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domingo, 2 de dezembro de 2018

O que é o Filho do Amado e o Filho do Odiado no Trabalho?

dezembro 02, 2018

Artigo nº 46, 1991

O Midrash diz (apresentado em Baal de HaTurim) sobre o que está escrito: “Se um homem tem duas esposas, uma é amada e a outra é odiada”. Ele diz: “‘Se um homem tem duas esposas’ é o Criador. ‘Amados’ são os idólatras, a quem Ele mostra o Seu rosto, e ‘odiados’ são Israel, de quem Ele esconde o Seu rosto.”

Devemos entender isso, pois contradiz todos os lugares que escrevem que o Criador ama o Seu povo, Israel, como está escrito (Malaquias 1:2-3): “‘Eu te amei’, diz o Senhor. Mas tu dizes: ‘Como Tu nos amaste?’ ‘Não era Esaú irmão de Jacó?’ diz o Senhor. ‘Todavia, Eu amei Jacó e odiei Esaú.’” Também dizemos: “Que escolhe Israel, Seu povo, com amor”.

Devemos interpretar isso no trabalho: É sabido que no trabalho falamos de tudo dentro de um só corpo. Por esta razão devemos interpretar a expressão “duas esposas” significando que elas estão no mesmo corpo. Isto significa que existem duas forças dentro do homem: 1) a vontade de receber para o benefício pessoal, 2) o desejo de doar, de fazer tudo pelo bem do Criador.

Essas duas são chamadas “duas esposas”. Em outras palavras, deveríamos determinar dentro do homem a qualidade das “setenta nações do mundo” e a qualidade de “Israel”. Atribuímos as “nações do mundo” ao desejo de receber para o benefício pessoal, e atribuímos “Israel” ao desejo de doar ao Criador.

Deveríamos saber que esses dois desejos vêm do alto, o que significa que somente o Criador os dá e não está nas mãos do homem tomá-los sozinho. Em vez disso, a primeira força, chamada “vontade de receber para si mesmo”, chega até a pessoa sem nenhum esforço. Assim que alguém nasce, ele tem essa força. Mas a segunda força, o “desejo de doar”, não vem do alto sem haver trabalho. Isto significa que primeiro deve-se procurar meios para obtê-lo, e só então ele recebe do alto o desejo de doar. No entanto, ele não é dado sem trabalho.

Deveríamos compreender a razão pela qual o desejo de doar não é dado sem trabalho, e o desejo de receber é dado sem trabalho. Isso ocorre porque para atingir o propósito da criação, que é fazer o bem às Suas criações, Ele teve que criar uma criação que contivesse a vontade de receber prazer, pois sem desejo é impossível desfrutar de qualquer coisa. Consequentemente, o Criador colocou na criação o desejo de receber prazer.

Isto significa que se o homem não o tivesse quando nasceu, seria impossível ser chamado “criatura”, pois isto nos mostra a questão da criação como “existência a partir da ausência”, significando que um desejo e uma necessidade foram criados, onde ele quer satisfazer sua necessidade. Por isso esse desejo surge imediatamente, sem nenhum esforço. Ou seja, se não fosse o desejo de receber, não haveria desenvolvimento, então não haveria coisa alguma no mundo, pois aprendemos tudo apenas através do poder do desejo de receber, que nos impulsiona para seguir em frente. Por esta razão, este desejo chega até nós sem nenhum esforço.

Mas no que diz respeito ao desejo de doar, o Criador não nos dá isso sem qualquer esforço. Ou seja, uma vez que temos a criação e o Criador deve dar realização às criaturas, Ele lhes dá o que elas exigem e dizem que precisam. Nesse momento o Criador preenche a carência delas. Segue-se, portanto, que todo o esforço que uma pessoa faz na Torá e  Mitsvot é para obter a carência pelo desejo de doar. Isto é, como o homem entende que sem o desejo de receber prazer, uma pessoa não pode viver no mundo, ou seja, se a pessoa vê que se não tem nada para dar à sua vontade de receber para que ela possa desfrutar, a pessoa sabe que ela não poderá existir no mundo, pois sem vitalidade ela entra em conflito com o propósito da criação, de fazer o bem às Suas criações.

