Menu
  • Início
  • O Que é Cabala?
    • Cabala Para o Principiante
      • Introdução à Cabala
      • A Palavra "Kabbalah"
      • Ciência e Cabala
      • História
      • Evolução
      • A Árvore da Vida
      • Quem o Dirige?
      • Quem Pode Estudar Cabala?
    • Perguntas Frequentes
      • FAQs sobre Cabala
      • 10 Mitos sobre Cabala
      • Pergunte ao Cabalista
      • Percepção da Realidade
      • Cabala Revelada Curtas
      • Cabala Explicada Simplesmente
      • 60 Segundos de Cabala
      • 20 Ideias
    • Entrevistas
      • Conversas
      • Induzindo Consciência
      • Nos Mídia
    • Animações
    • Filmes
  • Livros
    • Livros de Cabala
    • Para Que Serve o Livro na Cabala?
    • Livros para o Iniciante
    • Livraria Oficial
  • O Estudo
    • A Aula Matinal
    • Os Livros
      • Interpretação Cabalística
      • O Livro "Shamati"
      • O Zohar
        • Entre no Zohar
        • Decifrando o Zohar
        • Introdução ao Livro do Zohar
        • Desbloqueando o Zohar (Livro)
        • Faça-se Luz
      • A Bíblia
        • Segredos do Livro Eterno (Excertos)
        • Divulgando Uma Porção (Livro)
        • Porção Semanal com Shmuel Vilojni
        • Comentário ao Livro dos Salmos
          • Salmo 61
          • Salmo 63
          • Salmo 84
          • Salmo 139
    • O Grupo
    • O Professor
      • Dr. Michael Laitman PhD
      • Rabash: O Último Grande Cabalista
      • Rabash: Experiências em Tiberíades
      • Sempre Comigo
    • Biblioteca de Cabala
    • APPS Para o Estudante
      • Android
      • iOS
    • Excertos da Aula Matinal
      • Momentos de Cabala
        • Série 1
      • 5 Minutos de Luz
      • Desbloqueando o Zohar (Vídeos)
      • Gotas de Luz
  • Música
    • Melodias dos Mundos Superiores
    • Descarregue Música MP3
    • Outros Autores
    • Mais Sobre Música
      • Nigun Cabalístico Explicado
      • Melodias - Curso Global
  • Curso Virtual
  • O Instituto Arvut
  • Contactos
  • Donativos
  • Acerca de

domingo, 2 de dezembro de 2018

A Principal Diferença entre uma Alma Animal e uma Alma Divina

dezembro 02, 2018

Artigo nº 17, 1988

Está escrito no Zohar (Tazria, Item 1): “Rabi Elazar começou: 'Sobre minha cama, noite após noite, procurei Aquele a quem minha alma ama.' Ele pergunta: 'Ele diz: 'Sobre minha cama'. Deveria ter dito: 'Na minha cama.' Porém, a assembleia de Israel falou diante do Criador e Lhe perguntou sobre o exílio, já que ela está sentada entre o resto das nações com os seus filhos e jaz no pó. E porque ela está deitada noutra terra, uma terra impura, ela disse: 'Na minha cama eu peço, pois estou deitada no exílio', e o exílio é chamado 'noites'. Portanto, 'procurei Aquele a quem minha alma ama,’ para me livrar disso.'”

Devemos entender por que ele diz que “Na minha cama à noite” refere-se ao exílio. O exílio pode ser entendido de três maneiras: 1) Ela está “deitada entre o resto das nações com os seus filhos”. Esta é a forma plural, “entre as nações”. 2) Ela “está no pó”. 3) “Porque ela está deitada noutra terra, uma terra impura”, que é no singular.

Além disso, devemos entender o que é “a assembléia de Israel com seus filhos” no trabalho, e que eles estão no exílio e que ela está deitada no pó, no trabalho.

É sabido que a assembléia de Israel é chamada Malchut, que é a raiz de todas as almas, pois Malchut contém dentro dela todas as almas. Geralmente, aprendemos que todas as correcções do mundo têm nomes segundo Malchut porque Malchut é o Kli [vaso] geral que recebe todas as luzes transmitidas a todos os mundos.

Baal HaSulam disse uma regra que devemos conhecer: 1) No geral, todas as luzes que existem nos mundos são consideradas a luz de Ein Sof. 2) O receptor geral que discernimos nos mundos e nas Sefirot é Malchut. 3) Todas as multiplicidades são somente da perspectiva dos receptores. 4) Todo e qualquer discernimento que fazemos é na medida que Malchut é impressa pelas luzes que ela recebe.

