Menu
  • Início
  • O Que é Cabala?
    • Cabala Para o Principiante
      • Introdução à Cabala
      • A Palavra "Kabbalah"
      • Ciência e Cabala
      • História
      • Evolução
      • A Árvore da Vida
      • Quem o Dirige?
      • Quem Pode Estudar Cabala?
    • Perguntas Frequentes
      • FAQs sobre Cabala
      • 10 Mitos sobre Cabala
      • Pergunte ao Cabalista
      • Percepção da Realidade
      • Cabala Revelada Curtas
      • Cabala Explicada Simplesmente
      • 60 Segundos de Cabala
      • 20 Ideias
    • Entrevistas
      • Conversas
      • Induzindo Consciência
      • Nos Mídia
    • Animações
    • Filmes
  • Livros
    • Livros de Cabala
    • Para Que Serve o Livro na Cabala?
    • Livros para o Iniciante
    • Livraria Oficial
  • O Estudo
    • A Aula Matinal
    • Os Livros
      • Interpretação Cabalística
      • O Livro "Shamati"
      • O Zohar
        • Entre no Zohar
        • Decifrando o Zohar
        • Introdução ao Livro do Zohar
        • Desbloqueando o Zohar (Livro)
        • Faça-se Luz
      • A Bíblia
        • Segredos do Livro Eterno (Excertos)
        • Divulgando Uma Porção (Livro)
        • Porção Semanal com Shmuel Vilojni
        • Comentário ao Livro dos Salmos
          • Salmo 61
          • Salmo 63
          • Salmo 84
          • Salmo 139
    • O Grupo
    • O Professor
      • Dr. Michael Laitman PhD
      • Rabash: O Último Grande Cabalista
      • Rabash: Experiências em Tiberíades
      • Sempre Comigo
    • Biblioteca de Cabala
    • APPS Para o Estudante
      • Android
      • iOS
    • Excertos da Aula Matinal
      • Momentos de Cabala
        • Série 1
      • 5 Minutos de Luz
      • Desbloqueando o Zohar (Vídeos)
      • Gotas de Luz
  • Música
    • Melodias dos Mundos Superiores
    • Descarregue Música MP3
    • Outros Autores
    • Mais Sobre Música
      • Nigun Cabalístico Explicado
      • Melodias - Curso Global
  • Curso Virtual
  • O Instituto Arvut
  • Contactos
  • Donativos
  • Acerca de

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Arrependimento

julho 08, 2016


Artigo Nº 27, Tav-Shin-Mem-Hey, 1984-85

Está escrito em O Zohar (Nasso, item 28): “Este mandamento é o mandamento de Teshuvá[arrependimento] e isto é Biná. O que é Biná? Ela é as letras Ben Yod-Hey [Filho de Yod-Hey]. Esse filho é Vav, que está anexa a ela e recebe de seus Mochin de Yod-Hey. Qualquer um que se arrependa, é como se ele tivesse devolvido a letra Hey, que é Malchut, à letra Vav, que éYod-Hey, com o qual HaVaYaH é completado.”
Em O Zohar  (Nasso, item 29), “A letra Hey é certamente uma confissão de palavras. Este é o sentido de “Levai palavras convosco e regressai ao Senhor. Dizei para Ele, ‘…que possamos apresentar os frutos dos nossos lábios.’” Certamente, quando um peca, ele faz com que a Hey abandone a Vav. Foi por isso que o Templo foi arruinado e Israel foram removidos de lá e foram exilados entre as nações. Por esta razão, qualquer um que se arrependa causa o retorno da Hey para a letra Vav.
Em O Zohar  (Nasso, item 31), “Esta resposta é chamada ‘vida.’ Esta resposta, que é Malchut e Heyde HaVaYaH, é chamada ‘vida,’ como está escrito, ‘dela flui a nascente da vida,’ que são as almas de Israel, que são a nascente de Malchut, chamada ‘vida.’ Ela é a Hevel [fumo da boca] que entra e sai da boca de um sem esforço. Este é também o sentido da Hey de Hibaraam[e foram eles criados], uma vez que a letra Hey é pronunciada pela boca mais facilmente que todas as outras letras. Foi dito sobre ela, ‘pois o homem vive através daquilo que procede da boca do Senhor,’ pois Malchut é chamada ‘aquilo que procede da boca do Senhor.’ Também, ela está sobre a cabeça de um homem, como em, ‘Sobre minha cabeça está o Senhor presente.’ Foi dito sobre ela, ‘E a imagem do Senhor vislumbra ele,’ uma vez que Malchut é chamada ‘a imagem do Senhor’ e também, ‘Somente na imagem caminha o homem.’”
