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domingo, 3 de julho de 2016

Qual é o Significado da Lashon Ha'Rá [Má Língua] e Contra Quem é Ela?

julho 03, 2016


Artigo Nº 10. 1986-87


Está escrito em O Zohar (Metzora,p 2, e no Comentário Sulam, Itam 4), “Vem e vê, com a maledicência que a serpente disse à mulher, fez com que a mulher e Adão fossem condenados à morte, eles, e o mundo inteiro.

Está escrito sobre maledicência, ´E a sua lingua, uma espada afiada.´Por esta razão, ´Tenham cuidado com a espada´que significa maledicência. ´A ira traz os castigos da espada.´O que é, ´A ira traz os castigos da espada´? É a espada para o Criador, como aprendemos que o Criador tem uma espada na qual Ele julga os ímpios . Está escrito sobre isso. ´O Senhor tem uma espada cheia de sangue,´ ´E a Minha espada comerá carne,´que é Malchut do seu  lado de Din [julgamento]. Assim, ´Tenham atenção  à espada, porque a ira traz os  castigos  da espada, de modo que possam saber que há um julgamento.´

“Escreve Din, mas quer dizer, “Para que possam saber que assim é julgado,´que alguém com uma espada na sua língua que fala a Malchut  na forma de Din nela. Está escrito sobre isso.  Esta será e lei do leproso ´Malchut que é chamada ´esta,´condena o leproso porque ele maldisse, para aflições procura maledicência”  Até hoje as suas palavras.

Isto precisa de ser compreendido, uma vez que O Zohar diz que para qualquer pessoa com uma espada na língua, isto é que maldiz, a espada que tudo consome está pronta para ele – a Malchut na forma de Din nela. E aprendemos que do que está escrito acerca da serpente, que ela maldisse a mulher. Contudo,  ali a maldicência era acerca do Criador ; Como é que isso prova entre uma pessoa e o seu amigo que deveria ser tão grave a ponto de causar morte, como explica acerca do verso, “E a sua língua, uma espada afiada,” acerca da maldicência entre uma pessoa e o seu amigo?

Por outras palavras, há a mesma medida e severidade de iniquidade de maldicênia entre uma pessoa e o seu amigo como na maldicência entre uma pessoa e o Criador. É possível que aquela que maldiz  o seu amigo seja semelhante àquele que maldiz  o Criador?

Ao maldizer o Criador podemos compreender que isso causa morte, pois por maldizer o Criador ele torna-se separado do Criador. Por esta razão, desde que esteja separado da Vida das Vidas, é considerado morto. Mas porque causaria morte quando a maledicência  é, entre uma pessoa e o seu amigo?

O Zohar diz que aflições vêem da maledicência. Os nossos sábios disseram (Arachin, 15b). “No Ocidente dizem eles: A fala de um terceiro mata três: ela mata aquele que diz, aquele que recebe e aquele sobre quem foi dito. “RASHI interpreta: A conversa acerca dum terceiro” com fofoca, que é o terceiro entre uma pessoa e o seu amigo, revelando-lhe um segredo. Também aí, Rabi Yohanan, em nome de Rabi Yosi Bem Zimra, “Aquele que maldiz, é como se negasse o princípio.” E Rav Hasda disse, “Sr. Ukva disse, “Aquele que maldiz, o Criador diz, ´Ele e Eu  não podemos habitar no mundo.´”

Também, deveríamos compreender a severidade da proibição de maledicência, ao ponto de ser como se tivesse negado o princípio, ou de acordo com o que é dito por Sr. Ukva , que o Criador diz, “Ele e Eu não podemos habitar no mundo.” Quer dizer que se nós dizemos, por exemplo, que se Reuben maldissesse  a Shimon sobre Levi por ter feito
 alguma coisa mal., o Criador não pode morar no mundo, devido à má fala de Reuben sobre a má acção de Levi. Mas com outros pecados que Reuben pudesse ter praticado, o Criador pode morar no mundo com ele. Assim, Se este é um assunto assim tão grave, então deveríamos compreender o que é a maledicência e o que a faz tão má.

Interpretá-lo-emos no trabalho. No livro, A Doação da Torá, explica a grande importância do mandamento, “Ama o teu amigo como a ti próprio.” “Rabi Akiya diz, ´Esta é a grande regra da Torá.´Esta afirmação dos nossos sábios pede explicação. A palavra Klal (colectivo/regra) indica  uma quantidade de detalhes que,  quando juntos, formam o colectivo acima. Assim, quando ele diz acerca do mandamento.´Ama o teu amigo como a ti próprio,´é uma grande Klal na Torá, devemos compreender que o resto dos 612 mandamentos na Torá, com todas as suas interpretações, são não mais nem menos do que a soma dos detalhes inseridos e contidos num único mandamento, “Ama o teu amigo como a ti próprio,´”

“Isto é completamente incompreensível, porque podes dizer isto em relação a Mitzvot [mandamentos] entre um homem e outro homem, mas como pode esse simples Mitzva [mandamento] conter todos os Mitzvot entre um homem e Deus,  que é a essência e a grande maioria das leis?

