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domingo, 2 de dezembro de 2018

Qual é a Preparação para a Recepção da Torá? - 1

dezembro 02, 2018

Artigo nº 18, 1987

A escrita diz: “E o Senhor desceu ao monte Sinai, ao cume do monte”. A respeito do povo, o escrito diz: “E eles ficaram no pé da montanha”.

Devemos entender o que “desceu” significa para o Criador, o que significa uma descida, uma diminuição. Afinal, este foi o momento da entrega da Torá, então por que deve ser considerado uma descida para o Criador, já que este foi um momento de alegria?

Nossos sábios disseram sobre “e eles se levantaram”, que ensina que “Ele forçou a montanha sobre eles como um cofre” e disseram: “Se vocês aceitarem a Torá, muito bem. Mas se não o fizerem, este será vosso enterro” (Shabat 88). Ele perguntou lá no Tosfot, “Forçou-lhes a montanha como um cofre”, embora já tivessem precedido fazer antes de escutar. Há muitas respostas para esta pergunta, mas também devemos compreender o significado de forçar sobre eles a montanha como um cofre no trabalho.

Para entender o que foi dito acima, devemos lembrar a regra conhecida de que não há luz sem um Kli [vaso]. Ou seja, não pode haver preenchimento sem uma carência. É impossível desfrutar de alguma coisa sem ansiar por essa coisa, e ansiar por algo é chamado “preparação”, ou seja, é uma necessidade. A necessidade por algo determina o anseio, e o nível de prazer corresponde ao nível do anseio.

Segue-se, portanto, que antes da entrega da Torá, deve haver uma preparação para a recepção da Torá. Caso contrário, não poderia haver alegria na Torá. Isto é, eles tiveram que preparar a necessidade de receber a Torá, e a necessidade produz o anseio acima mencionado. Segundo o nível do anseio, igual modo será a medida pela qual podemos desfrutar da Torá. Entretanto, devemos saber qual é de facto a necessidade para a recepção da Torá.

Nossos sábios disseram (Baba Batra 16), “O Criador criou a inclinação ao mal, Ele criou para ela um tempero.” RASHI interpretou “Criou para ela a Torá como tempero”, que cancela pensamentos de transgressões, como foi dito (Kidushin 30), “Se encontrares esse vilão, leva-o para o seminário”. E ali, em Kidushin, eles disseram: “Assim o Criador disse para Israel: ‘Eu criei a inclinação ao mal e criei para ela o tempero da Torá. Se te engajares na Torá, não serás entregue para as mãos dela', como foi dito, 'e se praticares o bem.' 'Mas se não te engajares na Torá, serás entregue às mãos dela', como foi dito: 'O pecado agachasse à porta'”.

Consequentemente, vemos que a Torá é uma correção para sair do governo da inclinação ao mal. Isto significa que aquele que sente que tem uma inclinação do mal, que sente que a inclinação do mal, com todos os conselhos que ela dá a uma pessoa sobre como ser feliz e aproveitar a vida, visa prejudicá-la. Ou seja, impede-a de alcançar o verdadeiro bem, chamado “Dvekut [adesão] com o Criador.” É por isso que a pessoa diz que essa inclinação é má e não boa.

No entanto, é muito difícil para uma pessoa falar sobre isso. Ou seja, a inclinação ao mal faz com que ela entenda que é do seu interesse garantir o prazer da vida, sentir prazer nas coisas que faz, o que significa que todas as suas ações serão somente para o seu próprio bem. Ela faz-lhe entender que uma pessoa deve conhecer a regra de que todos os conselhos que ela lhe dá têm somente uma coisa em mente: o seu benefício pessoal. E embora às vezes diga que ela deve fazer alguma coisa por outrém, é com razão que lhe diz para trabalhar em favor de outrém. Calcula-se antecipadamente que este acto trará mais tarde benefícios para si mesma. Portanto, como pode a pessoa dizer que se trata de uma inclinação do mal, quando ela lhe diz para acreditar que não há outra meta senão o seu próprio bem, e não o bem de qualquer outra pessoa?

