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domingo, 2 de dezembro de 2018

O que são Verdade e Falsidade no Trabalho?

dezembro 02, 2018

Artigo nº 40, 1991

Devemos entender como se relacionam a verdade e a falsidade à obra do Criador. Isto implica que uma pessoa pode ser serva do Criador mesmo que isso seja uma mentira. Como pode uma coisa dessas ser dita?

Está escrito no Zohar (“Introdução ao Livro do Zohar,” Item 175), “A parte do Criador é para deleitar os pobres, pois nestes dias, nos dias festivos, o Criador vem ver os Seus Kelim [vasos] quebrados, e vê que eles não têm nada com que se alegrar. Ele chora por eles.”

Ele interpreta essas palavras na Sulam [Comentário da escada sobre O Zohar] da seguinte forma: Primeiro precisamos de entender a interpretação de nossos sábios (Midrash Rabá, Porção 6), que no momento da criação do mundo, quando Ele disse aos anjos: “Façamos o homem à nossa imagem”, Chésed [misericórdia] disse: “Deixem-o ser criado, pois ele faz Chassadim [misericórdias]; A Verdade disse: “Não deixem que seja criado, pois ele é todo mentira”; Tzedeque [a justiça] disse: “Deixem-o ser criado, pois ele pratica a justiça”; A Paz disse: “Que ele não seja criado, pois ele é todo conflito”. O que fez o Criador? Ele pegou na Verdade e a jogou-a na terra.

Conhecemos as palavras dos nossos sábios: “Uma pessoa deve sempre envolver-se na Torá e Mitsvot [mandamentos/boas ações], mesmo em Lo  Lishmá [não pelo bem Dela], já que de Lo  Lishmá ela chega a Lishmá [pelo bem Dela].” Devido à sua humildade, uma pessoa não consegue se envolver nas Sua Mitsvot imediatamente, em prol de trazer contentamento ao seu Criador. Por natureza, ela não consegue agir se isso não for para si mesma. Portanto, primeiro ela deve se envolver em Mitsvot  Lo  Lishmá, ou seja, em benefício pessoal. No entanto, ela ainda extrai abundância de Kedushá [santidade] enquanto realiza as Mitsvot, e através da abundância que ela a extrai, ela acabará por se envolver em Mitsvot  Lishmá.

A Verdade reclamou da criação do homem, dizendo “Ele é todo mentira”, etc., como pode ser criado tal homem, que desde o início se envolve na Torá e Mitsvot em completa falsidade, ou seja Lo  Lishmá? Mas Chésed disse: “Deixem-o ser criado, pois ele pratica misericórdia”, etc., pelo qual ele será gradualmente corrigido até que se possa envolver em todas as Mitsvot em prol de doar. Da mesma forma, a Paz reclamou que “Ele é todo conflito”, mas Tsedeque disse: “Deixem-o ser criado” pois através do Mitsvá [singular de Mitsvot] da caridade para com os pobres que ele pratica, ele gradualmente se aproximará da qualidade de doação até que ele se envolva em Lishmá. Depois de todos os seus argumentos serem ouvidos, o Criador concordou com os anjos de Chésed e Tsedacá, e jogou a Verdade no chão, o que significa que foi permitido o envolvimento em Mitsvot inicialmente em Lo  Lishmá, pois mesmo que seja uma mentira, eventualmente se tornará Lishmá, e então a Verdade surgirá da terra.

Maimônides diz lá (Hilchot Teshuvá, Capítulo 5), “Portanto, ao ensinarem os pequenos, as mulheres e as pessoas sem instrução, eles são ensinados a trabalhar somente por medo e em prol de receber recompensa. Até que ganhem muito conhecimento e adquiram muita sabedoria, eles aprendem esse segredo pouco a pouco.”

A partir das palavras de Maimônides, vemos que devemos começar a obra do Criador em Lo  Lishmá, e não devemos sequer revelar que existe um assunto como Lishmá para eles. Em vez disso, eles devem saber que estão a observar a Torá e Mitsvot em prol de receber recompensa é a verdadeira plenitude, e que não há nada a acrescentar a isso, a não ser em quantidade, ou seja, dedicar mais tempo e esforço para observar a Torá e Mitsvot. Eles devem ficar felizes porque observando a Torá e Mitsvot eles terão recompensa abundante.