Ou seja, segundo o poder da Masach [tela] onde Malchut levanta Ohr Chozer [Luz Refletida], ela sentirá a luz que lhe é doada. Como há muitos discernimentos nas Massachim [plural de Masach], como aprendemos, também existem muitos discernimentos na luz.

Para entender a necessidade de uma Masach e Ohr  Chozer, que provocam muitos discernimentos, devemos lembrar o que é dito no Estudo das Dez  Sefirot, Parte 1, onde ele diz que começamos a falar da conexão entre o Criador e as criaturas, e essa conexão é chamada “O seu desejo de fazer o bem às Suas criações”. Por esta razão, Ele criou a existência a partir da ausência, e esta “existência” é chamada “vontade de receber para si mesmo”. Isto é algo novo, que não existia antes desse desejo ser criado. Portanto, esse desejo, denominado Malchut, recebeu essa luz como um discernimento, sem distinguir graus, uma vez que o Criador, criou a vontade de receber o deleite e prazer, foi precisamente um desejo para receber na medida que o Criador deseja dar.

Por esta razão, está escrito no início do livro Árvore da Vida, que antes da Tzimtzum [restrição], a luz superior preencheu toda a realidade, e não haviam um começo ou um fim, até que depois de Malchut de Ein Sof ter recebido a luz. E uma vez que o poder do superior, que é o desejo de doar, está incluído na luz, assim que Malchut recebeu a luz, ela queria equivalência de forma, com a luz que ela havia recebido. Por esta razão, ela limitou-se pra quanto a receber em prol de receber e não receberá mais abundância do que aquela que ela consiga direcionar em prol de doar.

Já que atribuímos este Kli ao receptor, e é contra a natureza de Malchut, que foi criada com o vontade de receber, e agora ela de precisa fazer alguma coisa contra sua natureza, fazer tal Kli não acontece de só uma vez. Ou seja, Malchut não pode receber toda a luz que tinha antes da Tzimtzum e recebe-la em prol de doar.

É por isso que discernimos muitos discernimentos em Malchut, que é o vaso geral de recepção, na medida da capacidade das Massachim que ela é capaz de fazer. Isto é, da perspectiva do Criador, a Sua intenção era doar eternamente, ou seja, de acordo com a medida do vontade de receber. Mas da perspectiva do inferior, que quer receber somente em prol de doar, nós obtemos todas as multiplicidades chamadas “correções de Malchut.”

Geralmente, falamos de Malchut de Atzilut, que foi a única a gerar as almas. Através da cascata dos mundos, Malchut de Atzilut emergiu, e as almas que ela gerou elas a corrigem. Ou seja, as almas que dela vêm, cada uma corrige na raiz da sua alma em Malchut, para serem uma parte corrigida na vontade de receber nela em prol de doar. E nessa medida, Malchut doa aos inferiores.

Isto é, na medida da equivalência de forma que o inferior causa no alto em Malchut, nessa medida é outorgado ao inferior, que causou a correção nela, para que ela possa receber do superior porque já existe equivalência de forma entre o receptor e o Doador. Isto é chamado “a unificação do Criador com Sua Shechiná [Divindade]." Isto é, a unificação é chamada “equivalência de forma”. Quando o receptor é corrigido com a direção de doar, este objectivo faz com que o receptor seja considerado doador porque tudo é segundo a intenção.

Como foi dito acima, o propósito da criação é de fazer o bem às Suas criações, ou seja, que as almas recebam o deleite e prazer. Por esta razão, uma vez que a equivalência de forma exige que haja trabalho nos inferiores, para obter essa intenção de doar, e uma vez que as criaturas foram criadas com a natureza para trabalhar em prol de receber, que é contra a Kedushá [santidade/sagrado] pois toda a luz do prazer que vem do Criador é porque Ele deseja doar e o inferior que a recebe é o oposto disso, portanto, a questão é: De onde as criaturas extrairão a vida, para que possam existir, antes que as criaturas obtenham os vasos de doação, para que tenham equivalência de forma, uma vez que qualquer vida e prazer vêm do Criador, e a disparidade de forma os separa do Criador? Assim, quem lhes daria vitalidade e prazer, pois sem isso é impossível existir por causa da lei do propósito, que é “fazer o bem”, e se as criaturas não têm deleite e prazer, não elas não conseguem existir no mundo .