Ali ele também escreve, “Acerca dum convertido que se apresentou a Hillel (Shabbat 31) e lhe disse: ´Ensina-me toda a Torá enquanto estou de pé numa perna.´E ele respondeu: ´O que odeias, não faças aos teus amigos (a traducção de ´ama o teu amigo como a ti próprio´), e o resto é o seu comentário; vai estudar.´”

“Aqui diante de nós está uma lei inequívoca, que  em todos os 612 mandamentos e em tudo o que foi escrito na Torá não há nenhum que  se prefira em relação ao mandamento, ama o teu amigo como a ti próprio…..uma vez que ele diz especificamente, ´o resto é o seu comentário; vai estudar. ´Isto significa que o resto da Torá são interpretações daquele único mandamento,  que o mandamento para amar o seu amigo como a si próprio não se podia completar a não ser que fosse para eles.”

Deveríamos compreender a razão porque o convertido lhe disse na língua sagrada [Hebreu], “Ensina-me toda a Torá enquanto estou de pé numa perna,” Hillel não lhe respondeu na língua sagrada, mas respondeu-lhe na língua de tradução [Aramaico] e disse-lhe, “Não faças ao teu amigo o que não gastas que te façam a ti

Também deveríamos compreender que na Torá, está escrito, “Ama o teu amigo como a ti próprio,” que é um Mitzva [ mandamento  para executar alguma acção], mas Hillel falou com uma expressão negativa [mandamento para evitar algum acto], porque ele lhe disse, “Não faças ao teu amigo o que não gostas que te façam a ti,” que é uma expressão negativa.

No livro, A Doação da Torá, ele explica a grandeza e importância da regra, “Ama o teu amigo como a ti próprio,” uma vez que o propósito da criação é fazer bem as Suas criações, e para as criaturas  sentirem deleite e prazer sem quaisquer carências. Há uma regra que qualquer ramo deseja assemelhar-se à sua raiz. E uma vez que a nossa raiz é o Criador, que criou todas as criaturas, Ele não tinha quaisquer deficiências ou necessidades para receber nada de ninguém.

Por isso, quando as criaturas recebem de alguém, eles também se sentem envergonhadas dos seus benfeitores. Assim, para que as criaturas não se sintam envergonhadas ao receber deleite e prazer do Criador, o assunto de Tzimtzum [restrição] foi estabelecido nos mundos superiores. Isto faz que a abundância de cima nos seja velada, assim não sentimos o bem que Ele escondeu na Torá e Mitzvot que o Criador nos deu.

E ainda que tivessemos sido feitos para acreditar que os prazeres materiais que vemos diante de nós, sentindo o seu mérito e proveito, todo o mundo – isto é todas as criaturas  neste  mundo os perseguem com dedicação  a fim de os alcançar – todavia, há apenas uma minúscula luz neles, uma iluminção muito pequena comparada com o que podia ser alcançado por guardar Torá e Mitzvot. Está escrito sobre isso em O Zohar que a Kedushá  [santidade]  sustenta as Klipot [cascas]. Isto significa que se Kedusha  não desse sustento às Klipot, elas não poderiam existir.

E há uma razão para que as Klipot devam existir, dado que no fim, tudo será corrigido e entrará em Kedushá. Isto foi dado para que as criaturas corrigissem, pois tendo o conceito de tempo para elas, poderão existir 2 tópicos dentro do mesmo tópico, ainda que estejam em contraste. Está escrito sobre isso (“Introdução ao  Livro de O Zohar,” Item 25), Por esta razão há dois sistemas, ´Kedushá [santidade],´e o ´Impuro ABYA,´que são opostos um ao outro. Assim, como pode Kedushá corrigi-los?”

Isto não é assim com o homem, que é criado neste mundo. Dado que há uma questão de tempo, eles (dois sistemas) estão numa pessoa, mas um de cada vez. E então há uma forma para Kedusha corrigir a impureza. Isto é assim porque até aos treze anos de idade, uma pessoa atinge o desejo de receber que está no sistema de impureza.

Depois, através de se empenhar na Torá, começa a alcançar Nefesh de Kedushá, e então é sustentado pelo sistema de mundos de kedusha.