Em O Zohar  (Nasso, item 32), “E pois ela esta sobre a cabeça de um homem, ele não deve caminhar quatro Amot[aprox. um metro e vinte] de cabeça descoberta, pois se ela for removida da cabeça do homem, prontamente a vida o abandona.”
Também em O Zohar  (Nasso, item 34), “Foi certamente sobre esta forma da Hey que afirmaram eles, ‘Eu tenho um bom presente no meu tesouro, cujo nome é ‘Shabat’ [Sabate].’ Shabat éMalchut, quando ela ascende até Biná. Quando esta Malchut, que é Shabat, está sobre Israel, eles não têm trabalho nem escravidão e nela, a alma trabalhadora e da labuta pára e descansa.”
Precisamos de entender todos esses nomes que o sagrado Zohar dá a Malchut.
1) O que significa que Malchut é chamada Hey e que ela é Hevel sem trabalho e labuta? Afinal, há uma regra, “Eu achei mas não trabalhei, não creias.”
2) O que significa que Malchut é chamada de “vida”? Em vários lugares, chama o sagrado Zohar a Malchut“a qualidade de julgamento,” de onde deriva a morte.
3) O que implica que Malchut seja chamada “a boca do Senhor”?
4) O que significa que ela está sobre a cabeça de um homem?
5) Por que diz ele que Malchut é chamada a “imagem do Senhor,” como está escrito, “A imagem do Senhor vislumbra ele”?
6) O que significa que Malchut seja chamada “Tzélem [imagem], como está escrito, “Somente na imagem caminha um homem”?
Para explicar o supracitado, primeiro precisamos de entender o propósito da criação, ou seja a conexão que as criaturas devem ter com o Criador. Todo o nosso trabalho revolve este exílio, bem como as punições que sofremos se não o corrigirmos. É também esta toda a recompensa que recebemos quando as criaturas se conectarem ao Criador.
É sabido que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações. Porém, em prol de prevenir o pão da vergonha, que é a questão da equivalência de forma, pois disparidade de forma na espiritualidade é chamada “afastamento” e equivalência de forma é chamada “aproximação,” desta forma, embora Seu desejo de fazer o bem às Suas criações seja ilimitado, ainda assim, a questão da equivalência de forma feito feita, ou seja de não receber deleite e prazer a menos que seja em prol de trazer contentamento sobre o Criador.
Disto se propaga até nós a questão do trabalho, ou seja que devemos fazer uma Masach [tela] para que possamos receber o deleite e prazer em prol de doar. Esta é a raiz do trabalho que nós temos, como está escrito no “Prefácio Geral ao Livro, Panim Meirot Umasbirot” (item 3): “Sabei que aMasach no Kli [vaso] de Malchut é a raiz das trevas por causa da força de impedimento que existe na Masach, para impedir a luz superior de se espalhar para Behina Dalet. Esta é também a raiz do trabalho em prol de receber recompensa, uma vez que o trabalho é uma acção involuntária, pois o trabalhador se sente confortável somente quando descansa. Mas porque o senhorio lhe paga seu salário, ele anula sua vontade perante a vontade do senhorio.”
Assim, tudo o que precisamos de fazer é trabalhar. A única coisa que nos cabe a nós, como está escrito, “Que Deus criou para fazer.” “Criou” é aquilo que atribuímos ao Criador, que é o desejo de fazer o bem às Suas criações. De “criou,” se propaga até nós a questão da separação e da disparidade de forma. Porém, com “para fazer,” significa através do trabalho que nós fazemos em prol de alcançarmos o grau de em prol de doar, nos aproximamos do Criador uma vez mais através de equivalência de forma.
Este é o sentido da parceria entre as criaturas e o Criador, como está escrito emO Zohar (“Introdução para o Livro do Zohar,” item 67): “‘E dizei para Sião, ‘Vós sois Meu povo.” Não o pronuncie ‘Vós sois Meu povo [Ami],’ mas ‘Vós estais Comigo [Imi],’ que significa parceiros Comigo.” Isto é, o Criador deu a vontade de receber, que é a deficiência que Ele criou, que é chamada de “trevas,” como está escrito, “E cria as trevas.” Isto vem do Seu desejo de fazer o bem. As criaturas devem dar a Masach, pela nós temos equivalência de forma, pois somente quando temos Kelim [vasos] que são adequados para receber a abundância que vem de Ele fazer o bem às Suas criações. Sucede-se que “criou” vem do alto e “para fazer” vem dos inferiores.