Por esta razão, uma pessoa tem muito trabalho para chegar a sentir que a sua vontade de receber é má, na medida que uma pessoa saiba com certeza absoluta que não há inimigo maior no mundo do que o receptor que há dentro dela, como O rei Salomão lhe chamaria “inimigo”. É como está escrito: “Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão”. É muito difícil para uma pessoa determinar de uma vez por todas que ela é má e que ela deseja somente impedi-la de trilhar o bom caminho, que é exatamente o oposto do caminho do receptor, já que o caminho da verdade é somente em prol de doar, enquanto o receptor deseja somente receber. Segue-se que é aqui que se deve escolher se ela deve ser chamada “boa” ou “má”.

Nossos sábios disseram sobre isso (Nida), “Rabi Hanina Bar Papa diz: ‘Aquele anjo nomeado para a gravidez se chama Laila [hebraico: noite]. Ele pega uma gota e a coloca diante do Criador e lhe diz: ‘Senhor do mundo, o que será desta gota? Será poderosa ou um fraca, sábia ou tola, rica ou pobre?’ Mas ‘ímpia ou justa’ ele não disse. Pelo contrário, isto foi dado à escolha do homem.’”

Devemos interpretar que a escolha significa determinar, decidir e dar um nome ao receptor que há dentro da pessoa, se é realmente uma boa inclinação porque tende ao benefício do homem e não se distrai nem por um minuto em cuidar dos outros. Por esse motivo, é vantajoso escutá-la, pois ela preocupa-se somente com o seu benefício pessoal, ou seja, para que ele seja feliz. Portanto, deve-se confiar nela e não se desviar dela para a direita ou para a esquerda, mas cumprir todos os seus mandamentos e não se desviar nem um pouco deles.

Há também a visão oposta, de que é realmente má porque ao ouvi-la e nos engajarmos no amor próprio, nos distanciamos do Criador devido à disparidade de forma. Então a qualidade do julgamento recai sobre a pessoa, que foi feito pela correção da Tzimtzum [restrição] que foi feita com o objetivo de fazer o bem às Suas criações. Por isso, o nome do Criador, Bom e Benevolente, não pode ser revelado onde existe amor próprio. E por esta razão, a pessoa deve decidir de uma vez por todas que o amor próprio é o verdadeiro mal e aquele que prejudica a pessoa.

Contudo, a questão é: de onde pode alguém receber forças para tomar a escolha de dizer sobre o receptor que ele é tão mau a ponto de dizer que de hoje em diante ela não irá escutá-lo?

A verdade é que isto também requer a ajuda do Criador para lhe mostrar a verdade, que o receptor para si mesmo é o verdadeiro inimigo ímpio do homem. Quando a pessoa passa a sentir isso, ela fica imune ao pecado. Então, todas as ocultações e castigos lhe são retirados porque quando ela já souber que este é o anjo da morte, ela certamente fugirá da morte. Este é o momento em que o deleite e o prazer que estão no propósito da criação podem ser revelados. Nesse momento a pessoa chega a alcançar o Criador, que é chamado O Bom que Faz o Bem.

Consequentemente, devemos interpretar o que está escrito (Gênesis 8:21): “E o Senhor disse no Seu coração: 'Não amaldiçoarei mais a terra por causa do homem, pois a inclinação do coração do homem é má desde a sua juventude.' ” Nachmanides interpretou “no Seu coração” como não revelando o assunto ao profeta naquele momento. E até mesmo Even Ezrá acrescenta e diz: “Depois, Ele revelou o Seu segredo a Noé”.

É difícil entender esse versículo, porque viu o Criador apenas agora que “a inclinação do coração do homem é má desde a sua juventude” e antes disso, Ele não sabia?