Contudo, toda a abundância que as Klipot têm, que recebem de Kedusha, é apenas uma pequenina luz que caiu devido à quebra dos vasos e através do pecado da árvore do conhecimento, pelos quais os impuros ABYA  foram feitos. E contudo, deveríamos acreditar, imaginar, e observar como todas as criaturas perseguem aquela pequenina luz com todas as suas forças, e nenhuma delas diz, “Vou fixar-me  no que adquiri.”Em vez disso, cada um deseja juntar ao que tem, como os nossos sábios disseram, “Aquele que

E a razão para não haver totalidade neles é porque não havia perfeição neles para começar. Mas em espiritualidade a luz superior está reflectida em todo o espiritual. Assim, quando uma pessoa atinge alguma iluminação de espiritualidade, não pode dizer se é num nível pequeno ou grande, dado que  no espiritual, mesmo o grau de Nefesh de Nefesh, que é uma parte de Kedushá – e como o resto de Kedusha, é perfeição – há totalidade mesmo numa parte dela. Isto é assim porque os discernimentos de “grande” ou “pequeno” na luz superior são de acordo com o valor do receptor.

Por outras palavras, depende do nível do qual o receptor é capaz de obter a grandeza e importância da luz. Mas não há qualquer mudança na própria luz, como está escrito. “Eu o Senhor (HaVaYaH), não mudo” (como explicado no “Prefácio à Sabedoria da Cabala,” Item 63).

Por conseguinte, levanta-se a questão, “Porque é que todo o mundo persegue a pequenina luz que brilha nos prazeres materiais, enquanto que para os prazeres espirituais, que contém a maioria de deleite e prazer, não vemos ninguém a desejar fazer tão grandes esforços como fazem para a materialidade?  Contudo, os prazeres materiais são os impuros ABYA. Náo havia restrições ou ocultação neles, e é propositadamente assim, ou o mundo não existiria, dado que é impossível viver sem prazer.

Também, é inerente ao propósito da criação fazer bem às Suas criações. Assim, sem prazer não há sobrevivência para o mundo. Resulta que os prazeres tinham que ser revelados neles. Isto não é assim sem acréscimos, significando sem receber deleite e utrestrição e ocultação de forma a que não vissem a luz da vida que está contida na Torá e Mitzvot , antes que uma pessoa se habitue a trabalhar para doar, chamado “equivalência de forma.” Isto é assim porque se a luz que está contida na Torá e Mitzvot tivesse sido revelada, não haveria espaço para escolha.


Por outras palavras, onde a luz é revelada, o prazer que se sentiria em guardar Torá e Mitzvot seria na forma de  auto-recepção. Assim,  ele não poderia dizer que está a guardar Torá e Mitzvot devido aos mandamentos do Criador. Antes, deveria guardar Torá e Mitzvot devido ao prazer que sente neles. Enquanto uma pessoa sente prazer nalgumas transgressões, pode calcular que o prazer é só uma pequenina luz comparada com o sabor verdadeiro de Torá e Mitzvot e quão é difícil ultrapassar a luxúria, e que quanto maior o desejo, quanto mais difícil é suportar a prova.


Resulta que enquanto e imensidade do prazer na Torá e Mitzvot é revelada, uma pessoa não pode dizer, “Estou a fazer este Mitzva [mandamento] porque é a vontade do Criador,” significando que quer doar ao Criador ao guardar os Seus Mitzvot [mandamentos]. Afinal, sem o comando do Criador, ainda guardaria Torá e Mitzvot por amor próprio. E não porque quisesse dar ao Criador.


Esta é a razão para a colocação da restrição e da ocultação sobre Torá e Mitzvot. E é por isso que todo o mundo persegue prazeres materiais, enquanto não tendo nenhuma energia para os prazeres na Torá e Mitzvot porque o prazer não é revelado pela razão acima mencionada.


Daí se infere por isso que em relacção à fé, devemos aceitar a importância que está na Torá e Mitzvot, e acreditar sempre no Criador – que Ele olha pelas criaturas. Isto significa que não se pode dizer que não esteja a guardar Torá e Mitzvot porque não sente a orientação do Criador, como Ele dá abundância às criaturas, pois aqui, também, ele deve acreditar, ainda que não o sinta.

Isto é assim porque se  ele sentisse que a Sua orientação é benevolente, aí deixaria de existir uma questão de fé. Mas porque é que o Criador o fez de forma a que O servíssemos com fé? Não Seria melhor que o pudéssemos servir num estado de conhecimento?

A resposta é, como Baal HaSulam o disse, que não se deveria pensar que o facto do Criador querer que O sirvamos com fé é porque Ele não pode irradiar para nós na forma de conhecimento. Antes, o Criador sabe que a fé é uma forma mais bem sucedida para que atinjamos o objectivo, chamado “Dvekut [adesão] com o Criador,” que é equivalência de forma. Através disso, teremos o poder de receber o bem enquanto no estado de sem o“pão de vergonha,” isto é sem vergonha. Isto é assim porque a única razão de queremos receber deleite e prazer do Criador é por sabermos que o Criador auferirá prazer disso, e como desejamos doar ao Criador, desejamos receber deleite e prazer Dele.