Da mesma forma, uma pessoa deve sentir que, a menos que tenha o desejo de doar, através do qual possa alcançar Dvekut [adesão] com o Criador, ele também não tem vida ou prazer neste mundo. Em outras palavras, ele vê que não tem satisfação na vida. Por esta razão, ele deseja alcançar a plenitude, pois deve haver deleite e prazer na criação. Contudo, sem o desejo de doar, uma pessoa não pode alcançar a plenitude. Este estado é chamado “carência e necessidade”, e quando uma pessoa tem tal carência, ela recebe do alto, do Criador, o segundo desejo chamado “desejo de doar”.

Por esta razão, deve-se fazer tudo o que puder para adquirir a carência pelo desejo de doar. Contudo, deve-se saber que embora a pessoa queira fazer tudo em prol de doar, o corpo não o deixa emergir da sua governação, e isto provoca descidas e subidas. Ou seja, uma vez que a vontade de receber prevalece sobre o desejo de doar, ou seja, a vontade de receber traz-lhe desejos e pensamentos de que ela está correcta, ou seja, que lhe dá um gosto maior pelo amor próprio, o que significa que a vontade de receber, que são as “nações do mundo”, recebe cada vez mais sabor, então quando adquire mais força, cancela a necessidade do desejo de doar.

Portanto, todo o trabalho que uma pessoa deu para obter a necessidade do desejo de doar abandona-a, e a pessoa concorda, durante a descida, com a vontade de receber para si mesma. Porém, depois disso, a pessoa recupera e começa mais uma vez a trabalhar e labutar para obter a necessidade do desejo de doar, e então a vontade de receber prevalece mais uma vez. Segue-se que esta é a causa das subidas e descidas.

Esta situação continua até que a pessoa chegue a uma resolução que sem a Sua ajuda é impossível alcançar, não necessariamente o desejo verdadeiro de doar, mas até a necessidade do desejo de doar também sobe e desce ao ponto que várias vezes até ao ponto que ela chega a um estado em que viu que não poderia fazer mais esforços do que já fez. Portanto, ela quer fugir do trabalho.

Contudo, deveríamos perguntar: Por que o Criador fez com que houvesse subidas e descidas? Como dito acima, é para que o homem precise avançar e não se contentar com pouco. Por esta razão, ele recebe uma descida do alto. Em outras palavras, uma pessoa é ajudada a avançar ao rebaixá-la de seu nível. Isto faz com que ele reflita e veja o que lhe é exigido do alto, e pelo qual foi rebaixado de seu grau.

Isso faz com que a pessoa ore ao Criador por ajuda. A ajuda que alguém recebe do alto é a preparação pela qual obterá uma alma, como está escrito no Zohar, que ele é ajudado por “uma alma santa”. Segue-se que tanto as subidas como as descidas vêm do alto. Ou seja, as descidas também ajudam a pessoa e, por causa delas, ela atinge o objetivo que deveria alcançar.

Com isso devemos interpretar o que O Zohar diz (VaYishlach, Item 4), “Se o homem vem para ser purificado, a inclinação do mal se rende diante dele e a direita governa a esquerda. E tanto a boa inclinação quanto a má inclinação se unem para manter o homem em todos os caminhos que ele percorre, como está escrito: ‘Pois Ele dará aos Seus anjos ordens sobre ti, para mantê-lo em todos os seus caminhos.’”

Devemos entender como se pode dizer que a inclinação do mal mantém a pessoa andando no caminho reto. Afinal, ela aconselha uma pessoa a não andar no caminho da Torá, falha-lhe em todos os seus caminhos e a impede de trabalhar pelo bem do Criador, mas apenas pelo seu próprio bem. Assim, devemos saber como a inclinação do mal o ajuda.

As descidas que uma pessoa recebe, quando a inclinação do mal lhe dá pensamentos estranhos ao espírito da Torá, causam-lhe descidas. De acordo com a opinião da pessoa, deve ser que a inclinação do mal lhe trouxe o sentimento de que o amor a si mesma é mais importante que o amor ao Criador, e que esta é a causa das descidas.

Mas, na verdade, deve-se acreditar que o Criador faz tudo. Por outras palavras, o Criador envia essas descidas para a pessoa para que elas dêem ao homem impulso no trabalho para que ele não se contente com pouco. Quando uma pessoa sente que faz tudo o que pode na Torá e  Mitsvot, e ele não consegue discernir a questão da intenção pelo bem Criador, ou que ele está a trabalhar para seu benefício pessoal, já que quando alguém trabalha na conduta do público em geral, uma iluminação brilha sobre a pessoa como Luz Circundante, dando satisfação para que ela não sinta nenhuma carência no seu trabalho.