No trabalho, devemos interpretar que o Criador agora revelou, depois de todo o trabalho que a pessoa fez no despertar para alcançar a verdade, ou seja, saber realmente por que ela nasceu e qual objetivo que ela deve alcançar, então agora o Criador revelou para ela que a inclinação do coração do homem, que é o receptor, é má desde a sua juventude. Isto é, não se pode dizer que agora ela veja que a inclinação se tornou má. Pelo contrário, é má desde a sua juventude. Contudo, até agora ela não havia conseguido determinar se ela era realmente má; portanto, a pessoa estava em estados de subida e descida. Ou seja, às vezes ela ouvia a inclinação e dizia que a partir de agora saberei que este é o meu inimigo e tudo aquilo que ela me aconselha a fazer é para me prejudicar.

Mas depois, a estima pela inclinação aumenta novamente e mais uma vez ele a ouve e trabalha para ela de todo o seu coração, e assim por diante. Ele sente-se como “um cachorro que retorna para o seu vômito”. Isto é, ele já determinou que não era adequado para ele ouvi-la, porque toda a alimentação que a inclinação lhe dá são somente alimentos adequados para os animais e não para o homem. Mas, de repente, ele volta para a ração animal e esquece-se de todas as decisões e opiniões que tinha anteriormente.

Depois, quando ele se arrepende, ele vê que não tem outro caminho senão o Criador fazê-lo ver que a inclinação que é chamada “mal” realmente é má. Então, uma vez que o Criador lhe deu esse conhecimento, ele não se desvia novamente, mas pede ao Criador que lhe dê a força para superá-la cada vez que a inclinação quiser fazê-lo falhar, para que ele tenha a força para superá-la.

Segue-se, portanto, que o Criador deve dar-lhe tanto o Kli [vaso] como a luz, significando tanto a consciência de que a inclinação é má e que há uma necessidade de emergir do seu reinado, e a correção para isso é a Torá, como está escrito: “Eu criei a inclinação do mal, Eu criei a Torá como tempero.” Consequentemente, o Criador deu-lhe tanto a necessidade pela Torá, como também dá a Torá. Isto é considerado o Criador dar-lhe a luz, bem como o Kli.

Segundo aquilo que foi dito acima, devemos interpretar o versículo acima: “E o Senhor disse no seu coração”. Os intérpretes interpretaram que não revelar o assunto ao profeta é considerado “no Seu coração”. Depois, Ele revelou o Seu segredo. Qual é o segredo? Que a inclinação do coração do homem é má desde a juventude.

Assim, a ordem é que primeiro a pessoa deve ver por si mesma e escolher e determinar que o nome da inclinação no seu coração é “má”. Depois, ele vê que é incapaz de determinar resolutamente que não voltará atrás na sua palavra e dirá que a inclinação é uma coisa boa e que é vantajoso escutá-la, e assim por diante. Nesse momento, considera-se que o Criador diz “no Seu coração”, que a inclinação do coração de um homem é má desde a sua juventude, mas para aquele que se envolve na escolha, o Criador ainda não revelou o segredo de que a inclinação é chamada “mal” por ela ser má. Isto é feito para dar ao homem o espaço para escolher e para determinar que ela é má.

Mas depois, quando a pessoa vê que não consegue dizer que ela é absolutamente má, mas arrepende-se sempre, então chega o estado em que ela clama ao Criador: “Ajuda-me!” Este é o significado do que o Even Ezrá diz: “Depois, Ele revelou o Seu segredo a Noé”. Isso significa que Noé é chamado “servir ao Criador”. Ou seja, quando o Criador revela a uma pessoa que a inclinação é má desde a sua juventude, o que não é novidade que a inclinação do mal é má, “mas Eu não te disse. Agora que te conto este segredo, que a inclinação do homem é má, podes ter certeza de que não a ouvirás mais, pois Eu mesmo te revelei isso. Portanto, não amaldiçoarei mais”, já que não haverá necessidade de mais punições, pois tudo ficará bem, como foi dito: “E não atacarei mais todos os vivos, como Eu havia feito”.

