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domingo, 2 de dezembro de 2018

O que é “Assim como Eu sou de Graça, também Tu sê de Graça” na Obra?

dezembro 02, 2018

 Artigo nº 21, Tav-Shin-Nun, 1989/9


Está escrito em O Zohar,Trumá (Item 34), “‘E eles levarão uma doação para Mim.’ ‘Eles tomarão para Mim’ indica que aquele que deseja se esforçar num Mitsvá [mandamento/boa ação] e esforçar no Criador não deve esforçar nisso inutilmente e de graça. Em vez disso, deve-se esforçar-se nisso adequadamente, de acordo com as suas próprias forças, como está escrito: 'Cada um dará o que puder, de acordo com a bênção que o Senhor teu Deus te deu.' Mas está escrito: 'Vem, compra e come e vem comprar sem dinheiro e a custo zero, vinho e leite', isso significa que é grátis, já que vinho e leite significam a Torá.' Ele responde: 'Mas com esforço na Torá, qualquer um que desejar é concedido. O esforço no Criador, para conhecê-Lo, quem deseja é recompensado com Ele sem qualquer pagamento. Mas o esforço do Criador que está num ato não deve ser tomado em vão e futilmente, pois ele não será recompensado de forma alguma por este ato, para propagar sobre ele o espírito de Kedushá [santidade], mas sim a custo total.” A questão do “de graça” também é trazida (em Masechet Hagiga, p 7) da seguinte forma: “Assim como eu sou de graça, também tu sê de graça”.

Devemos entender o seguinte:

1) O que é esforço na Torá?

2) O que é esforço no Criador, para conhecê-Lo?

3) O que é o esforço no Criador, que está numa ação?

4) Qual é o significado de “de graça ou por um custo”? A quem devemos pagar? Vemos que quem trabalha deve ser remunerado, o que significa que é a pessoa que trabalha que terá de pagar. Quem já ouviu falar de tal coisa? Vemos que há pessoas que trabalham sem remuneração, mas trabalhar e pagarmos àqueles para quem trabalhamos? Onde vemos tal coisa?

Primeiro, qual é o significado de “esforço”? Ou seja, vemos que normalmente, quando alguém deseja algo que é difícil de obter, a pessoa deve se esforçar e fazer grandes esforços para conseguir aquilo. Mas com algo que é abundante não se pode falar de esforço. Em vez disso, quem quer a coisa pega nela ou paga pelo que quer, mas não se pode falar de esforço.

Por exemplo, uma pessoa não diz: “Hoje fiz um grande esforço para comprar pão e leite para as crianças”, quando o pão e o leite estão nas lojas para quem quiser. Mas às vezes, durante a guerra, quando não havia pão ou leite nos armazéns e ele fazia grandes esforços para obtê-los, enquanto outras pessoas não tinham tanto sucesso em obtê-los, nesse estado pode-se falar de esforço.

Mas no que diz respeito à Torá e Mitsvot [mandamentos/boas ações], como podemos falar de esforço? Isto é, como podemos dizer que observar a Torá e Mitsvot é tão difícil que exige esforço? Afinal, o versículo diz: “Pois este mandamento que hoje te ordeno não é muito difícil para ti, nem está longe, nem está no céu ou além do mar, pois a questão te é muito próxima”. Assim, devemos entender o que é esforço na Torá e Mitsvot.

É sabido que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações. Por esta razão, Ele criou criaturas que desejam receber deleite e prazer. Isso é chamado o Kli [vaso] que o Criador criou para as criaturas, e neste Kli eles receberão o deleite e o prazer. Esse Kli é considerado como vindo do Criador; portanto, esse Kli está completo nos seres criados. Quando os seres criados quiserem usar esse Kli, eles não têm trabalho algum para obter o Kli porque o Criador criou esse Kli, então há completa totalidade neste Kli.