Somente quando se deseja trabalhar na conduta do particular, o que significa que a direcção também será pelo bem do Criador, e não especificamente pelo ato (como dito no Artigo nº 45, Tav-Shin-Nun-Alef), então ele é avisado do alto de que não está bem e com isso ele cai. Nesse momento, a pessoa vê sua real situação e começa a buscar um caminho para sair do controle do amor próprio.

Sucede-se, portanto, que se não fosse a inclinação do mal, que lhe traz o estado de descida, ele permaneceria em estado de ascensão e não precisaria atingir a meta de Dvekut com o Criador. Segue-se que a inclinação do mal é um anjo de Deus, um mensageiro do Criador para impedi-lo de permanecer num estado de “inanimado de Kedushá [santidade]”, mas sim com necessidade de avançar. É por isso que ele diz: “Pois aos Seus anjos ele dará ordens a teu respeito, para guardar-te em todos os seus caminhos”. Assim, a inclinação do mal também é um mensageiro do Criador para guardar a pessoa.

De acordo com o acima exposto, devemos interpretar o que perguntamos a respeito das palavras do Midrash que diz: “'Se um homem tem duas esposas' é o Criador. ‘Amados’ são os idólatras.” Como se pode dizer que o Criador ama os idólatras? Deveríamos interpretar que quando diz: “Se um homem tem duas esposas”, significa que o Criador dá a uma pessoa duas esposas, ou seja, dois desejos, um amado, ou seja, a vontade de receber para seu próprio bem. Isto é chamado “idólatras”, ou seja, não pelo bem do Criador, mas pelo seu próprio bem.

Esse desejo é chamado “amado”, o que significa que as criaturas amam esse desejo porque o Criador lhes mostra a face. Por outras palavras, o Criador criou o mundo por causa do Seu desejo de fazer o bem às Suas criações. Isto é considerado que o Criador está lhes mostra a face, ou seja, a vontade de receber, pois é impossível receber prazer se não houver anseio pelo prazer. Por causa disso, o Criador mostra a face da vontade de receber prazer. Ou seja, tudo o que uma pessoa faz para si mesma, ela desfruta, e isso é considerado que Ele lhe mostra o rosto.

No entanto, por que isso é chamado “idólatras”? A resposta é que como houve uma correção que para evitar a questão da vergonha é proibido receber em prol de receber. Aquele que recebe em prol de receber é chamado no trabalho “idólatra”. Em outras palavras, ele não trabalha para o bem do Criador, mas para o seu próprio bem. No trabalho, isso é chamado “trabalho estrangeiro”, “idolatria”. Embora em termos de ações ele seja considerado “Israel” e um “servo do Criador”, em termos do trabalho, que é doar, isso é chamado “idolatria”, ou seja, trabalho que é estranho para nós.

Visto que uma pessoa nasce com uma natureza inata para trabalhar apenas para seu próprio bem, aquilo a que a pessoa chama “amado”, visto que o Criador lhe mostra a face, enquanto alguém trabalhe para seu próprio bem, ele tem um desejo para trabalhar, já que, por natureza, ele adora trabalhar pelo desejo de receber. Mas quando alguém quer trabalhar pelo bem do Criador, aquilo que é para beneficiar o Criador e não a si mesmo, este desejo pertence à qualidade de “Israel” numa pessoa, e esse desejo é chamado “odiado”, uma vez que o Criador esconde o rosto deles.

Por outras palavras, para que alguém seja recompensado com “Israel”, o Criador esconde Sua face deles, pois quando uma pessoa quer caminhar numa conduta onde todas as suas ações são para o bem do Criador, para ser capaz de receber em prol de doar, tinha que haver uma ocultação e Tzimtzum [restrição] na Torá e  Mitsvot [mandamentos/boas ações], para que pudessem dizer que estão a observar a Torá e  Mitsvot sem qualquer recompensa, mas apenas pelo bem do Criador. Como isso é contra a natureza, o corpo odeia esse trabalho. E se uma pessoa quiser trabalhar especificamente pelo bem do Criador, ela não tem outra escolha senão orar ao Criador para lhe dar força para superar a vontade de receber e subjugá-la.

