhar em Lishma. É verdade que um se deve envolver em Lishma, mas isto diz respeito a uns poucos escolhidos.
Portanto, até quando oramos que o Criador lhes conceda aprenderem Torá Lishma, eles o consideram um luxo e não uma necessidade, pois graças a Deus eles sentem que estão entre os escolhidos na nação, que eles estão na “luz das vaidades da Torá” e que para eles, “sua Torá é sua arte.”
Assim, sucede-se o mesmo, que duas pessoas pedem que o Criador conceda seus pedidos. Devemos discerni-las não pela oração, mas pela razão para a oração: uma quer pois sua alma deseja luxos, então ela pede um presente. Mas é indelicado pedir presentes. Desta forma, seu pedido não pode ser concedido uma vez que um não pede presentes, mas isso vem somente do dador, ou seja que o dador desperta para dar o presente ao receptor. Por esta razão sucede-se que o inferior está cheio de reivindicações para o Criador por não escutar sua oração, uma vez que ele ora por presentes cada dia mas não é escutado. Portanto, ele argumenta que há algo de errado, Deus nos livre, com o superior.
Mas o superior argumenta que o inferior está errado, dado que ele chora acerca de receber presentes. Aquilo que ele precisa é somente um luxo para ele. Desta forma, se ele se corrigir a si mesmo e vir a verdade, ou seja que ele deve exigir necessidade, que é caridade, então caridade é dada pelo despertar do inferior, como é habitual para os pobres pedirem. E quanto mais o pedido é necessidade, mais ele é aceite.
É isto o que é explicado acima (Ketubot, p 67b), que carne e vinho podem ser luxos para cada pessoa, mas para aquela que veio até Rabi Nehemiah isso era uma necessidade. A evidência é que ele lhe deu lentilhas para comer e ela morreu.
Com isto vamos entender porque vemos que assim que uma pessoa fez grandes esforços para alcançarDvekut com o criador, no fim ela vê que se tornou pior que quando ela começou a fazer a obra sagrada para se corrigir a si mesma. Isto é, é como se as correcções que ela tivesse feito tivessem sido em vão, mas pelo contrário.
A resposta é que na verdade, ela avançou um grande bocado em frente, mas devemos discernri entre progresso na direcção da luz e progresso na direcção do Kli. É da natureza humana considerar o progresso na direcção da luz, uma vez que a luz é tudo aquilo que o homem quer. Sucede-se que as coisas que não iluminam não lhe interessam de todo, pois o que isso lhe poderá dar se ele tem uma grande deficiência? Há uma regra que o homem quer que as coisas lhe tragam prazer, então quando ele quer saber se ele avançou, ele examina quão próximo ele está da luz.
Mas a verdade é que não há luz sem um Kli. Deste modo, primeiro deve ele avançar para o Kli. Isto é, não há tal coisa como avançar em deficiência. No princípio do seu trabalho sua deficiência não lhe era revelada e ele desejava a luz, embora nessa altura, também, ele tivesse uma deficiência, que ele não tinha a luz.
Mas isto é semelhante a aquilo que as pessoas fazem: Por vezes uma pessoa perde certo objecto importante que vale uma hora do seu trabalho de acordo com o que ela ganha por dia. Se, por exemplo, ela ganha oito dólares por dia, ela não trabalhará por menos que um dólar por hora. Em vez disso, o repouso será mais importante para ela. Mas se ela perder um objecto que valha um dólar, ela o procurará durante duas horas até que ela o encontre. Isto levanta a pergunta: “Por que é que ela acabou de trabalhar uma hora para ganhar meio dólar?”
A resposta é que há uma diferença entre negar lucro e perder do capital. Aquilo que ela possui e então perde, até se for uma coisa pequena, ela é importante para ela pois ela já a tinha mas então a perdeu. Isto assim não é com algo que ela não obteve. Uma grande coisa vale a pena se esforçar por ela, mas inversamente o descanso é mais importante para ela.
A mesma regra se aplica a nós. Quando tinhamos um desejo de alcançar Dvekut com o Criador, essa deficiência é chamada “prevenção de lucro.” Isto é, ele está deficiente que talvez não venha a lucrar, então ele vai trabalhar. Mas isto ainda não é considerada uma verdadeira deficiência, digna de vestir a abundância superior.
Mas se ele já investiu vários anos de trabalho é como se perdesse do capital. Isto é, ele perdeu vários anos de trabalho sem ganhar coisa alguma. Então sua deficiência é considerada como tal pois esta deficiência cria nele tormentos e dores.
Portanto, nós vemos que os grandes esforços que ele fez, pensando que em breve o Criador o viria a ajudar e seria recompensado com Dvekut com Ele, tal que ele avançava a respeito do desejo por Dvekutpor causa dos grandes esforços que fez, então quanto mais ele vê que se esforça, mais ele vê o oposto, que o corpo resiste à questão da doação por completo.