Disto vemos que onde quer que os seres criados sintam que podem obter prazer de alguma coisa, eles imediatamente usam esse Kli, chamado “vontade de receber para si mesmo”, ou seja, para seu próprio benefício. Não há necessidade de despertar a pessoa para querer receber prazer, mas sim na medida do prazer que reveste o objecto, esse prazer atrai a pessoa e ela persegue o prazer para obtê-lo. Isso significa que, na medida do prazer daquela coisa, ela desperta anseio na pessoa e não a deixa sentar até que ela faça todo esforço para obter o prazer.

Mas mais tarde, quando a correção da Tzimtzum [a restrição] ocorreu, que é a questão chamada “a totalidade de Suas obras”, ou seja, quando eles recebem o deleite e o prazer do Criador, para que não sintam vergonha, uma correção foi feita, chamada “ocultação”. Isto é, antes de a pessoa obter um vaso de doação, ela não vê o deleite e o prazer que serão revelados, que o deleite e o prazer lhe darão um despertar para receber o bem.

Isto é para que haja espaço para a escolha. No trabalho, a escolha é para poder observar a Torá e Mitsvot não para receber recompensa, pois quando o prazer é revelado ao realizar o Mitsvá, uma pessoa não pode dizer que observa a Torá e Mitsvot porque ela quer deleitar o Criador, ou seja que para ela, ele abriria mão do prazer que está a saborear, mas porque o Criador quer que as criaturas desfrutem, somente por esta razão ela aceita o prazer.

Isto é impossível, pois o homem nasceu com a natureza de querer receber para si mesmo. Portanto, como pode ele dizer isso de si mesmo, que ele abre mão do prazer? Como pode uma pessoa renunciar ao grande prazer que se encontra na Torá e Mitsvot?

Por causa disso, centelhas de luz, chamadas de “luz minúscula”, foram colocadas nas Klipot [conchas/cascas], das quais toda a criação se alimenta antes de serem recompensados com vasos de doação. Como esta é apenas uma luz muito tênue, a pessoa começa a fazer o trabalho de dar pequenos prazeres em troca de grandes prazeres, ou seja, receber recompensa em troca de renunciar a pequenos prazeres que não contêm nada mais do que uma pequena luz.

É como o comércio: onde ganhamos mais, é aqui que negociamos. É o mesmo no trabalho, onde só mais tarde, quando a pessoa está acostumada a abrir mão dos prazeres, embora sejam pequenos comparados aos prazeres encontrados na Torá e Mitsvot, ainda se considera que ela está acostumada ao trabalho e que há espaço para a escolha.

Contudo, consequentemente, devemos entender, se uma pessoa se envolve na Torá e Mitsvot a fim de receber recompensa pelo seu trabalho, por que observar a Torá e Mitsvot é considerado um esforço? Afinal, essa também é a conduta na corporalidade: abrir mão dos pequenos prazeres para obter o grande prazer. A resposta é que na corporalidade, o prazer que se recebe pelo trabalho é revelado neste mundo. Portanto, não pode ser considerado um esforço. Mas na Torá e Mitsvot, ele deve acreditar que terá uma recompensa no outro mundo, e uma vez que isso depende da fé, já existe trabalho, pois ele tem de acreditar, e o corpo não pode acreditar porque por natureza precisa ver e saber. Mas quando é preciso acreditar, já existem subidas e descidas.

Segue-se que o esforço que se deve fazer na Torá e Mitsvot é um discernimento. Mas há outro discernimento, que é se esforçar no Criador, para conhecê-lo. Deveríamos tentar observar ambos para receber recompensa pelo trabalho. Ou seja, devemos acreditar que receberemos recompensa tanto neste mundo como no mundo vindouro. Isto é como está escrito no Zohar (“Introdução ao Livro do Zohar,” Item 190), “O medo é interpretado em três discernimentos. Há a pessoa que teme o Criador para que seus filhos vivam e não morram, ou teme um castigo corporal, ou um castigo monetário. Segue-se que o medo que ele teme do Criador não é colocado como a raiz, pois o seu próprio benefício é a raiz, e o medo é o resultado disso. E há uma pessoa que teme o Criador porque teme o castigo daquele mundo e o castigo do Inferno. Esses dois tipos de medo não são a essência do medo. O medo mais importante é quando alguém teme o seu Mestre porque Ele é grande e governante”, significando tanto no esforço na Torá quanto nos Mitsvot e esforço no Criador.

