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domingo, 2 de dezembro de 2018

O que Significa que as Gerações dos Justos são Boas Ações no Trabalho

dezembro 02, 2018

Artigo nº 4, 1990

Nossos sábios disseram sobre o versículo: “Estas são as gerações de Noé; Noé era um homem justo”, “Para ensinar-lhe que as gerações dos justos são principalmente boas ações”. Devemos entender isso, já que nossos sábios disseram (Nedarim 64), “Aquele que não tem filhos é considerado morto, como está escrito: ‘Dá-me filhos, senão eu morro.’” Segue-se, portanto, que os justos, que têm boas ações, ainda assim são considerados mortos. Isso pode ser dito sobre os justos?

No trabalho, pai e filho são chamados “causa e consequência”. Por outras palavras, o potencial é chamado “pai”, e aquele que mais tarde é revelado na prática é chamado “filho”. O potencial é como uma gota no cérebro do pai, e o resultado emergente é chamado “nascimento” e “filho”, que emerge do potencial para o real.

Por isso, quando uma pessoa pensa em fazer algo, tem primeiro de pensar no que deseja fazer que lhe dará prazer no ato, pois é sabido que o homem gosta de repouso. A razão para isto é que a nossa raiz está num estado de repouso absoluto, por isso as criaturas também desejam descanso e não fazem um único movimento a menos que isso lhes traga mais prazer do que aquele que têm no estado de repouso.

Por esse motivo, os justos, ou seja, as pessoas que desejam estar no grau de justos são chamadas justos, embora elas não tenham alcançado o grau de justos. É como Baal HaSulam interpretou o versículo: “Trará sabedoria aos sábios”. A questão é: não deveria ter sido dito: “Trará sabedoria aos tolos”? Por que diz “aos sábios”? Na verdade, quem busca a sabedoria já é chamado “sábio”, enquanto o tolo não quer a sabedoria, como está escrito: “O tolo não deseja a sabedoria”.

Segue-se que aquele que deseja ser justo organiza para si mesmo na sua mente o que deve fazer, ou seja, o que deve desejar. Nossos sábios disseram “boas ações”, que significa que ele pensa em como pode chegar a um estado em que possa praticar boas ações. Ou seja, quando ele tiver boas ações nas suas mãos, ele saberá que é justo, como disseram os nossos sábios (Berachot 61), “Rabba disse: Uma pessoa deve saber no seu coração se ela é justa ou ímpia.'” Por esta razão, a pessoa organiza para si mesma na sua mente, considerada o “potencial”, aquilo que ela deve fazer a fim de chegar a um estado em que todas as coisas que ela faz sejam uma boa ação.

Contudo, devemos saber o que é uma boa ação, pela qual saberemos que ela é justa. Devemos interpretar que as boas ações são interpretadas na Torá e na oração, bem como na realização das Mitsvot [mandamentos/boas ações]. Devemos interpretar que uma boa ação é quando uma pessoa se sente bem durante o ato. Por exemplo, quando uma pessoa quer ficar de pé e orar ao Criador, a pessoa quer sentir como se estivesse diante do Rei, pois então todo o seu coração e mente são entregues ao Rei. Devido à grandeza e importância do Rei, é impossível que ela se distraia do Rei.

Assim, há duas coisas aqui: 1) Não há espaço para que outro pensamento, que não diga respeito ao Rei, possa entrar. Nesse momento, é como se não houvesse mais ninguém no mundo além dela e do Rei, devido ao temor pela grandeza do Rei. 2) Nesse momento, ela sente que está bem porque tem o privilégio de falar com o Rei.

Da mesma forma, quando ela vem observar certo Mitsvá [singular de Mitsvot], ela pensa que o Mitsvá que ela vai executar será um bom Mitsvá. Ou seja, durante a execução do Mitsvá, ela deve sentir que agora trará contentamento ao rei. Por esta razão, a pessoa deve sentir, ao realizar o Mitsvá, que ela tem o privilégio de encantar o Rei, que significa que agora o Rei desfrutará da sua observação do mandamento do Rei. Isso é chamado “uma boa ação”.

Quando ela se sente assim e não tem outro pensamento durante a execução do Mitsvá, uma vez que ela se envolve nos mandamentos do Rei, portanto, todo o seu pensamento é que ela se questiona se o Rei realmente gostará daquilo que ela agora está a fazer. É isto que ela considera “boas ações”.