Assim, vemos que o principal trabalho que devemos fazer, para alcançar o propósito para o qual o mundo foi criado – fazer bem às Suas criaturas – é qualificarmo-nos para adquirir vasos de doação. Esta é a correcção para tornar a doação do Rei completa, assim não sentirão qualquer vergonha na recepção dos prazeres. E todo o mal em nós nos retira do bem que estamos destinados a receber.

Foi-nos dado o remédio da Torá e Mitzvot como forma de alcançar aqueles Kelim. Este é o significado do que os nossos sábios disseram (Kidushin, 30) “O Criador diz, ´Eu criei a má´tendência; Eu criei através disso o tempero da Torá,´através da qual ele perderá todas as centelhas de amor próprio dentro dele e será premiado com o seu desejo de ser somente para doar alegria ao seu Criador.”

No ensaio, “A Doação da Torá” (Item 13) ele diz, “Há duas partes na Torá: 1) Mitzvot [mandamentos] entre o homem e Deus, e 2) Mitzvot entre homem e homem. E ambos aspiram pela mesma coisa – trazer a criatura ao objectivo final de Dvekut com Ele.

“Além disso, mesmo o lado prático em ambos é realmente um e o mesmo….. Para aqueles que guardam Torá e Mitzvot Lishma, não há nenhuma diferença entre as duas partes da Torá, mesmo do lado prático. Isto é porque antes de o ter completado, é-se forçado a sentir qualquer acto de doação – quer dirigida a outra pessoa ou em direcção ao Criador – como vazio além de concepção.

“Uma vez que este é o caso, é razoável pensar que a parte da Torá que  trata do relacionamento do homem com o seu amigo está mais apta a trazê-lo ao objectivo desejado. Isto é porque o trabalho em Mitzvot entre o homem e Deus é fixo e específico e não é exigente, e tornamo-nos facilmente acostumados a ele, e tudo o que se faz fora do hábito deixa de ser útil. Mas o Mitzvot entre o homem e homem são variáveis e irregulares, e pretende rodeá-lo para onde quer que se volte. Assim, A sua cura é muito mais certa e o seu objectivo está mais perto.

Agora compreendemos a razão de Rabi Akiva ter dito acerca do verso, “Ama o teu amigo como a ti próprio,” que é “a grande regra da Torá.” É porque a coisa importante é ser premiado com Dvekut com o Criador, que é chamado “um vaso de doação,” significando equivalência de forma. E é por isso que o remédio da Torá e Mitzvot foi dado, para que através dele fosse possível sair do amor próprio e alcançar o amor de outros, dado que o primeiro nível é o amor entre uma pessoa e o seu amigo, e então podemos alcançar o amor do Criador.

Agora podemos enteder o que acima questionámos, quando o convertido chegou a Hillel e lhe disse, “Ensina-me toda a Torá enquanto estou de pé sobre uma perna, “Hillel não lhe respondeu na língua sagrada, quando  ele perguntou, “Ensina-me toda a Torá enquanto estou de pé numa perna,” mas respondeu-lhe na língua de traducção [Aramaico], “Não faças ao teu amigo o que não queres que te façam a ti” (a traducção de “Ama o teu amigo como a ti próprio”) que é um Mitzva positivo [mandamento para levar a cabo algum acto], enquanto ele respondeu ao convertido numa  língua negativa. “Não faças,” uma vez que ele lhe disse, “Não faças qo teu amigo o que não queres que te façam a ti.”

De acordo com o que explica acerca da importância do Mitzva, “Ama o teu amigo como a ti próprio”, na sua explicação das palavras de Rabi Akiva, que disse que “Ama o teu amigo como a ti próprio” é a grande regra da Torá, que especificamente este Mitzva tem o poder de  trazer o remédio para alcançar o amor do Criador, por esta razão , quando o convertido chegou a Hillel e lhe disse, “Ensina-me toda a Torá enquanto estou de pé sobre uma perna, “ele queria dizer-lhe a regra, “Ama o teu amigo como a ti próprio,” como está escrito na Torá. Contudo, ele queria explicar-lhe a grave iniquidade chamada “maledicência,” que é ainda mais grosseira que o Mitzva, “Ama o teu amigo como a ti próprio.”


O Mitzva, “Ama o teu amigo como a ti próprio” dá o poder de ultrapassar e deixar o amor-próprio, pelo qual se sai do amor próprio e se pode alcançar o amor do Criador.

Sendo assim, se não se empenhar no Mitzva, “Ama o teu amigo como a ti próprio,” ele está em situação de “se sentar a não fazer nada.” Não progrediu em sair do domínio do amor-próprio, mas também não regridiu. Por outras palavras, ainda que não dê amor aos outros, também não recaiu e não fez nada para despertar  a raiva dos outros.