Mas o principal significado de conhecê-Lo é saber que Ele lidera o mundo na orientação do Bom que faz o bem, e devemos nos esforçar para conhecê-Lo a esse respeito. Devemos interpretar que conhecê-Lo é quando uma pessoa ora ao Criador ou agradece ao Criador, ela deveria saber para que nome ela reza, ou a que nome ela dá graças. Ou seja, quando a pessoa ora ao Criador para que alguém que está doente melhore, ela deve saber que está a orar ao nome Curador dos Enfermos. Nesse momento, não se pode dizer que ele está a orar ao nome, Redentor do Cativo, etc. Ou, quando agradece ao Criador por libertá-lo da prisão, deve agradecer ao nome, Redentor dos Cativos, e não se pode dizer que ele está a agradecer ao nome, Aquele que Veste os Nus. Ele diz que tanto o esforço na Torá quanto Mitsvot e no Criador, para conhecê-Lo, neles, a pessoa pode ser recompensada, se se esforçar, de graça, sem dinheiro e sem custo.

Por outro lado, o esforço no Criador que está numa ação (é) por uma recompensa completa. Devemos compreender o que significa “estabelecer ação”. A escritura diz: “que Deus criou para fazer”. Isto significa que o Criador criou o mundo para fazer. Isto é, sobre aquilo que o Criador criou, o homem deve agir. Isso é chamado de “seis dias de semana”, que é o tempo de trabalho, que é chamado “ação”.

Encontramos o mesmo nas palavras do Zohar, nas palavras (“Introdução do Livro do Zohar”, Item 67), “‘E para dizer a Sião: ‘Tu és o Meu povo.’’ Não pronuncie ‘Tu és o Meu povo [Ami]' com um Patach na letra Ain, mas 'Tu estás Comigo [Imi],' com um Chirik na Ain, o que significa parceria Comigo. Assim como Eu fiz o céu e a terra com a Minha palavra, como está escrito: ‘Pela palavra do Senhor foram feitos os céus’, também vocês o fizeram”. Eles também disseram (Avot, Capítulo 1), “Não é o aprendizado que é mais importante, mas a ação”, e também, “Grande é o aprendizado da Torá, pois produz ação”(Kidushin 40).

Devemos entender de que ação eles estão a falar como sendo a mais importante. Devemos interpretar isso no trabalho, que a totalidade é principalmente para os seres criados receberem a meta para a qual o mundo foi criado, ou seja, o Seu desejo de fazer o bem às Suas criações, ou seja, para os inferiores receberem Dele o deleite e prazer. Para que as criaturas recebessem deleite e prazer, Ele criou nas criaturas o anseio, ou seja, ter um desejo e anseio de receber o deleite e o prazer.

Como foi dito, esse  Kli vem do Criador. Porém, posteriormente, houve uma correção onde este Kli ficou meio Kli. Em outras palavras, depois de ter havido uma correção para que não houvesse vergonha, uma Tzimtzum e ocultação foram colocadas neste Kli, chamado “vontade de receber para si mesmo”. Por esta razão, este Kli, chamado “vontade de receber”, é considerado apenas metade de um Kli, o que significa que enquanto não pudermos fazer com que o desejo de receber para nós mesmos funcione em prol de doar, não poderemos usar este Kli. Mas depois de colocarmos nele o desejo de doar, o Kli pode receber a abundância.

Segue-se, portanto, que o Criador fez  a primeira metade do Kli, chamado “vontade de receber”. A outra metade, ou seja, a direção de doar, pertence apenas às criaturas – colocar a Masach [tela] sobre a vontade de receber, e disto emerge a outra metade. Quando ambas as metades estão presentes, elas se tornam um Kli, que é adequado para receber o deleite e prazer.

