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domingo, 2 de dezembro de 2018

O que é “O Criador Não Tolera o Orgulhoso” no Trabalho?

dezembro 02, 2018

Artigo nº 27, 1988

Nossos sábios disseram (Sotá 5), “Para qualquer pessoa em quem haja rudeza, o Criador disse: ‘Ele e eu não podemos habitar no mundo’, como foi dito: ‘Aquele que difama secretamente o seu próximo, Eu o destruirei; aquele que tem olhos altivos e um coração amplo, ele Eu não posso.' Não leia, 'ele Eu não posso', mas sim 'com ele Eu não posso.'” E sobre as palavras, “aquele que tem olhos altivos e um coração arrogante”, o Metzudat David interpreta: “‘Olhos altivos’ significa orgulhoso, e ‘um coração amplo’ significa aquele que cobiça e deseja todas as coisas”.

Devemos entender por que o Criador não disse sobre o resto das transgressões que Ele não poderia habitar com ele no mundo, e sobre o orgulho, Ele não pode habitar com ele. Além disso, devemos entender o que ele disse lá, "Rabi Yohanan disse em nome de Rabi Shimon Bar Yochai: 'Qualquer pessoa em quem haja rudeza, é como se ela adorasse ídolos.' E o próprio Rabi Yohanan disse: ' como se ele tivesse se tornado um herege.'”

Assim, devemos compreender por que o orgulho é tão grave. Além disso, devemos entender o que está escrito: “O Senhor é alto e os baixos o verão”, que significa que a pessoa deve ver a grandeza do Criador e a sua própria humildade. Podemos entender que uma pessoa deve tentar obter a grandeza do Criador, uma vez que o propósito do trabalho do homem deve ser porque “Ele é grande e dominante”. Por isso, na medida em ele que valoriza o Criador, o seu trabalho pode ser feito com o coração e com a alma. Mas com que propósito precisa ele de tentar ver sua própria humildade? O que lhe acrescentará isso no trabalho?

Primeiro, devemos saber o propósito da criação, ou seja, qual é o propósito para o qual nascemos, para que possamos saber qual é o objetivo que devemos alcançar, qual será a nossa completude, e que antes de termos alcançado esse objetivo, nos encontramos incompletos. Aprendemos que o propósito da criação é o “Seu desejo de fazer o bem às Suas criações”. Segue-se que, antes que as criaturas cheguem a um estado em que se sintam felizes no mundo, elas são consideradas incompletas porque não encontraram paz e sossego.

No entanto, a questão é: uma vez que o Criador criou as criaturas para lhes dar o deleite e prazer, e por causa disso, Ele criou um desejo e anseio nos seres criados para receberem o deleite e prazer, segue-se que o Doador tem um desejo de dar, e os receptores têm a vontade de receber. Assim, quem os impede de alcançar a plenitude imediata? No entanto, recebemos trabalho na Torá e Mitsvot [mandamentos/boas ações] pelos quais seremos capazes de receber o deleite e prazer. Caso contrário, permaneceremos nus e privados de todo o bem que o Criador quer dar.

Mesmo depois de uma pessoa se envolver na Torá e Mitsvot, nem todos são recompensados com a recepção do bem, como disseram nossos sábios (VaYikra Rabbah 2:1), “Mil pessoas entram na Bíblia, cem delas emergem para o Mishná, dez para o Talmude e uma para ensinar.” Segue-se, portanto, que somente um em cada mil pode ser recompensado com o ensino, e “ensinar” significa plenitude. Caso contrário, ele é considerado um “discípulo que não alcançou o ensino e a instrução” (Avoda Zarah 19b). Isso é considerado um “juiz indecente”. Nossos sábios disseram sobre isso (Sanhedrin 7b): “Rish Lakish disse: ‘Qualquer um que posicione um juiz indecente é como aquele que planta Asherá [árvore usada para idolatria] em Israel.’”

