As crianças não devem aprender somente de fenómenos positivos. Devem-lhes ser mostrados lugares como prisões e centros de reabilitação e com frequência. As crianças têm de reter impressões de todas as facetas da vida, assim formando uma atitude distinta.
Afinal, o problema inteiro é que a criança não sente as implicações das suas acções negativas. Se ela o sentisse em avançado, então poderíamos tratar a criança como um adulto.
Porque temos tal atitude misericordiosa para as crianças?
É porque elas não conseguem prever o futuro. É por isso que dizemos que elas não podem ser responsáveis pelas suas acções.
Mas quando uma criança observa as consequências das acções negativas de outra pessoa qualquer, tal como um ser humano ser colocado na prisão, uma pessoa doente, uma pessoa que não consegue superar o seu vício alcoolico ou da droga e olhar para o que aconteceu a essa pessoa: ela tem cancro de pulmão por fumar, ou outra pessoa morreu porque ciau de um telhado, quando podemos ensiná-las através de exemplos de outros para “Considerar as consequências.” Esta é a maneira como as guardamos de repetirem estas acções ou erros.
Não começaremos a tratá-las como adultos depois delas verem estas coisas. Mas ela já se terão tornado adultas.
A partir idade podemos começar a envolver a criança neste processo de observar coisas negativas, tais como as levar para um centro de traumas onde os seus colegas estão hospitalizados?
Da mesma idade como os seus colegas hospitalizados. Nos 5 ou 6 anos de idade já compreenderão isto. “Olha para aquele rapaz. Deixa-a saber o que ele fez. Ó, ele saltou um portão e aquele subiu a um telhado e aquele foi atropelado por um carro e agora está deitado com um braço ou perna magoada.” Sabe que lição de vida essa é?! É claro, devemos ter atenção a lesões graves, tais como as de uma pessoa que perde um olho ou um braço. Isto tem de ser feito muito gradualmente, mas devem-lhes ser mostradas eventualmente todas as consequências negativas.
E quando elas ficam um pouco mais velhas, elas podem visitar alas da maternidade e assim por diante. Portanto, temos de lhes mostrar toda a vida na sua forma adequada. O que concretizará isto? Isto irá ajudá-las a interagir correctamente e se colocarem a si mesmas adequadamente em relação a todas estas consequências.
Penso que é aqui que os pais perguntariam, “Não assustaremos ou até paralisaremos a criança com esta verdade sobre a vida?”
Mas nós não estamos simplesmente a dizer à criança a partir do nada, “Hoje, vamos numa visita a um hospital e olhar para pernas e braços quebrados.” As nossas crianças estão num processo constante de ensino, num processo constante de se realizarem a si mesmas e ao mundo, numa discussão constante de tudo ao seu redor. É por isso que vemos a ordem na qual lhes mostramos isto a elas para que seja percepcionado da maneira certa.
Os pontos supramencionados foram retirados do livro A Psicologia da Sociedade Integral por Dr. Michael Laitman e Dr. Anatoly Ulianov.