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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Lishma e Lo Lishma

julho 15, 2016

Artigo Nº 29, Tav-Shin-Mem-Vav, 1985-86

Encontramos quatro tipos de pessoas que mantêm a Torá e Mitsvot [mandamentos]:
O primeiro tipo: Por vezes uma pessoa observa o Shabat pois seu patrão a força. Ou seja, a regra é que se uma pessoa tem um empregado que corrompe o Shabat, se ela disser ao seu empregado, “Se não parares de corromper o Shabat eu vou despedir-te,” a regra é que ele tem de dizer que vai observar o Shabat ou então ela o vai despedir do seu emprego. E onde não há outros empregos, ele promete ao patrão observar o Shabat. Sucede-se que ele observa o Shabat pois o patrão o obrigou.
Isto levanta a pergunta, “De quem é o Shabat que ele observa? É o Shabat que o Criador ordenou observar?” Respectivamente, está ele a manter as Mitsvot do Criador ou as Mitsvot do patrão, uma vez que o patrão o ordenou a observar o Shabat ou ele não terá sustento? Independentemente, de acordo com a Halachá [Lei Judaica], ela é considerada “observar o Shabat.”
A mesma regra se aplica ao resto das Mitsvot. Podemos colocá-lo diferentemente: Se um pai sabe que se ele disser ao seu filho que ele deve observar Torá e Mitsvot ou ele não o vai apoiar, uma vez que o pai sabe que se ele não o apoiar ele não terá sustento e de acordo com a Halachá, o pai tem de zelar que o filho observe a Torá e Mitsvot, aqui, também, há a questão, “De quem é a Torá que ele observa? É a do Criador que nos ordenou observar Torá e Mitsvot, ou está ele a observar a Torá e Mitsvot de seu pai?”
Qualquer que seja o caso, ele pertence às pessoas que observam Torá e Mitsvot. Estas são as palavras de Maimónides (Hilchot De’ot, Capítulo 6): “Aquele que repreende seu amigo primeiro, não falará duramente para ele.” De que se trata isto? Trata-se de questões que dizem respeito entre o homem e homem. Contudo, com questões Divinas, se ele não se arrepender secretamente, é envergonhado em público e seu pecado é dado a conhecer. Ele é amaldiçoado na sua cara e é denegrido e amaldiçoado até que se reforme.”
Aqui, também, há a questão, “De quem são as Mitsvot que ele observa, aquelas do Criador ou aquelas das pessoas que o amaldiçoam?” Porém, aqui, também, vemos que no fim do dia ele é considerado “observar Torá e Mitsvot.” Ou seja, quando consideramos a acção que ele realiza, descobrimos que nada há a acrescentar à acção. A única questão diz respeito à intenção, ou seja à razão que o obriga a observar a Torá e Mitsvot. Este é o primeiro tipo de observação da Torá e Mitsvot.
O segundo tipo: Ele observa Torá e Mitsvot devido à educação, uma vez que nasceu num meio ambiente ortodoxo, ou não nasceu num meio ambiente ortodoxo mas mais tarde entrou num e eles o influenciaram para observar Torá e Mitsvot. A razão pela qual ele observa Torá e Mitsvot é que lhe foi dito que com isto terá ele tanto a vida deste mundo como a vida do mundo vindouro. Posteriormente ele começou a ver que as pessoas que são meticulosas com a Torá e Mitsvot são respeitadas e valorizadas e viu como os outros falam para tais pessoas que oram com mais entusiasmo e dedicam mais tempo a estudar Torá. O respeito que elas recebem dá-lhe um impulso, isso é combustível para ele e também ele, começa a orar com mais entusiasmo e é mais meticuloso com cada mandamento e gesto. Com isto tem ele força para acrescentar tempo para o estudo da Torá.
Este é já o segundo tipo de observação da Torá e Mitsvot, uma vez que ele quer observar Torá e Mitsvot por escolha, dado que entende que com isto o Criador o recompensará por ele manter Seus mandamentos. Porém, ele soma outro nome para a razão que o compromete a observar a Torá e Mitsvot. Isto é, o respeito que ele vê que essas pessoas recebem que observam a Torá e Mitsvot mais diligentemente que as outras. Isso pode ser dinheiro ou qualquer coisa, mas há outra razão pela qual ele deve observar Torá e Mitsvot.
Sucede-se que por um lado ele é mais elevado que o primeiro tipo, uma vez que observa a Torá e Mitsvot do Criador, dado que acredita no Criador. Isso é ao contrário do primeiro tipo, que não acredita no Criador e observa Torá e Mitsvot a partir do conhecimento, ou seja da punição, que o patrão o pode despedir e foi por isso que ele assumiu sobre si mesmo observar Torá eMitsvot.
Todavia, o segundo tipo foi educado para acreditar no Criador e observar Torá eMitsvot pois o Criador nos ordenou a observar Torá e Mitsvot. A recompensa e punição não estão no conhecimento. Em vez disso, ele deve acreditar na recompensa e punição que o Criador é aquele que paga a recompensa, como disseram nossos sábios (Avot, Capítulo 2, 21), “Podeis confiar no teu senhorio que te pague pelo teu trabalho e sabei que a recompensa do justo está no futuro.”