Também, quando ela aprende a Torá, ela prepara-se para o aprendizado da Torá, o que significa que primeiro ela pensa que Torá é essa que ela está prestes a aprender - ela pretende desfrutar da sabedoria da Torá ou é para obter a força para despertar em si mesma que esta é a Torá do Criador, que toda a Torá são os nomes do Criador, e que ela ainda não foi recompensada com a compreensão e visão da conexão entre a Torá e o Criador. No entanto, pelo menos ela quer acreditar no que os nossos sábios disseram: “A Torá, Israel e o Criador são um”, e isto é aquilo que ela considera boas ações.

Segue-se que aquele que quer ser justo, enquanto se prepara e reflete que quer fazer coisas que serão boas, ele é chamado “justo”. Ou seja, ele quer engendrar através do preparo que tem em mente, que se chama um “pai que gera filhos”, que são as boas ações.

Está escrito: “Noé era um homem justo”, que é chamado “Estas são as gerações de Noé”, significando as boas ações, que são as gerações dos justos. O versículo “Noé era um homem justo” significa que ele foi recompensado com boas ações. Ou seja, durante o ato, ele sentiu que suas ações eram realmente boas, e sentiu contentamento ao realizar suas ações e sentiu o bem que há nelas. Porque os atos são bons, ele foi recompensado com o deleite e o prazer revestidos na execução das Mitsvot.

Segundo aquilo que foi dito acima, podemos entender o que nossos sábios disseram: “Aquele que não tem filhos é considerado morto”. Perguntamos: A partir disso, de Noé, parece que somente aquele que pratica boas ações é considerado justo. Mas está escrito: “Aquele que não tem filhos é considerado morto”, o que significa que mesmo os justos, se não tiverem filhos, são considerados mortos. De acordo com o que foi dito acima, onde os filhos são chamados “boas ações”, o significado de “Aquele que não tem filhos é considerado morto” é que ele não tem boas ações e é considerado morto porque os justos nas suas vidas são chamados “mortos,” já que estão separados da Vida das Vidas.

Contudo, por que precisa o homem de praticar boas ações? Isto é, o que o leva a querer ser justo? Além disso, por que deve alguém abandonar todas as necessidades que está acostumado a fazer pelo bem do corpo? Ele estava acostumado a desfrutar de comer e beber, de usar roupas bonitas e assim por diante, e embora ouça dos livros e autores que existe a questão da alma, que uma pessoa deve adquirir as questões da alma, depois de ter sido dado um corpo, a pessoa começa a perguntar: O que é uma alma, pela qual ela devo trabalhar para a obter? Nesse momento, o corpo pergunta: “O que vou ganhar com ter uma alma?” Além disso, pergunta: “O que é uma alma, para que eu mereça alcançá-la?”

Para isso vem a resposta que se diz a uma pessoa: “Não há uma alma sem um corpo”. É por isso que foi dado ao homem um corpo, que é como uma máquina, e com a máquina ele pode ir e voltar de todos os lugares que quiser. Portanto, devemos preservar a máquina e dar-lhe tudo aquilo que ela necessita, como óleo, água e combustível. Só depois de você dar à máquina tudo aquilo que ela precisa, ela fará aquilo que deve e levará a pessoa aos lugares onde ela precisa de ir. Certamente a pessoa não pega numa máquina e lhe dá tudo aquilo que ela precisa e depois a larga e não a conduz.

Da mesma forma, a pessoa deve pensar no corpo. O corpo é como uma máquina cuja função é levar a pessoa onde ela precisa de ir. Quando a pessoa entende que o corpo é um instrumento para obter uma alma, e que foi por isso que o homem foi criado com o corpo. Isto é semelhante ao que é apresentado no livro Fruta de um Sábio (Parte 1, p 117), “Com isso você entenderá que antes de uma alma entrar no corpo, ela é somente um minúsculo ponto, embora anexo à raiz como um ramo de uma árvore. Este ponto é chamado “raiz da alma e do seu mundo”. Se ele não tivesse entrado neste mundo num corpo, ele teria somente o seu próprio mundo, ou seja, a sua própria parte na raiz. Porém, quanto mais ele percorre os caminhos do Criador, que são os 613 caminhos da Torá que retornam a ser os verdadeiros nomes do Criador, mais a sua estatura cresce, segundo o nível dos nomes que ele alcançou, exceto que ele precisa de aumentar a sua estatura 620 vezes mais que como ela era inicialmente na raiz.”