Em vez disso, a Kedushá sustenta as Klipot [cascas/peles] para elas que não sejam canceladas. Por esta razão, mesmo antes da pessoa ser recompensada com vasos de doação, para poder receber a luz de Kedushá, ela é alimentada pelas Klipot, por aquilo com que a Kedushá sustenta as Klipot, para que elas não sejam canceladas. Isto é como está escrito na “Introdução ao Livro do Zohar” (Itens 10-11): “Para consertar essa separação, que reside no Kli das almas, Ele criou todos os mundos e os separou em dois sistemas, como no versículo: ‘Deus os fez um oposto ao outro.’ Estes são os quatro mundos ABYA de Kedushá, e frente a eles os quatro mundos ABYA de Tuma’a [impureza]. Ele imprimiu o desejo de doar no sistema de ABYA de Kedushá, removendo deles a vontade de receber para si mesmos e a colocou no sistema dos mundos ABYA de Tuma’a. Por causa disso, eles se separaram do Criador e de todos os mundos da Kedushá. Os mundos caíram em cascata sobre a realidade deste mundo corpóreo onde existe um corpo e uma alma e um tempo de corrupção e um tempo de correção. Pois o corpo, que é a vontade de receber para si mesmo, estende-se desde a sua raiz no pensamento da criação, através do sistema dos mundos da Tuma’a.”

Dessa forma, vemos que as Klipot são necessárias para nós, uma vez que o Guf [corpo] se estende a partir delas e recebe vitalidade delas. Somente depois, pelo poder da Torá e Mitsvot [mandamentos/boas ações], quando ele se envolve para doar contentamento ao seu Criador, ele (o corpo) começa a purificar a vontade de receber para si impressa nele, e gradualmente a inverte para trabalhar em prol de doar. Com isso, ele faz propagar uma alma de Kedushá desde a sua raiz no pensamento da criação, e a passa através do sistema dos mundos de Kedushá e ela veste-se no corpo, como lá está escrito (no item 11).

Por esta razão, a Kedushá deve dar vitalidade à Klipá [casca/pele] para que eles possam existir. É como está escrito no livro Árvore da Vida (Panim Masbirot, Ramo 39): “É necessário ter algumas centelhas minúsculas de Kedushá—que são as 11 marcas do incenso—dentro dessas Klipot [cascas/peles].” Este é o significado do que está escrito, que nada pode existir sem centelhas de Kedushá.

Por esta razão, discernimos duas almas no homem: 1) uma alma animal, 2) uma alma de Kedushá.

A alma animal é aquela que sustenta o corpo e mantém a sua existência, pois é impossível viver sem prazer. O prazer é a luz que vem do alto, e “não há luz sem um Kli.” Por esta razão, o prazer deve revestir-se em algum Kli, e não se pode dizer que a pessoa queira o prazer sem roupagem, mas somente o prazer. Em vez disso, deve haver (prazer) revestido em algum Kli. Geralmente, as vestimentas onde a luz do prazer se reveste são chamadas “inveja”, “luxúria” e “honra”.

No geral, existem três vestimentas, mas em cada vestimenta há muitos discernimentos. Por exemplo, na “luxúria”, devemos discernir o comer, o beber e assim por diante. Da mesma forma, existem muitos discernimentos tanto no comer quanto no beber.

Ou seja, em cada roupagem sentimos um prazer diferente, que tem um sabor diferente. Assim, o sabor de comer pão é diferente do sabor de comer bolo, etc. Embora a luz do prazer seja uma só, as vestimentas onde a luz das do prazer se reveste fazem a diferença.

Tudo isso é chamado “alma animal”. Isso significa que existe a “besta” e existe o “homem”, como disseram os nossos sábios: “Tu és chamado 'homem', e as nações do mundo não são chamadas 'homem'”. Devemos entender que “besta” significa que a pessoa não tem relação com o trabalho do Criador. Por esta razão, “a alma animal”, que sustenta o corpo, não tem necessidade da fé no Criador. Mesmo aqueles que não têm fé podem receber a luz do prazer que sustenta o corpo, que é chamado “besta”, embora devamos acreditar que não há nada que não se estenda do Criador, o que significa que a Kedushá sustenta as Klipot. No entanto, o corpo ser chamado “besta” significa que ele não sente que a luz do prazer vem do Criador. Devemos acreditar que o Criador fez isso de propósito – para que eles não soubessem que Ele lhes deu a vida – porque isso é para a correção do homem. Caso contrário, o homem teria sido considerado alguém que “conhece o seu Mestre e pretende rebelar-se contra ele”.