Nós descobrimos duas questões no trabalho: 1) O trabalho e a recompensa são duas questões. O trabalho não é o lugar da recompensa, ou seja que o tempo do trabalho e o tempo da recompensa são separados. 2) O trabalho e a recompensa estão no mesmo lugar e ao mesmo tempo.
Trabalho significa que um tem de fazer um movimento e movimento também ocorre de três maneiras: 1) trabalho do corpo, 2) trabalho da mente, 3) trabalho interno, que é o mais difícil. Isto é feito quando ele deve trabalhar com a mente, enquanto faz coisas que contradizem à mente e ao intelecto. Isto é, ele deve anular sua mente. Isto significa que a mente manda que ele faça isto ou aquilo, mas ele faz um movimento e cancela sua mente, que ele entende ser cem por cento verdadeiro de acordo com sua mente. E todavia, ele anula-a. Este é o verdadeiro trabalho.
Regressemos à questão do trabalho. Por exemplo, uma pessoa faz um movimento em prol de receber uma recompensa pelo movimento. Inversamente, ela permaneceria em repouso, dado que pela natureza da criação, o homem anseia repousar. A razão para isto é explicada em O Estudo das Dez Sefirot (Parte 1,Histaklut Pnimit [Reflexão Interna], item 19): “Isto assim é pois nossa raiz é estática e imóvel e serena; não há movimento Nele de todo.”
Portanto, nós vemos que à medida do tamanho, importância e necessidade que ele tem pela recompensa, a essa medida se pode ele esforçar. Todavia, se ele encontrasse uma táctica para receber a recompensa sem esforço, prontamente abdicaria do esforço pois para ele o esforço é senão um meio para obter a recompensa. Logo, se ele puder obter a recompensa através de certo outro meio, ou seja não através de trabalho, então pensará ele, “Por que devo eu trabalhar para nada?” pois ele não recebe qualquer recompensa deste trabalho, uma vez que ele consegue obter aquilo que lhe será dado pelo trabalho sem o trabalho. Sucede-se que não lhe é pago e nós dissemos, é impossível trabalhar sem pagamento. Portanto, ele abdica do trabalho.
Isto é considerado que o trabalho e a recompensa estão em dois lugares e dois tempos, uma vez que o trabalho é, por exemplo, que ele está numa fábrica e o pagamento é o cheque do salário que ele recebe no escritório. “Em dois tempos” significa um tempo separado para trabalhar e um tempo separado para a recompensa, uma vez que o trabalho é a cada hora e a cada momento e a recompensa é dada somente no final do dia, quando ela termina o trabalho, como está escrito (Deuteronómio, 24:14), “Tu não oprimirás o contratado … Tu lhe darás seus vencimentos cada dia até que o sol se ponha.”
Mas por vezes o trabalho e o pagamento são no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Isto assim é quando o trabalho em si mesmo é a recompensa e ele não espera que lhe seja dada qualquer outra recompensa pelo seu trabalho. Isto é, cada movimento que o corpo faz. Como acima foi dito, o corpo não consegue fazer um movimento de todo sem recompensa.
Mas aqui, quando seu trabalho é a recompensa, ele recebe a recompensa precisamente onde ele trabalha. E também, ele recebe a recompensa enquanto trabalha. Isto é, ele não precisa de esperar por outro tempo para lhe ser dada a recompensa, tal como no fim do dia, mas em vez disso todo e cada movimento é recompensado precisamente lá e nessa altura.
Por exemplo: Se um grande ADMOR [rabbi de alto estatuto] vem para Israel. Se, por exemplo o ADMOR de Lubavitch vem e todos seus seguidores vêm para o cumprimentar. E ele tem um pequeno pacote na sua mão, que ele dá a um dos seguidores para o levar até ao táxi. Posteriormente o ADMOR retira uma nota de $100 e dá-lha em troca por ter carregado o pacote até ao táxi. Seu seguidor sem dúvida vai recusar receber o dinheiro. E se o ADMOR lhe perguntar, “Por que não aceitas o dinheiro? É isto muito pouco? Para um porteiro comum, que não é seguidor e não sabe o que é um ADMOR e não sabe que sou uma pessoa importante, se eu lhe desse uma nota de $10, ele me teria agradecido. A ti dei dez vezes mais que a um porteiro comum e tu não o aceitas?”
O que devemos dizer sobre isto? Seu seguidor não quis receber dele o dinheiro para transportar pois precisamente ele conhece a grandeza e importância do ADMOR e o ADMOR o escolheu para o servir. Esta é uma grande recompensa, que vale imenso. Se algum dos seguidores pudessem comprar dele o serviço que o ADMOR lhe deixou fazer, o seguidor certamente diria para ele: “Todo o dinheiro no mundo é inútil em comparação com este serviço, que o ADMOR me deu e me escolheu entre todos os outros.”