Portanto, ele deve acreditar na recompensa e punição. Isto não é como no primeiro tipo. Eles não têm de acreditar na recompensa e punição, mas a recompensa e punição estão como que reveladas. Isto significa que se ele não obedecer ao patrão em observar a Torá e Mitsvot, certamente será punido, ou seja que será despedido e será deixado sem emprego.
Também, de acordo com as supracitadas palavras de Maimónides que ele deve ser degradado, etc., aqui, também, ele não precisa de acreditar na recompensa e punição pois sente o sofrimento de ser perseguido para assumir sobre si mesmo observar a Torá e Mitsvot. Isto é outra coisa pois ele na realidade observa o mandamento do patrão e não por causa do mandamento do Criador, então é considerado somente sendo o primeiro tipo de trabalho para o Criador.
No segundo tipo ele observa os mandamentos do Criador mas acrescenta outra coisa, ou seja que acrescenta outra razão de modo a ter combustível para observar a Torá e Mitsvot, tal como honra ou dinheiro, ou outras coisas. Isto é, ele tem outras razões pelas quais observa Torá e Mitsvot. Nas palavras de nossos sábios (Sucá 45b), isto é chamado “Qualquer um que se junte a obra do Criador com outra coisa é desenraizado do mundo, como se diz, ‘Somente pelo Senhor.’”
Devemos interpretar o que significa juntar o Criador a outra coisa. De acordo com nosso caminho, devemos interpretar que se ele receber outra razão que o obriga a observar a Torá e Mitsvot, isso é considerado ser desenraizado do mundo, uma vez que a razão que é a causa de observar Torá e Mitsvot deve ser “somente pelo Senhor,” ou seja que ele observe a Torá e Mitsvot pois esse é o mandamento do Criador, sem somar outra razão.
Portanto ocorre que o principal defeito com a acção é que ele macula Lishma [pelo Seu bem], uma vez que a observação de Mitsvot deve ser pois ele trabalha e observa os mandamentos do Criador e por trabalhar e servir ao Criador é por isso que mais tarde vem até ao Criador pedir que o recompense pelo seu trabalho. Nessa altura lhe é dito, “Mas tu também trabalhaste para outros, então tiveste outros que te obrigaram a trabalhar para eles. Ide até eles para que te paguem a recompensa do trabalho que fizeste para eles.”
Isto é semelhante a alguém que trabalha para a Dan [Empresa de transportes israelita] e pede um salário à EGED [uma empresa diferente de transportes]. Eles não querem pagar o seu salário uma vez que ele não trabalhou para eles. É semelhante aqui. Quando uma pessoa exige que o Criador a recompense pelo seu trabalho, lhe é dito, “Trabalhaste para as pessoas, para que elas te dêem honra ou dinheiro. Vai até elas para que te paguem.” E certamente, elas lhe pagam. À medida do seu trabalho, ele é bem respeitado.
Ocorre que ao juntar o Criador a outra coisa, ou seja que as pessoas, também, o comprometem a trabalhar, com isso ele macula a Lishma. É por isso que isto é considerado somente o segundo tipo e este trabalho ainda não é completo, perfeito e limpo.
O terceiro tipo: ele trabalha somente para o Criador e não para as pessoas. Ele trabalha humildemente e ninguém sabe quanto ele ora e quanto ele aprende. Portanto, não podemos dizer que ele trabalha para pessoas de fora de todo, para que lhe dêem algo pelo seu trabalho. Em vez disso, ele trabalha somente para o Criador, ou seja que a única razão que o obriga a observar a Torá e Mitsvot é que ele quer manter a vontade do Criador.
Todavia, ele só trabalha por uma recompensa. É como disse Maimónides, “Para que nenhumas calamidades venham até ele e para receber recompensa neste mundo,” ou seja para que o Criador lhe dê saúde, sustento e contentamento dos filhos, etc., ou para que Ele lhe dê o mundo vindouro. Esta é a razão que lhe dá combustível para que ele possa fazer a obra sagrada. Por esta razão, este trabalho é considerado Lishma, uma vez que a razão que o faz observar Torá e Mitsvot é somente o Criador, ou seja que ele trabalha somente para o Criador e não soma outras coisas a isso.
Ou seja, ele não tem outra razão que o cause observar a Torá e Mitsvot. Isto é considerado o terceiro tipo pois ele não tem desejo de trabalhar para ninguém; somente para o Criador. Mas a razão que o obriga a observar os mandamentos do Criador é o medo da punição, ou amor, ou seja o amor da recompensa.
Isto é como está escrito na Sulam [comentário sobre O Zohar] (“Introdução para o Livro do Zohar,” item 190): “Há uma pessoa que teme ao Criador para que seus filhos vivam e não morram, ou que teme uma punição corpórea, ou uma punição ao seu dinheiro, assim ela sempre O teme. Sucede-se que o temor que ela teme do Criador não é colocado como raiz, pois seu próprio benefício é a raiz e o temor é o resultado dele. E há uma pessoa que teme ao Criador por temer a punição daquele mundo e a punição do Inferno. Esses dois tipos de temor, temor da punição neste mundo e temor da punição no mundo vindouro, não são a essência do temor e sua raiz.”