Contudo, se calunia o seu amigo, devido a isso, recai. Não só não se empenha no amor dos outros, mas faz o oposto – empenha-se em acções  que causam ódio de outros por caluniar o seu amigo. Naturalmente, não se calunia aquele que se ama, porque isso separa os corações. Por isso, não desejamos caluniar aquele que amamos para não estragar o amor entre nós, dado que a calunia impõe o ódio


Em sequência, a gravidade da iniquidade da maledicência é que  o amor dos outros produz amor do Criador. Mas o ódio dos outros produz o ódio do Criador, e não há nada pior no mundo do que aquilo que produz ódio do Criador. Mas quando uma pessoa  peca com outras transgressões e não á capaz de ultrapassar o seu desejo de receber porque está imerso em amor próprio, mesmo assim isso não o leva a odiar o Criador. É por isso que está escrito acerca das restantes transgressões, “Eu sou o Senhor, que habita com eles no meio da sua impureza.” Mas no que respeita à maledicência, por esta acção ele torna-se odioso do Criador, que é o acto oposto de amor de outros.

Agora podemos compreender as palavras de Rabi Yohanan em nome de Rabi Yosi Ben Zimra. “Alguém que difame, é como negar os princípios.” É possível que a maledicência faça negar os princípios? Contudo, dado que o faz detestar o Criador, nega a própria finalidade da criação – fazer bem. E vemos que aquele que pratica o bem em relação a outro e lhe dá  cada vez mais deleite e prazer certamente que o ama. Mas quando uma pessoa difama, isso leva-o a detestar o Criador. Assim, esta pessoa nega a própria finalidade da criação – fazer bem.

Agora podemos também compreender o que perguntámos acerca do que Rav. Hasda disse em nome do Sr. Ukva. “Alguém que difame, o Criador diz, ´Ele e Eu não podemos habitar no mundo.´”É possível que a difamação faça com que o Criador não habite no mundo com ele?

Como dissemos acima, aquele que difama torna-se detestável do Criador. Como na materialidade, uma pessoa pode estar numa casa com muitas pessoas e contudo ser indiferente a se são boas pessoas  ou não.

Mas quando vê aí o seu inimigo, foge  imediatamente dali, porque não pode estar na mesma casa com o inimigo. Da mesma forma, dizemos que aquele que se torna detestável do Criador, o Criador não pode estar com ele no mundo.


 “Podíamos perguntar, “Mas aquele que rouba alguma coisa do seu amigo faz com que o amigo deteste, dado que aquele de quem foi roubado descobre que ele roubou, verá que ele é o seu inimigo?” Ou, podíamos dizer que mesmo que nunca saiba quem o roubou, o próprio ladrão – em vez de se empenhar no amor de outros – empenha-se  num acto oposto em ódio de outros, pelo qual se torna mais imerso no amor próprio. E contudo, não dizem que roubar é tão  mau como difamar. Também, significa que assaltar não é tão grave como difamar.


A resposta deveria ser que aquele que se empenha em roubar ou assaltar não rouba ou assalta por causa de ódio. A razão é que ele tem amor por dinheiro ou por artefactos importantes, e esta é a razão por que rouba ou assalta, não pelo ódio, Deus perdoa. Mas com maledicência, ela não é devido a alguma fantasia, mas só por ódio. É como Rish Lakish disse (Arachin 15), “Rish Lakish disse, ´Porque é que está escrito, ´Se a serpente morde  sem soprar, não há qualquer vantagem em relação ao que tem língua?´No futuro, todos os animais irão ter com a serpente e dir-lhe-ão, ´O Leão rapina e come; um lobo rapina e come. Mas tu, que prazer tens?´ Ela diz-lhes, ´E qual é a vantagem do que tem língua?´”


RASHI interpreta, ´” Um leão rapina e come,´ todos os que prejudicam pessoas auferem prazer. O Leão rapina e come. Ele come do que está vivo. E se um lobo rapina, ele mata primeiro e depois come. Ele tem prazer. Mas tu, qual é o teu prazer em morder pessoas? A serpente respondeu, ´E qual é a vantagem  do que tem língua? Aquele que difama, que alegria tem ele? Da mesma forma, quando mordo, não tenho nenhum prazer.´”

Com o que foi dito acima, podemos ver que há uma diferença  entre prejudicar as pessoas porque se tira prazer daí, tal como o leão e o lobo, que não têm qualquer desejo em prejudicar pessoas, mas devido ao desejo, uma vez que têm prazer nas pessoas. Assim, a razão porque prejudicam os outros é somente sem desejo.

Isto não é assim com a maledicência Não se recebe qualquer recompensa por isso, mas é um acto que causa o ódio das pessoas. E de acordo com a regra, “Ama o teu amigo como a ti próprio,” onde pelo amor do homem se chega ao amor do Criador, em seguimento do ódio das pessoas pode chegar-se ao ódio do Criador.