Aqui podemos ver que o trabalho e a recompensa estão no mesmo lugar e ao mesmo tempo, uma vez que durante o trabalho, ou seja enquanto ele transporta a carga e ele deve ser recompensado uma vez que é impossível trabalhar sem recompensa, ele não recebe recompensa de outro lugar, ou seja que o trabalho é o pacote que ele transporta e sua recompensa está noutro lugar, nomeadamente o dinheiro, ou noutro tempo, ou seja que ele é recompensado quando terminar o trabalho.
Em vez disso, aqui o trabalho e o pagamento estão no mesmo lugar. O trabalho é transportar o pacote e a recompensa também é transportar o pacote do ADMOR. Ele não precisa que lhe seja dado qualquer outra coisa que seja considerada recompensa. Em vez disso, o trabalho de transportar o pacote do ADMOR em si mesmo é sua recompensa.
Isto também é considerado “ao mesmo tempo,” ou seja que enquanto ele trabalha, ao mesmo tempo é ele recompensa e não pode aqui ser dito que ele recebe recompensa depois de ter terminado seu trabalho. Em vez disso, ele recebe seu pagamento nesse preciso momento. O tempo do trabalho e o tempo do pagamento são inseparáveis aqui pois sua inteira recompensa é o serviço que ele dá ao ADMOR. Ele desfruta deste serviço mais que qualquer fortuna no mundo.
Sucede-se que há algo de novo aqui, que não pode acontecer que haja tal coisa como receber recompensa todo e cada momento do nosso trabalho. Em vez disso, a recompensa vem sempre após o trabalho, como está escrito, “para os fazeres hoje e receber recompensa por eles amanhã.” Mas aqui é diferente, ou seja que o trabalho e a recompensa vêm como um.
Assim ocorre que o trabalho não é considerado trabalho pelo qual receber recompensa. Só quando o trabalho e recompensa estão em dois lugares e dois tempos é o trabalho considerado trabalho. Isto é, quando o trabalho é só um meio para receber recompensa. Portanto, se pudéssemos jogar fora o meio e receber o propósito imediatamente, por que precisaríamos do meio? Por esta razão,  uma vez que o propósito inteiro é a recompensa, sua atenção está somente na recompensa e ele sempre procura como trabalhar menos e ganhar mais.
Mas se o trabalho e a recompensa forem simultâneos, este trabalho não é considerado labuta, do qual possamos dizer que ele se quer livrar do trabalho, uma vez que o trabalho e o pagamento são no mesmo lugar e ao mesmo tempo, uma vez que ele desfruta de servir uma pessoa importante.
Respectivamente, o trabalho na Torá e Mitsvot [mandamentos] é somente quando ele transporta o fardo da Torá e Mitsvot como o porteiro transporta o pacote do ADMOR sem conhecer a importância do ADMOR. Nessa altura ele está sempre a regatear e quer maior recompensa que aquela que o ADMOR lhe paga pelo seu trabalho, como dissemos na alegoria sobre o ADMOR de Lubavitch. Isto é, o seguidor que leva o pacote que o ADMOR lhe deu, uma vez que o seguidor reconhece a importância e grandeza do ADMOR, ele não quer recompensa do ADMOR. Em vez disso, o tamanho da recompensa é medida pelo seu reconhecimento da grandeza e importância do ADMOR; é assim que ele recebe recompensa adicional.
Embora por natureza derivemos grande prazer quando servindo uma pessoa importante, há uma diferença na importância, também. Se uma pessoa serve a pessoa mais importante na cidade, embora isso lhe agrade, não há nada como saber que ela serve a pessoa mais importante do país. E seu prazer seria ainda maior se ela soubesse que servia a pessoa mais importante no mundo. Então sua alegria cresceria ilimitadamente.
Acontece que trabalhamos na Torá e Mitsvot porque nos falta a importância e grandeza do Criador. Nas palavras do sagrado Zohar, isso é chamado que todos nossos pensamentos devem ser somente para “levantar a Shechina [Divindade] do pó. Isto é, para nós a espiritualidade está completamente na ocultação da face e não sentimos a importância do nosso trabalho. Ou seja, nós não sentimos a importância daquele para quem trabalhamos e a quem servimos. Portanto, quando superamos no trabalho, esse trabalho é por coação. Isto é chamado “labuta,” uma vez que a recompensa não está no lugar do trabalho.