Por esta razão, uma vez que não são principalmente pelo temor aos céus, discernimentos isto como o terceiro tipo. Acontece que este trabalho é chamado Lishma, uma vez que ele trabalha para o Criador e não para os outros, também. Ou seja, ele não tomou mais ninguém para quem trabalhar, ou seja para outros, para que os outros o respeitem. Em vez disso, ele vem até ao Criador com a queixa que “Uma vez que tenho trabalhado somente para Ti e mais ninguém sabe o que eu fiz ao observar a Torá e Mitsvot pois tenho trabalhado humildemente, então só está certo que Tu me devas recompensar pelo meu trabalho.”
Deste modo devemos interpretar aquilo que nossos sábios disseram, “Aquele que dá uma pedra para a caridade para que seus filhos vivam é um justo completo.” Por que o Criador nos ordenou a dar caridade, nós damos. Ocorre que em respeito a dar não há deficiências aqui, uma vez que ele observa o Mitsvá [mandamento]Lishma, ou seja pelo Criador e não há ninguém a obrigá-lo a dar caridade.
Em vez disso, ele pede recompensa do Criador, que Ele pague pelo Mitsvá que ele observa e lhe pague pelo trabalho que ele deu somente pelo Criador e não para mais alguém. Ou seja, não é como o segundo tipo, onde ele combinou com outra pessoa, ou seja com pessoas do mundo exterior que o causassem observar e ser meticuloso ao observar Torá e Mitsvot.
É como dizem eles (Pesachim, 8a), “O Tania, que diz, ‘Esta pedra é para a caridade, para que seus filhos viviam, ou para que eu vá para o mundo vindouro,’ então ele é um completo justo.” Interpreta RASHI “ele é um completo justo” nisto. Eles não disseram que ele trabalha Lo Lishma, mas que ele manteve o mandamento do seu Criador, que o ordenou a dar caridade e até se ele tencionar o seu próprio prazer, para ser recompensado com o mundo vindouro ou para que seus filhos vivam.
Significa isto que embora ele peça a recompensa por observar o Mitsvá, ou seja para que seus filhos vivam ou porque ele quer a recompensa do mundo vindouro por este Mitsvá, ele é um justo. O facto de ele querer o mundo vindouro também é considerado querer recompensa, tal como para que seus filhos vivam. É como as citadas palavras do sagrado Zohar, “Quer ele queira uma recompensa neste mundo ou no mundo vindouro em troca pelas Mitsvot, isso não é considerado temor essencial,” uma vez que seu próprio benefício é a causa para observar as Mitsvot e não o Criador. Ainda assim dizem nossos sábios aqui, “Ele é um justo completo.” Isso é como interpreta RASHI, que “uma vez que ele observa as Mitsvot do seu Criador, que o mandou dar caridade e também tenciona para seu prazer pessoal, portanto ele é chamado de ‘justo completo.’”
Isto é como explicamos, que por ele trabalhar devido ao Criador o ter ordenado a observar a Torá e Mitsvot e ele não tem ninguém que o obrigue a observar Torá e Mitsvot, isto é chamado Lishma, como interpretou RASHI acima. É como na supracitada alegoria, ou seja que ele trabalha para Reuvén mas pede o salário de Shimon. Isto certamente é chamado LoLishma, pois ele trabalhava para outros ao mesmo tempo, que é chamado Lo Lishma, e também “o segundo tipo.”
(Escutei que há aqueles que tentam explicar nossos sábios, que disseram, “Aquele que diz, ‘esta pedra é para a caridade, para que meus filhos vivam,’ ele é um completo justo.” Afinal, ele vai ao encontro das condições de observar o Mitsvá. Portanto, eles tentam dizer que isso foi escrito nas iniciais, “ele é um JC.” Posteriormente, quando eles escreveram em palavras explicitas, transformaram o JC em Justo Completo. Todavia, estavam errados ao interpretar as iniciais, uma vez que Tzadi-Gimel [Tzadik Gamur(Justo Completo)] significa Tzedacá Gedolá [Grande Rectidão/Caridade] e não Tzadik Gamur [Justo Completo]. Todavia, provavelmente não foi este o caso, uma vez que naõ conseguem explicar o outro versículo, que diz, “Ou que eu tenha o mundo vindouro,” dado que pelo “mundo vindouro” ele também visa se agradar a si mesmo, o mesmo que em “para que meus filhos vivam,” como nas citadas palavras do sagrado Zohar.)
Porém, o terceiro tipo significa que ele trabalha pelo Criador, como o Criador nos ordenou através de Moisés a observar Torá e Mitsvot e nós pedimos a recompensa Dele, uma vez que trabalhamos somente para Ele, devido ao mandamento do Cridaor e não para mais ninguém. É por isso que é chamado Lishma. Todavia, esse é somente o terceiro tipo.