Por outro lado, a “alma divina” é que na medida da fé que ele tem, a alma divina se espalha dentro dele, ou seja, a sensação de que ele tem uma alma divina que o sustenta se espalha dentro dele na medida da fé que ele tem. A medida da fé pode estar numa pessoa segundo a medida do seu trabalho em prol de doar, como explicado na Sulam [comentário sobre O Zohar] (“Introdução ao Livro do Zohar”), onde ele diz que uma pessoa não consegue obter a fé antes de ter vasos de doação.

Devemos acreditar, como vemos, que a alma animal que sustenta o corpo, conforme a medida do revestimento nas vestimentas, assim sentimos o sabor, onde a alma animal está vestida nas vestimentas. Embora a alma animal seja uma só, através das vestimentas que ela usa, podemos ver que cada roupa produz um sabor diferente. Certamente, devemos dizer que aquele que a usa, que está vestido nas vestimentas, muda segundo as suas vestimentas.

Da mesma forma, devemos acreditar que uma alma divina também se veste com as suas vestimentas, chamadas Torá e Mitsvot. Embora digamos que não há mudanças na luz, as vestimentas geram sabores diferentes, por isso não conseguimos sentir o sabor da luz que se reveste na Torá e nas Mitsvot como semelhante entre si.

Como uma luz diferente está vestida em cada Mitsvá [mandamento/boa ação], que é o significado das 613 Mitsvot que O Zohar chama “613 depósitos”, o que significa que em cada Mitsvá, se deposita uma luz diferente, significando um sabor diferente, já que as mudanças ocorrem por conta das vestimentas.

Isto é semelhante ao que está escrito na Sulam (Mar'ot HaSulam, Parte 1), que quando formos recompensados com “ouvir a voz da Sua palavra”, as 613 Mitsvot tornar-se Pekudin, do Pikadon [depósito] do trabalho, já que existem 613 Mitsvot, e em cada Mitsvá, deposita-se a luz de um grau único, correspondente a um órgão específico nos 613 órgãos e tendões da alma e do corpo. Segue-se que, ao fazer o Mitsvá, ele estende ao órgão correspondente na sua alma e corpo, o grau de luz que pertence a esse órgão e tendão. Isto é considerado a Panim [face/anterior] das Mitsvot.”

Embora a luz seja uma, visto que não há mudanças na luz, mas “não há luz sem um Kli”, ou seja, sem vestimentas. Conclui-se que as vestimentas mudam de sabor com a luz. Muitos discernimentos se estendem disto, tanto nos prazeres corporais quanto nos prazeres espirituais.

No entanto, devemos saber que os discernimentos primários que fazemos na espiritualidade são as Massachim. Na medida em que conseguimos nos direcionar em prol de doar, que na espiritualidade é julgado pela Ohr  Chozer [Luz Refletida] que ele tem, então ele reveste a abundância superior. Na ordem do nosso trabalho, isso é chamado “na medida que uma pessoa consiga se direcionar em prol de doar”, nessa medida a luz lhe aparece.

Agora voltaremos a explicar o que perguntamos sobre a assembléia de Israel estar deitada no pó. O Zohar chama o exílio pelo nome de “noites”, e pelo nome “sentada entre as nações”, e pelo nome “a outra terra impura”, e pelo nome “pó”. De acordo com o acima exposto, a questão das almas terem de corrigir a Malchut da qual elas nasceram, é que uma vez que por natureza, o Criador criou a Malchut com um desejo e anseio de receber o deleite e prazer, já que este era o propósito da criação, mas por causa da correção da criação, para não haver vergonha, ela deve ser corrigida para trabalhar em prol de doar. Esta correção é para as almas fazerem.

Ou seja, aprendemos que o “Seu desejo de fazer o bem às Suas criações” refere-se às almas, que elas receberão o deleite e prazer, e tudo o que aprendemos sobre os mundos superiores é somente uma preparação onde pelas restrições e purificações e várias mudanças que aprendemos nos mundos superiores são somente preparativos para que as almas emerjam da maneira que o Criador queria que elas emergissem – prontas para receber o deleite e prazer. Por esta razão, quando dizemos que Malchut gerou as almas, isso significa que as almas devem receber a abundância dela sob condições pelas quais a abundância possa permanecer na sua posse, o que significa que elas receberão em prol de doar. Isto significa que é como se as almas dissessem para Malchut, “Dá-nos deleite e prazer nos nossos Kelim, que nós mesmos despertamos, para que tudo o que fizermos seja somente para doar.”