Por outras palavras, ao trabalhar em coação, ele espera receber recompensa passado algum tempo e num lugar diferente. Uma vez que a recompensa está longe do tempo do trabalho, ele tem tempo para pensar que agora ele trabalha e mais tarde vamos receber recompensa. Desta forma, há um tempo em que há trabalho lá e isto é chamado “labuta.”
Isto assim não é quando ele sente a importância do trabalho, ou seja quando ele sente a quem ele serve. Nessa altura a recompensa está no lugar do trabalho. Tal trabalho não é considerado labuta pois o trabalho e a recompensa estão no mesmo tempo e no mesmo lugar e isto não é labuta.
Nós podemos discernir este quando aqui, se o trabalho e a recompensa estão no mesmo lugar, o próprio trabalho é a recompensa. Portanto, ele não vai querer abdicar do trabalho pois naturalmente, tu não abdicas da meta, tu só abdicas do meio. Portanto, quando a recompensa e o trabalho estão no mesmo lugar e ao mesmo tempo, uma pessoa não consegue abdicar do trabalho. Se ela abdicar do trabalho, ela abdica da recompensa, uma vez que elas estão no mesmo lugar.
Mas se uma pessoa trabalha como o porteiro, tal como na citada alegoria, uma vez que aqui, há labuta pois o trabalho e a recompensa estão em dois lugares diferentes, então a pessoa quer abdicar do trabalho, que é apenas um meio para a recompensa e ela quer a recompensa. Por exemplo, uma pessoa que trabalha para obter o mundo vindouro está disposta a abdicar do trabalho, ou seja se lhe for dado o mundo vindouro sem trabalho, dado que ela precisa somente da meta e não do meio.
Nós podemos discernir o mesmo a respeito de um presente. Se uma pessoa importante dá a alguém um presente, o recipiente distingue duas coisas no presente: 1) que ela o ama, ou não lhe teria dado o presente, 2) o próprio presente.
Aqui, também, devemos fazer os mesmos discernimentos, ou seja qual é a meta e qual é o meio. Também devemos determinar a importância do dador, se o dador for uma pessoa importante então o amor é a meta e o presente é somente um meio, onde através do presente o amor aqui aparece. Sucede-se que aqui, também, está ele disposto a abdicar do presente, mas não do amor. Mas se o dador for uma pessoa vulgar então o presente é a meta e o amor é o meio e ele consegue abdicar do amor desde que ela lhe der presentes. Sucede-se que se ela dá ou recebe, há sempre o mesmo cálculo da importância da pessoa.
Até então falámos sobre a recompensa e o trabalho. Porém, há outra questão, nomeadamente a punição. Isto é, se ela não mantiver a Torá e Mitsvot, ela é punida por isso. Mas aqui, também, devemos discernir se a punição é onde ela quebrou as leis ou noutro lugar e noutro tempo.
Tomemos como exemplo, recompensa e punição a respeito das regras do estado. Aquele que viola as leis do estado é punido. Sua punição não está no mesmo lugar e no mesmo tempo. Uma pessoa que roubou as posses de outro homem e que foi apanhada recebe uma punição, digamos o encarceramento ou uma multa. Contudo, tudo isto não é no mesmo lugar ou no mesmo tempo. Mas se não for sabido que ela é o ladrão, ela nunca será punida.
A mesma coisa se aplica aos transgressores das regras da Torá. E todavia, há uma grande diferença entre violar a lei da Torá e violar as leis do estado. Na parte revelada, ou seja no trabalho na Torá e Mitsvot, toda a pessoa pode ver o que a outra faz. Aqui a transgressão e punição também não são no mesmo lugar e no mesmo tempo. Se uma pessoa cometeu uma transgressão e há testemunhas que o viram, ela é punida pela sua transgressão. Por exemplo, se ela comeu porco e as pessoas viram-o, posteriormente o tribunal sentencia que por esta transgressão ela merece ser açoitada. Sucede-se que a transgressão e a punição estão em dois lugares e dois tempos, tal como quando violando as leis do estado.
Porém, no trabalho do homem, aproximar-se da interioridade da Torá, que é chamada a “parte oculta,” lá a questão está oculta e ninguém consegue ver o trabalho interno do homem, uma vez que ninguém sabe o que está no seu coração. Se, por exemplo, um homem vem e diz, “Eu quero fazer um grande donativo para um seminário onde as pessoas aprendam Torá. Contudo, eu quero que haja uma grande placa de identificação em pedra no seminário onde lá será inscrito que eu dei o grande donativo e publicitar nos jornais que eu dei tamanho grande donativo, para que onde quer que eu vá eu seja respeitado.”