O quarto tipo observa Torá e Mitsvot não em prol de receber recompensa. É como disseram nossos sábios (Avot, Capítulo 1, 3), “Antigonos, Homem de Socho, recebeu de Shimon o Justo. Diria ele, ‘Não sejam como servos que servem o mestre em prol de receber recompensa, mas sejam como serviços que servem o mestre não em prol de receber recompensa e deixai que o temor aos céus esteja sobre vós.’”
Significa isto que isso é especificamente não em prol de receber recompensa que é considerado “pelo Criador,” como conclui ele e diz, “e deixai que o temor aos céus esteja sobre vós.” Significa isto que o verdadeiro temor aos céus é especificamente em Lishma [pelo Seu bem] sem qualquer recompensa. Isto é, ele não tenciona pela auto-gratificação, mas sua única intenção é trazer contentamento ao Criador. Isto é considerado “Lishma limpa,” sem qualquer mistura de auto-gratificação. Isto é chamado o “quarto tipo.”
Porém, conhecemos a pergunta, “É o Criador deficiente que precise das criaturas que trabalhem somente para Ele e não de todo para si mesmas, mas somente para o Criador sem uma migalha de auto-gratificação? E se elas querem desfrutar do seu trabalho, também, este trabalho é desqualificado e não aceite no alto comoMitsvá que seja digno de ser recebido pelo Rei? Por que se deve o Criador importar que o homem também tenha algum prazer no trabalho?”
A resposta é que isto é pois precisa de haver equivalência de forma de modo a que não haja o pão da vergonha. A regra é que o ramo quer se assemelhar à sua raiz e tal como o Criador é o dador, quando uma pessoa tem de receber de alguém ela sente-o como desagradável. Sucede-se que a restrição e ocultação sobre nossos vasos de recepção para que não trabalhemos em prol de receber recompensa foram feitas a nosso favor.
Inversamente, seria impossível ter escolha. Isto é, o homem nunca seria capaz de fazer e manter a Torá e Mitsvot em prol de doar, uma vez que o homem não seria capaz de superar o prazer que ele provou na Torá e Mitsvot, não fosse a restrição e ocultação, como é sabido que quanto maior o prazer, mais difícil é abdicar dele.
Por esta razão, nos foram dados prazeres corpóreos onde há somente luz muito ténue, a que o sagrado Zohar chama “fina luz,” que caiu para as Klipot na hora da quebra dos vasos. Também, as centelhas de divindade foram somadas a elas depois do pecado da árvore do conhecimento quando pecou Adam HaRishon. Estes são os prazeres que todos os seres criados perseguem. Todas as guerras, matanças, furtos e assim por diante, que existe no mundo são pois cada um aspira receber prazer.
Estamos destinados a superar estes prazeres e receber tudo pelo Criador. Mas uma pessoa que vê quão difícil é sair do amor próprio e abdicar dos pequenos prazeres. Por esta razão, não fosse a Tzimtzum [restrição], tivesse o verdadeiro prazer que existe na Torá e Mitsvot sido revelado, não há dúvida que não seriam capazes de abdicar dos prazeres e dizer que ele observa Torá e Mitsvot pois ele quer trazer contentamento ao Criador.
Porém, o homem não consegue concordar observar Torá e Mitsvot sem qualquer prazer por causa da nossa natureza, de que nascemos com um Kli [vaso] chamado “desejo de receber deleite e prazer,” então como pode ele trabalhar sem qualquer recompensa?
Todavia, nos foi dado um lugar sobre o qual conseguimos trabalhar sem qualquer recompensa. Isto é, até se ainda não tivemos um sabor da Torá e Mitsvot devido à Tzimtzum, há um conselho, que é trabalhar na grandeza do Criador, quão privilegiados somos ao servirmos ao Rei.
Isto, temos na nossa natureza, que o menor se anula ante o maior. Nós temos a força e motivação para trabalhar para o maior, a quem a geração considera o mais importante e venerável no mundo. À medida da sua importância, desfrutamos de o servir. Este prazer é permitido receber pois desfrutar de dar não é considerado doar em prol de receber, pois doar em prol de receber significa que ele deseja especificamente uma recompensa pelo serviço que ele lhe presta.
Respectivamente, se ele trabalhar numa fábrica e souber que o dono gosta que todos sejam produtivos e qualquer um que produza mais que o habitual dá ao dono grande alegria. Portanto, ele tenta produzir mais que os outros trabalhadores de modo a deleitar o dono. Porém, posteriormente ele quer que o dono o recompense por o tentar agradar. Isto é considerado que por um lado ele dá, mas por outro lado ele quer recompensa. Isto é chamado “doar em prol de receber recompensa.”
Isto assim não é se uma pessoa servir ao rei e diz para o rei, “Eu não quero coisa alguma em troca pelo serviço pois desfruto do próprio serviço e não preciso de receber qualquer recompensa, uma vez que sinto que qualquer coisa que me dês pelo serviço que faço para ti vai macular meu serviço. Tudo o que quero é o serviço. Não me dês qualquer recompensa e este é o meu prazer, pois é uma grande honra para mim ser recompensado com servir ao rei.”