Da mesma forma, encontramos estas palavras (Berachot 17ª): “O temor do Senhor é o começo da sabedoria; uma boa compreensão têm todos aqueles que lhes fazem.´Que fazem,´mas ´Que lhes fazem,´aqueles que fazem Lishma [Pelo Seu nome] e não aqueles que fazem Lo Lishma [não pelo Seu nome]. E qualquer pessoa que faça Lo Lishma, é melhor para ele não ter nascido. No Tosfot, ele pergunta, ´E se o que fala dissesse, ´Rav Yehuda disse, ´Rav. disse, ´Dever-se-ia sempre empenhar na Torá e Mitzvot, mesmo em Lo Lishma, e de Lo Lishma chegará a Lishma.´´´´ Diriamos, ´Aqui estamos a tratar com alguém que está a estudar para irritar os seus amigos, e ali era sobre alguém que está a estudar para ser respeitado.´”

Deveríamos compreender a resposta do Tosfot, quando diz que  deveríamos distinguir entre Lo Lishma para irritar e Lo Lishma para ser respeitado, o que signfica chamar-lhe “um Rabi”, etc. Deveríamos compreendê-lo de acordo com a regra que Rabi Akiva disse, “Ama o teu amigo como a ti próprio é a grande regra da Torá.” Devido à qual ele explica no ensaio “A Doação da Torá.” É porque através deste Mitzva [mandamento] ele ganhará o amor de outros, e daí mais tarde chegará ao amor do Criador.

Por isso conclui-se que deveria tentar sair do amor-próprio, e então será capaz de se empenhar na Torá e Mitzvot Lishma, que significa para doar e não para benefício pessoal. E isto é feito por guardar Torá e Mitzvot. Assim, enquanto não sair do  amor-próprio, não se pode empenhar em Lishma. E ainda que se empenhe em amor-próprio, há vantagem em guardar Torá e Mitzvot para sair do amor próprio e daí subsequentemente chegar ao amor do Criador, altura em que fará tudo para doação.

Alcançar Lishma é apenas possível somente quando se empenha na Torá e Mitzvot para ser respeitado. Isto é, está a estudar mas não pode ainda trabalhar para beneficio de outros,  dado que ainda não adquiriu a qualidade de amor de outros. Assim, empenhamento em Torá e Mitzvot ajudá-lo-á a alcançar a qualidade de amor de outros.


Mas quando estuda para irritar, o que é um acto oposto do amor de outros, guardando a Torá e Mitzvot para o ódio de outros, para irritar, como podem dois opostos estar no mesmo carregador? O que significa que, é dito que a Torá assiste em alcançar o amor de outros quando se executa um acto de doação – contudo a intenção é receber uma regalia, a Torá assiste-o na direcção de obter também o desejo de doar. Mas aqui ele empenha-se completamente no oposto, em ódio de outros. Como pode isso causar o amor de outros?

É como dissemos acerca da distinção entre um ladrão ou um salteador, e um caluniador. Ladrões e salteadores amam dinheiro, ouro, e outras coisas importantes. Não têm qualquer ligação pessoal com o indivíduo. Por outras palavras, ladrões e salteadores não têm qualquer conceito ou consideração da própria pessoa, mas os seus pensamentos estão focados onde podem obter mais dinheiro mais facilmente, e com maior dificuldade para a polícia os desmascarar como ladrões ou salteadores. Mas nunca pensam na pessoa em si.


Com a calúnia, contudo, ele não tem consideração pelo acto em si quando ele calunia. Antes, o seu único pensamento é humilhar o seu amigo aos olhos dos outros. Assim, o único pensamento é de ódio. È uma lei que não se calunia aos que amamos. Daí, é especificamente a calúnia que causa o ódio de outros, que subsequentemente leva ao ódio do Criador. Por esta razão, a calúnia é um assunto muito grave, que na verdade provoca a destruição do mundo.

Agora vamos explicar a escala da calúnia – como e em que medida é considerada calúnia, se uma palavra ou uma frase que se diz sobre um amigo já é considerado calúnia. Encontramos esta escala na resposta de Hillel ao convertido, “Não faças ao teu amigo o que não gostas que te façam a ti.” Isto significa que com cada palavra que queres dizer acerca dos teus amigos, observa e pondera se irias detestar que fosse dita sobre ti. Por outras palavras, quando não auferisses qualquer prazer destas palavras, “Não faças ao teu amigo.”

Assim, quo se deseja dizer algo sobre o seu amigo, dever-se-ia pensar imediatamente, “Se dissessem  isto de mim, detestaria aquela palavra?” “Não faças ao teu amigo,” como Hillel disse ao convertido. Daqui deveríamos aprender a medida de calúnia que é proibida dizer.