A pessoa recebe este poder do alto, como está escrito: “Aquele que vem para se purificar é ajudado”. Isto é, ele recebe uma alma do alto. Segue-se que especificamente por ter ódio pela qualidade de “Israel” numa pessoa, ela não consegue superar, uma vez que o corpo odeia a doação. Nesse momento, há espaço para alguém ser verdadeiramente recompensado com o grau de “Israel”, pedindo ajuda do alto.

Este é o significado do que foi dito, que a partir das duas forças que existem no homem – a inclinação do mal e a inclinação do bem – uma pessoa pode alcançar a conclusão do objetivo, pois ambas a impedem de se desviar do caminho certo, nem para a direita nem para a esquerda, mas para chegar à plenitude da meta, que é receber o deleite e o prazer que o Criador deseja transmitir às criaturas.

Segue-se, portanto, que a “esposa amada” são os idólatras, e a “esposa odiada” é Israel. A isto devemos acrescentar que essas duas forças, a vontade de receber e o desejo de doar, também são chamadas “homem” e “besta”. Ou seja, a vontade de receber no homem é considerado uma “besta”, pertencente à qualidade dos animais, em quem só existe benefício pessoal, e o “falante” é a qualidade do “homem”, que é o desejo de doar que o homem deve alcançar, e que ele só pode alcançar através de grandes esforços pela razão acima, que por natureza uma pessoa não consegue compreender como fazer qualquer coisa pelo bem do Criador.

Ou seja, uma pessoa está preocupada em satisfazer as demandas de sua “besta”, mas o que o “homem” nela exige, a pessoa não consegue satisfazer. Em vez disso, isto requer pedir ao Criador que lhe dê o poder para vencer a sua “besta”, pois sem a ajuda do Criador, o governo é dado a pensamentos e desejos que odeiam a qualidade do “homem” e a qualidade de “Israel”, que é a qualidade do “homem”, como disseram nossos sábios: “Vocês são chamadod 'homem', e os idólatras não são chamados 'homem'” (Yevamot 61).” Assim, a “mulher odiada” é “Israel”, de quem o Criador esconde o Seu rosto.

De acordo com o acima exposto, devemos interpretar o que nossos sábios disseram (Avot 1:15), “Acolha a cada pessoa”. Devemos entender o que isso nos diz no trabalho. Quando uma pessoa quer fazer algo pela sua qualidade de “homem”, e já que a qualidade de “homem” é odiada, uma vez que todas as preocupações do homem são apenas satisfazer as exigências que a sua “besta” exige, e o corpo ama a qualidade da besta, mas quanto à qualidade do “homem”, que é “Israel”, o corpo a odeia; portanto, nossos sábios vieram e alertaram: “Acolha a cada pessoa”, onde “toda” significa até mesmo tudo o que é discernido como “homem”.

Por outras palavras, devemos valorizar até mesmo uma coisa pequena, se ela pertencer à qualidade do “homem”. Nossos sábios nos disseram que deveríamos tentar acolher a qualidade do “homem”, e não como nos parece como sendo odiada porque o Criador esconde Sua face deles. Em vez disso, devemos ir acima da razão e acolher cada pessoa acima do que a mente do nosso corpo nos diz. Isto é, devemos fazer coisas que sejam adequadas à qualidade do “homem”.

Embora a “besta” dentro de nós grite e diga que o trabalho que queremos fazer pela qualidade do homem é inadequado para pessoas sãs, visto que o que somos, uma besta exigente, isso é aceitável, e a evidência é que o corpo adora este trabalho. Mas o que ele quer, trabalhar pela qualidade de “homem”, podemos ver que o corpo odeia isso. Claramente, a mente faz sentido, pois diz que trabalhar para a qualidade de “besta” é razoável e adequado para uma pessoa inteligente, enquanto o trabalho que você deseja fazer para a qualidade de “homem” é um ato de uma “besta”, ou seja, estúpido.

Nossos sábios nos dizem sobre isso que não devemos ouvir o que o corpo diz, que ele apresenta o argumento de um “humano”, mas sim acolher cada “qualidade do homem”, e dizer: “Embora segundo a mente e razão, a qualidade do homem seja odiada, acredito nas palavras dos sábios e as acolho.”

