Uma pergunta que recebi: Eu estudei a Torá, falo cinco línguas, escuto as suas lições, e tornei-me mais ou menos familiarizado com a terminologia Cabalistica. Tipicamente quando uma pessoa estuda uma língua e aprende as palavras, ler algo nessa língua é suficiente para a compreender. Todavia quando a lição é sobre O Estudo das Dez Sefirot, eu leio o texto e não compreendo uma única coisa ainda embora eu conheça todos os termos. Podia bem ser Chinês para mim. O que se está a passar?
A Minha Resposta: Você precisa de continuar a aprender esta linguagem. A palavra “linguagem” origina da noção de uma “balança” com um indicador de medida localizado directamente no meio. À medida que você continua a alcançar conceitos espirituais, sua linguagem irá continuar a tomar forma, entre bem e mal.
Quando nós construímos a linha do meio dentro de nós mesmos, nós começamos a compreender e sentir as diferentes gradações de qualidades. Até que alcançamos uma sensação do espiritual, nós nunca retemos alguma coisa do estudo, não importa quão longamente nos mantemos nele. É tão inútil como repetidamente explicar o sabor de um prato a uma pessoa que nunca o provou.
Toda e cada uma das nossas percepções é um sabor. Da Luz que entrou no desejo (Toch Kli) com a intenção de dar, os Cabalistas “provaram” (Taamim) cada conceito existente em O Estudo das Dez Sefirot, de acordo com a lei da equivalência de forma.
A Primeira Restrição está a trabalhar, prevenindo-nos de receber a Luz uma vez que não temos qualquer similaridade a ela. Sem a tela, a intenção de dar, nós não podemos sentir a Luz. Desta forma, enquanto nos está a faltar a tela, é impossível compreender o texto, pois tudo é alcançado via sensação. Daí estar escrito: “Prova e vê que o Criador é bom” (Salmo 34:8). Nós temos de O “provar”, e esta realização toma lugar no interior.
É por isto é que um problema genuíno. Não importa quanto tempo nós estudamos aqui, esta linguagem escapa-nos invariavelmente. Todavia por outro lado, ela prepara-nos para começar a senti-la. Subsequentemente, estas sensações começam a aparecer dentro de nós e nós começamos a compreender o texto. Eventualmente nós não precisamos mais de estudar, e subitamente conhecemos os nomes de tudo mesmo sem ler sobre isso nos livros. Nós saberemos o nome de um fenómeno espiritual simplesmente ao senti-lo. Como, quem nos ensinará isto a nós? Ninguém.
À medida que a Luz veste nossos desejos, ela transfere sua impressão a eles em quatro fases, Taamim (sabores), Nekudot (vogais, pontos acompanhando as letras), Tagin (coroas acima das letras), e Otiot (letras), construindo uma Gematria dentro de nós (o valor numérico das palavras).
Esta Gematria então torna-se uma palavra. Nós “lemos” e subitamente nos apercebemos que um desejo é chamado “árvore,” outro desejo é chamado “sol,” e assim por diante. Além do mais, nós chegamos a conhecer isto como facto, independentemente de onde vivemos no mundo ou se falamos ou não a língua. Logo, nós começamos a compreende-la.
Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 4/16/10, Prefácio à Sabedoria da Cabala
Material Relacionado:
Laitman.com Post: The Perturbing Language Of Partzufim And Sefirot
Laitman.com Post: “Those Who Seek Me, Find Me”
A Guide to the Hidden Wisdom of Kabbalah: “The Ties between Letters, Words, and Numbers”
IN LAITMAN.COM