Segue-se, portanto, que se acreditarmos nos sábios, há espaço para contemplar por que nascemos neste mundo com um corpo que inclui dentro de si muitos desejos primitivos. Além disso, como podemos dizer que este corpo, que apesar de toda a sua humildade, tenha sido criado para uma matéria sublime, que a alma não poderia alcançar antes de descer para o corpo inferior – 620 vezes mais do que ela tinha antes de se vestir no corpo?

Nesse sentido, devemos trabalhar com a fé, acreditar nos sábios que assim é. Contudo, não é necessariamente para isso que precisamos da fé nos sábios. Em vez disso, para cada passo, devemos acreditar que esse é o caminho a seguir neste mundo com os nossos corpos, tal como foram ordenados para nós. Caso contrário, tropeçaremos no nosso caminho enquanto caminhamos no caminho do Criador.

Porém, no que diz respeito à fé, também necessitamos de verdadeiros guias, que nos providenciem como e de que forma trilhar o caminho do Criador, pois muitas vezes a pessoa entrega todas as suas forças a algo que não é o principal do trabalho. Como resultado, ela fica sem tempo ou sem energia para fazer o esforço no lugar certo, ou seja, na coisa mais importante que ela precisa para se completar nos degraus da santidade.

Como é impossível aprender somente com os livros, pois uma pessoa não é igual a outra, pois cada um tem tendências diferentes, como diz o ARI: “Uma pessoa não é igual a outra, e um dia não é igual a outro, e a Helboná [resina] corrigirá aquilo que o Levoná [incenso] não corrigirá”, portanto, cada pessoa precisa da sua própria ordem precisa, e a ordem do trabalho de uma pessoa não combina com a ordem da outra. Por isso, cada um deve seguir a ordem que lhe convém especificamente.

É conforme apresentado na “Introdução ao Livro, Panim Masbirot” (Item 3): “Distinguimos quatro divisões nas espécies falantes. Para este propósito, o Criador incutiu três inclinações nas massas, chamadas ‘inveja’, ‘luxúria’ e ‘honra’. Devido a elas, as massas desenvolvem-se grau após grau para suscitar a face de um homem completo.”

Devemos interpretar o inanimado, o vegetativo, o animado e o falante segundo os quatro graus, onde nenhum entende o outro. Ou seja, cada um entende como a pessoa se deve comportar neste mundo, e nenhum consegue entender o outro.

Por exemplo, o inanimado é a primeira fase. Este tipo entende somente a luxúria. Às vezes, vemos dois vizinhos que moram um ao lado do outro, e a esposa de um dos maridos, que está no segundo grau, o vegetativo, que é relativa ao respeito e ao controle, vai até à esposa do marido inanimado e vê como o vizinho se senta com a família ao lado da mesa e come com a família, e conta à família como foi o seu dia de trabalho e como ele está agora a descansar e como gosta de se sentar junto com a família e comer.

Quando a esposa do vegetativo volta para casa, ela espera o marido voltar da loja para jantar com a família. Mas quando o marido chega, ele diz: “Não tenho tempo para comer contigo agora porque fui convidado para uma reunião para o benefício público”. A sua esposa pergunta: “Por que é que o teu vizinho vem da loja e se senta e come com a família, e não corre para lugar nenhum, mas senta-se à vontade e alegremente com a família, enquanto que tu não tens consideração pela tua família, e a tua mente só é dada a outras pessoas? Nem sei se tu os conheces, mas estás a dedicar o tempo que a nossa família merece e consideras os outros mais importantes do que nós!”

Então, ele responde que o seu vizinho não sente nada pelos outros. Ele é como uma galinha com os seus pintainhos, passeando com eles e cuidando somente dos pintainhos. “Da mesma forma, o nosso vizinho não tem mais cérebro do que uma galinha. Tu gostarias que eu fosse como ele? Tu gostarias de ter um marido que fosse como uma galinha?”

Aquela mulher volta para o vizinho e pergunta: “Por que está você a comer com a sua família depois do trabalho e se comporta como uma galinha em vez de ser como o meu marido?” Ele responde: “Não sou louco como o seu marido, dando a outras pessoas o precioso tempo que preciso para descansar e ser feliz com a minha família”. Certamente, ambos estão corretos, mas nenhum entende o outro.

Da mesma forma, ocorre entre o segundo estado e o terceiro estado. Tomemos como exemplo os dois vizinhos. Uma mulher visita a outra e vê que o filho da vizinha levanta às oito da manhã e vai trabalhar. À noite, ele chega e se comporta bem, assim como todas as outras pessoas. Depois, ele vai às reuniões para fazer alguma coisa lá em benefício do público, depois volta e vai dormir, como sempre, como todas as outras pessoas.