Vemos que não é tão fácil ser recompensado com o deleite e o prazer. Assim, a questão é: quem é o obstrutor? Aqui parece que não há obstrução por parte do Doador ou por parte do receptor. Claramente, o Criador, que criou as criaturas, deu-lhes a vontade de receber prazer. Este desejo, que anseia receber prazeres, não pode ser revogado. Assim, qual é a razão pela qual só podemos recebê-lo através do trabalho?

A resposta é que se sabe que para haver equivalência de forma, chamada Dvekut [adesão], e para assim evitar a questão da vergonha, uma novidade foi feita - que os Kelim [vasos] que o Criador criou nas criaturas, que são desejos de receber para si mesmos, são desqualificados pelo motivo acima mencionado. Em vez disso, a pessoa deve trabalhar para corrigir os vasos de recepção para que trabalhem em prol de doar. Esta é a única prevenção.

Isto é, nenhuma mudança ocorreu na perspectiva do Criador. Contudo, do ponto de vista da correção da criação, é considerado como se ela não tivesse Kelim que estejam aptos a receber a abundância. Esta questão foi estabelecida nos mundos superiores e é chamada Tzimtzum [restrição]. Ela é colocada nos inferiores, para que não possam receber o deleite e o prazer antes de serem recompensados com os vasos de doação. Segue-se que aquilo que nos atrasa para sermos capazes de receber o deleite e o prazer é a vontade de receber para nós mesmos.

Isto significa que existem duas autoridades: 1) o Criador, 2) as criaturas, que devem extrair da autoridade do Criador para a sua autoridade.

Segue-se que devemos falar aqui de dois assuntos: Criador e criatura. A diferença entre eles é que o Criador é o doador e a criatura é a receptora. Isto significa que a abundância transmitida pelo Criador deve aparentemente separar-se do Criador para entrar na autoridade do receptor, e isto é considerado separação. Todavia, a Tzimtzum e a ocultação eram principalmente para que a luz superior não se separasse do Criador. Em vez disso, como aprendemos, a Tzimtzum foi porque Malchut queria aderir à raiz, que é chamada “anulação da sua própria autoridade”, e se apegar ao Criador, que é chamado “autoridade singular”. Isto significa que a autoridade do receptor seria anulada e somente a autoridade do Criador permaneceria.

Vemos que aquilo que nos impede de receber o bem é somente a nossa própria autoridade – que não estamos dispostos a anular a nossa autoridade, chamada “vontade de receber para nós mesmos”. Ou seja, tudo aquilo que uma pessoa deseja receber depende apenas da sua própria autoridade, como está escrito: “Tudo aquilo que uma pessoa tem, ela dará pela sua alma”. Uma pessoa está disposta a dar qualquer coisa só para manter a sua alma, ou seja, para sentir a sua existência, mas não o contrário.

Ou seja, é dito para a pessoa: “Eu dar-te-ei tudo o que tu quiseres e tudo aquilo que a tua alma desejar, mas primeiro dá-me a tua alma”. Então, a pessoa pergunta: “A quem estás tu a dar senão à tua própria autoridade?” ou seja, à sua vontade de receber, significando que ela terá autoridade própria e receberá tudo sob sua própria autoridade, caso contrário a pessoa não conseguirá trabalhar. Isto decorre da natureza que o Criador imprimiu nas criaturas o desejo de desfrutar, o qual será adequado ao objetivo, que era a intenção de fazer o bem às Suas criações.

Nossos sábios disseram (Masechet Berachot 17), “Rabi Alexandry disse depois de orar: ‘Senhor do mundo, é revelado e conhecido por Ti que nosso desejo é fazer a Tua vontade, e quem o detém? O fermento na massa e a escravização das Malchuiot [plural de Malchut].’” RASHI interpreta que “o fermento na massa” é a inclinação do mal nos nossos corações, que nos deixa azedos.