Segue-se que, para que sejam servos completos do Criador, eles não devem saber que existe a questão da Lishmá, uma vez que ainda não estão prontos para começar a trabalhar em Lishmá. Portanto, se fossem a ser informados de que o trabalho principal é Lishmá, eles diriam: “Como podemos observar a Torá e Mitsvot Lo Lishmá se este não é o verdadeiro trabalho?” E como eles ainda não conseguem trabalhar em Lishmá, permanecerão de mãos vazias em ambos os sentidos.

Por outras palavras, Lo Lishmá não será importante para eles, e eles verão que não conseguem trabalhar em Lishmá. Por esta razão, é proibido revelar-lhes que existe um assunto que devemos trabalhar em prol de doar. Mas enquanto não sabem, eles pensam que são verdadeiros servos do Criador e que são justos. Portanto, a partir disso eles terão as forças para trabalhar, pois estão felizes por serem servos do Criador, e consideram outras pessoas, que não observam a Torá e Mitsvot como eles fazem, bestas e animais, e que eles não têm mais inteligencia do que as bestas e animais.

Sobre os escrutínios, ele escreveu na Árvore da Vida (apresentado em Beit Shaar HaKavanot, Item 107): “O Criador deu a Torá e Mitsvot a Israel somente para separar, purificar e remover a escória da prata, que é o curativo da alma. Através da intenção do homem na Torá e Mitsvot, a roupagem da alma é completada. Através da Torá, a Noga de Yetzirá é purificada, uma roupagem de Ruach e através das Mitsvot práticas, a Noga de Assiya é purificada e ela se torna uma roupagem da Néfesh.”

Isto significa que não podemos dizer que o engajamento de Mitsvot e Torá sem intenção não sejam verdadeiras. Em vez disso, está implícito nas palavras do ARI que através de todas as ações do homem, os escrutínios da Kedushá são separados das Klipot [conchas/cascas], para onde eles desceram no momento da quebra dos vasos. No entanto, devemos distinguir entre as Mitsvot sem intenção e a Torá sem intenção, e entre a Torá e Mitsvot com uma intenção, como foi dito, “e através das Mitsvot práticas, a Noga de Assiya é purificada e ela se torna uma roupagem da Néfesh.”

Relativamente a Lo  Lishmá, que é chamado “mentira”, devemos interpretar que, uma vez que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações, e para que o homem obtenha isso na prática, ou seja, que ele veja que o deleite e o prazer são revelados no mundo , as criaturas não podem ver isso antes de terem os verdadeiros Kelim pelos qual ver o deleite e o prazer revelados no mundo.

Portanto, às criaturas ainda não é revelado que o propósito da criação é realmente fazer o bem às Suas criações, pois elas veem que estão a sofrer tormentos no mundo, cada um à sua maneira. Assim, podemos interpretar que, enquanto as criaturas observarem a Torá e Mitsvot não com a meta de doar, eles são incapazes de ver a verdade que existe no propósito da criação – de fazer o bem.

Portanto, isso significa que em relação àqueles que observam a Torá e Mitsvot e não foram recompensados com a direção de doar, embora na verdade tenham sido feitos escrutínios para a Kedushá observando a Torá e Mitsvot mesmo que sem a intenção, o que significa que a Kedushá aumenta através de suas ações, isto é somente no que diz respeito à existência da Kedushá. No entanto, as criaturas ainda assim são incapazes de ver o que acontece através das suas ações, ou seja, quais as correções que são feitas através do seu trabalho, mesmo em Lo  Lishmá.

Segue-se que quando falamos de falsidade, dizemos que Lo  Lishmá é chamado “mentira”, isso é em relação às criaturas. Isto é, eles ainda assim são incapazes de ver a verdade sobre a observação da Torá e Mitsvot sem intenção. Mas, na verdade, as correções e os escrutínios são feitos na Kedushá.

Devemos acreditar nas palavras do ARI de que todo e qualquer ato na Torá e Mitsvot faz correções a tal ponto que devemos questionar, em relação ao que vemos, que a regra é que se uma pessoa pode fazer com que seu próximo não profane o Shabat [Sábado], se por exemplo, seu próximo precisar da sua ajuda, e que por causa disso o seu próximo observará o Shabat, então a pessoa deve agir de modo a que o seu próximo não profane o Shabat.