Quando aquela mulher volta para casa, ela pergunta ao filho: “Por que muitas vezes vejo que preparo o jantar para ti, e quando me levanto de manhã vejo que a luz ainda está acesa e o jantar ainda está na tua frente, intocado, enquanto tu te encontras sentado perto dos teus livros? Por que se comporta o filho do meu vizinho como um ser humano?”

O filho responde: “Adoro o conhecimento, então acho que vale a pena abrir mão de todas as coisas para adquirir conhecimento. Por outro lado, o filho do vizinho não tem qualquer ligação ao conhecimento; ele é como um animal, que trabalha para as necessidades públicas, ou seja, da maneira que for mais conveniente para outros animais como ele. Ou seja, sem conhecimento, sinto-me como um animal. Mas o filho do vizinho, que pertence à qualidade de animal, como pode ele entender que uma pessoa sem conhecimento é chamada ‘animal?”

Quando aquela mulher conta ao vizinho que o seu filho diz que ele é um animal, esse filho diz para a mãe: “Eu não sou um louco para afundar minha cabeça no conhecimento. Quem e o que é que isso me dará? Ninguém vai querer falar comigo e todos dirão que sou desligado dos assuntos mundanos. Por outro lado, quando trabalho para atender às necessidades do público e vou a reuniões, onde pessoas inteligentes se reúnem para fazer algo em benefício do público, muitas pessoas me respeitarão, pois não estou a atender às minhas próprias necessidades, mas ao benefício público. Já o filho do vizinho só se preocupa com as suas próprias necessidades, por isso se aprofunda nos livros.”

Segue-se que cada um diz que o caminho que percorre é o caminho da verdade, e nenhum deles entende o outro.

Isto é ainda mais verdade com o nível falante. Aqueles que são do nível animal não conseguem compreender o nível falante. Ou seja, há aqueles que se envolvem no trabalho do Criador parecem pessoas inteligentes que mergulham em livros durante toda a vida e dizem que o cérebro é o que conta e só a razão determina, enquanto que outros que se envolvem no trabalho do Criador dizem que devemos avançar acima da razão, eles riem deles e dizem: “Sem razão, somos como bestas. Como podem dizer que devemos avançar acima da razão?” Segue-se que um não entende o outro.

Isto é chamado “a geração da Babilônia”, quando um não entende a língua do outro.

Nesse sentido, como pode uma pessoa sair das tendências a que está acostumada desde o nascimento? Intelectualmente, é impossível compreender como é possível que uma pessoa pense diferente das suas inclinações. E ali (na introdução, item 3) ele diz: “Por causa disso, recebemos correções, pelas quais o homem deve labutar e trabalhar. Caso contrário, todas as criações estariam em estado de repouso, uma vez que a raiz das criaturas, que é o Criador, está em estado de repouso absoluto, e cada ramo quer assemelhar-se à sua raiz.”

Essas correções, chamadas “inveja”, “luxúria” e “honra”, trazem o homem para fora deste mundo (Avot, Capítulo 4:28). Ele diz ali que através da inveja e do respeito é possível mudar as inclinações da luxúria para o grau vegetativo, onde ele passa a trabalhar pelo bem dos outros com o propósito de Lo  Lishmá [não pelo bem Dela]. Da mesma forma, através da inveja, ele pode passar para o nível de conhecimento, como disseram nossos sábios: “A inveja dos autores aumenta o conhecimento”. E da mesma forma, através de Lo  Lishmá eles também podem mudar do nível animado para o falante.

Ainda assim, como é que a Lo Lishmá ajuda se a pessoa não tiver a verdadeira inclinação para o grau em que entra? Nossos sábios disseram sobre isso, a respeito da Torá: “A luz nela contida o reforma”. Acontece que através de Lo Lishmá, chegamos a Lishmá [pelo bem Dela]. Foi por isso que eles disseram: “Deve-se sempre aprender em Lo  Lishmá, pois a partir de Lo Lishmá chegamos a Lishmá.”

Contudo, devemos saber que estas quatro divisões, que são inanimado, vegetativo, animado e falante, aplicam-se à mesma pessoa. A própria pessoa muda de estado para estado, como lá está escrito: “No entanto, aqueles que permanecem sem qualquer Segulá [remédio/virtude/poder], é porque eles não têm um desejo forte. Consequentemente, todas as três tendências supramencionadas funcionam dentro deles misturadas. Às vezes eles são lascivos, às vezes invejosos e às vezes desejam honras. No entanto, o desejo deles quebra-se em pedaços e eles desejam como crianças qualquer coisa que vejam, mas não obterão coisa alguma. Por isso o seu valor é como a palha e o farelo que ficam depois da farinha.”