É claro que ele não consegue dizer que está a doar em prol de receber, uma vez que ele não quer receber coisa alguma em troca. E por que ele não quer? Isso é porque ele deriva grande prazer de servir ao rei. Sucede-se que isto é considerado “doar em prol de doar a uma pessoa importante” e uma pessoa mede a importância do rei de acordo com a medida da sua alegria de servir ao rei, uma vez que quando mais o rei é importante, mais ela desfruta, pois ela não é como aquele que serve o maior da cidade, ou o maior do país, ou o maior do mundo.
Isto é considerado verdadeira doação. Ou seja, ele desfrutar de dar em si mesmo, uma vez que o ponto principal de doar foi pelo propósito da equivalência de forma. Isto é, tal como o Criador é o dador, também as criaturas querem ser dadoras e devemos certamente dizer que o Criador desfruta da Sua doação.
Sucede-se que se as criaturas doarem sobre o Criador e Ele não derivar alegria, ainda não há equivalência de forma aqui, dado que o Criador desfruta quando Ele dá aos inferiores. Significa isto que a alegria resulta da acção de doação e se temos de receber algo em troca pela acção, então estamos a macular a acção e a dizer que não há plenitude na acção. Em vez disso, para ter plenitude temos de somar algo, ou seja algo em troca pela acção, enquanto a acção em si não é assim tão importante.
Mas a verdade é que se quisermos fazer uma acção de doação sobre o Criador devemos tentar desfrutar pois a alegria de uma acção de doação diz respeito à acção. Isto assim é pois toda e cada coisa que uma pessoa queira fazer e que é importante para ela, ela dá-lhe prioridade de a fazer primeiro. E a medição pela qual a pessoa escolhe o que é mais importante é que aquela na qual tem mais prazer.
Assim sucede-se que se um quiser valorizar o trabalho que ele faz pelo Criador, ele consegue valorizá-lo somente ao receber grande alegria. Isto é, se ele conseguir tentar derivar grande alegria então ele já consegue saber que está a dar grande contentamento ao Criador ao dar ao Criador quando observa Seus mandamentos.
Ou seja, se um homem desejar doar contentamento sobre o Criador e não souber o que ele pode dar ao Criador que O deleite. Por esta razão, quando nos é revelado que Ele nos deu Torá e Mitsvot e se os observarmos Ele terá alegria, certamente estamos felizes de que agora sabemos o que fazer por Ele. Portanto vemos que nos foi dada a bênção de fazer enquanto observamos Torá e Mitsvot, e enquanto dizemos, “Abençoado sejas Tu o Senhor, Dador da Torá.”
Está escrito nas Mitsvot que Lhe agradecemos por nos dar, por exemplo, o Mitsvá daSucá [a cabana da Festa dos Tabernáculos]. Por exemplo, todos estamos felizes que Ele nos instrua a fazer aquilo que O vai deleitar e não precisamos de procurar coisas que venham a deleitar ao Criador. Mas a questão é, como podemos aumentar nosso prazer enquanto realizamos as Mitsvot?
Resposta: Há somente uma maneira, de tentar alcançar a grandeza do Criador. Isto é, em que tudo aquilo que fazemos na Torá e Mitsvot, queremos que  nossa recompensa seja a sensação da grandeza do Criador e que todas as nossas orações devem ser para “levantar a Shechina [Divindade] do pó,” uma vez que o Criador está escondido de nós devido à Tzimtzum que tomou lugar e não conseguimos valorizar Sua importância e grandeza.
Portanto, nós oramos para o Criador remover Sua ocultação de nós e para levantar o mérito da Torá. Como dizemos nas Dezoito Orações de RoshHashaná [serviço do Ano Novo], “Certamente, dai a glória ao Teu povo.” Isto é, “Dai a glória do Senhor ao Teu povo,” para que eles sintam a glória do Rei.
Por esta razão um sempre se deve tentar lembrar da meta enquanto estuda Torá, para que sempre esteja na frente dos seus olhos o que ele quer receber do estudo, que o estudo lhe conceda a grandeza e importância do Criador. Também, enquanto observa as Mitsvot, de não se esquecer da intenção pela qual ele mantém as Mitsvot. Graças a isto o Criador levantará a ocultação sobre a espiritualidade dele e ele receberá uma sensação de grandeza do Criador.
Porém, é trabalho duro observar Torá e Mitsvot com a intenção de deste modo ser recompensado com a aproximação do Criador, de obter a grandeza do Criador para que ele Lhe traga contentamento por causa da importância do Criador, que esta seja sua recompensa e que ele não tem qualquer desejo de qualquer outra recompensa por este trabalho. O corpo não concorda trabalhar com esta intenção.
O sagrado Zohar(Nasso, itens 102-104) diz, “Fortes homens deambulam de cidade em cidade e não são perdoados. O banimento da multidão misturada está entre eles e em muitos lugares lhes são dadas somente rações. Portanto, onde estiveram não haverá subida para sua queda, nem sequer momentaneamente. E todos os sábios e fortes homens que temem o pecado estão afligidos, pressionados e em mágoa. Eles são considerados como cães, crianças pesadas contra fino ouro, como são eles considerados jarras de barro em toda a rua, etc. Estes da multidão misturada são ricos, pacíficos, alegres, sem tristeza ou aflição que se pareça, ladrões e subornadores e são os juízes, as cabeças (chefes) do povo.”