Segue-se que o trabalho do homem é fazer com a segunda metade do Kli. Isto é chamado “ação”, e este é o significado de “que Deus criou”, ou seja, a primeira metade, o desejo de receber para si mesmo, a qual o homem não precisa fazer. Mas a segunda metade, que é para doar, que pertence aos seres criados, aqui há trabalho, pois é contra a natureza. Portanto, há muito trabalho aqui para obtê-lo. Isto é chamado uma “ação”, que a pessoa deve fazer, e que não é feita pelo Criador porque só atribuímos ao Criador o que Ele dá. Isto é, toda doação, ou seja dar, pertence ao Criador, mas a segunda metade do Kli, que é aquilo que o inferior quer dar, isso pertence ao inferior.

Agora podemos interpretar o que perguntamos: O que é esforço no Criador, que representa um ato? De que ato falamos aqui? Deveríamos interpretar que quando uma pessoa se esforça no Criador numa ação, ou seja, doando ao Criador, este ato pertence ao inferior, nomeadamente que a pessoa tem que trabalhar para ter este Kli chamado “desejo de doar”.

Como na corporalidade, quando uma pessoa precisa de aprender o ofício de fazer ferramentas para vender às pessoas, e fazer as ferramentas é uma profissão, ou seja, um ofício que deve ser aprendido não de uma vez, e não num mês. Da mesma forma, aqui no trabalho, a pessoa deve aprender o ofício de fazer vasos de doação. A pessoa não consegue fazer isso assim que quiser ter esses Kelim [vasos]. Pelo contrário, é um ofício que deve ser aprendido durante um longo período de tempo até que ela tenha tais Kelim, significando a capacidade de observar a Torá e Mitsvot para doar.

Nossos sábios disseram: “O Criador disse: ‘Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei a Torá como tempero’”(Kidushin 30). Isto significa que o Criador criou a vontade de receber, que é considerado a primeira parte do Kli, nomeadamente o anseio pelo prazer, “e eu criei a Torá como tempero”, que tempera a inclinação ao mal numa inclinação boa, fazendo com que a vontade de receber funcione em prol de doar.

Portanto, isso significa que o Criador dá a segunda parte do Kli, também. De acordo com o que nossos sábios disseram sobre o versículo: “E dizer para Sião: ‘Tu és o meu povo’”, e eles explicaram: “Não pronuncie ‘Meu povo[Ami]' mas 'Comigo[Imi]’, o que significa em parceria Comigo.” Isso significa que as criaturas também fazem. Devemos interpretar sobre a segunda metade do Kli, que nem tudo é feito pelo Criador, mas que aqui também há trabalho do homem.

No entanto, devemos interpretar sobre a segunda metade do Kli, que atribuímos ao homem, que neste Kli, chamado “desejo de doar”, também discernimos a questão da luz e Kli. Portanto, o Kli dentro do Kli pertence ao homem, o que significa que aquilo que o Criador dá é chamado “luz”, e aquilo que o homem dá é chamado “um Kli," uma vez que um Kli é chamado “uma carência” e a luz é chamada de “preenchimento da carência”.

Visto que o Criador é o Doador, e a abundância é chamada de “luz”, atribuímos a luz ao Criador, e o Kli, chamada “uma carência”, pertence aos seres criados, pois esta é toda a sua raiz – apenas uma carência – e o Criador preenche a carência.

Portanto, quando se fala dos vasos de doação, este Kli também se divide em duas partes, como dito acima. 1) Uma carência, significando que a pessoa deve sentir que lhe faltam vasos de doação. Isto é, ele sente que tudo o que faz é para seu próprio benefício, e acredita que uma pessoa deve aderir ao Criador, como está escrito: “E apegar-se a Ele”, onde Dvekut [adesão] é chamada de “equivalência de forma”. Dói-lhe que ele esteja longe de Dvekut com o Criador, e ele vê isso por si mesmo, ele não tem como emergir do domínio da vontade de receber. Isto é chamado “carência” e pertence ao homem, o que significa que o homem deve sentir a carência. Isto é considerado um ato, ou seja, trabalho em vasos de doação.