Devemos entender “depois de orar”, como está escrito, “disse depois de orar”. Significa que depois da oração, ele fez outra oração. Pelo que orou ele? Para que ele deva fazer outra oração além da oração que já fez. Devemos interpretar que antes de orar, ainda não era evidente para a pessoa o que lhe faltava. Mas depois de ter orado, do alto lhe é mostrado qual é a verdadeira carência. Ou seja, a oração que a pessoa faz por aquilo que ela acha que necessita é apenas um Segulá [remédio/poder] onde através desta oração o Criador lhe enviará do alto uma resposta, para saber o que ela necessita e o que ela deve pedir.

É assim que está escrito (na oração Musaf [suplementar] em Rosh Hashaná), “Estejas com a boca dos mensageiros do Teu povo, a casa de Israel, que se estão a levantar para buscar oração e ladainha diante de Ti para o Teu povo, a casa de Israel. Ensina-lhes o que dizer; fazê-los entender o que vão falar; responde o que eles perguntarem.” Vemos que há uma oração especial quando oramos – que o Criador nos envie conhecimento para entender o que precisamos e pelo qual orar do fundo do coração.

Sabe-se que no trabalho o homem é chamado “um mundo inteiro”. Assim, quando uma pessoa ora, esse estado é chamado “mensageiro do público”, pois ela está a orar por todo o Israel, do qual ela faz parte. Por esta razão, existe uma oração especial que se deve fazer, uma oração para que o Criador lhe dê a ajuda para saber a verdade sobre aquilo que falta ao homem e, para isso, pedir a ajuda do Criador.

Com isso podemos interpretar as palavras do Rabi Alexandry, que após a oração ele faria a oração principal, dizendo que deseja que o Criador o ajude com o nosso obstrutor, que não nos deixa vir e receber o deleite e o prazer da maneira que o O Criador o quer. Este obstrutor é chamado “fermento na massa e escravização das Malchuiot”, significando a vontade de receber para si mesmo, que é a autoridade do homem, que é separada da autoridade do Criador, e que vem de Malchut, que é considerada a raiz da vontade de receber para si mesmo e que controla a pessoa e não a deixa sair da sua autoridade.

Malchut de Kedushá [santidade/sagrado] significa (O Estudo das Dez Sefirot, Parte 2, “Respostas”, “Resposta nº 39”), “O último discernimento é chamado Malchut, já que dela estende uma governança assertiva e em absoluto controle, como ‘o temor da Malchut [realeza].’” Conforme aprendemos, Malchut é chamada “a vontade de receber”. Ela recebeu o deleite e o prazer e depois ela Malchut fez uma Tzimtzum, de não receber a menos senão com uma correção chamada “em prol de doar”. Sob este controle, todos os Partzufim de Kedushá emergiram.

Segue-se que é apenas nesta Malchut, que deu o controle para que nenhuma Kedushá derramasse sobre os vasos de recepção, senão aqueles que conseguem ter como meta doar e cancelar a sua própria autoridade. Segue-se que todas as ações são somente para o bem do Criador, e para si mesma, ela diz que não vale a pena viver. Com isso ela faz uma autoridade singular no mundo.

Segue-se que quando ele deriva algum prazer, a intenção ao receber o prazer não é que este entre na sua própria autoridade, mas na autoridade do Criador. Isto é, o prazer que ele recebe é pelo bem do Criador, e não por si mesmo. Portanto, há somente uma autoridade aqui. Isto é chamado “autoridade singular”. Essa consciência, de saber o que ele necessita realmente, vem depois da oração, uma vez que ele orou para ser notificado do que ele realmente necessita. Nesse momento ele faz uma oração sincera que Malchut, significando a escravização das Malchuiot, que é o oposto da Kedushá, nomeadamente a vontade de receber para si mesmo, é o único obstáculo à realização do objectivo que a pessoa deve alcançar.

Mas por que precisamos orar por isso e a pessoa não consegue superar sozinha os vasos de recepção? Nossos sábios disseram sobre isso: “A inclinação do homem o supera todos os dias. Se não fosse a ajuda do Criador, ele não a superaria.” Não está no poder do homem sair do controle da Malchut, pois o homem nasceu nesta natureza e somente o próprio Criador pode libertar o homem deste controle.