Vemos nas palavras de O Zohar que ele distingue entre sábios e fortes homens que temem o pecado e juízes e chefes do povo, que são considerados a multidão misturada. Diz ele que os sábios e fortes homens que temem o pecado estão afligidos e agitados, enquanto os juízes e chefes do povo são ricos, pacíficos e alegres. Por quê? Porque eles são a multidão misturada.
Devemos entender o sentido da multidão misturada, que por serem a multidão misturada eles têm alegria e paz. Vemos que no argumento que Jacó teve com Esau, Esau disse para Jacó, tenho quanto baste e Jacó respondeu, “Eu tenho tudo.” Precisamos de entender a diferença entre quanto baste e tudo.
É sabido que a SefiraYesod é chamada “tudo,” que ela é considerada YesodTzadik[justo], como dizemos na oração, “Para Ti, Senhor é a grandeza, a força, a grandiosidade, eternidade e esplendor.” Isso assim é pois “tudo” é Yesod e o justo, chamado Yesod, só dá. A SefiraYesod dá a Malchut, como é sabido e como está escrito no sagrado Zohar. Significa isto que o grau de Yesod é Tzadik, que nada recebe para si mesmo, mas que todas suas obras são em prol de doar.
Certamente, quando uma pessoa começa a obra de ser justa, ou seja de não receber qualquer recompensa para si mesma e trabalhar somente em prol de doar contentamento sobre seu Fazedor, o corpo discorda e dá-lhe obstáculos. Ele faz tudo o que poder para interferir com seu trabalho. Nessa altura uma pessoa é afligida constantemente e não tem paz com a situação em que se encontra pois ela vê que ainda não chegou a ser dadora sobre o Criador. Em vez disso, tudo aquilo que ela faz é ainda sem a habilidade de o direccionar em prol de doar.
Ela está sempre afligida com isso por causa da tristeza da Shechina, chamado de “Shechina no exílio.” Ela está em sofrimento que pelo amor próprio tem ela força para trabalhar, mas onde ela vê que sua vontade de receber não terá coisa alguma ela é negligente no trabalho.
Sucede-se que passado algum tempo de se esforçar no trabalho e querer ver alguma proximidade ao Criador, ela sente cada vez mais a verdade acerca de si mesma: de que ela está verdadeiramente afastada do Criador. Ou seja, em respeito à equivalência de forma, tal como em, “Como Ele é misericordioso, tu, também, és misericordioso,” ela é o oposto. Anteriormente ela pensava que queria trazer contentamento ao Criador e que haveria alegria nisto. Ela esperava que receberia pelo seu trabalho a recompensa deste mundo, bem como a recompensa do mundo vindouro. Mas agora vê ela que está impotente para trabalhar pelo Criador, mas que tudo é em prol de receber para si mesma e não de todo para doar.
Aquilo que ela agora vê é que ela é pior que quando começou a obra. Quando ela começou a obra no terceiro tipo, ela não tinha alegria e paz e sabia e acreditava que cada dia suas posses se acumulavam numa grande soma, dado que cada dia quando ela faz boas acções, a recompensa de cada Mitsvá é registada na sua conta. Essa fé a causou alegria e paz pois ela viu que avançava no trabalho, ou seja que suas posses cresciam todo e cada dia.
Mas agora que ela se afastou do terceiro tipo e começou a obra do quarto tipo, que é trabalhar não em prol de receber recompensa, ela está afligida e pressionada pois ela se examina a si mesma com vasos de doação de quanto ela já adquiriu deste Kli.
Nessa altura vê ela o oposto, que cada dia enquanto se esforça e quer alcançar proximidade ao Criador, ou seja ter um desejo de doar, ela vê a verdade, que cada dia ela se tornou mais e mais afastada. De acordo com aquilo que disse Baal HaSulam, por que é que um vê que ele se está a tornar mais e mais afastado, uma vez que cada dia ele faz boas acções e respectivamente, as acções deveriam o ter aproximado?
Disseram nossos sábios, “Eu criei a inclinação do mal, Eu criei para ela a Torá como tempero.” Portanto, por que é que aquele que começou a obra de doação vê que está a tornar-se pior cada dia? Ele diz que assim não é, que na verdade, ele não está a regredir cada dia como pensa. Em vez disso, cada dia ele está a avançar. A razão de ver que se tornou pior é que primeiro ele precisa de ver a falsidade e mal e então podem elas ser corrigidas.
Mas quando uma pessoa simplesmente quer bloquear um buraco ou uma racha num edifício e pensa que o buraco e racha têm vinte centímetros de amplitude e trabalha e labuta e finalmente vê que há mais vinte para tapar. Sucede-se que enquanto ela não vir a verdadeira deficiência ela trabalha em vão, ou seja que não corrige coisa alguma.