A luz do Kli, ou seja, no Kli, que é a carência, ela será o preenchimento o vai revestir, ou seja, o poder que ele para que ele consiga doar. Isso é chamado “a luz no Kli”, e o Criador dá isso. Com isso podemos interpretar o que perguntamos: “Nossos sábios disseram: ‘Eu criei a Torá como tempero’”, significando que o Criador também dá o Kli chamado “desejo de doar”, e não o homem. Assim, por que é o Kli chamado de “ação”, que se refere ao trabalho do homem em termos de ação?

A resposta é que o Kli, chamado “carência”, quando lhe dói não poder fazer nada pelo bem do Criador, atribuímos isso à criatura. Ou seja, a carência pertence à criatura, e o preenchimento da carência pertence ao Criador. Foi por isso que eles disseram: “Eu criei a inclinação do mal; Eu criei a Torá como um tempero”, ou seja, a luz tempera a inclinação do mal. Em outras palavras, o Criador dá o poder de querer fazer tudo pelo bem do Criador.

Mas a carência no Kli, isso a pessoa tem que sentir dentro de seu corpo. Isso significa que a pessoa deve fazer tudo o que puder para alcançar Dvekut com o Criador, e fazer essa carência é chamado “uma carência”, e isso é considerado como o que perguntamos: Qual é o esforço no Criador que está numa acção, ou seja, que uma pessoa exerce no Criador, para ser capaz de deleitar o Criador, ou seja, trazer-Lhe contentamento. Este desejo é chamado “um ato”, que significa “fazer a carência”. É quando ele pode trazer contentamento ao Criador, e esta é a luz no Kli.

Agora explicaremos o que perguntamos: Qual é o significado da recompensa e qual é o significado de “de graça”? Ostensivamente, deveria ter sido o oposto. Isto é, o esforço no Criador deveria ser de graça, e o esforço na Torá e Mitsvot e o esforço no Criador, para conhecê-Lo, deveriam ser por uma recompensa. Ou seja, quem se esforça será recompensado. Porém, isso implica que quem exerce a ação pague uma taxa!

Isto é difícil de entender por dois motivos: 1) Onde vemos que quem trabalha é quem paga? Há pessoas que trabalham sem remuneração, como voluntários. Nós vemos isso. Mas pagar para poder trabalhar? Isso nós não vemos. 2) A questão é: a quem devemos pagar esta taxa? Deveríamos dizer que é para o Criador, mas como se pode dizer que o Criador recebe recompensa, chamada “lucro”? Isto é, como podemos dizer que se a pessoa não pensa que o Criador irá beneficiar, então o seu esforço, chamado “acção”, este acto que a pessoa faz não lhe produzirá quaisquer resultados?

Contudo, devemos interpretar isto de acordo com o nosso caminho: Há a questão de Lo Lishmá [não pelo Seu bem], o que significa que a pessoa se envolve na Torá e Mitsvot para receber recompensa. Naturalmente, quem trabalha para receber recompensa sempre olha para o que ganhará ao se esforçar e seguir as ordens do proprietário, e não pensa absolutamente no que o proprietário ganhará com seu trabalho. Às vezes, quando o trabalhador pensa que o proprietário também deveria lucrar, não é porque ele está preocupado com o benefício do proprietário, mas porque o trabalhador sabe que se este negócio não render lucros ao proprietário, o negócio irá fechar e ele não terá trabalho. Fora isso, ele não pensa de forma alguma no proprietário.

Ou seja, o trabalhador não precisa de pensar que o Criador deve lucrar, a não ser de graça, o que significa que ele não está interessado em que o Criador obtenha lucro. Isso é chamado de “de graça”. Mas quem quer trabalhar na acção, que está a fazer um Kli para doar contentamento ao Criador, isso é explicitamente por uma recompensa, o que significa que o Criador desfrutará do seu trabalho. Em outras palavras, uma pessoa não está preocupada com os seus lucros, mas com o lucro do Criador. Este é o significado da proibição de aceitá-lo de graça, ou seja, sem lucro. Em outras palavras, a pessoa deve direcionar todas as suas ações para que o Criador desfrute. Considera-se que o trabalho em ação deve ser uma recompensa, o que significa que isso recompensará o Criador.


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