Agora podemos entender que as palavras “ Malchut está no exílio com seus filhos” são porque isto diz respeito ao desejo de doar, que são os Kelim com os quais podemos receber o deleite e o prazer e que não irá embora (a abundância). Caso contrário, se a vontade de receber para si estiver no meio, a abundância terá de partir, já que os Kelim do desejo de doar são chamados “homem”, como disseram nossos sábios, “Vocês são chamados 'homens', e as nações do mundo não são chamadas 'homens'”, onde “homem” significa doar e “besta” significa receber. , e “homem” significa masculino e “feminino” significa receber.

É sabido que cada pessoa no mundo é considerada um pequeno mundo, como está escrito no Zohar. Isto é, cada pessoa é composta de setenta nações, que significa que “Deus as fez uma em frente da outra”. Existem sete qualidades de Kedushá, chamadas HGT NHYM, e cada uma é composta de dez Sefirot. Portanto, as sete qualidades de Kedushá às vezes são chamadas “setenta faces”. Em frente delas estão setenta nações de Tuma’a [impureza], e tudo está incluído dentro do homem.

Isto significa que o “homem” nele, considerado “o ponto no coração”, está nas trevas, sob o governo das setenta nações nele, que escravizam a Israel nele, para que ela não seja capaz de se envolver em doação, que é o “homem”, mas em vez disso a alma animal governa. Segue-se que a qualidade de “Israel” está no exílio entre “o resto das nações”, que significa que a auto-recepção, chamada “as nações do mundo”, controla “Israel”.

Isto é considerado a Shechiná estar sentada entre o resto das nações com seus filhos, como em: “Quando Israel estiver no exílio, a Shechiná está com eles.” Conclui-se que ela está exilada com seus filhos. Geralmente, Malchut é chamada Shechiná, e seus filhos são todas as qualidades de Israel dentro de cada um. “Estar no exílio” significa aqueles que sentem que não conseguem sair do controle das nações do mundo. A medida do sofrimento dos exilados é julgada pela medida de querer sair do exílio, do governo do resto das nações.

No entanto, às vezes, uma pessoa chega a um estado, como está escrito: “E eles se misturaram com as nações e aprenderam com as suas ações”. Ou seja, eles não sentem nenhuma diferença entre eles e as nações. Isto é, ele não diz que deseja agir de outra forma, a menos que as nações o governem. Em vez disso, ele próprio quer comportar-se como todas as nações. Essa pessoa não está no exílio. Ou seja, ela não tem Kelim para o exílio, já que alguém cujos Kelim está no exílio significa que ele quer trabalhar em prol de doar, mas o corpo resiste a isso. Então pode-se dizer que as setenta nações do seu corpo controlam a Israel que há nele.

Nesse momento ele pode dizer que os vasos de doação estão sob o controle do corpo, e quando ele clama ao Criador para libertá-lo do exílio, ele sabe aquilo que quer com clareza. É como está escrito no Zohar, que a pessoa deve zelar enquanto ora, para que ela saiba como orar com clareza.

Perguntamos: Não sabe o Criador o que está no coração do homem? Então, por que diz O Zohar que é preciso falar claramente com o Criador? A resposta é que deve ficar claro para o homem o que ele está a pedir ao Criador, porque não há luz sem um Kli, e portanto não há redenção sem um exílio.

Com isto devemos interpretar que o exílio significa a Shechiná com as almas está exilada. Para que Malchut receba o deleite e o prazer para as almas, eles devem estar em equivalência de forma, que é o desejo de doar. No entanto, esse desejo é colocado sob o domínio das Klipot, chamadas “terra das nações” ou “terra impura”. Quando uma pessoa quer trabalhar em prol de doar, ela sente um gosto de poeira no trabalho de doação. Somente quando ela se engaja em prol de receber para si mesmo é que ela sente o sabor da comida.

Isto é semelhante à forma como interpretamos as palavras: “E tu comerás pó todos os dias da tua vida”, como disseram nossos sábios: “Uma serpente, seu único alimento é o pó”. Devemos interpretar que enquanto uma pessoa não corrigir o pecado da serpente primordial, qualquer coisa que ela coma, ou seja, todos os sabores que a pessoa sente na Torá e Mitsvot terão o sabor da poeira. Contudo, assim que a pessoa tenha sido recompensada com a correção do pecado da auto-recepção, chamada “a serpente primordial”, ela começa a sentir o sabor da Torá e Mitsvot, como está escrito, “mais agradável que o ouro e mais doce que o mel”.