Devemos perguntar: Mas se não há intenção aqui de observar o Shabat, e ele observa o mandamento que o seu amigo lhe impõe, então que bem pode surgir de tal trabalho? No entanto, cada ato que fazemos, mesmo sem intenção, tem o seu efeito. Ou seja, ele faz escrutínios para a Kedushá, só que as criaturas ainda não conseguem ver as correções porque podem colocar uma mácula, uma vez que ainda estão sob o governo da vontade de receber.

Por esta razão, antes de ele ver as correções que são feitas por ele, ele ainda não consegue receber da abundância que é revelada através das suas ações. Portanto, enquanto eles não vejam a abundância que é revelada, eles não conseguem macular, pois não veem que há algo para receber. Contudo, é preciso acreditar que cada ato na Torá e no trabalho são importantes, e assim deve ele acreditar.

Somente depois de alguém ter sido recompensado com receber a segunda natureza, chamada “desejo de doar”, será ele recompensado com ver a verdade, que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações. Segue-se que quando dizemos que Lo  Lishmá é chamado “mentira”, isso é da perspectiva do homem, pois o homem ainda não vê que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações.

Dessa forma, podemos entender por que Lishmá é chamado “verdade”, pois ao ser recompensada com Lishmá, a pessoa tem de alcançar o grau de “amor ao Criador”, através do Seu comportamento com a própria pessoa. Ou seja, quando uma pessoa recebe a abundância do Criador, ela vê a verdade, que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações. Além disso, a pessoa deve ser recompensada com ver que a Providência se comporta com todas as criações numa conduta de bom que faz o bem.

Este é um grande grau, quando a pessoa vê como o Criador se comporta pessoalmente com ela numa conduta de bom que faz o bem. Contudo, a pessoa deve ver que o Criador se comporta desta maneira com todas as criações – numa conduta de bom que faz o bem. Devido a isto, Lishmá é chamado “verdade”, pois pelo trabalho no estado de Lishmá, a pessoa é recompensada com ver a verdade, que o Criador se comporta com todas as criações numa conduta de bom e benevolente.

Isto é como está escrito na “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” (Item 97): “Por esta razão, nossos sábios nos alertaram sobre a condição necessária na prática da Torá, de que ela seja especificamente em Lishmá, de uma forma que a pessoa seja recompensada com a vida através dela, pois ela é uma Torá da vida, e ela colocará a sua mente e seu coração para encontrar nela 'a luz do semblante do Rei', isto é, a obtenção da Providência aberta, chamada 'a luz do rosto.'”

Por outras palavras, enquanto alguém não for recompensado com Lishmá, ele está na ocultação da face, o que significa que ele ainda não vê como o Criador conduz o mundo como Bom e Benevolente. Segue-se que ele está num estado de falsidade. Ou seja, quando ele diz aquilo que disseram, que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações, isso é mentira, pois nós vemos o contrário.

Mas aquele que aprende Torá Lishmá ele é recompensado com ver a verdade porque ele próprio foi recompensado com ver o deleite e o prazer que ele está a receber do Criador. Além disso, ele deve chegar a um estado de plenitude e ver como o Criador se comporta com o mundo inteiro com o propósito de fazer o bem às Suas criações. Segue-se que verdade e a falsidade são relativas à realização da própria pessoa. Consequentemente, segue-se que aquele que aprende Torá Lo  Lishmá, que é considerado uma mentira, isso é somente porque ele é incapaz de ver a verdade, que o Criador conduz o mundo numa conduta de bom e benevolente.

Isto é como diz o ARI, que todas as ações do homem na Kedushá fazem correções, mas a pessoa ainda não consegue ver o que é feito com a Torá e Mitsvot que as criaturas fazem até mesmo sem a intenção, ou seja, mesmo em Lo  Lishmá, e para seu próprio benefício. Por isso, Maimônides diz que devemos iniciar a ordem do trabalho com crianças e mulheres em prol de receber recompensa, já que o engajamento nas Mitsvot por si só faz correções.

Baal HaSulam disse sobre aquilo que nossos sábios disseram (Avot, Capítulo 3:18), "Israel são amados, pois são chamados 'Os filhos do Criador'. Eles são grandemente favorecidos, pois são chamados 'Os filhos do Criador', como foi dito: 'Vocês são os filhos do Senhor teu Deus.' Ele disse que ser chamado 'Os filhos do Criador' é no geral, mas ser grandemente favorecido é em pessoa. Ele pergunta: o que é ser ‘muito favorecido’? Ele respondeu: ‘O grande favor é que isso é sabido por eles, o que significa que eles sabem e sentem que são chamados ‘Os filhos do Criador’”.