Isso é chamado o “êxodo do Egito”, onde somente o próprio Criador libertou o povo de Israel do Egito, como está escrito (na Hagadá [história] da Páscoa): “E o Senhor nos tirou do Egito com uma mão poderosa, não por um anjo, não por um serafim [tipo de anjo], e não por um emissário, mas o próprio Criador.” Isto significa que, uma vez que o Criador criou o homem com uma natureza de querer receber para si mesmo, só Ele pode dar ao homem uma segunda natureza, que é o desejo de doar.

Assim, vemos que devemos fazer três discernimentos no homem, uma vez que ele nasceu após a cascata dos mundos, quando as Klipot [cascas/peles] surgiram devido à quebra dos vasos ocorrida no mundo de Nekudim. Por esta razão, no trabalho, encontramos no próprio homem, 1) Pessoas que não têm ligação com a Torá e Mitsvot. Estes são chamados “uma nação semelhante a um asno”. Eles são simplesmente burros, que não têm noção de nada além dos desejos primitivos. 2) Aqueles que observam a Torá e Mitsvot, mas em Lo Lishmá [não pelo bem Dela]. Estas são chamadas “as nações do mundo”, como está escrito no Zohar sobre o versículo: “A misericórdia das nações é um pecado, pois qualquer bem que fazem, fazem para si mesmos”. Isso significa que eles fazem tudo somente para o seu benefício pessoal. Isto é, todo o bem, chamado “actos de doação”, é para o seu benefício pessoal. Isto é chamado “besta”, uma fêmea, receber. Por outro lado, “homem” é chamado “macho”, pois se sabe que ZA, que é o doador, é chamado Adam [homem]. Em Gematria, Adam é o nome MA, enquanto Malchut, que é a receptora, é chamada BON, que em Gematria é Behema [besta], chamada “receber”.

Como ele escreve na “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” (Item 31): “Toda a carne é feno, todos eles são como animais comedores de feno, e toda a sua misericórdia é como o botão do campo. Toda misericórdia que eles fazem, eles fazem para si mesmos, e mesmo quando se engajam na Torá, toda a misericórdia que fazem, eles fazem para si mesmos.” Das palavras do Zohar, vemos que aqueles que se envolvem na Torá para seu benefício pessoal e não em prol de doar são como bestas, como está escrito, “como bestas comedoras de feno”. Podemos chamar isso “a besta no homem”, uma vez que eles já se envolvem em Torá e Mitsvot, exceto que é Lo Lishmá.

3) Este é o “homem no homem”, ou seja, aqueles que trabalham em Lishmá [pelo bem Dela], que é por causa do temor ao Criador e não para seu benefício pessoal. Eles são chamados “homem”, que é um macho, como dito acima, que Adam [homem] em Gematria é MA, que é ZA, o doador. É assim que está escrito (Yevamot 61a), “Rabi Shimon Bar Yochai diz: ‘Os túmulos dos idólatras não são corrompidos numa tenda, como foi dito: ‘E vós, vós sois meu rebanho, o rebanho do meu pasto, vós sois homens. Vós sois chamados ‘homens’, e os idólatras não são chamados ‘homens’”.

No entanto, devemos entender o que é a qualidade do “homem” que especificamente Israel é chamado “homem”. Devemos interpretar isso conforme explicamos segundo o que nossos sábios disseram (Berachot 6b) sobre o versículo: “No final, tudo sendo escutado, temei a Deus”. A Gemara pergunta: “O que é, ‘pois isto é o homem inteiro?’ Rabi Elazar disse: ‘O mundo inteiro foi criado somente para isto.’”

Isto significa que “temer a Deus” é “todo o homem”. Por outras palavras, “homem” é aquele que tem temor ao Criador, como disse o Rabi Elazar, que o mundo inteiro foi criado somente para isso, pelo temor ao céu. No entanto, devemos entender por que diz ele sobre “pois isto é o todo do homem”, que “o mundo inteiro foi criado somente para isto”.