A lição é que uma pessoa pensa que tem, por exemplo, um quilograma de mal e ela quer concertá-lo. Ela começa a concertar, mas então vê que há outro quilograma de mal. Sucede-se que ela não corrigiu coisa alguma. Mas se ela vir a medida completa de mal nela e então a concerta, isto é chamado de “correcção completa.”
Foi por isso que Baal HaSulam disse que cada dia quando ela se envolve no trabalho em prol de doar ela se aproxima mais da verdade, ou seja de ver o tamanho do mal nela. Numa casa escura é impossível ver que há sujidade e lixo lá. Mas se você levar alguma luz para o interior então pode ver onde estão a sujidade e o lixo.
Similarmente, quando uma pessoa começa a se envolver na Torá e Mitsvot em doação, a Torá e Mitsvotiluminam para ela cada vez mais, para ver a verdade sobre o tamanho do mal nela. Sucede-se portanto que cada dia ela anda em frente até que alcance o mal completo dentro dela. Então, quando nos começarmos a corrigir, uma correcção completa é feita, para que posteriormente ela possa colocar nos seusKelim [vasos] o deleite e prazer que o Criador contemplou dar às criaturas, tal como está escrito que o propósito da criação é de fazer o bem às Suas criações.
Descobrimos esta questão no êxodo do Egipto. O sagrado ARI disse que na altura do êxodo do Egipto, Israel estavam em 49 portões de Tuma’a [impureza], até que o Rei dos Reis apareceu para eles e os redimiu. Todos questionam sobre isto: Poderá ser que o povo de Israel, que escutaram a missão do Criador de Moisés e de Aarão, a quem Ele enviou para libertar do exílio no Egipto, tal como interpreta o sagrado ARI, que o exílio no Egipto significa que a visão de Kedusha [santidade] estava em exílio. Moisés e Aarão prometeram ao povo de Israel que sairiam do exílio e entrariam em Kedusha. É como dizemos na leitura da Shemá [Ouve], “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egipto para ser teu Deus.”
Respectivamente, isso serve para afirmar que cada dia eles deviam ter subido de grau em grau emKedusha, especialmente que viram as dez pragas que ocorreram no Egipto. Ainda assim, diz o sagrado ARI que no tempo do êxodo do Egipto o povo de Israel estava em 49 porões de Tuma’a.
Porém, cada dia eles ascenderam no grau da verdade e se aproximaram de ver a medida de mal que tinham nos vasos de recepção. Isto é, antes de Moisés e Aarão virem até eles lhes dizer que tinham de sair do exílio no Egipto, que é a Klipa [casca/pele] que suga daKedusha, tal como diz o sagrado ARI, o povo de Israel começou a se afastar deles. Nessa altura a Klipa do Egipto começou a combatê-los com forças poderosas.
Ou seja, a Klipa do Egipto deixou o povo de Israel ver que não era vantajoso sair da auto-recepção. E a respeito da obra da doação, deixou-os ver que era difícil e que não era vantajoso trabalhar para nada, que eles não seriam recompensados com isso de qualquer modo, uma vez que isso requer forças especiais. E quanto mais o povo de Israel recebeu o fortalecimento de Moisés e Aarão, mais a Klipa do Egipto veio e os enfraqueceu.
Foi tanto assim que cada vez que superaram o argumento dos Egipcíos que entrou nas suas mentes, para que pudessem ver que não era o argumento do Egipto, mas para que o povo de Israel pensasse que estes pensamentos eram dos próprios Israel. Isto é chamado “Qualquer um que seja maior que seu amigo, seu desejo é maior que o dele.”
Significa isto que à medida do seu fortalecimento em Kedusha, a essa medida as Klipotse fortaleceram contra eles. À medida do poder do desejo de fugir, a essa medida o outro lado tem de mostrar mais poder de modo a mantê-lo no seu domínio, para que eles não fujam.
Sucede-se que de facto, o povo de Israel se aproximou de Kedusha cada dia e a evidência disto é que se é dito que estavam nos 49 portões de Tuma’a, isso é porque já haviam ascendido através de 49 portões de Kedusha, assim teve de haver o oposto da Kedusha, os 49 portões de Tuma’a.
Porém, antes que uma pessoa complete a obra e saia do domínio das Klipot[cascas/peles], ela não vê a medida da sua entrada em Kedusha. Tudo o que ela vê é que cada vez ela está mais longe pois o oposto de Kedusha revela o mal nela e antes que haja luz de Kedusha, uma pessoa não consegue ver a verdadeira forma de mal nela. Tal como acima dito, precisamente onde há luz podemos ver a sujidade que está na casa.
Assim acontece que um não consegue saber o que ele considerava como bom estado. Ou seja, pode ser que uma pessoa sinta que está numa descida, ou seja que ela vê que não tem desejo pela Torá e Mitsvot. Ela vê que agora tem mais paixão pelo amor próprio que, por exemplo, ontem. Portanto, uma pessoa deve provavelmente dizer que ontem ela estava num estado onde considerava as pessoas que se preocupavam com questões corpóreas, com satisfazerem sua vontade de receber, ela ficava afastada delas e não conseguia ver adultos inteligentes a se degradarem a si mesmos para estarem em estado tão baixo.