Aqui podemos interpretar de forma semelhante. Isto é, em termos da ação sem a intenção de doar, chamada Lo  Lishmá, o povo de Israel é chamado “filhos do Criador”, porque se envolve na Torá e Mitsvot na prática, isso também traz grandes correções, como disse o ARI. No entanto, isso não é sabido por eles. Por outras palavras, eles não conseguem ver quais correções são feitas através do seu trabalho.

Por outro lado, depois de serem recompensados com Lishmá, eles ficam a saber o que estão a fazer. É assim que está escrito: “Rabi Meir diz: ‘Qualquer um que se envolva em Torá Lishmá é recompensado com muitas coisas. Além disso, o mundo inteiro é vantajoso para ele, e os segredos da Torá são revelados para ele.’”

Devemos interpretar que “o mundo inteiro é vantajoso para ele” significa que ele já vê a verdade sobre o propósito da criação, que é fazer o bem às Suas criações. A prova disso é que naquele momento ele vê que “o mundo inteiro é vantajoso para ele”, pois ele sente o deleite e o prazer.

Além disso, devemos interpretar o significado de “os segredos da Torá são revelados para ele”. Isso significa que ele é recompensado ao ver como, através do seu trabalho na Torá e Mitsvot, as correções são feitas no alto. Mas antes que ele seja recompensado pelo seu engajamento em Torá e Mitsvot Lishmá, embora as correções sejam feitas através do seu trabalho na Torá e Mitsvot, ele não consegue ver isso antes de ser recompensado com os vasos de doação.

Consequentemente, devemos interpretar aquilo que nossos sábios disseram (Avot 1:17), “O mais importante não é o aprendizado, mas o trabalho”. Aqui diante de nós estão duas coisas: 1) ações, 2) intenções.

Por um lado, entendemos que a intenção é o mais importante. Por outras palavras, quando uma pessoa faz alguma coisa, boa ou má, devemos considerar a intenção e não o ato. Por exemplo, num conflito entre duas pessoas, uma pegou numa faca e esfaqueou a outra. Claro, isso é uma má ação. A vítima o processou e o infrator foi multado por isso.

O agressor afirmou: “Eu só esfaqueei este homem na mão e só o arranhei, mas tenho de pagar-lhe uma multa. E além do mais, eu vi que não faz muito tempo, esse homem foi ao hospital e um médico abriu o seu estômago e tirou algo, e ele pagou muito dinheiro ao médico. E eu, pelo cortezinho que lhe causei, tenho que pagar, o contrário do que aconteceu com aquele médico?!

“A resposta é simples”, disse o juiz. “Seguimos a intenção. Já que você o esfaqueou porque queria ter prazer, você tem que pagar pelo prazer que teve. Mas quando o cirurgião cortava a sua carne com uma faca, ele queria que o paciente tivesse prazer. Portanto, o paciente deve pagar ao médico.” Vemos, portanto, que o que conta é o objetivo e não o ato. Assim, porque é que os nossos sábios disseram: “Não é a aprendizagem que mais importa, mas a acção”?

Na espiritualidade, em relação à Torá e Mitsvot, o trabalho é mais importante, como nas palavras do ARI, que através do engajamento nas Mitsvot, os escrutínios das centelhas sagradas são separados das Klipot [cascas/peles]. Contudo, a pessoa não consegue ver isto antes de ter vasos de doação, ou verá aquilo que é feito com o seu trabalho e isso irá para os seus vasos de recepção, e ela enviará tudo de volta para as Klipot. Segue-se que o trabalho é o que mais importa.

Mas se ela também puder fazer a intenção ser em prol de doar, então através da intenção que está por cima da ação ela ascende a um grau mais elevado, como foi dito acima, “Através da intenção do homem na Torá e Mitsvot, a roupagem da alma é completada. Através da Torá, a Noga de Yetzirá é purificada, uma roupagem de Ruach e através das Mitsvot práticas, a Noga de Assiya é purificada e ela se torna uma roupagem da Néfesh.”

Por isso o que mais importa é o ato, e ao ato devemos acrescentar também a intenção. Devemos acreditar que, no que diz respeito ao ramo e à raiz, todas as coisas corpóreas que acontecem aqui derivam das raízes superiores. Isto é, tal como as ações corpóreas corrigem o corpo, e sem elas o corpo não pode existir, o mesmo ocorre nas questões da alma: sem o cumprimento da Torá e Mitsvot, não há alimento para a alma para que ela possa existir.