Nossos sábios disseram (Iruvin 13), “É melhor para o homem que não seja criado do que ser criado. Mas agora que ele foi criado, ele deve analisar as suas ações.” Devemos compreender como se pode dizer que o Criador criou o homem aparentemente desnecessariamente, o que significa que seria melhor se o Criador não o criasse. Pode-se dizer que quando o Criador veio para criar o homem, Ele não viu o fim dos tempos e ainda assim o criou? Se sim, como se pode dizer: “É melhor para o homem que não seja criado do que ser criado”? Além disso, o que é o conselho que eles deram: “Agora que ele foi criado, ele deve examinar as suas ações”?

De acordo com o que Baal HaSulam interpreta, devemos interpretar “é melhor para o homem” significando que “para o homem” significa para ele. Ou seja, se a pessoa quer trabalhar somente para seu benefício pessoal, seria melhor que ela não fosse criada do que se fosse criada. Isto é como nossos sábios disseram (Berachot 17a), “Qualquer um que trabalhe em Lo Lishmá, seria melhor que ele não fosse criado.”

No entanto, devemos entender a razão pela qual em Lo Lishmá, era melhor que ele não tivesse sido criado. A razão é a correção que ocorreu, onde mesmo que as criaturas recebam deleite e prazer do Criador, isso não será considerado disparidade de forma e separação. Por esta razão, houve uma correção de que é impossível receber deleite e prazer a não ser em vasos de doação. Isto é, especificamente quando a pessoa trabalha somente para doar, o Seu pensamento se torna realidade, que é fazer o bem às Suas criações – quando ela pensa apenas no benefício do Criador.

Isto significa que quando todos os pensamentos do homem são sobre como ele pode trazer contentamento ao Criador, ele passa a sentir que ao receber o deleite e prazer ele estará a trazer contentamento ao seu Criador, pois este foi o propósito da criação, e por causa disso, agora ele quer receber o deleite e prazer. E com isso, o propósito da criação se tornará realidade.

Por outro lado, se ele trabalha em Lo Lishmá, mas para o seu próprio bem, neste Kli, chamado de “receber para si mesmo”, houve uma Tzimtzum e ocultação. Naturalmente, ele nunca alcançará a meta para a qual o homem foi criado. Por esta razão, se a pessoa não trabalha em Lishmá então ela foi criada em vão, ou seja, inutilmente. Foi por isso que nossos sábios disseram: “Aquele que aprende em Lo Lishmá, seria melhor que ele não tivesse sido criado do que se tivesse sido criado.” Este é o significado daquilo que disseram os nossos sábios: “É melhor para o homem que não seja criado do que ser criado”, o que significa que se a pessoa trabalha para si mesma, é melhor que ela não tenha sido criada.

Com isso devemos interpretar o que perguntamos: “Pode-se dizer sobre a obra do Criador que seria melhor se Ele não realizasse a ação, ou seja, a criação do homem, do que se Ele realizasse a ação da criação do homem?” ? Temos permissão para caluniar a obra do Criador? E também, o que significa que “agora que ele foi criado, ele deve olhar para as suas ações”?

Na verdade, os nossos sábios vêm abrir os nossos olhos para que possamos ver o que devemos fazer, ou seja, o propósito pelo qual nos foi dado o trabalho na Torá e Mitsvot. Por isso, primeiro nos fazem ver que o facto do homem ter sido criado e ansiar por receber prazeres pela sua vontade de receber – que o Criador colocou na nossa natureza, significando para nós mesmos – seria melhor se ele não fosse criado. Contudo, o Criador criou o homem para fazer, e “fazer” refere-se à correção dos Kelim [vasos] – onde devemos colocar a direção de doar acima da vontade de receber. Com isso, o homem poderá receber o deleite e prazer. Este é o significado das palavras “agora que ele foi criado”. Portanto, o que deve ele fazer? “Olhar para as suas ações” e zelar para que cada coisa que ele faça seja para doar.