Nós podemos dizer que ele é um grande filantropo, mas não podemos dizer qu sua intenção seja especificamente apoiar os aprendizes da Torá, mas essa busca de honra, chamada “amor próprio,” também está misturada no apoio aos aprendizes da Torá. Todavia, sua verdadeira intenção está escondida de nós pois talvez tudo o que ele queira seja realmente só apoiar os aprendizes da Torá. E em prol de prevenir os vasos do seu dinheiro de o respeitarem ele finge querer respeito, que ele quer pagar para a caridade pois quer trocar o desejo de dinheiro por um desejo de honra. Naturalmente, ele não será respeitado.
Entre o homem e homem podemos discernir a parte revelada e a parte oculta. Mas entre o homem e Deus há certamente uma grande diferença. Disseram nossos sábios, “Um sempre se deve envolver em Torá e Mitsvot, até se Lo Lishma [não pelo Seu bem], uma vez que de Lo Lishma chega ele a Lishma [pelo Seu nome]” (Pesachim, 50b). Portanto, na acção das Mitsvot e no estudo da Torá há uma grande diferença entre a parte revelada, ou seja a acção e aparte oculta, ou seja a intenção, uma vez que nenhuma pessoa consegue olhar para a intenção, pois a acção que um faz entre homem e Deus não tem uma pessoa no meio que possa criticar sua intenção. Normalmente, cada um está ocupado consigo mesmo e não tem tempo para pensar nos cálculos de seu amigo. Sucede-se que somente ele pensa na intenção.
Isto é, quando ele se envolve em Lo Lishma, portanto esperando recompensa, o trabalho e a recompensa não estão no mesmo lugar e no mesmo tempo. Mas aqui, quando falamos de punições, a transgressão e a punição não estão no mesmo lugar e no mesmo tempo, dado que ele recebe a punição depois de cometer a transgressão e posteriormente sofre a punição, uma punição neste mundo ou uma punição no mundo vindouro. Isto se aplica somente à parte de Lo Lishma.
Porém, naqueles que trabalham sobre a intenção, para serem capazes de direccionar suas acções somente para doar, a recompensa e punição são no mesmo lugar e no mesmo tempo, uma vez que sua incapacidade de doar contentamento sobre o Criador é sua punição e ele não precisa que lhe sejam dadas outras punições, pois nada o atormenta mais que ver que está ainda longe do Criador.
A evidência é que ele não tem o amor pelo Criador, que ele O quer respeitar. Tudo isto é pois ele está num estado de Achoraim [dorso] e ocultação do Criador. É isto o que lhe dói e isto é sua punição. Mas aqui está sua recompensa, se ele tiver amor pelo Criador e quiser doar contentamento sobre ele. Todavia, tudo isto preocupa especificamente aqueles que querem chegar a trabalhar somente pelo Criador e não em Lo Lishma. Pode ser dito sobre eles que a punição e a recompensa estão no mesmo lugar e no mesmo tempo.
Mas normalmente, punição é quando estão em dois lugares diferentes. Isto assim é pois geralmente, observar a Torá e Mitsvot é na parte revelada, ou seja somente na acção. E isto é chamado “revelado pois em termos da acção, é revelado a todos aquilo que um faz e aquilo que ele diz. Na parte revelada, nós explicámos acima que lá a recompensa e punição estão em dois lugares diferentes.
Com tudo o citado chegaremos a clarificar as palavras do sagrado Zohar, onde fizemos seis perguntas. É sabido que Malchut é chamada “a última Hey no nome HaVaYaH,” chamada BehinaDalet de Ohr Yashar [quarto discernimento na Luz Directa]. Sua qualidade é receber em prol de receber. Todas as correcções que precisamos de fazer através de Torá e Mitsvot são para a corrigir, para que a recepção nela seja em prol de doar, que é chamada Dvekut [adesão] com o Criador. Mas se sua intenção não é doar ela torna-se removida do Criador.
Também, é sabido que tudo o que aprendemos sobre os mundos superiores diz respeito às almas, como disseram nossos sábios (Vayikra, 36:4), “Rabi Birkiya disse, ‘Os céus e a terra foram criados somente pelo mérito de Israel, como está escrito, ‘No princípio Deus criou’ e não há princípio senão Israel, como foi dito (Jeremias, 2), ‘Israel foi sagrada para o Senhor, a primeira de Sua colheita.’’”