Com o acima exposto, devemos compreender a razão porque Hillel falou ao convertido na linguagem de tradução e não na língua sagrada [Hebreu], justamente ao convertido, que lhe disse [em Hebreu], “Ensina-me toda a Torá enquanto estou de pé numa perna.” Em vez disso, falou na linguagem de tradução, isto é,  que o que lhe queria dizer era, “O que tu detestas, não faças ao teu amigo” [em Aramaico], a tadução de “Ama o teu amigo como a ti próprio.”

Primeiro, deveríamos compreender o que a língua de transição nos quer dizer. O Ari disse (Talmud Eser Sefirot, Parte 15, p 1765), ´” E o Senhor Deus provocou um sono profundo´ é a tradução em Gematria [Tardema (sono) = Targum (trdução)],  é considerada Achoraim [posterior].” Isto significa que a língua sagrada [Hebreu] é chamada Panim [anterior] e a tradução [Aramaico] é chamada Achoraim [posterior].

Panim significa alguma coisa que ilumina ou algo completo. Achor [costas]
significa alguma coisa que não está a iluminar ou é incompleto. Na língua sagrada, que é chamada, Panim, escreve, “Ama o teu amigo como a ti próprio,” que é  totalidade, dado que através do amor ao homem se alcança o amor do Criador, que é a concretização  do objectivo, pois se deveria alcançar Dvekút [adesão], como está escrito. “E para abrir para Ele.” Mas a tradução de “Ama o teu amigo como a ti  próprio” que Hillel lhe disse, “Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti,” deveríamos dizer que se refere à calúnia, que é sobre negação, que a calúnia é proibida porque traz ódio, e através dela pode chegar-se ao ódio o Criador.  Contudo, isto ainda não é considerado totalidade porque por não caluniar, ainda não se alcança o amor de outros, e  através do amor de outros alcançar-se-á totalidade, chamada Dvekut com o Criador.

Contudo, é por isso que a calúnia é pior, dado que não só não se empenha no amor de outros, faz o oposto – empenha-se  no ódio de outros. Por esta razão, quando se ensina ao colectivo para começar o trabalho, primeiro ensina-se como não injuriar e prejudicar o colectivo. A isto se chama “evitar.” De outra forma estás a prejudicar o colectivo fazendo coisas para prejudicar.

É esta a razão de Hillel ter dito apenas a tradução de “Ama o teu amigo como a ti próprio” ao convertido : l) Porque é mais prejudicial caluniar, por causar ódio, que é o oposto de amor de outros. 2) Porque é mais fácil manter, pois isto só está em “sentar e não fazer.” Mas “Ama o teu amigo” é “Levanta-te e faz,” quando se deveria entrar em acção para sustentar o amor de amigos. Contudo, depois existem excepções: Pessoas que desejam ser servas do Criador pessoalmente. Diz-se a uma pessoa que o tema de “Ama o teu amigo” que é a regra dita por  Rabi Akiva, como acima mencionado, esse amor de outros pode levá-lo a alcançar o Criador. Este é o principal objectivo – que se tenham vasos de doação e que nestes vasos seja capaz de receber deleite e prazer, que é o propósito da criação, fazer bem à Sua criação.

E dois métodos  na educação derivam disso:

1.    Focar o estudo em  não caluniar porque é a pior das iniquidades.
2.    Focar a educação em “Ama o teu amigo,” dado que isto levará o homem a amar os outros, e do amor dos outros chegará ao amor do Criador, e do amor do Criador pode receber o propósito da criação – fazer bem á Suas criações. Isto acontece porque já terá os vasos próprios para receber a abundância superior, porque terá vasos de doação, que obteve pelo amor de outros. E então não haverá espaço para a calunia,

No que respeita à calunia, O Zohar diz o caluniar da serpente à mulher causou a morte ao mundo. Diz que a espada que tudo consome está pronta para aquele com uma espada na sua língua, significando que calunia. E O Zohar conclui, “Como está escrito, ´Esta será a lei do leproso,´ pois aflições vêm da calúnia.” Segue que  começou com a morte e acabou com aflições, que significa que apenas vêm aflições e não morte.


Certamente que existem explicações para o significado literal. Mas no trabalho, deveríamos interpretar que aflições e morte são uma e a mesma coisa. Por outras palavras, o propósito do trabalho é alcançar Dvekút com o Criador, eder à Vida das Vidas. Fazendo assim, teremos vasos adequados para a recepção, ao fazer isso fica separado da Vida das Vidas.

Em sequência, onde deveria receber deleite e prazer do Criador, recebe o oposto. Por outras palavras, em vez de prazer, torna-se aflição [em Hebreu “prazer” e “aflição” contém as mesmas letras]. Quer dizer que através da calúnia, vêm  aflições  em vez de prazeres. Este é o significado de “Os ímpios, nas suas vidas, são chamados ´mortos,´” dado que estão separados da Vida das Vidas. Segue-se que no trabalho, morte e aflições são a mesma coisa.