Nessa altura o entendimento de que ele precisa da Sua ajuda se forma nele. Nesse momento ele não pede luxos, mas quer ser um simples Judeu que acredita no Criador, que Ele, o Abençoado, Seu nome é “Bom Que Faz o Bem.” Ele quer louvar ao Criador e dizer para Ele: “Abençoado seja Aquele que disse, ‘Haja o mundo,’” de igual modo, sem grandes realizações na Torá e Mitsvot com intenções, mas muito simplesmente ser capaz de louvar ao Criador e agradecer a Ele por o ter criado.
Uma vez que agora ele vê que não tem sequer o desejo pela Torá e pelo trabalho que ele tinha quando começou a trabalhar, isso assim é por duas razões, que são uma: 1) A razão que ele começou a assumir o fardo da Torá e Mitsvot foi edificada em vasos de recepção. Nessa altura o corpo ansiava receber o deleite e prazer pois ele sentia que podia receber da espiritualidade mais satisfação na vida, ou seja que a vontade de receber teria o que receber, dado que os prazeres corpóreos não lhe davam satisfação na vida. Mas agora que ele começou a trabalhar em prol de doar, seu corpo lhe resiste.
O corpo concorda trabalhar onde ele possa ganhar. Mas agora que ele disse ao corpo, “Mantém a Torá e Mitsvot e com isso, ou seja ao manter a Torá e Mitsvot, serás capaz de não dar ao corpo qualquer prazer ou recompensa pelo teu trabalho.” Por causa disso, quando o corpo escuta que terá recompensa para si mesmo, mas que sua recompensa será ter a força para não dar ao corpo qualquer recompensa pelo seu trabalho, esta é a razão pela qual agora ele não tem força para trabalhar como ele tinha antes de começar a trabalhar em prol de doar, quando o corpo esperava prazeres maiores que aquilo que ele recebia dos prazeres corpóreos. Desta forma, para isto tinha ele combustível e não encontrava quaisquer prevenções do corpo, uma vez que o corpo esperava que o desejo de receber ganhasse mais prazeres agora.
Contudo, agora ele deve saber que o corpo não tem qualquer outra linguagem, para que ele queira trabalhar no trabalho sagrada. Nossos sábios disseram sobre isto, “Um sempre se deve envolver em Torá e Mitsvot Lo Lishma [não pelo Seu bem] pois com isso chegará ele a Lishma [pelo Seu bem].” Sucede-se que o começo da sua entrada no trabalho estava simplesmente óptima. Isto é, nós devemos prometer ao corpo que Deus nos livre devermos macular sua vontade de receber. Pelo contrário, ao manter Torá e Mitsvot, a vontade de receber terá verdadeira satisfação na vida e sua vontade de receber sentirá que especificamente ao manter Torá e Mitsvot ela sentirá que por todo o mundo, ele é o homem mais feliz na sua geração.
Mas depois de ele ter começado a obra e ter começado a saber que a coisa principal é alcançar Dvekut com o Criador, chamado “fazer tudo em prol de doar,” o corpo começa a resistir a este trabalho. Todavia, há grande benefício na resistência do corpo, uma vez que com isto uma pessoa desenvolve uma grande deficiência, ou seja que ela sofre por estar distante da Dvekut com o Criador. Nessa altura, quanto mais ela se arrepende, mais ela fica necessitada da ajuda do Criador, uma vez que então ela vê que não consegue sair do amor próprio sozinha, mas que somente o Próprio Criador a pode ajudar. Isto não é uma questão de entendimento, mas uma questão de sensação. É como está escrito (Salmos, 127), “Se o Senhor não construir a casa, aqueles que a construíram trabalharam nela em vão.”
Sucede-se que um deve acreditar que todas as reviravoltas que o trouxeram ao seu presente estado foram para que ele tivesse a habilidade de dar uma oração honesta do fundo do coração. Porém, a inclinação do mal trás visões opostas ao homem, para que onde um possa pedir ao Criador do fundo do coração, ou seja quando a mente e coração chegaram a uma decisão de que agora somente o Criador o pode ajudar, pois agora ele pode orar uma verdadeira oração, a inclinação do mal vem e trás-o ao desespero, como argumentam os espiões. Dizemos sobre isto, “Os caminhos do Senhor são rectos; os justos caminham neles e os ímpios neles falham.”
Com o supracitado vamos entender aquilo que questionamos sobre o versículo, “Aquele que odeia presente viverá.” Isso não significa que ele não deve receber presentes. Porém, se ele odeia presentes por querer trabalhar em prol de doar, logo odeia ser receptor mas recebe os presentes por o Criador o pretender. Isto é chamado “receber em prol de doar,” dado que ele não despertaria o Criador para lhe dar luxos. Em vez disso, ele pede ao Criador a necessidade. E não faz diferença se para um isso for considerado um luxo, uma vez que cada um trabalha de acordo com a sua própria sensação e não se importa com aquilo que seu amigo tem. Se mais tarde o Criador lhe der um presente, ele o recebe em prol de doar.

Sucede-se que se uma pessoa pedir ao Criador para lhe dar vasos de doação, isso depende do carácter da pessoa. Isto é, podemos dizer que para uma isso são luxos e para outra é a necessidade.
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