Isto significa que antes do Criador revelar que a inclinação do coração do homem é má, tinha que haver subidas e descidas. Ou seja, no início do trabalho tu tinhas vitalidade, mas para andar no caminho certo era preciso golpear todos os vivos, ou seja, Eu retirei de ti a vitalidade que tu tinhas no trabalho, e tu desceste daí para um estado de humildade porque tu tens o mal, que é a inclinação do mal. E então poderá haver: “Eu criei a inclinação ao mal, Eu criei a Torá como tempero”. Mas antes que ele tenha essa inclinação do mal, ele sente a necessidade pela Torá. Por esta razão, somente depois do Criador revelar o segredo de que a inclinação do coração do homem é má poderá haver a entrega da Torá, uma vez que não há luz sem Kelim [vasos], e só onde há uma necessidade é possível dar-lhe aquilo que ele precisa.

No entanto, o Criador revelar-lhe que a inclinação do coração do homem é má também é chamado “luz”, significando preenchimento, e não há preenchimento sem uma falta. Por esta razão, uma pessoa não pode ser recompensada com o Criador revelar-lhe o mal antes que ela sinta uma necessidade disso, uma vez que existe uma regra de que não é da conduta do homem agir desnecessariamente, e é ainda mais assim com o Criador, que não faz nada desnecessariamente.

Consequentemente, de onde pode alguém receber a necessidade pela revelação do segredo do Criador como acima mencionado? Por este motivo, é preciso começar o trabalho e saber que o seu receptor é o seu mal, e ele deve escapar do seu governo, e tudo aquilo que ele faz na Torá e na oração, ou quando ele se envolve em Mitsvot [mandamentos/boas ações], é tentar fazer com que todas essas ações lhe tragam o reconhecimento do mal. Quando ele sente que é mau e quer realizar actos de doação, ele começa a receber vitalidade. Quando ele cai de nível, ele perde a vitalidade.

É o próprio Criador quem o faz cair do Seu grau, pois ele ainda não vê nela o verdadeiro mal. Mas através das descidas que ele tem de cada vez, ele pede ao Criador que lhe revele de uma vez por todas que a vontade de receber é má e que ele não a deve seguir.

Segue-se que as descidas que ele tem vêm do Criador, como está escrito: “E não atacarei mais todos os vivos”, para receber Dele a vitalidade na Torá e no trabalho e permanecer sem qualquer vitalidade de Kedushá [santidade/sagrada] porque o homem já se completou com a necessidade que o Criador o ajude a reconhecer permanentemente o mal, para não desejar uma mais vez escutar a voz do mal. Isso assim é porque o homem chegou até à necessidade que o Criador o ajude, pois agora ele vê que é impossível que algum dia se afeiçoe à inclinação do mal e a queira ouvir, e se desvie novamente indefinidamente. Esta é a razão pela qual ele precisa do Criador agora, para ajudá-lo a saber que a inclinação dentro dele é má, e que ela é a razão pela qual ele não consegue alcançar o deleite e o prazer que o Criador criou para as criaturas.

É por isso que a pessoa tem muitas descidas, pois através disso forma-se dentro dela um desejo de ansiar pela ajuda do Criador para que sinta que a inclinação do coração do homem é má.

Agora podemos entender aquilo que perguntamos: Qual é a preparação para a recepção da Torá? A resposta é: a inclinação do mal. Quando uma pessoa sabe que tem o mal dentro dela, o que ocorre depois do Criador a informar disso, uma nova necessidade nasce no homem: como derrotá-la. No entanto, isto só pode ser através da Torá, como disseram os nossos sábios: “Eu criei a inclinação do mal, Eu criei a Torá como um tempero”. Esta é a preparação para a recepção da Torá. Isto é, a necessidade pela Torá é chamada “a preparação para a recepção da Torá”.

Com isto entenderemos aquilo que perguntamos sobre o significado das palavras: “E o Senhor desceu sobre o monte Sinai, do cume do monte”. O que é “o topo do monte” e como se pode dizer que há uma descida a respeito do Criador? Sabe-se que na espiritualidade o nome é segundo a ação, pois está escrito sobre Manoá com o anjo que disse: “Por que perguntais o meu nome?” Pelo contrário, ele é segundo a ação.