Este é o significado das palavras “A Shechiná está deitada no pó.” Isto significa que cada um que deseja trabalhar em prol de doar, ou seja, assumir o fardo do reino dos céus, sente o sabor do pó, devido ao pecado da serpente primordial, como disse o Baal HaSulam sobre aquilo que nossos sábios disseram: “A serpente veio sobre Eva e jogou imundice nela.”

Ele disse que o significado é que a serpente jogou em Malchut Zu-Ma [isto-o quê], significando que ela maculou o reino dos céus. Aquele que quer assumir sobre si o reino dos céus, a serpente vem e pergunta a essa pessoa “isto” “o quê”, significando “O que ganharás por quereres trabalhar pelo bem do reino dos céus?” Essa serpente é a inclinação ao mal. Isto é, devemos acreditar acima da razão que através do reino dos céus receberemos o deleite e o prazer, que é o propósito da criação, e a única razão pela qual não podemos receber esta coisa boa é por causa daquela serpente, chamada “vontade de receber para si mesmo.”

Este é o significado do que está escrito, que entendemos o exílio de três maneiras: 1) Ela está “deitada entre o resto das nações”. Ele quer dizer que o ponto no coração de cada um está no exílio entre as setenta nações que existem em cada um deles. 2) Ela está “deitada no pó”, o que significa que eles sentem o sabor do pó. 3) Geralmente, ela está “deitada noutra terra impura”, que é chamada “a serpente primordial”, onde ela deveria estar revestida no lugar do desejo de doar, chamado “a terra de Israel”. Isto é, em vez de todas as suas ações serem Yashar-El [direto ao Criador], ela está noutra terra, uma terra impura. Naturalmente, ela não pode outorgar às criaturas o deleite e o prazer por causa da disparidade de forma entre as criaturas e o Criador.

Este é o significado das palavras “Sobre minha cama”, que O Zohar interpreta como se referindo ao exílio. Refere-se àqueles que sofrem com o exílio e querem escapar da vontade de receber para si mesmos, mas as nações do mundo os controlam e eles não conseguem sair do seu controle. Sobre eles ela diz: “Procuro Aquele que a minha alma ama, para me retirar dela”, significando que o Criador dará as forças para sair do exílio, pois já existe um “despertar de baixo”, chamado um Kli e “desejo”. Nesse momento é possível que a luz se espalhe, onde a luz da redenção remove o controle das nações do mundo.

Agora podemos entender a diferença entre uma alma animal e uma alma divina. Isto é, na verdade, ambos vêm do Criador, pois não há vida no mundo senão aquela que o Criador dá. Mas a diferença é que o Criador dá a alma animal ao homem, e a pessoa não precisa saber que a alma sustentadora vem do Criador. Em vez disso, ela pensa que isso vem através dos mensageiros da natureza. Isto é considerado que “sobre as nações do mundo, Ele deu o governo aos ministros”. Isto é, elas não precisam acreditar que isso vem do Criador. Por outro lado, somente Ele governa o povo de Israel, o que significa que a qualidade de Israel no homem acredita que vem do Criador, e que não há outra força no mundo, mas que somente Ele faz e fará todas as ações.


Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no Facebook
Mensagem mais recente Mensagem antiga Página inicial
A Sabedoria da Kabbalah ("recepção" em hebraico) nos ensina a receber e compreender como percebemos a realidade ao nosso redor. Para entendermos quem somos, primeiro precisamos entender como percebemos o mundo que nos rodeia.
Clique aqui para saber mais






Alguns dos vídeos nesta página usam Legenda CC do YouTube, ative conforme a imagem acima
Instituto Arvut


Kabbalah La'am Music · Baal HaSulam Melodies

  • Página Oficial Bnei Baruch - Instituto de Pesquisa e Educação de Cabala
  • Instituto Arvut - Bnei Baruch Brasil
  • Página Oficial Dr. Michael Laitman
  • Academia de Cabala Bnei Baruch (Brasil)
  • Academia de Cabala Bnei Baruch Europa
  • KAB.TV - Aula Matinal e Outros
  • Kabbalah Media - O Arquivo
  • Sviva Tova - O Bom Meio Ambiente
  • Livraria Oficial Bnei Baruch

Copyright © Bnei Baruch Cabala Autêntica | Powered by Blogger
Design by Flythemes | Blogger Theme by NewBloggerThemes.com