Uma pergunta que recebi: Qual é a diferença entre os estados chamados "sete anos de fartura" e "sete anos de fome"? Como se aplicam eles ao nosso mundo?
A Minha Resposta: “Os sete anos de fartura” (sete bons anos) é a altura em que a humanidade se esforçou para alcançar a prosperidade. Queríamos concretizar uma boa vida através das revoluções técnicas, cientificas, sociais e politicas. Há poucos anos atrás, os Americanos afirmaram que eram os mais bem sucedidos em alcançar a prosperidade dado que eram uma nação consumista. Quanto mais as pessoas consumem maior a afluência geral. Agora descobrimos que uma cultura de consumo não é sustentável; estamos a destruir-nos a nós mesmo e ao nosso planeta. Não podemos continuar no caminho do consumismo pois existem limites para tudo.
Previsões para o futuro quando eu era criança pintavam um quadro muito diferente do nosso presente estado das coisas. Foi-me dito que quando eu crescesse eu trabalharia apenas por quatro horas por dia em vez de oito, eu usaria o resto do meu tempo para buscas culturais, eu teria dois meses de férias, e crianças do futuro seriam bem educadas e mais culturalmente desenvolvidas.
Contudo, as pessoas hoje trabalham um dia de doze horas e praticamente não tiram férias. Educação e cultura estão em estreitas crises. As famílias separam-se. A maioria da humanidade existe em desespero e depressão dependendo de antidepressivos e "drogas recreativas." Nós chegamos ao estado em que "os sete anos de fartura" terminaram e "os sete anos de fome" (os sete anos maus) começaram. Os "sete anos de fome" ocorrem de forma a trazer a humanidade à decisão de que ela não quer mais continuar tal existência.
Então agora que devemos nós fazer? O povo na antiga Babilónia enfrentou o mesmo dilema quando o seu egoísmo explodiu, tal como o nosso o fez agora. E o conselho dado por Abraão nessa altura é aplicável hoje.
“Existem duas soluções possíveis aqui. Queres tu espalhar-te pelo mundo inteiro, ao passo que o propósito da criação é de nos trazer similaridade com o Criador?” “Não escapes à tua missão,” avisou Abraão, “É inevitável que tu voltarás a ela em quatro mil anos e meio.” E é claro, Abraão estava a falar sobre o nosso tempo.
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