Isto é como é apresentado no livro Beit Shaar HaKavanot (Item 83), “Saiba que em Adam Harishon, todos os escrutínios de todos os mundos e todas as almas foram separados, e todas as bestas foram separados. Mas o inanimado e o vegetativo não foram totalmente separados; é por isso que eles os comem, para separá-los. Quando pecaram, as almas e os animais retornaram às profundezas das Klipot, e somente os animais puros são separados através da nossa alimentação, e da mesma forma o inanimado e o vegetativo.”

Segue-se, portanto, que especificamente através da nossa alimentação na prática, o inanimado, o vegetativo e o animado são separados, e tudo aquilo que precisamos é adicionar a isso a direção\meta. Mas sem o ato, a direção não ajuda. Portanto, não devemos dizer: “Por que colocar Tefilin se a intenção é o que importa? Ele pode direcionar a intenção dos Tefilin e não precisa de observá-lo na prática.” Porém, o ato é o principal e a direção é o acréscimo.

Portanto, tal como na corporalidade, se uma pessoa tem como meta comer ou beber, mas não come nem bebe na prática, ela morrerá. Da mesma forma, se uma pessoa não observa a Torá e Mitsvot na prática, a sua alma, que recebe a sua nutrição do trabalho na Torá e Mitsvot, não terá nada para viver.

Este é o significado de “Não é a aprendizagem que mais importa, mas a ação”, ou seja, um ato real, na prática. Depois, como complemento, também precisamos de uma meta sobre as ações que a pessoa realiza. Isto é considerado “inanimado de Kedushá [santidade]." Do inanimado, podemos chegar ao estado vegetativo, animado e falante.

De acordo com o supracitado, podemos entender o que foi dito acima a respeito do Criador chegar para ver os Seus Kelim quebrados, pois no final ele alcançará Lishmá e a Verdade surgirá da terra. Ele diz lá (p 173 [em hebraico]): “Este é o significado da quebra dos vasos que ocorreu antes da criação do mundo. Através da quebra dos vasos de Kedushá e sua queda para os BYA separados, centelhas de Kedushá cairam com eles para as Klipot, e delas vêm os prazeres e todos os tipos de propensões para o domínio das Klipot, que elas transmitem ao homem para receber e desfrutar, e assim causam todo o tipo de transgressões. Contudo, junto com isso, Ele nos deu a Torá e Mitsvot, para que até seuma pessoa começar a se engajar neles enquanto ainda está em Lo  Lishmá, ou seja, para o seu próprio prazer, para satisfazer os seus desejos primitivos, no final, através deles ela alcançará Lishmá e será recompensada com o propósito da criação, de receber todo o prazer e o bem no pensamento da criação, em prol de doar contentamento a Ele”.

Devemos lembrar a regra na ordem do trabalho, que uma pessoa não precisa de se examinar a si mesma para ver se está bem ou não. Ou seja, se a pessoa vê que não está bem, este é o momento em que ela deve orar ao Criador para ajudá-la a ficar bem. Isto ocorre especificamente quando alguém sente que tem alguma proximidade do Criador. Nesse momento, ele pode encarar a sua situação com crítica. Mas quando a pessoa sente que está afastada do trabalho, o que significa que ela não tem desejo pelo trabalho, nesse momento ela não deve examinar a si mesma e orar. Em vez disso, ele deve prestar atenção e dizer: “Qualquer que seja o apoio que eu tenha sobre o trabalho, estou feliz com isso e agradeço ao Criador por isso”. Mas nesse momento, ela não deve orar ao Criador para aproximá-la. E quanto à oração que ela faz ao Criador para que ela se aproxime, esta deve ser especificamente quando ela tiver alguma subida no trabalho.

Isto é como está escrito no Zohar (VaEra, Item 102), “Venha e veja, durante o dia, ele se engajou na Torá para complementar os julgamentos, e à noite ele se engajou em canto e louvor até o dia raiar pois durante todo o dia ele se engajou em complementar e examinar os julgamentos, que são a ‘esquerda’. À noite, ele se dedicava a louvores, que são Chassadim.”

Portanto, a explicação acima é que especificamente durante o “dia”, ou seja, durante uma subida, ele se envolveu na esquerda, para separar os julgamentos. Mas à “noite”, quando não ilumina, ele se dedicou aos louvores.


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