Por outras palavras, se alguém adere à Vida das Vidas, ele recebe abundância Dele. E se for ao contrário e ele se tornar separado Dele, então está ele cheio de aflições onde deveria estar cheio de prazeres.
Com o supracitado, podemos interpretar o que eles disseram (Arachin 15), “No Ocidente dizem eles: A fala de um terceiro mata três: ela mata aquele que diz, aquele que recebe e aquele sobre quem foi dito.” Sabemos das palavras de nossos sábios, “A Torá, Israel e o Criador são um.” Isso significa, como explicado no livro, O Fruto de Um Sábio (Parte Um p 65), que Israel é aquele que deseja aderir ao Criador. Ele alcança isto através das 613 Mitzvot [mandamentos] da Torá, nessa altura é ele recompensado com a Torá, que são os nomes do Criador. E então tudo se torna um. Sucede-se que aquele que maldiz causa a morte de três: 1) aquele que diz; 2) aquele que recebe; 3) e aquele sobre quem se fala.
Os três discernimentos devem ser feitos entre uma pessoa e seu amigo.
Porém, entre uma pessoa e o Criador há também a questão da maledicência, como mencionado a respeito de “A Torá, Israel e o Criador são um.” Quando uma pessoa vem e olha na Torá, ela vê todas essas coisas boas que o Criador nos prometeu ao manter a Torá. Por exemplo, está escrito, “Pois isto é tua vida” e também está escrito, “Eles são mais desejáveis que o ouro, sim, que muito fino ouro; mais doces também que o mel e que o gotejar da colmeia” e outros tais versículos. Se uma pessoa não é recompensada e não o sente, isto é chamado “maldizer do Criador.”
Sucede-se que há três discernimentos que devem aqui ser feitos: 1) A pessoa que maldiz; 2) a Torá; 3) o Criador.
Quando uma pessoa olha na Torá, se ela não for recompensada, ela não vê o deleite e prazer que estão vestidos na Torá e ela deixa de estudar a Torá pois diz não ter achado sentido nisso. Assim, falando da Torá, ela maldiz do Criador.
Sucede-se que ela macula três coisas: a Torá, Israel e o Criador. Onde uma pessoa se deve esforçar para fazer a unificação de “São um” — para que todos brilhem, ou seja para que o discernimento de Israel obtenha a unificação que a inteira Torá é os nomes do Criador — ela causa separação nisso, através da maledicência.
Uma pessoa deve acreditar acima da razão que o que a Torá nos promete é verdade e o único defeito está em nós — que somos ainda desadequados para receber o deleite e prazer, chamado “luz escondida” ou “sabores da Torá e Mitzvot,” como está escrito em O Zohar que a inteira Torá é os nomes do Criador.
Para obter isso, precisamos de vasos de doação, para termos equivalência de forma entre a luz e o Kli [vaso]. Obter vasos de doação é feito através de amor de amigos. É como disse Rabi Akiva disse, “Ama teu amigo como a ti mesmo é a grande regra da Torá,” pois através isso alcançamos o amor pelos outros e através do amor pelos outros chegamos ao amor pelo Criador e ao amor pela Torá. A Torá é chamada “um presente” e presentes são dados aos amados. O oposto disso é maledicência, que causa ódio pelas pessoas e ódio pelo Criador, como acima dissemos.
Agora podemos entender aquilo que disseram nossos sábios sobre maledicência, “A fala de um terceiro mata três: ela mata aquele que diz, aquele que recebe e aquele sobre quem se fala.” Interpreta RASHI que a partir do ódio eles se provocam uns aos outros e se matam uns aos outros. Podemos entender que isto se aplica a uma pessoa e ao seu amigo; mas como se aplica a uma pessoa e ao Criador?
Quando uma pessoa olha para a Torá e diz para a Torá que ela não vê ou sente o deleite e prazer que o Criador disse que Ele dá ao povo de Israel, ela está a maldizer do Criador. Há três coisas aqui: a pessoa contadora, a receptora, ou seja a Torá e aquela de quem se falou, ou seja do Criador. E uma vez que quando uma pessoa se envolve no amor pelos outros ela obtém o amor pelo Criador e o amor pela Torá, nesse estado, o Criador lhe concede vida, como está escrito, “Pois Contigo está a fonte da vida.” Isto é do lado da Dvekut [adesão], como está escrito, “E tu que te apegas.”

Nesse estado, ela é recompensado com a lei da vida. Mas através da maledicência, a vida do Criador, que ele devia receber, lhe é recusada. Portanto, 1) a vida da Torá — onde ele devia ter sentido a Torá da vida — lhe é recusada, 2) ele mesmo fica sem vida e isto é considerado que o matam e 3) a vida pára em três lugares. E através do amor pelos outros, a vida flui de dois lugares e ele é o receptor da vida.
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