Com isto entenderemos o que perguntamos, por que o Criador não pode habitar na mesma moradia com alguém que é orgulhoso. Sabe-se que a equivalência de forma conecta um ao outro, e a disparidade de forma separa um do outro. Portanto, aquele que não tem equivalência de forma fica separado Dele. Consequentemente, aquele que é orgulhoso significa que ele não consegue anular sua própria autoridade e seu ser. A “existência a partir da ausência” que foi criada é a autoridade de si mesmo e o desejo de que o Criador lhe dê todo o deleite e prazer na sua própria autoridade. Isso é chamado a “vontade de receber para si mesmo”.

Segue-se que para qualquer um que seja orgulhoso, o Criador diz: “Sabe que isso causa separação e afastamento. Segue-se que ele e Eu não podemos habitar no mundo. Por quê? Porque existe separação e afastamento.” Por esta razão, eles não podem estar no mesmo mundo.

É por isso que Rabi Shimon Bar Yochai diz que qualquer pessoa em quem haja rudeza é como se ela adorasse ídolos. Isto é, a pessoa deve trabalhar pelo bem do Criador, mas trabalha para si mesma. Isso é chamado de “idolatria”.

O Rabi Yohanan diz que é como se ele tivesse se tornado um herege. Isto é, é como se ele tivesse negado o propósito da criação, que é fazer o bem às Suas criações. Aquele que tem rudeza nunca poderá alcançar a Dvekut [adesão], que é equivalência de forma. Se ele não tiver vasos de doação, ele nunca será capaz de receber o deleite e prazer. Segue-se que ele negou o propósito da criação, que é fazer o bem às Suas criações, pois sem vasos de doação, o homem está na escuridão. Por esta razão, aconselham o homem a rebaixar-se e anular a sua autoridade e entregar tudo ao Criador.

Com isto compreenderemos a questão: Por que precisamos de conhecer a nossa própria humildade, por que não é suficiente conhecer a grandeza do Criador, e o que nos dá conhecer a nossa própria humildade? A resposta é que a nossa humildade significa que somos impotentes para nos anularmos perante o Criador. Portanto, antes de alcançarmos o reconhecimento do mal, não sentimos a necessidade de pedir ajuda ao Criador, porque pensamos que nós mesmos temos conhecimento e compreensão, e aquilo que entendemos, nós temos o poder de fazer. Não temos medo de qualquer força que possa impedir o nosso espírito e propósito na vida, e se compreendermos com o nosso intelecto que o Criador é importante, faremos prontamente aquilo que convém às pessoas inteligentes.

No final, vemos que quando surge alguma pequena paixão, nos rendemos diante dela. Especialmente, quando surge o trabalho de nos dedicarmos ao benefício do Criador, e o corpo não vê o que ganhará com isso, a pessoa imediatamente vê que coração fraco ela tem, e imediatamente quer escapar da campanha. Portanto, quando ela vê sua própria humildade, isso lhe dá a necessidade pela misericórdia do céu, de ser ajudada 1) a não escapar da campanha e ter a capacidade de pelo menos orar ao Criador, 2) a que o Criador realmente a ajude a emergir do controle do corpo.

Segue-se que quando uma pessoa é orgulhosa e não tem o desejo de anular a sua autoridade diante do Criador, e diz que não tem humildade nela, mas antes faz aquilo que quer, daí vêm até ela todas as más qualidades. A luz do prazer, que vem do alto, ilumina como uma luz tênue para sustentar o mundo. Como é sabido, ela se reveste de três qualidades, chamadas “inveja”, “luxúria” e “honra”, e todas as três qualidades estão incluídas na qualidade do orgulho.

Mas aparentemente, qual é a conexão entre luxúria e orgulho? Afinal, a luxúria é uma qualidade animalesca, então como está o orgulho conectado aqui? A questão é que o orgulho não é necessariamente entre o homem e o homem. Principalmente, é entre o homem e Deus. Por esta razão, quando uma pessoa se orgulha do Criador e não quer anular a sua própria autoridade, esta é a razão do controle da vontade de receber para si mesma. Mas quando a pessoa anula a sua autoridade perante a autoridade singular, ela é recompensada com a vida eterna.


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