Com isso devemos interpretar o que nosso sábio disse: “Homens e animais Tu livras, ó Senhor”. Estas são pessoas que são tão astutas em sua razão quanto as pessoas e fingem ser bestas. Ou seja, embora racionalmente você esteja correto, e a pessoa deveria trilhar o caminho que ela ama, ainda assim, “ela finge ser uma besta”, estúpida e segue com fé acima da razão.

Contudo, devemos acreditar que pela observação da Torá e  Mitsvot na prática em cada detalhe e precisão, graças às ações, somos recompensados com o Criador nos ajudar do alto para que tenhamos forças para seguir em frente e sejamos recompensados com a obtenção do objetivo, que é que o homem receba o deleite e o prazer que existe no propósito da criação. Isto é assim porque quando observamos a Torá e  Mitsvot incondicionalmente, mas somente por causa do mandamento do Criador, isso é chamado despertar vindo de baixo. Com isso, a luz e a abundância se propagam do alto e eles podem emergir do governo do mal.

Isto é como nossos sábios disseram (RASHI em nome do Machilta) sobre o que está escrito (Êxodo 13:12), “Quando Eu vir o sangue, Eu passarei por cima de vós, e nenhuma praga lhes acontecerá para destruí-lo”. (Ele pergunta): “‘Quando eu vir o sangue?’ Mas tudo é revelado diante Dele! Mas o Criador disse: ‘Procuro ver se tu estás engajado nos Meus mandamentos e passo por cima de ti”.

Vemos que nossos sábios disseram que para que nenhuma praga os atingisse, ou seja, emergir do controle do mal, chamado “morte”, como nossos sábios disseram, “Os ímpios em suas vidas são chamados 'mortos'”, nos foi dado o trabalho na prática. Graças ao trabalho que fazemos, o Criador nos é revelado, como diz: “E isso será como um sinal para vocês”. O que aprendemos? “Em troca do Mitsvá que tu estás a realizar, Eu terei misericórdia de ti.” Assim, graças à prática de  Mitsvot, a pessoa é salva do governo da vontade de receber, chamado “inclinação do mal”, e é recompensada com a obtenção do desejo de doar.

Contudo, aquele que caminha numa linha única, que está satisfeito com a prática, quando trabalha pelo bem do Criador e não considera a intenção, que a intenção também será pelo bem do Criador, ele não pode obter o desejo de doar, chamado Dvekut [adesão]. Isso acontece porque ele não tem a carência. Consequentemente, essas pessoas que já mudaram de uma linha para a linha direita, quando veem sua humildade, que não há um único órgão naquela pessoa que queira fazer qualquer coisa pelo bem do Criador, elas anseiam que o Criador as  liberte da morte, ou seja, do governo do amor próprio. Nesse momento, a sua conduta de ser recompensado com o Criador ser revelado a ele, ou seja, ser recompensado com o desejo de doar, que é quando alguém está aderido ao Criador, a pessoa pode ser recompensada com isso somente graças à prática, quando ela quer a recompensa por observar a Torá e  Mitsvot sendo esta Dvekut com o Criador. Este é o significado de “Em troca do Mitsvá [singular de  Mitsvot] que tu estás a realizar, Eu terei misericórdia de ti.” Isto é, Ele tem misericórdia de nós e nos salva da morte, que é o governo do desejo de receber.

Entretanto, vemos que o homem pode fazer qualquer coisa que não esteja no caminho da correção. Vemos que isso se aplica tanto a adultos como a crianças pequenas. E principalmente vemos isso nas crianças pequenas, pois com os adultos tudo já envolve vários motivos, então não conseguimos ver a verdade. Mas com as crianças vemos isso mais abertamente, que as crianças podem trabalhar o dia todo, mas se lhes pedimos para fazer alguma coisa, elas dizem que não têm energia para o trabalho. Deveríamos saber que isto se estende desde o mundo de Nekudim, onde houve a quebra dos vasos. Por isso tudo o que não seja corretivo, temos força para fazer. Mas se for para a correção, já existe trabalho envolvido devido à resistência do corpo.

Portanto, quando uma pessoa caminha sobre uma única linha, ela pode observar a Torá e  Mitsvot de todas as formas. Mas quando ela segue na linha direita, quando o trabalho está no caminho da correção, a pessoa deve então fazer grandes esforços para trilhar o caminho da  “direita”. É por isso que precisamos de fortalecimento.


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