Portanto, tudo o que aprendemos nos mundos superiores é somente para que as almas recebam a abundância superior, como é sabido que o propósito da criação é de fazer o bem às Suas criações. Em prol de corrigir a disparidade de forma que governa a própria Malchut, que é chamada “receber em prol de receber,” uma vez que disparidade de forma causa separação na espiritualidade e este Kli, chamado Malchut, é o Kli de todas as almas das quais o homem foi criado. Ele o deve corrigir para que todos os vasos de recepção trabalhem em prol de doar.
Vejam o que está escrito na introdução a O Livro do Zohar (itens 10-11): “E em prol de remendar essa separação, que reside no Kli de todas as almas, Ele criou todos os mundos e os separou em dois sistemas, tal como no versículo: ‘Deus os fez um oposto ao outro.’ Estes são os quatro mundos puros ABYA e opostos a eles os quatro mundos impuros ABYA. E Ele … removeu a vontade de receber para eles mesmos deles e a colocou no sistema dos mundos impurosABYA. …E os mundos cascatearam para a realidade deste mundo corpóreo, para um lugar onde há um corpo e uma alma e um tempo de corrupção e um tempo de correcção. Pois o corpo, que é a vontade de receber para si mesma, deriva da sua raiz no Pensamento da Criação e passa pelo sistema dos mundos impuros, como está escrito, “um homem nasce o porto de um asno selvagem.’ Ele permanece sob a autoridade desse sistema durante os primeiro treze anos, que é o tempo da corrupção. Ao se envolver em Mitsvot dos treze anos de idade para a frente, quando ele se envolve em doar contentamento sobre seu Fazedor, ele começa a purificar a vontade de receber para si mesmo impressa nele e lentamente a transforma para ser em prol de doar. Com isto ele propaga uma alma sagrada da sua raiz no Pensamento da Criação. Ela passa pelo sistema dos mundos puros e se veste no seu corpo. …E assim acumula ele graus de santidade do Pensamento da Criação em Ein Sof [Infinito], até que eles o ajudem em transformar a vontade de receber para si mesmo nele para ser inteiramente na forma de recepção em prol de doar contentamento sobre seu Fazedor.”
De acordo com o que ele lá apresenta na introdução a O Livro do Zohar, nós vemos que tudo o que dizemos sobre os mundos superiores diz respeito somente às almas. Portanto, quando dizemos queMalchut se afastou do nome HaVaYaH, isso diz respeito às almas, que precisam de a corrigir para que ela se conecte ao nome HaVaYaH, pois em respeito às almas, ela se afastou.
Porém, quando uma pessoa assume sobre si mesma o fardo do reino dos céus acima da razão e ela está em doação, isso causa à raiz do homem, que é Malchut, a também estar em doação, que é equivalência de forma. Nessa altura é considerado que Malchut, que era afastada do dador, em disparidade de forma, agora que o homem se envolve em doação, chamada “equivalência de forma,” isso é considerado que Malchut se aproxima a si mesma do nome HaVaYaH, ou seja do dador. Este é o sentido de “Devolver a Hey à Vav,” onde Yod-Hey-Vav são chamadas as “nove superiores,” que são o dador e a letra Vav é considerada dar a Malchut, uma vez que agora Malchut é considerada dar, tal como a Vav. É por isso que o sagrado Zohar chama a Malchut pelo nome Hey. Esta é a resposta à primeira pergunta que fizemos.
Por um lado, na sua raiz, Malchut é a raiz dos seres criados. Ela é chamada Malchut devido a sua raiz de receber em prol de receber. Deste aspecto se propaga a morte, dado que recepção causa separação da vida das vidas. Por esta razão, a morte deriva daí. É também por isso que Malchut é chamada a “árvore da morte” (Zohar, Behaalotcha, item 96), como está escrito, “Disse Rabi Yehuda, ‘Rabi Chiya disse, ‘O texto testemunha que qualquer um que dê caridade aos pobres desperta a árvore da vida, que é ZA, para acrescentar vida à árvore da morte, que é Malchut. Então há vida e alegria no alto, em Malchut.’’”
Assim vemos que por um lado, Malchut é chamada a “árvore da morte,” da perspectiva de sua raiz, mas quando as almas se envolvem na doação, ela está em equivalência de forma e então a Tzimtzum [restrição] e ocultação que estavam sobre ela são removidas. Especificamente daqui, ou seja de Malchut, a vida se propaga para o mundo e nesse respeito Malchut é chamada “vida.”