Agora podemos entender como uma pessoa tem três estados durante o trabalho: 1) o estado permanente, 2) o estado de subida e 3) o estado de descida.

Ou seja, quando uma pessoa quer sair do seu estado permanente, sabe-se que existe uma rotina fixa onde a pessoa observa Torá e Mitsvot como o público em geral. Isto significa que temos o cuidado de observar a Torá e Mitsvot na prática, que significa que eles não prestam atenção à direção de doar. Isso é chamado Lo  Lishmá. Nesse momento, ele no geral pode estar nesse estado permanentemente, pois vê que a cada dia está a progredir em Torá e Mitsvot. Isso ocorre porque ele olha somente para o ato, para ver se está bom ou não, e é mais ou menos meticuloso na observação. Por esta razão, a cada dia ele adquire Torá e Mitsvot. E existe uma regra: onde uma pessoa tem sucesso, ela desfruta e consegue continuar. Por esta razão, este estado é chamado “estado permanente”.

Por outro lado, o segundo estado é o momento da subida. Isto significa que a pessoa ouviu de autores e livros que existe a questão dos sabores da Torá e Mitsvot que a pessoa deve alcançar observando a Torá e Mitsvot, que ela deve  trabalhar sobre a Dvekut [adesão] com o Criador, que uma pessoa deve alcançar a Divindade, que é a coisa principal exigida da Torá e Mitsvot. Os livros dizem que no final cada pessoa será recompensada com este grau.

Essa pessoa começa a ascender aos graus de santidade e começa a sentir que agora está num mundo diferente, como se o estado em que se encontrava comparado ao seu estado atual fosse como a diferença do dia para a noite. Porém, ela não está acostumada a trilhar esse caminho e cai numa descida.

Quando suas subidas e descidas aumentam, ela às vezes cai no desespero e diz: “Este caminho não é para mim”, mas não consegue retornar ao estado permanente que tinha. Na verdade, a pessoa deve aprender com todos os três estados. É como disseram os nossos sábios: “Aprendi muito com os meus professores, mais com os meus amigos e muito mais com os meus discípulos”. “Os meus professores” são os estados de subida, “os meus discípulos” são os estados de descida e “os meus amigos” são o estado permanente.

Por outras palavras, a pessoa deve usar o estado de descida. Ou seja, durante a subida ela deve refletir sobre os pensamentos e desejos que teve nesse momento. Por outras palavras, o aprendizado é feito principalmente no momento da subida, ou seja, durante o tempo da Gadlut [idade adulta/grandeza], que é chamada “meus professores”, pois somente durante uma subida a pessoa tem cabeça para pensar.

Então, quando ela começa a aprender do estado de descida, considera-se que está a aprender com os seus discípulos, aquilo que está abaixo da rotina a que estava acostumada regularmente. Quando uma pessoa aprende desse estado, ela aprende muito, pois agora pode louvar e agradecer ao Criador por libertá-la da lixeira e do lixo onde estava deitada como o resto dos animais, cuja comida é apenas o desperdício que as pessoas jogam no lixo, e animais como os gatos vêm e se alimentam desses resíduos. Agora, durante a subida, ele pode louvar e agradecer ao Criador por isso.

Baal HaSulam disse que de acordo com o louvor e a gratidão que são dados ao Criador, nessa medida ela sobe. Não importa o que ela tem. O que importa é o quanto ela fica impressionada com a aproximação do Criador. Na medida da gratidão que a pessoa dá, nessa medida ela ascende no seu grau.

Além disso, ele deve aprender com o estado de seus amigos. Ou seja, durante a subida, ele deve refletir e escrutinar sobre que entendimento o seu trabalho foi construído então.

Segue-se que se a pessoa aprende com o seu estado atual durante a subida, isso é considerado não aprender grande coisa. Mas quando ela aprende com o estado de “seus amigos”, ele aprende mais do que com o estado de subida. “E [aprendi] mais com os meus discípulos” significando o tempo de descida. Isso é chamado “e maioritariamente dos meus discípulos”.

Porém, não devemos esquecer que todo o aprendizado ocorre especificamente durante a subida. Segue-se que se ela não aprender com os estados acima mencionados durante a subida, considera-se que ela não aprendeu grande coisa. Por esta razão, durante a descida, a pessoa não deve decidir nada, mas somente orar ao Criador para libertá-la da humildade e acreditar que o Criador ouve a oração.


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