Por exemplo, um anjo que cura se chamará Anjo Refael [a cura do Criador], e assim por diante. Da mesma forma, quando o Criador envia cura para uma pessoa, o Criador é chamado “Curador dos enfermos”. De acordo com o acima exposto, o Criador revelar ao homem que a inclinação do coração do homem é má é considerado o Criador revelar para a pessoa em que estado de descida o homem nasceu, como foi escrito, “má desde a sua juventude”, ou seja, desde o dia em que ela nasceu. Então, o Criador é recebe o nome segundo a ação, mostrando ao homem o seu estado humilde, e isso é chamado “E o Senhor desceu no Monte Sinai”.

Encontramos duas palavras aqui: 1) Em relação ao Criador, está escrito: “E o Senhor desceu no Monte Sinai, no topo da montanha”. 2) Quanto ao povo, está escrito: “E eles pararam no pé do monte”.

Devemos entender o que é uma “montanha”. A palavra Har [montanha] vem da palavra Hirhurim [pensamentos], que é o intelecto do homem. Qualquer coisa que esteja no intelecto é considerada “em potencial”. Depois, pode se expandir para um facto real. Consequentemente, podemos interpretar “E o Senhor desceu ao Monte Sinai, no topo da montanha”, como pensamento e intelecto do homem, significando que o Criador informou a todo o povo que a inclinação do coração do homem é má desde sua juventude. Depois do Criador os ter informado em potencial, ou seja, no topo da montanha, aquilo que estava em potencial se manifestou de facto.

Por esta razão, as pessoas realmente sentiram e todos agora sentiram a necessidade da Torá, como está escrito: “Eu criei a inclinação ao mal; Eu criei o tempero da Torá.” Agora eles disseram, por realmente sentirem, que foram forçados a receber a Torá, ou seja, sem escolha, pois viram que se recebessem a Torá teriam o deleite e prazer, e se não, ali seria o seu enterro. Por outras palavras, se permanecermos no nosso estado actual, as nossas vidas não serão vidas, mas serão o nosso cemitério.

Consequentemente, devemos interpretar “E o Senhor desceu no topo da montanha” cmo significando que uma vez que o Criador os informou na montanha, no intelecto, que o mal está no coração do homem, e uma vez que isso foi colocado nas suas mentes , nos seus pensamentos e intelecto, isso operou imediatamente, como está escrito: “E eles pararam no pé da montanha”. Por outras palavras, a descida que ocorreu na montanha operou sobre eles e eles ficaram no sopé da montanha, ou seja, as citadas descidas os controlavam.

Segue-se que “forçou a montanha sobre eles como um cofre” significa a descida e a informação que receberam na montanha, ou seja, com o pensamento sobre eles que agora terão de receber a Torá porque esta montanha, ou seja, esta descida, faz com que eles necessitem de receber a Torá, para que possam superar o mal nos seus corações.

O significado de “forçou… a eles” é que o motivo pelo qual agora eles devem receber a Torá e não têm outra escolha é a montanha, ou seja, a informação que receberam no pensamento e no intelecto de que estão num estado de descida porque eles têm maldade nos  seus corações. Isto é como um cofre, o que significa que é compulsivo e eles não têm escolha. Isto é considerado que a montanha os controla no fundo.

Consequentemente, devemos perguntar o que significa que através do milagre de Purim, nossos sábios disseram, “mantiveram e receberam”?

É que até agora compulsivamente, doravante voluntariamente (Shabat 88). Dizia: “Raba disse: 'No entanto, a geração o recebeu nos dias de Ahashverósh, como está escrito: 'Os judeus mantiveram e receberam.'” RASHI interpretou que foi por amor ao milagre que foi feito para eles.

Devemos explicar isso como está escrito na “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” (p 41): “Existe o amor condicional, onde por causa do prazer que ele sente na Torá e Mitsvot, ele os mantém. Mas há um grau mais elevado chamado “amor incondicional”, que por motivo do milagre, eles assumiram a responsabilidade de observar a Torá e Mitsvot sem nada."


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