Com isto explicámos a segunda pergunta, por que Malchut é chamada “vida,” uma vez que Malchut é chamada a “árvore da morte.” A resposta é que depois de ela ser corrigida, como em “Trabalho abaixo desperta trabalho no alto,” isso significa que as obras dos inferiores despertam as raízes superiores, pelas quais elas causam a unificação do Criador e Sua Shechina e dessa unificação a vida vem para o mundo.
A terceira pergunta é o que significa que Malchut é a boca do Criador. Nós vemos que na corporalidade, a boca revela aquilo que está na nossa mente. HaVaYaH é chamada “a qualidade de misericórdia.” Isto significa que o Criador concede deleite e prazer sobre as criaturas. Quando Malchut é chamada “vida,” que é quando os inferiores se envolvem em doação, a vida superior vem de Malchut. O propósito da criação é chamado “luz de Chochmá,” que é Ohr Chaya. Quando Malchut a revela, ela é chamada “a boca do Senhor,” revelando o pensamento da criação, que é fazer o bem às Suas criações.
Com isto chegamos a interpretar aquilo que perguntamos na quarta pergunta: o que significa que por ela estar na cabeça de um homem, um homem não pode caminhar quatro Amot [aprox. um metro e vinte] de cabeça descoberta. É sabido que Malchut é chamada “fé” e fé é sempre acima da razão. A mente do homem é referida como a “cabeça” de um homem. Respectivamente, o reino [Malchut] dos céus que um deve assumir sobre si mesmo deve ser acima da razão e acima da mente. É por isso que é considerado que Malchut está sobre a cabeça de um homem.
É por isso que é proibido caminhar quatro Amot de cabeça descoberta, ado que se ela abandona a cabeça de um homem, a vida prontamente o abandona. Cabeça descoberta significa que Malchut, que é considerada fé, não está na sua mente e razão. É como dissemos, que fé é considerada estar acima da sua cabeça, ou seja acima da razão. E porque ele não tem fé, a luz da vida, que vem de Malchut, certamente o abandona, dado que Malchut é chamada “vida” somente ao corrigir os vasos de doação. Mas nos vasos de recepção, Malchut é chamada a “árvore da morte.” É por isso que a vida o abandona.
A quinta pergunta, por que Malchut é chamada “a imagem do Senhor,” é porque “imagem” significa como dizemos, “Eu quero ter uma imagem geral da questão.” Desta forma, quando querendo conhecer a imagem geral da espiritualidade, nos é dito, “E a imagem do Senhor vislumbra ele.” Isto é, ver a imagem geral da espiritualidade depende da medida à qual foi ele recompensado com fé no Criador. Fé é expressa na mente e no coração e de acordo com a fé com a qual um foi recompensado, também assim recebe ele a imagem dela. Portanto, uma vez que Malchut é chamada “fé,” Malchut é chamada “a imagem do Senhor,” ou seja que de acordo com sua fé, tal é a imagem da espiritualidade que ele recebe.

Também, na supracitada maneira podemos responder à sexta pergunta: por que Malchut é chamada Tzélem[imagem], como está escrito, “Somente na imagem caminha o homem”? Tzélem também significa fé, dado que “sol” é chamado razão [conhecimento] e Tzél [sombra] é algo que esconde o sol. Isto é a fé, que é chamada “vestimenta.” Se uma pessoa tem vestimenta, a luz superior se veste nele, como está escrito em O Zohar (Vayechi, item 201), “Se a Tzélem [imagem] parte, os Mochin partem e os Mochin se vestem de acordo com a Tzélem.”
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no Facebook
Mensagem mais recente Mensagem antiga Página inicial
A Sabedoria da Kabbalah ("recepção" em hebraico) nos ensina a receber e compreender como percebemos a realidade ao nosso redor. Para entendermos quem somos, primeiro precisamos entender como percebemos o mundo que nos rodeia.
Clique aqui para saber mais




Alguns dos vídeos nesta página usam Legenda CC do YouTube, ative conforme a imagem acima
Instituto Arvut


Kabbalah La'am Music · Baal HaSulam Melodies

  • Página Oficial Bnei Baruch - Instituto de Pesquisa e Educação de Cabala
  • Instituto Arvut - Bnei Baruch Brasil
  • Página Oficial Dr. Michael Laitman
  • Academia de Cabala Bnei Baruch (Brasil)
  • Academia de Cabala Bnei Baruch Europa
  • KAB.TV - Aula Matinal e Outros
  • Kabbalah Media - O Arquivo
  • Sviva Tova - O Bom Meio Ambiente
  • Livraria Oficial Bnei Baruch

Copyright © Bnei Baruch Cabala Autêntica | Powered by Blogger
Design by Flythemes | Blogger Theme by NewBloggerThemes.com