Mas agora ela vê que ela é uma delas e que não tem vergonha de sentir a sua humildade. Em vez disso, é uma coisa comum para ela, como se ela nunca tivesse pensado sobre a espiritualidade. Mas o entendê-lo melhor, vamos tomemos como exemplo, quando uma pessoa se tem de levantar antes do amanhecer. Quando ela é desperta pelo despertador ou por uma pessoa, ela sente que tem de se levantar para servir ao Criador. Ela começa a sentir a importância da questão e portanto se levanta rapidamente por causa da sensação da importância de servir ao Criador lhe dar força para se levantar rapidamente.
Indubitavelmente, nessa altura ela está num estado de ascensão. Ou seja, não é a corporalidade que lhe dá força para trabalhar, mas para ela a espiritualidade, esta sensação de que agora ela terá contacto com o Criador, seja qual for a maneira, é suficiente para lhe dar força para trabalhar e ela não pensa em coisa alguma senão no Criador. Ela sente que agora é considerada como viva, mas sem espiritualidade ela é considerada morta. Naturalmente, ela sente que está num estado de ascensão.
Na verdade, uma pessoa não consegue determinar seu estado, de ela sentir que está afastada. Ou seja, se ela é uma pessoa que deseja caminhar no caminho da doação, ela deve entender que do alto lhe é dado um tratamento especial, que ela foi baixada do estado anterior para que começasse realmente a contemplar a meta, ou seja o que é exigido do homem e o que o homem quer que o Criador lhe dê. Mas quando ela está num estado de ascensão, quando ela tem desejo pela Torá e Mitsvot, ela não tem necessidade de se preocupar com a espiritualidade. Em vez disso, ela vê que permanecerá deste modo sua vida inteira pois está feliz deste modo.
Portanto se sucede que a descida que ela recebeu é para seu próprio bem, ou seja que ela está a receber tratamento especial, que ela foi baixada do seu estado anterior onde ela pensava que tinha alguma plenitude. Isto é aparente em ela concordar permanecer no presente estado sua vida inteira.
Mas agora que ela vê que está longe da espiritualidade, ela começa a pensar, “O que é realmente exigido de mim? O que devo eu fazer? Qual é o propósito que devo alcançar?” Ela vê que não tem poder para trabalhar e encontra-se a si mesma num estado de “entre os céus e a terra.” Então, o único fortalecimento do homem é que somente o Criador pode ajudar, mas ele sozinho, está condenado.
Foi dito sobre isto (Isaías, 4:31): “Todavia aqueles que esperam pelo Senhor ganharão nova força,” ou seja aquelas pessoas que esperam pelo Criador. Significa isto que elas vêem que não há mais ninguém no mundo que as possa ajudar a ganhar novamente força cada vez. Sucede-se que esta descida é na realidade uma ascensão, ou seja que sua descida que eles sentem lhes permite subir em grau, uma vez que “não há luz sem um Kli.”
Sucede-se que quando ele pensava que estava num estado de ascensão, onde não tinha desejo no qual o Criador poderia colocar alguma coisa, uma vez que seu Kli estava cheio e não havia espaço lá para colocar alguma coisa no interior. Mas agora que ele se sente num estado de descida, começa a ver suas deficiências e as razões principais que interrompem sua concretização de Dvekut com o Criador. Nessa altura sabe ele que ajuda pedir ao Criador pois ele vê a verdade, o verdadeiro obstruidor.
De acordo com o citado, sucede-se que um não consegue dizer que o Criador o afastou da obra do Criador e a prova disto é que ele está num estado de descida, ou seja que o Criador o jogou fora da obra e não o deixa trabalhar para Ele. Pelo contrário, por o Criador o querer aproximar, quando ele sentia que estava numa ascensão, Ele não o conseguia aproximar pois ele não tinha Kelim.
Em prol de lhe dar Kelim, o Criador teve de o tirar do seu estado e o admitir num estado onde ele se sinta deficiente. Então o Criador lhe pode dar ajuda do alto, tal como disseram nossos sábios, “Aquele que vem para se purificar é ajudado. Questiona o sagrado Zohar, ‘Com o quê?’ E responde ele, ‘Com uma sagrada alma.’” Ou seja, estão a fazê-lo sentir que a alma é uma parte de Deus no alto e então entra ele naKedusha. Nessa altura pode ele avançar de grau em grau até que complete sua alma em respeito a aquilo que ela precisa de corrigir.

Portanto se sucede que no primeiro tipo. A razão e causa de observar a Torá e Mitsvotsão as pessoas do exterior. No segundo tipo, o Criador juntamente com as pessoas do exterior o comprometem à Torá e Mitsvot. No terceiro tipo, somente o Criador o compromete a observar Torá e Mitsvot. Pessoas no exterior não o comprometem, mas ele mesmo também causa Torá eMitsvot. No quarto tipo, somente o Criador é a causa da observação da Torá e Mitsvot e não há outro parceiro, que participe em o comprometer à Torá e Mitsvot. Isto é chamado “somente o Senhor” e isto é chamado "somente para o Senhor” e isto é chamado “multidão misturada dentro da Kedusha.”
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